Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • Identificação de bactérias ligadas à demência de corpos de Lewy ajuda a aprimorar tratamento e diagnóstico

    Identificação de bactérias ligadas à demência de corpos de Lewy ajuda a aprimorar tratamento e diagnóstico

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    A demência de corpos de Lewy é uma doença neurodegenerativa que causa o declínio cognitivo no cérebro, afetando normalmente pessoas com mais de 60 anos pela formação de depósitos irregulares da proteína chamada alfa-sinucleína, responsável pela transmissão de sinais entre os neurônios, o que altera o funcionamento cerebral, gerando perdas de memória, alucinações, dificuldade de comunicação e distúrbios de movimentos.

    No entanto, as causas da demência de corpos de Lewy não residem apenas no cérebro, elas também podem ser estendidas a outras partes do corpo que não parecem inicialmente conectadas, como o intestino.

    Um grupo de pesquisadores em parceria com a Universidade Médica de Iwate e a Universidade de Fukuoka analisaram diversos microorganismos presentes nos ácidos biliares intestinais e fecais de pacientes com uma série de problemas neurológicos, incluindo a demência de corpos de Lewy, e identificaram três bactérias intestinais associadas a elas.

    As bactérias Collinsella, Ruminococcus e Bifidobacterium, apresentaram alterações tanto na demência de corpos de Lewy, quanto na doença de Parkinson,o que podem auxiliar bastante a melhorar o direcionamento, tanto de diagnóstico, quanto de tratamento de ambas as condições.

    As bactérias Ruminococcus e Collinsella transportam uma enzima, cujo produto atua na regulação da inflamação da região cerebral chamada substância negra, região responsável pela produção de dopamina, neurotransmissor importante associado aos movimentos, recompensa e aprendizado, enquanto Bifidobacterium ajuda a aumentar o fator neurotrófico derivado do cérebro, o que age na manutenção de neurônios, por isso, sua redução pode estar relacionada ao déficit cognitivo

    Então, é importante que haja mais estudos que busquem aprofundar a relação entre essas três bactérias e o surgimento e avanço da demência de corpos de Lewy, ajudando a aumentar a eficácia do seu diagnóstico e tratamento.

  • “Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos

    “Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos

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    O caso de um homem não identificado que faleceu devido à infecção causada por uma ameba conhecida como “comedora de cérebros”, chamada Naegleria Fowleri, gerou medo em muitas pessoas, principalmente pela forma como o contágio ocorre, pela higiene nasal.

    A Naegleria Fowleri é um microorganismo encontrado na terra e ar, mas mais comumente na água doce, geralmente em temperaturas mais elevadas, por volta de 46° C, normalmente presente em lagos ou rios de água morna, águas termais, água de torneira, aquecedores, e mais raramente em piscinas e poços de água não tratados.

    As infecções por Naegleria Fowleri são consideradas raras, e justamente por isso, não há estudos suficientes para entendê-la melhor e identificar medicamentos eficazes, por isso ela possui altas taxas de mortalidade, superior a 97%, dos 111 casos já registrados nos EUA apenas um sobreviveu à infecção.

    Geralmente a sua infecção ocorre pelo nariz, seja por práticas religiosas, higienização do local ou natação, o que faz a ameba chegar até o cérebro através do nervo olfatório em uma placa óssea do crânio, causando uma infecção chamada PAM – Meningoencefalite Amebiana Primária.

    A Naegleria Fowleri entra no organismo na forma de trofozoíto – Um estágio adulto de microrganismos utilizado para a alimentação – esse estado lhe confere estruturas capazes de permitir a ingestão de tecidos do corpo humano, o que lhe possibilita “comer” o tecido cerebral da pessoa infectada.

    A ameba possui adesinas na sua superfície, componentes que facilitam a sua adesão às células do organismo, ao acessar as  células nervosas, a Naegleria Fowleri consegue absorvê-las através de uma estrutura conhecida como “copos de comida”, além disso, ela expressa uma proteína citolítica formadora de poros que despolariza o potencial de membrana da célula, causando-lhe danos.

    Ela também é capaz de liberar enzimas hidrolíticas, como neuraminidases, esfingosina e colina, que danificam a membrana, formada majoritariamente por lipídios, da célula, provocando perda de funções nos tecidos nervosos.

    O organismo apresenta uma forte resposta imunológica, que associada aos efeitos da ameba resulta em graves danos ao Sistema Nervoso Central, o que gera sintomas que podem ir de dores de cabeça, vômito, perda de equilíbrio e desorientação, similares aos causados por meningite, a problemas mais graves como convulsões, rigidez no pescoço, alucinações e coma.

    Normalmente, o diagnóstico de PAM é feito em pessoas que apresentam sintomas que afetam o Sistema Nervoso Central e histórico de contato com água contaminada, também podem ser utilizados exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, além da utilização da punção cerebral para obter amostras de líquido cefalorraquidiano para testagem, mas mais de 75% dos diagnósticos só são feitos após a morte do paciente.

    No entanto, se for ingerida água contaminada com Naegleria Fowleri, não há riscos de infecção pois o ácido estomacal mata o microorganismo, por isso, a principal prevenção é evitar o contato da água com o nariz, quando for necessário, optar por águas destiladas ou estéril, usar prendedores para o nariz durante prática de natação, a média de idade de indivíduos afetados é de 12 anos, por isso é importante ter atenção a crianças brincando em rios e lagos

    Atualmente, apesar de em casos da doença alguns medicamentos como azitromicina, fluconazol e rifampicina possam ser administrados por via intravenosa ou oral, seus efeitos são limitados, o que pode ser ainda mais dificultado pois em grande parte dos casos a morte ocorre dentro de um a dezoito dias após o início da manifestação dos sintomas.

  • Afasia é um problema sério no Brasil, mas ainda pouco conhecida

    Afasia é um problema sério no Brasil, mas ainda pouco conhecida

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    A afasia é um distúrbio de linguagem que afeta diversas habilidades essenciais para a comunicação e qualidade de vida, como leitura, escrita, compreensão e expressão, podendo se manifestar em diversas fases da vida, como meia-idade, pessoas mais velhas e até em crianças, geralmente ocorre repentinamente, muitas vezes após um acidente vascular cerebral ou traumatismo craniano, mas também pode se desenvolver lentamente, como resultado de um tumor cerebral ou de uma doença neurológica progressiva..

    A causa mais comum de afasia é o dano cerebral resultante de um acidente vascular cerebral – o bloqueio ou ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, mas também pode advir de tumores cerebrais ou concussão, a perda de sangue no local leva à morte das células cerebrais ou a danos em áreas que controlam a linguagem. A afasia pode ocorrer concomitantemente com distúrbios da fala, como disartria ou apraxia da fala, que também resultam de danos cerebrais.

    Existe também a  Afasia Progressiva Primária (APP), uma síndrome neurológica na qual as capacidades de linguagem tornam-se lenta e progressivamente prejudicadas. Ao contrário de outras formas de afasia resultantes de acidente vascular cerebral ou lesão cerebral, a APP é causada por doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer ou a degeneração lobar frontotemporal.

    De acordo com um estudo de 2021 promovido pelo Ministério da Saúde aponta que o SUS realizou mais de quatro mil procedimentos ambulatoriais e 27 hospitalares por queixas relacionadas à afasia, já outro estudo, publicado na revista ScienceOpen, apenas no hospital analisado, 42,8% dos pacientes idosos apresentavam quadros afásicos.

    Outro dado recente de um estudo realizado pela Sapien Labs e publicado pelo The Guardian, o Brasil, em um ranking que media a saúde mental em jovens adultos de 64 países, ficou na 3º posição, perdendo apenas para o Reino Unido e a África do Sul, o que, dentre outros fatores, pode demonstrar parte do reflexo da afasia, pois ela pode ser um fator importante para o surgimento de depressão e isolamento social.

    A relação do Brasil para o número de casos está ligada com os hábitos provenientes da cultura e o excesso de ansiedade. Eu venho falando sobre isso há muitos anos, principalmente sobre o excesso de uso de redes sociais e a educação dada pelos pais, uma parte da sociedade está formatando uma cultura que irá prejudicar ainda mais a saúde mental da população. Hábitos também alimentares, sedentarismo, falta de estudo, a forma como são produzidos os alimentos no Brasil, entre outros, são muitos fatores que contribuem para essa situação.

    Conseguir identificar os sintomas para buscar ajuda médica o mais rápido possível é fundamental para conseguir contornar mais assertivamente seus sintomas e a sua progressão, pois o tratamento, apesar de não recuperar totalmente as habilidades do indivíduo, pode melhorar bastante a sua qualidade de vida.

    O tratamento de afasia consiste no tratamento da causa, no caso de tumores, AVC ou concussão, além de acompanhamento com fonoaudiólogo, que ajuda a melhorar a fala mesmo em casos mais tardios.

    Mas apesar da gravidade da doença e dos números que indicam a quantidade de casos no Brasil, ela ainda é pouco conhecida, recentemente, o diagnóstico inicial do ator Bruce Willis como afasia ajudou a difundir mais informações sobre ela, o que ainda não foi o suficiente para conscientizar adequadamente a população sobre a afasia.

  • Cérebro da mulher sofre alterações para a maternidade durante gravidez, aponta estudo

    Cérebro da mulher sofre alterações para a maternidade durante gravidez, aponta estudo

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    A gravidez é um momento muito importante na vida da mulher e continua sendo um desejo bastante comum, mas além das alterações físicas que ocorrem durante esse processo, também acontecem mudanças no cérebro para que a mulher posso se tornar uma mãe.

    Segundo um estudo realizado pelo Centro Médico da Universidade de Amsterdã, publicado na revista científica Nature Communications, a gravidez gera um aumento significativo de hormônios esteróides no corpo da mulher, o que faz com  que ocorram alterações no cérebro.

    A gravidez leva a mudanças seletivas e robustas na arquitetura neural e na organização das redes neurais […] Essas alterações neurais se correlacionaram com os hormônios da gravidez, principalmente o estradiol do terceiro trimestre […] Esses achados sugerem que existem modificações seletivas relacionadas à gravidez na estrutura e função cerebral que podem facilitar os processos maternos periparto de relevância fundamental para a díade mãe-bebê” Afirma o artigo.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, essas mudanças colaboram para que a mãe possa compreender e proteger melhor o bebê.

    As mudanças demonstradas pelo estudo convergem para a modulação da mulher para se tornar uma mãe, por exemplo, a falta de memória que diversas mulheres relatam é fruto da sua atenção mais direcionada ao bebê, que a faz notar menos detalhes externos a ele”.

    As alterações mais intensas foram notadas no córtex pré-frontal medial, área do cérebro responsável pelo desenvolvimento de planos e objetivos, o que indica que o cérebro da mãe se molda para coordenar melhor suas habilidades em prol de um objetivo, proteger o bebê e compreender melhor os seus sinais.” Explica Dr. Fabiano.

  • Especialista afirma que o chatGPT está longe de substituir jornalistas humanos

    Especialista afirma que o chatGPT está longe de substituir jornalistas humanos

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    Um assunto que vem dando o que falar nas redações mundo afora nos últimos dias é o chamado “ChatGPT”. A pesquisa por ele tem se mostrado em ascensão desde dezembro do último ano, de acordo com o Google Trends, ferramenta que mede tendências de busca na web.

    Essa plataforma, desenvolvida pela empresa norte-americana OpenAI, interage com o usuário de forma imediata com a elaboração de textos completos e coesos, simulando uma conversação humana.

    E é nesse último ponto que as discussões sobre a ferramenta têm ganhado força. Não é incomum tomarmos conhecimento de pessoas afirmando que em pouco tempo o ChatGPT pode substituir os jornalistas humanos nas redações pelo mundo.

    Além disso, a semente plantada pela discussão já causa angústia e medo em profissionais da área. Muitos deles se perguntando se isso é possível e temendo, sendo mais claro, a perda de seus empregos para a ferramenta.

    Mas, na outra ponta da história, há quem afirme que isso pode acontecer, mas que ainda vai demorar muito. Ou seja, essa inteligência artificial está muito longe de substituir os jornalistas humanos.

    Um dos que afirmam isso é o Pós PhD Neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, CEO da empresa MF Press Global, especializada em assessoria de imprensa.

    Ele elencou alguns motivos que justificam sua teoria a respeito do assunto.

    “Isso ainda tá longe primeiro pelos erros que podem acontecer. Mas não apenas isso. Temos que levar em consideração também a possibilidade de plágio na informação e, mesmo se for aprimorado, esse sistema de inteligência artificial não substitui o humano por conta da cognição, a capacidade de pensar no tema certo, na hora certa e ter a sempre necessária dinâmica de trabalho, que é uma forte característica dos jornalistas”, explicou.

  • O que diz um dos maiores QI`s do planeta sobre Walter O’Brien da série Scorpions?

    O que diz um dos maiores QI`s do planeta sobre Walter O’Brien da série Scorpions?

    A série “Scorpions” conta a história de um especialista em computação, Walter O’Brien, que participa de um projeto secreto do governo americano para solucionar problemas de segurança nacional, foi um grande sucesso na época de seu lançamento.

    Walter O’Brien é um empresário irlandês que ganhou fama mundial após a série Scorpion, ter um QI de 197 e ter invadido a NASA aos 11 anos, mas apesar disso, nunca divulgou seu teste de QI ou provas da invasão, o que levantou especulações sobre a autenticidade das suas informações.

    Segundo o Pós PhD em neurociências e um dos maiores QI´s do mundo, com 188 pontos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, apesar de não ser o principal fator para definir os feitos de alguém, para quem o utiliza como ferramenta de trabalho é necessário apresentar os dados necessários.

    “Li sobre ele não ter a comprovação, não interessa tanto o QI e sim os feitos que se consegue, mas se formos entrar neste mérito, sim, ele deveria fazer teste para uma sociedade de alto QI já que ele utiliza o seu QI como marketing e propaga isso. Eu tenho uma frase que diz: Eu parto do princípio da prova. Não podemos falar nada que não possamos provar.”

    Dr. Fabiano de Abreu é membro de quatro sociedades de alto QI, International High IQ, Mensa International, Intertel e a sociedade mais restrita do mundo, Triple Nine Society (TNS), que só aceita membros com mais de 99,9 percentil.

    “Eu, por exemplo, fiz testes para as sociedade e fora delas, não para provar nada que não fosse para mim mesmo e porque usei os resultados para me beneficiar no meio acadêmico ganhando bolsas e encurtando o tempo de cursos” Explica.

    Ainda de acordo com Dr. Fabiano, a série “Scorpions” nos permite conhecer bem como é uma pessoa de alto QI, mas com algumas ressalvas.

    “Penso que fizeram uma boa pesquisa e contaram com a ajuda de bons profissionais para elaborar todo o conteúdo da série, pois o comportamento dos membros da Scorpions na série definem bem um padrão comum entre as pessoas de alto QI, com um pouco de exagero sobre a arrogância. Bem, não sei, até pode existir, mas os com QI muito alto não costumam ser tão arrogantes já que, sabem que isso não é um comportamento inteligente”.

  • Neurocientista revela fatores que sugerem porque mulheres tendem a ter duas vezes mais demência que homens

    Neurocientista revela fatores que sugerem porque mulheres tendem a ter duas vezes mais demência que homens

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    Você sabia que mais da metade dos cerca de 6,2 milhões de pessoas que têm doença de Alzheimer com 65 anos ou mais no Brasil são mulheres? Pois é. Dois terços do total de pessoas diagnosticadas com Alzheimer são mulheres.

    Um estudo envolvendo quase 30 mil indivíduos de 18 países, nos seis continentes, sugere que a desigualdade social e econômica pode explicar a maior incidência de demências em mulheres.

    O número de pessoas vivendo com algum tipo de demência deve ultrapassar 150 milhões em 2050, com um crescimento significativo nos países menos abastados, sem meios de intervir nos indicadores sociais e econômicos associados à doença.

    De acordo com o PhD em Neurociências, Fabiano de Abreu Agrela, primeiro é preciso avaliar o tipo de demência.

    “Uma das razões é o fato das mulheres viverem mais tempo que os homens. Uma menina nascida em 2000, por exemplo, viverá 5 anos a mais do que um menino no mesmo ano de nascimento. Para uma ideia típica de proporção. Isso tem relação com o fato de que a doença de Alzheimer tem uma incidência maior com o avanço da idade”, explicou.

    No entanto, de acordo com Fabiano, a resposta acima perde força já que, as mulheres são mais propensas do que os homens a desenvolver a doença de Alzheimer, porque mesmo entre os indivíduos que vivem e têm a mesma idade, as mulheres têm maior probabilidade de serem diagnosticadas com Alzheimer do que os homens.

    “Não julgo este estudo e penso que todos eles têm sua parte lógica e deve ser levado em consideração. Mas, acredito que este ainda não é uma conclusão mediante a tantas possibilidades possíveis, entre elas, o fato das mulheres serem mais ansiosas que os homens e as consequências da ansiedade em excesso. E isso tem razão não apenas social e cultural, como também hormonal.

    Estudos também já comprovaram a relação da ansiedade com a doença de Alzheimer. Então, penso que, este estudo é apenas um trecho de diversos e diferentes fatores que estão relacionados à demência”, afirmou.

    Segundo Fabiano, Amilóide, um componente da patologia da doença de Alzheimer, pode ser depositado para combater infecções no cérebro. Ou seja, pode haver uma relação como um subproduto do sistema imunológico do nosso cérebro.

    “As mulheres têm cerca de duas vezes mais chances de ter uma doença autoimune e pode ter relação com o sistema imunológico delas e muitas doenças autoimunes são mais comuns durante a gravidez. Esse sistema imunológico mais forte delas, por causa da gravidez, pode acabar por terem mais placas amilóides do que os homens”, finalizou.

  • Desonestidade: neurocientista revela como age cérebro de pessoas desonestas

    Desonestidade: neurocientista revela como age cérebro de pessoas desonestas

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    Você conhece alguém desonesto? A pessoa que usa da mentira para se sobressair de situações ou até para prejudicar outras pessoas? Bom, essas pessoas estão espalhadas em todos os lugares do mundo e esse comportamento que envolve a desonestidade, nem sempre é somente uma questão de caráter.

    De acordo com o PhD em Neurociências e Mestre em Psicologia, Fabiano de Abreu Agrela, a pessoa desonesta pode ser assim por uma questão de caráter ou por causa de um problema mental.

    “De certa forma, são pessoas que se tornam arrogantes pela própria desonestidade, para tentar balancear o prejuízo do peso de não ser honesto. Pois o certo e o errado está bem definido em nossa cultura e sociedade. Logo, o que destoa, torna-se um peso”, disse.

    Segundo Fabiano, a arrogância, tem como semântica a inveja e a prepotência, logo, ver a honestidade de alguém, fere aos que não conseguiram conquistas através da honestidade. “É como uma competição narcísica em que, a falta de capacidade de conseguir fazer o certo, faz odiar os que conseguem”, complementou.

    “Neurocientificamente falando, a desonestidade aumenta com o tempo. Há muita atividade em regiões do cérebro associadas às emoções – a amígdala em particular. Com o tempo, quanto mais desonesto, essa região diminui a sua atividade. Mas isso não é bom, pois significa que o cérebro se moldou a essas circunstâncias. O cérebro tem a capacidade de se adaptar e tornar os estímulos menos intensos. Infelizmente, a adaptação torna mais fácil fazer algo ruim”, explicou.

    Conforme Fabiano, essa alteração também afeta a região frontotemporal fazendo com que o indivíduo distorça a razão a seu favor. Ou seja, segundo o professor, essa pessoa começa a não se importar com a mentira.

    O especialista também afirmou que experimentos de imagens cerebrais conduzidos por Tali Sharot na University College London mostram que o cérebro se adapta ao comportamento desonesto. Os participantes mostraram atividade reduzida em seu sistema límbico à medida que contavam mais mentiras, apoiando a ideia de que cada mentira torna a mentira mais fácil.

  • The Last of Us: Neurocientista explica o que podem levar fungos a nos transformar em “zumbis”

    The Last of Us: Neurocientista explica o que podem levar fungos a nos transformar em “zumbis”

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    A série “The Last of Us” é um dos maiores sucessos da HBO Max, baseada em uma franquia de jogos eletrônicos, a produção tem chamado atenção pela sua temática, onde são mostrados fungos, chamados Cordyceps, capazes de transformar seres humanos em “zumbis” ao controlarem a sua mente.

    Na ficção, os efeitos causados pela infecção pelo fungo Cordyceps são deformações na região da cabeça, confusão mental e comportamentos perigosos, como movimentos bruscos e gritos. O que muitos não sabem é que o fungo existe de verdade e parasitam formigas, além de serem utilizados pela medicina chinesa, mas final, eles também pode infectar humanos dessa forma?

    Segundo o Pós PhD em neurociências e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, já existem fungos capazes de controlar o cérebro  de formigas e não descarta que fungos façam o mesmo com humanos.

    Na própria série é dado um exemplo de fungos que afetam o sistema nervoso de formigas e isso realmente ocorre através de determinadas infecções fúngicas que podem apresentam alterações em substâncias neuromoduladoras, sinais de neurodegeneração, alterações no uso de energia e compostos antioxidantes que sinalizam reações de estresse por parte do hospedeiro no cérebro das formigas manipuladas”.

    As células fúngicas estão conectadas e formam uma rede para controlar o comportamento do hospedeiro coletivamente. Os corpos podem se tornar uma extensão do próprio fenótipo do fungo já que o fungo é conhecido por secretar metabólitos específicos no tecido e causar alterações na expressão génica, o que resulta no comportamento alterado do hospedeiro.”

    Mas estou falando em formiga, para humanos é mais improvável que tal fungo possa nos transformar em zumbis, devido a diferenças entre a biologia humana e a dos insetos.Eu penso que o improvável não é impossível…”. Aponta Dr. Fabiano de Abreu.

    *De onde vem os Cordyceps?*

    Os cogumelos Cordyceps englobam uma variedade de mais de 400 espécies diferentes que existem em todo o mundo, principalmente em países como o Japão, Estados Unidos, Índia, Bolívia e Peru. Afetam principalmente formigas e alguns tipos de insetos e artrópodes, podendo variar de acordo com a espécie do fungo.

    *O que pode acontecer se um ser humano ingerir mofo?*

    Vivemos cercados de diversos tipos de fungos, muitos deles tóxicos para o nosso organismo, normalmente surgidos em alimentos apodrecidos.

    A ingestão desse tipo de fungos é bastante prejudicial e pode causar uma série de complicações, como alergias, vômitos, dores abdominais e pode contribuir para o surgimento de câncer.

    Não apenas a ingestão, como a simples aspiração recorrente do mofo pode causar inclusive sintomas psiquiátricos, como falta de clareza mental, déficit de atenção, ansiedade, entre outros”. Alerta o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

  • Empatia como muleta para pessoas com transtorno narcisista

    Empatia como muleta para pessoas com transtorno narcisista

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    A sociedade brasileira gera um solo fértil para o surgimento de transtornos narcisistas, desigualdade social, violência, uso excessivo de redes sociais, ansiedade, entre outros fatores, contribuem para isso.

    Uma pessoa narcisista sente a necessidade de estar em um alto patamar diante de terceiros, ser o centro das atenções e alvejado por elogios constantes para se sentir bem e completo, mesmo que para isso seja necessário simular atos de amor ao próximo.

    Nem todos, é claro, são empáticos com intenções narcísicas secundárias, a empatia é um processo biológico que ocorre no córtex pré-frontal, região responsável, dentre outras funções, pela expressão da personalidade e tomada de decisões, o que torna esse tipo de comportamento absolutamente natural e sem necessidade de propaganda.

    Já para quem tem a empatia narcisista, seus atos são normalmente bastante difundidos e muitas vezes assumem aspectos dramáticos para gerar maior identificação, entretanto, para que eles sejam postos em prática é necessário um esforço consciente, diferente do que ocorre quando esse processo surge naturalmente.

    Com o advento das redes sociais, a empatia narcisista se tornou mais uma importante ferramenta para atrair os olhares para si e gerar a sensação de superioridade para quem sofre desse transtorno, aguçando estímulos enraizados no ser humano de forma alterada devido ao colapso que nosso organismo tem sofrido nos últimos anos.