Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • ‘Melhora da morte’: Neurocientista explica porque pacientes melhoram pouco antes de morrer

    ‘Melhora da morte’: Neurocientista explica porque pacientes melhoram pouco antes de morrer

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    É muito comum, em especial em pacientes em estados graves, que haja uma melhora súbita e significativa pouco antes do falecimento, o que para muitos está ligado à espiritualidade, é conhecido como “melhora da morte” e a ciência possui diversas hipóteses para explicar esse fenômeno.

    Devido à dificuldade de se realizar exames médicos potencialmente invasivos em pacientes em estado grave para explicar melhor a situação, nenhuma das hipóteses foi comprovada cientificamente ainda, mas de acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o cérebro pode exercer um importante papel nesse processo.

    Eu arrisco dizer que esse fenômeno tem relação direta com o aumento da produção de neurotransmissores no cérebro como endorfina, adrenalina e dopamina como um último recurso, e em alguns casos, com a remoção de medicamentos que causam efeitos colaterais”. Afirma

    A hipótese da descarga de hormônios é reforçada por especialistas, acreditando-se ser uma última tentativa de manter o corpo funcionando mesmo em estados críticos de saúde, mas após o esgotamento dos estoques das substâncias no cérebro e a paralela deterioração irreversível dos órgãos, o efeito cessa e causa uma consequente piora e a morte do paciente, essa é uma das possibilidades mas endossadas pela ciência para o fenômeno.

  • Acelerar vídeos e áudios na internet pode causar ansiedade? Neurocientista explica

    Acelerar vídeos e áudios na internet pode causar ansiedade? Neurocientista explica

    Cada vez mais diversas plataformas na internet tem adicionado ao seu hall de ferramentas, Youtube, Whatsapp e streamings como Netflix já aderiram à função, recursos que permitem acelerar em até 2x vídeos e áudios, uma funcionalidade que pode parecer mais uma praticidade também pode contribuir para o aumento da ansiedade.

    Os impactos para o seu cérebro de acelerar mídias

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    Por serem funções relativamente novas, ainda não há estudos sobre o impacto da aceleração de vídeos e áudios no cérebro, mas esses recursos fazem parte de um grande processo de estímulo à ansiedade na internet.

    Limitações de caracteres, o sucesso de vídeos curtos nas redes sociais, músicas em versões aceleradas viralizando, todos esses processos colaboram para um aumento a ansiedade pelo estímulo à necessidade de acelerar tudo para encontrar respostas ou atingir objetivos o mais rápido possível, o que muitas vezes também é transferido para a vida real, como explica o Pós PhD Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

    Quando você usa as ferramentas de aceleração de áudio e vídeo de forma constante e indiscriminada você está ‘treinando’ o seu cérebro para assimilar informações de forma acelerada, a viver de forma acelerada”.

    O que está por trás da necessidade de acelerar o episódio de uma série se não a ansiedade incontrolável de saber o que acontece na cena seguinte? Mas isso esbarra em uma limitação, não é possível acelerar a vida real, o que faz com que o cérebro, moldado pela velocidade da internet, encontre barreiras para funcionar nesse mesmo ritmo no mundo real” Explica.

  • Pandemia acelerou envelhecimento do cérebro de adolescentes, afirma estudo

    Pandemia acelerou envelhecimento do cérebro de adolescentes, afirma estudo

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    A pandemia e o consequente isolamento social foram extremamente prejudiciais para a saúde mental da sociedade como um todo, no entanto, esses impactos negativos podem ser mais intensos entre os adolescentes.

    É o que indica a nova pesquisa realizada por um grupo de cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos e publicado pela revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science, que afirma que o isolamento social causado pela pandemia estimulou o envelhecimento precoce de cerca de três anos nos jovens.

    O estudo analisou dados de ressonâncias magnéticas de um grupo de 128 adolescentes durante o primeiro ano de pandemia, e identificou alterações no desenvolvimento de áreas importantes do cérebro como o hipocampo, amígdala e córtex cerebral, responsáveis por funções como memórias, sentimentos, linguagem e percepção social.

    Essas alterações estão normalmente relacionadas a situações traumáticas como violência, dependência e disfunções familiares, causando geralmente doenças como depressão, ansiedade, doenças cardíacas e dificuldade em lidar com emoções.

    Esse envelhecimento acelerado pode causar uma série de problemas durante a vida dos jovens, como alerta o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

    O envelhecimento precoce do cérebro de adolescentes é uma situação séria pois desenvolve de forma anormal áreas do cérebro responsáveis por importantes funções, como a formação de memórias e regulação de emoções, ter alterações nessas funções pode significar uma estimulação ainda maior ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre os jovens” Ressalta.

    O estudo não indicou se as alterações são permanentes, no entanto, as mudanças não foram identificadas em grupos de outras faixas etárias, de acordo com os responsáveis pela pesquisa, após os participantes completarem 20 anos, serão reanalisados para identificar como os impactos se mantêm ao longo do tempo.

  • Estudo aponta os benefícios da implantação dos neurônios artificiais no córtex pré-frontal

    Estudo aponta os benefícios da implantação dos neurônios artificiais no córtex pré-frontal

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    Os neurônios atuam no sistema nervoso sendo responsáveis pela propagação do impulso nervoso e consideradas as unidades básicas desse sistema. O neurônio artificial é inspirado no neurônio biológico. Por meio do entendimento do funcionamento do neurônio biológico no cérebro, e partindo daí, cria um modelo de inteligência artificial.

    Um estudo do Pós PhD Neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, publicado na revista científica Recisa Tec, buscou compreender os benefícios da implantação de neurônios artificiais no córtex pré-frontal e como ocorre seu desenvolvimento. Falando de métodos, segundo Fabiano, o artigo é uma revisão de literatura desenvolvida por meio das bases de dados: SciELO, PubMed, Psycinfo.

    Segundo o autor, Redes Neurais Artificiais correspondem a sistemas  configurados para representar, de  forma mais semelhante possível, às redes neurais do cérebro humano por meio da Inteligência Artificial. Tal semelhança se configura da mesma forma que o cérebro humano faz: a cada nova experimentação, novas aprendizagens se estabelecem, e no caso, das artificiais, a partir de comparação de amostras mesmo que não haja um objetivo balizador.

    “A diferença principal desse  sistema artificial em relação ao  sistema neural do cérebro se refere ao conhecimento prévio: essas redes iniciam o processo de compreensão das características importantes com base no material que está sendo apresentado no treinamento, enquanto o cérebro humano processa as informações a partir de um conhecimento anterior”, menciona trecho do estudo.

    “Uma aplicabilidade interessante  das redes neurais artificiais se dá  pela capacidade de aprender de  forma ilógica, não  linear, ao  detectar componentes de uma  imagem que não são evidentes, capacidade resultante de  mecanismos artificiais para destacar e identificar itens decompondo-os”, emenda.

    Segundo o autor, nesse processo, as redes neurais artificiais usam mecanismos que retratam de forma quase semelhante às redes neurais do cérebro humano, quando um grupo de nós conectados –neurônios artificiais – cujas conexões imitam sinapses transferindo informações de um ao outro.

    “Uma rede neural recorrente ou Recurrent, por exemplo, permite  que as informações persistam como no cérebro humano. É projetada para reconhecer padrões em sequência de dados, considerando tempo e sequência numa dimensão temporal. Isso ocorre porque utiliza conexões entre nós – neurônios  artificiais – para criar gráficos  permitindo um loop de dados num  ciclo. Tal capacidade advém do  comportamento  temporal dinâmico  em que pode usar sua memória  interna para processar a sequência   de entrada de informações. Esse   tipo de rede é utilizado no reconhecimento de caligrafia e fala e pode ser também uma poderosa aliada ao mecanismo de atenção e redes de memória, pois simula os ciclos de feedbacks da memória humana sendo também cumulativa”, cita.

    Diferentemente, também conforme o autor, a rede neural feedforward possui uma direção única para envio de dados, a partir dos nós de entrada, passando pelos nós ocultos, se for o caso, até chegar aos nós de saída. “Ela é considerada  mais  simples, mesmo dispondo de  camadas ocultas. Pode ser treinada a fim  de minimizar os erros em  categorizar imagens pré-rotuladas  e por não ter noção de ordem  temporal, como a anterior, considera apenas a entrada atual a que foi exposta, por isso, comumente chamada de amnésica”, completa.

    O estudo conclui ainda que o modelo de neurônio artificial é um  avanço na ciência, porém ainda se  faz necessário diversos estudos  para aprimoramento. Tal método  pode trazer benefícios para a saúde  como um todo. Um neurônio artificial é um ponto de conexão em uma rede neural artificial. As redes neurais artificiais, como a rede  neural  biológica do  corpo humano, possuem uma arquitetura em camadas e cada nó da rede (ponto de conexão) tem a capacidade de processar a entrada e encaminhar a saída para outros nós da rede. Tanto na arquitetura artificial quanto na biológica, os nós são chamados de neurônios e as conexões são caracterizadas por pesos sinápticos, que representam o significado da conexão. À medida que novos dados são recebidos e processados, os pesos sinápticos mudam e é assim que ocorre o aprendizado.

  • Neurociência com base psicológica pode ser consultoria com eficácia terapeuta dinâmica

    Neurociência com base psicológica pode ser consultoria com eficácia terapeuta dinâmica

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    Em uma sociedade “adoecida”, onde cada vez mais pessoas tratam transtornos mentais e onde a rapidez no processo de tratamento é a maior procura por parte dos pacientes, surge uma nova alternativa: uma consultoria através da neurociência com base na psicologia. Ou seja: uma consultoria que usa o estudo do cérebro para auxiliar no tratamento de doenças e transtornos psicológicos.

    O Dr. Fabiano de Abreu Agrela é um Pós PhD em Neurociências e mestre em psicologia membro da Sigma Xi, associação dos melhores cientistas do mundo, vinculada ao prémio Nobel. O doutor disse que ciente da necessidade dinâmica atual, a consultoria é eficaz na prevenção e orientação.

    “São muitos os relatos de pessoas que não têm paciência para fazer terapias, assim como só precisam do gatilho para tomarem as suas decisões.”

    De acordo com o especialista, muitas pessoas não aderem à abordagem dos psicólogos, muitas vezes, por causa do método utilizado. “Esse método da psicologia é eficaz. Mas, muita gente não entende. As pessoas que buscam uma resposta rápida acabam desistindo. Na anamnese o analista escuta primeiro, para depois começar a dar comandos, e o que acontece é que muita gente não espera isso”, disse.

    A outra dificuldade, segundo o neurocientista, é entender e aceitar o problema que se tem. “Pessoas com transtorno de personalidade dramática e seus derivados, por exemplo, geralmente têm, em sua personalidade, o narcisismo e por causa disso não acreditam que estão com o problema e nem o aceitam.”

    Já na consultoria, segundo Fabiano, a pessoa pode entendê-la como algo dinâmico e que não é, necessariamente, uma ajuda, mas sim uma forma de adquirir conhecimento e de melhorar a própria vida.

    “Então, o profissional, nessa consultoria, mesmo entendendo o problema daquela pessoa, ele pode manipular de uma maneira em que se traga a solução de forma subjetiva. A pessoa pode enxergar uma forma de otimizar a si mesmo e aprender a melhorar a própria vida”, finalizou.

  • Ansiedade matemática: Por que as pessoas têm medo de cálculos?

    Ansiedade matemática: Por que as pessoas têm medo de cálculos?

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    “Deus criou 1+1 e o diabo criou X+Y”. Quem nunca ouviu frases como essa durante a escola? Elas fazem parte da convenção de que a matemática é uma matéria difícil de ser assimilada e seus conceitos, complexos demais para serem compreendidos, mas quanto disso é realmente verdade e quanto diz respeito ao nosso psicológico? Conheça a ansiedade matemática.

    O que é a ansiedade matemática?

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, em seu artigo “Ansiedade matemática e inteligência”, publicado pela editora Atena, a ansiedade matemática é “um conjunto de crenças, sintomas físicos e emocionais que algumas pessoas experimentam ao lidar com matemática”.

    Ela é caracterizada pela apatia ou repulsa dos alunos pela matemática, mas a ansiedade matemática vai além dos sintomas físicos, também podendo causar sensações desagradáveis, antecipação de punição e pode desencadear uma série de efeitos negativos.

    A ansiedade matemática tem raízes em ideias negativas socialmente aceitas sobre a matemática que, muitas vezes, não refletem a realidade, ela pode ser até configurada como uma fobia causada por sentimentos de desamparo e tensão diante de estímulos que envolvem cálculos e números.

    “A ansiedade à matemática apresenta três elementos emocionais, um ambiente específico e três critérios delimitadores. Reações fisiológicas sentidas e relatadas como desagradáveis, tais com taquicardia, sudorese, extremidades frias, gastrologias, dores de cabeça, náuseas. Sentimentos de fuga e esquiva que tem por função a retirada da estimulação aversiva, faltar a aula, ficar doente no dia da prova. Reações cognitivas peculiares, de maneira negativas à matemática” Afirma no artigo.

    Como a ansiedade matemática pode ser tratada ou evitada?

    Por ser um problema profundamente enraizado na nossa mente e na própria sociedade, a ansiedade matemática não é fácil de ser superada, mas para isso, é necessário que três pilares importantes unam forças: O professor, a escola e a família.

    “O professor desempenha papel importantíssimo, pois a forma como a disciplina será aplicada, ensinada, influenciará no sentimento adquirido em relação à matéria. […] É muito importante que o aluno que apresente ansiedade matemática conte ao seu docente e aos familiares para que as devidas providências sejam tomadas tanto pela escola, quanto pela família. A escola pode atuar com a psicopedagoga e a família precisa ver de onde é a raiz do problema para que o mesmo seja solucionado rapidamente”. Explica Dr. Fabiano de Abreu no artigo.

  • Neurocientista ensina truques para se tornar mais persuasivo

    Neurocientista ensina truques para se tornar mais persuasivo

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    A persuasão é a arte de saber convencer alguém do seu ponto de vista, mesmo que ele seja inicialmente contrário, é uma habilidade fundamental para diversas profissões e situações da vida, mas você sabe quais são os processos mentais que levam alguém a ser influenciado por outra pessoa?

    Como seu cérebro influencia a confiança durante tomada de decisões

    O processo de tomada de decisões é fundamental para entender como a persuasão ocorre, esse processo é analisado pelo artigo “Processo de persuasão: Como desenvolver as áreas afetadas no cérebro”, produzido pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, e publicado pela Editora Atena, onde é ressaltado o papel da confiança.

    “Para ocorrer a persuasão é necessário que haja confiança entre o ouvinte. Sendo que em conjunto, temos o córtex pré-frontal ventromedial que possui habilidade de analisar, a longo prazo, se tal confiança será de benefício para o indivíduo [..] temos o córtex pré-frontal dorsomedial que age no processo da construção de confiança, bem como nos processos de planejamento [..] junto a isto temos a parte que condiz a sensação de reciprocidade relacionada a confiança que está ligada ao núcleo caudado e ao córtex orbitofrontal”. Ressalta o artigo.

    Técnicas da filosofia para se tornar mais persuasivo

    O artigo também relata as três principais técnicas da filosofia para se tornar mais persuasivo, elas foram cravadas por diversos pensadores e são muito úteis até hoje para estimular o poder de convencimento, elas são o ethos, logos e pathos.

    Ethos: Diz respeito à credibilidade de quem fala, por isso, é fundamental cuidar da sua reputação para se tornar uma pessoa digna de confiança.

    Logos: É a técnica da filosofia que se refere à lógica apresentada, é preciso apresentar argumentos racionais para persuadir melhor o ouvinte.

    Pathos: Capacidade de se conectar com o público, é uma das habilidades mais importantes, sensibilizar os ouvintes sobre o seu ponto de vista, geralmente usando convicções pessoais e crenças.

    O que preciso para me tornar mais persuasivo?

    Conseguir convencer alguém diz respeito a uma série de habilidades que precisam estar bem alinhadas para serem efetivas, para esse caso, Dr. Fabiano de Abreu dá algumas dicas no seu artigo.

    “As pessoas conseguem ser persuadidas com uma melhor facilidade quando é por um indivíduo que demonstra gostar delas […] indivíduos que passem confiança naquilo que é falado, através de atitudes que condizem com suas palavras e crenças […] ; a maioria das pessoas [também] levam muito em consideração verem outras pessoas realizando algum ato, ou adquirindo algum produto de desejo. A ideia é levar ao indivíduo a crer que ele está tomando a melhor atitude” Ressalta.

    “Inteligência, lógica, memória, tomada de decisão, criatividade, capacidade neurolinguística cognitiva, cognição desenvolvida, controle emocional, são alguns dos elementos essenciais para a persuasão” Afirma Dr. Fabiano de Abreu.

  • Transtorno Bipolar: Especialista explica como a doença é capaz de alterar o cérebro

    Transtorno Bipolar: Especialista explica como a doença é capaz de alterar o cérebro

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    O transtorno bipolar é uma doença maníaco-depressiva conhecida por gerar flutuações extremas de humor, criando uma alternância entre estados de euforia, depressão e normalidade que variam bastante de frequência, intensidade e duração, além de irritabilidade, esquecimento, aumento da libido, ideias suicidas e fala compulsiva.

    Normalmente, ele se manifesta em ambos os sexos entre os 15 e 25 anos, apesar de também poder afetar crianças e idosos, em geral, seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças, por isso, é fortemente indicado contar com um profissional para um diagnóstico exato que ajudará a direcionar melhor seus tratamentos.

    Como explica o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, as causas desse transtorno ainda não são totalmente compreendidas, mas há fortes indícios da sua ligação com a genética.

    As causas exatas do transtorno bipolar ainda são desconhecidas, mas ela tem sido fortemente associada a fatores genéticos que causam alterações específicas em algumas áreas do cérebro e na ação de determinados neurotransmissores, o que gera oscilações de humor”.

    Alguns estudo correlacionam o transtorno com a ação do gene AKAP11, que também pode estar ligado ao desenvolvimento de esquizofrenia, a ação dos genes é fundamental nesse processo, cerca de 80% dos casos estão associados a fatores genéticos hereditários”. Afirma.

    Transtorno bipolar pode gerar alterações no cérebro

    De acordo com os resultados de um dos maiores estudos sobre bipolaridade que analisou ressonâncias magnéticas de mais de seis mil pacientes, houve redução da massa cinzenta no cérebro de pessoas com o transtorno bipolar em comparação com pessoas saudáveis, as alterações foram mais significativas nas regiões frontal e temporal do cérebro, responsáveis pelo controle das emoções.

    Diversos neurotransmissores também são alterados em pessoas com o transtorno, a noradrenalina, por exemplo, apresenta reduções significativas em pacientes com bipolaridade, níveis de dopamina e serotonina também são alterados, mudanças que, neste último, também se relacionam com comportamentos agressivos e suicídio”. Explica Dr. Fabiano de Abreu.

    Tratamento do Transtorno Bipolar

    O transtorno bipolar não tem cura, mas com os tratamentos disponíveis pode ser controlado, melhorando a qualidade de vida do paciente.

    Geralmente o tratamento se baseia em mudanças no estilo de vida do paciente, como o corte do consumo de substâncias psicoativas e estímulo a hábitos saudáveis, como controle do estresse e qualidade de sono, além do uso de psicoterapia.

    O uso de medicamentos também é importante, a depender da evolução do quadro e da gravidade da doença, podem ser prescritos ansiolíticos, neurolépticos, antipsicóticos, estabilizantes de humor e até anticonvulsivantes.

  • Cefaleia Tensional: Sua dor de cabeça pode não ser apenas uma enxaqueca

    Cefaleia Tensional: Sua dor de cabeça pode não ser apenas uma enxaqueca

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    Quem nunca sentiu aquela dor de cabeça chata que fez sua produtividade no trabalho cair ou te fez cancelar um programa divertido? Infelizmente, as dores de cabeça são um dos tipos de dor mais comum, no entanto, muitos sempre as rotulam como “enxaqueca”.

    Mas existem diversos outros tipos de dores de cabeça que podem prejudicar a sua qualidade de vida, uma das mais comuns é a cefaleia tensional.

    O que é a cefaleia tensional?

    A cefaleia tensional é um tipo de dor de cabeça que causa a sensação de pressão, como se a cabeça estivesse sendo apertada, o que pode se estender aos ombros, pescoço e couro cabeludo.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, existem basicamente duas formas em que a cefaleia tensional pode afetar alguém.

    Ela pode ocorrer basicamente de duas formas, episódica, quando se manifesta menos de 15 vezes por mês e tem uma breve duração, ou crônica, quando ocorre mais constantemente e dura por mais tempo, podendo ir de horas a dias” Explica.

    Como é feito o diagnóstico?

    “Para diagnosticar a cefaleia tensional são necessários exames físicos e uma avaliação médica do caso, geralmente isso é suficiente, mas em alguns casos podem ser necessários exames de imagem, como tomografias computadorizadas, para descartar outras possibilidades”. Afirma o Dr. Fabiano de Abreu.

    O que causa a cefaleia tensional?

    As causas da cefaleia tensional ainda não são totalmente conhecidas pela ciência, apesar de existirem fortes indicações de que seu surgimento tenha relação com a tensão e contração da musculatura presente na parte de trás da cabeça.

    Essa contração pode ocorrer devido a uma série de fatores como estresse, ansiedade, alcoolismo e tabagismo, privação ou distúrbios de sono, fadiga ocular e dores em outras regiões da cabeça ou no pescoço.

    Como prevenir?

    Tanto a prevenção, quanto o tratamento são direcionados para os fatores que desencadeiam a cefaleia tensional, geralmente utilizando intervenção psicológicas, técnicas de controle de estresse, readequação dos padrões de sono, redução do consumo de álcool, entre outros”.

    Normalmente são utilizados analgésicos para tratar as formas mais leves, no entanto, quando existem quadros mais graves ou crônicos, podem ser usados medicamentos para enxaqueca, a depender da prescrição do médico”. Explica Dr. Fabiano.

  • Síndrome da Encefalopatia Posterior Reversível: Neurocientista explica mais sobre a doença

    Síndrome da Encefalopatia Posterior Reversível: Neurocientista explica mais sobre a doença

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    A Síndrome da Encefalopatia Posterior Reversível, também conhecida como PRES, é uma doença que causa sintomas como convulsões, cefaléia, distúrbios visuais e alterações no nível de consciência do indivíduo afetado, prejudicando fortemente a sua qualidade de vida, ela pode ocorrer em qualquer idade, mas afeta mais frequentemente jovens adultos em de meia-idade, em especial do sexo feminino.

    A detecção precoce dos sintomas da síndrome é fundamental para aumentar a capacidade dos tratamentos reverterem o quadro, mas poucos têm conhecimento da doença,o que pode dificultar seu diagnóstico.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, indicado membro da Sigma Xi, os sintomas da síndrome podem variar bastante, o que também pode dificultar a sua identificação, por isso, é fundamental realizar o acompanhamento com um profissional.

    A PRES pode ter sintomas que variam bastante, mas em geral se resume a alterações visuais, cefaleias e déficits neurológicos, que podem evoluir para estados de confusão mental e convulsões, o que pode ser mais facilmente identificado pelo paciente ou pessoas próximas, mas que só pode ser confirmado por um profissional”.

    O diagnóstico é feito com base em diversas características, como anormalidades sorológicas e níveis elevados de proteína no líquido cefalorraquidiano, além de análises clínicas e exames de imagem, como o eletroencefalograma, que auxilia na identificação de alterações, principalmente na região parieto-occipital e frontal pré-central/posterior alta, que apresentam desproporcionalidades em 95% dos casos” Explica Dr. Fabiano de Abreu sobre o diagnóstico da síndrome.

    Existem alguns fatores considerados de risco para o desenvolvimento da PRES, principalmente doenças autoimunes, infecções, transplantes, eclâmpsia e agentes quimioterápicos

    Como é feito o tratamento da doença?

    O diagnóstico precoce é essencial para a efetividade do tratamento, em 70% dos casos é necessária a internação na UTI por encefalopatia, estado de mal epilético, que é uma crise de epilepsia com duração maior que 30 minutos, ou convulsões”.

    Geralmente alguns cuidados como a redução ou retirada total da realização de quimioterapia ou medicamentos imunossupressores a depender da situação de cada paciente, em casos de alta confusão mental pode ser necessária a intubação, diálise para pacientes com insuficiência renal, administração via intravenosa de anticonvulsivantes, entre outros, normalmente focando no manejo do fator desencadeante da síndrome” Explica Dr. Fabiano.

    Como aumentar as chances de recuperação?

    A PRES possui um prognóstico favorável podendo ser revertida, no entanto, há mortalidade em cerca de 19% dos pacientes e em 44% ocorrem comprometimentos funcionais que requerem cuidados de longo prazo, no entanto, um diagnóstico rápido e seguir todas as orientações médicas é essencial para aumentar as chances de recuperação do quadro” Afirma.

    Como as causas da síndrome ainda não são totalmente estabelecidas, a principal forma de prevenção é cuidar dos fatores de risco, pressão arterial, função renal, câncer, doenças autoimunes, por exemplo” Afirma Dr. Fabiano.