Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • Saiba quais são os riscos neurológicos da picada de escorpião

    Saiba quais são os riscos neurológicos da picada de escorpião

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    Você conhece os riscos da picada do escorpião? Para além da dor e dos sintomas que já são bastante conhecidos, como coceira e até febre, a picada desse animal tem riscos ainda mais sérios.

    De acordo com o PhD em Neurociências e Biólogo, Fabiano de Abreu, o veneno do escorpião é produzido em glândulas localizadas na porção distal da cauda (télson). É composto de polipeptídeos solúveis em água de vários pesos moleculares baixos que possuem propriedades enzimáticas e pró-inflamatórias.

    “A toxina estimula o fenômeno inflamatório por meio da estimulação em cascata da liberação de citocinas, que também irão regular e amplificar a resposta imune. Destacam-se dois grupos dessas substâncias, as que desencadeiam e sustentam a inflamação como a interleucina (IL)-1β, IL-6, IL-8 e o fator de necrose tumoral (TNF)-alfa, enquanto outras se opõem, contrabalançando a ação do anteriores como IL-4 e IL-10. O equilíbrio das respostas pró e anti-inflamatórias dependerá das manifestações clínicas da intoxicação”, explica.

    O mais grave, segundo Fabiano ainda pode estar por vir. “Em casos graves, o aumento da atividade simpática, como hipertensão, arritmias e insuficiência cardíaca, torna-se predominante. A ativação do sistema nervoso periférico causa diferentes síndromes neuromusculares.  Movimentos anormais ou paralisia em diferentes níveis”, conta.

    Fabiano também brincou que “o escorpião é animal artrópode de mais de 400 milhões de anos e está mais presente em nosso meio já que se adaptam muito fácil ao nosso meio. Ele são resistentes como as baratas, ou seja, se ocorrer um apocalipse, eles estão mais seguros que nós e para melhorar, se alimentam de baratas.”

    Segundo o especialista, para se prevenir da picada, é importante evitar os ambientes propícios ao escorpião, como material de construção, madeiras, entulhos, que possam servir de abrigo.

    “O escorpião tem hábito noturno, período no qual ocorrem a maioria dos acidentes. Recomenda-se impedir o seu acesso através de frechas de janelas e ralos, fechando as janelas e observando se há por onde entrar, assim como ralos que possam ser fechados. Eles se alimentam de baratas, evitar que as tenha em casa. Também é importante sempre observar o sapato que vai calçar, também cuidado ao colocar as mãos em caixas, entulhos e na toalha que vai usar”, disse.

    Fabiano também disse que os escorpiões estão em todos os continentes menos na Antártida.

    “O escorpião tem alta capacidade de reprodução. No Brasil, o escorpião Tityus serrulatus, o escorpião amarelo, estão cada vez mais nos ambientes onde os humanos vivem. E é um dos mais perigos.
    Uma outra curiosidade é que ele não precisa de macho ou fêmea para reprodução, basta um indivíduo”, disse.

    Mas, o que fazer em casos de picada? Segundo o especialista, caso seja picada, a pessoa deve ser levada imediatamente ao hospital.

    Os casos em adultos são mais leves, já  crianças podem evoluir com quadros leves, mas de forma moderada e grave a piora pode se dar em menos de duas horas.

    Sintomas do envenenamento

    – Dor forte;
    – Dor imediata;
    – Sensação de ardência ou agulhada;

    Depois

    – Agitação ou sonolência;
    – Suor intenso;
    – Aumento da salivação;
    – Náuseas;
    – Vômitos;
    – Aumento da frequência cardíaca;
    – Dificuldade de respirar.

  • Encefalopatia Traumática Crônica: Neurocientista explica condição rara de Éder Jofre

    Encefalopatia Traumática Crônica: Neurocientista explica condição rara de Éder Jofre

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    O legado deixado por Éder Jofre, grande ícone do esporte brasileiro que conquistou dois títulos mundiais em categorias diferentes e foi reconhecido como uma estrela internacional do esporte, faleceu em outubro do ano passado aos 86 anos, está agora ajudando a ciência a avançar em seus estudos sobre uma doença pouco conhecida.

    Atendendo a um pedido do ex-boxeador, sua família decidiu doar seu cérebro para pesquisas, e os cientistas da USP descobriram recentemente algo que pode ajudar muitas pessoas: a hipótese diagnóstica de Éder foi confirmada nas análises, revelando que ele sofria de Encefalopatia Traumática Crônica.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, são necessários mais estudos para entender melhor o funcionamento da doença.

    Ainda se tem pouco material sobre a  encefalopatia traumática crônica, o que se sabe é que ela pode estar relacionada a alguns tipos de esportes ou pancadas na cabeça, ela ocorre quando o cérebro é chacoalhado na caixa craniana durante choques na cabeça, o que leva à ruptura de neurônios e deixa uma espécie de ‘rastro’ composto pela proteína Tau, que se acumula ao longo dos anos em regiões específicas do cérebro, criando pontos mais escuros que foram identificados na análise microscópica do cérebro de Éder”.

    Estudos do tipo são fundamentais para entender melhor a doença e avançar no desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico, prevenção e tratamento para a condição, além de esclarecer melhor a sua relação com concussões em esportes” Afirma Dr. Fabiano de Abreu.

    O que é a Encefalopatia Traumática Crônica?

    A encefalopatia traumática crônica (ETC) é uma doença degenerativa progressiva do cérebro que pode ser causada por lesões traumáticas repetitivas na cabeça ou por lesões por explosões.

    A doença é caracterizada por sintomas como perturbação do humor, anomalias comportamentais, comprometimento cognitivo e anormalidades motoras, que podem se desenvolver em diferentes idades.

    O diagnóstico clínico da ETC é baseado em critérios que incluem a história de traumatismo craniano, sinais e sintomas consistentes com a doença e a ausência de uma explicação mais provável para os resultados clínicos.

    Atualmente, não há nenhum biomarcador objetivo e validado para identificação da ETC e o diagnóstico definitivo só pode ser feito por meio de exame neuropatológico durante a autópsia, também não há um tratamento específico para a ETC.

  • “Inteligência Artificial põe em xeque noções de realidade”, diz especialista

    “Inteligência Artificial põe em xeque noções de realidade”, diz especialista

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    A Inteligência Artificial talvez seja o assunto mais falado do ano, com ferramentas lançadas por grandes empresas de tecnologia que apresentam produções visuais e textuais quase indistinguíveis das reais, tem gerado polêmicas sobre os seus impactos.

    Casos recentes como a imagem que viralizou mundialmente do papa vestindo um casaco fora do padrão religioso e logo depois foi confirmada como sendo produzida por uma IA enganou até mesmo consagrados veículos de mídia, ou a cena da novela Travessia que deu o que falar onde a personagem Karina é assediada por um criminoso que utiliza a tecnologia deep fake para se passar visualmente por uma menina, ressaltam a

    Recentemente uma petição, assinada por grandes nomes como Steve Wozniak (Apple), Elon Musk (Tesla, SpaceX e Twitter) e Jaan Tallinn (Skype), entre outros, pedia que fosse feita uma pausa de seis meses nas pesquisas relacionadas à Inteligência Artificial para garantir que seus riscos fossem “administráveis”, mencionando “grandes riscos para a humanidade”.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, especialista em Inteligência Artificial, programação em Python e IPI Intel, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, as novas tecnologias reforçam uma “cultura de mentira” da atualidade.

    “Com as redes sociais já estamos vivendo uma cultura de mentira, onde aspectos narcisistas são cada vez mais reforçados a níveis patológicos, ferramentas de inteligência artificial tornam a linha entre o que é feito por máquina e o que é feito por humanos muito tênue, confundindo a noção de realidade, o que abre margem para diversos outros problemas, em especial a falsidade ideológica digital, como nos casos recentes do papa e da novela Travessia”.

    Há anos eu venho estudando os impactos das redes sociais na população como um propulsor de comportamentos narcisistas, o que tem aumentado os casos de mitomania (síndrome que faz o indivíduo mentir descontroladamente) em crianças perante a necessidade de aparecer gerada por essas mídias, agora, com o advento das novas tecnologias de Inteligência Artificial cujos limites ainda não são totalmente conhecidos essa situação, assim como a saúde mental em geral da população, tende a aumentar” Explica Dr. Fabiano.

    Por isso, é sim importante realizar uma pausa no desenvolvimento de IAs para conseguir mecanismos que possibilitem a identificação de materiais produzidos por softwares, além de compreender melhor como funcionará sua integração com outros sistemas e seus impactos na sociedade, na população e no uso de tecnologias” Afirma.

    O uso de Inteligência Artificial para gerar imagens falsas é crime?

    Outro grande debate acerca do uso de IAs é sua utilização para gerar imagens falsas atribuídas a outras pessoas, de acordo com o advogado e sócio do escritório Nelson Wilians, Sérgio Vieira, o uso de imagens geradas por softwares pode ser considerado crime.

    Por ser uma tecnologia bastante nova esse tipo de especificidade ainda não é tipificada, mas a criação de imagens artificiais por Inteligência Artificial pode ser enquadrado em outros crimes, como difamação, injúria, crimes de ódio, estelionato, falsidade ideológica ou crimes eleitorais, além de poder significar casos de ‘pornografia de vingança’, quando imagens falsas de cunho sexual de pessoas são divulgadas”.

    No entanto, o maior desafio para criminalizar esse tipo de ação é determinar se uma imagem foi produzida por Inteligência Artificial ou se é real” Explica Sérgio Vieira.

  • Não dormir bem mata? Entenda importância do sono para funcionamento do corpo

    Não dormir bem mata? Entenda importância do sono para funcionamento do corpo

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    Todo mundo  sabe que dormir é de extrema importância para o bem estar do ser humano. Mas, será que temos noção do quando não dormir pode ser prejudicial à nossa saúde?  A privação de sono de qualidade tem consequências demasiado nefastas das quais muitas vezes não temos verdadeira noção, como o aumento da ansiedade, dificuldade de aprendizagem e memorização, desequilíbrio hormonal e alterações metabólicas.

    De acordo com o PhD em Neurociências, Fabiano de Abreu Agrela, dormir é mais importante do que a alimentação em muitas das situações, é pior uma noite sem dormir do que um dia sem comer.

    “Dormir é um dar “reset” no cérebro, é um momento em que ele se aprimora, fazendo, inclusive, sua limpeza necessária e repondo energia. Mas não pense que ele fica totalmente apagado — ele está ativo, processando as memórias reunidas ao longo do dia. Quando dormimos, há reparos celulares com oxigênio, glicose e limpeza de dejetos. Quando não há este processo, as reações dos órgãos a estímulos e instruções ficam debilitadas. Exemplo da adenosina, envolvida na regulação de importantes mecanismos no SNC e no sono, que se acumula e intoxica o sangue, diminuindo o ritmo da pessoa à proporção das horas que ela passa acordada”, disse.

    A falta de sono associada a outras doenças

    Fabiano também explica que o défice de sono tem sido associado com o maior risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares e depressão. Manter boas noites de sono acarreta uma série de benefícios tanto físicos, quanto mentais. Uma boa rotina noturna não só mantem a boa imunidade, como também melhora a concentração, memória, humor, criatividade, disposição e controle do estresse.

    “São necessárias de 7 a 8 horas e sono, variando de organismo para organismo, o que por sua vez depende da genética. Privação de sono pode resultar em inúmeras doenças como consequência da disfunção dos neurotransmissores, doenças provenientes do sistema imunológico debilitado, ou danos cerebrais. Humor e sono usam os mesmos neurotransmissores, privar o sono causam os mesmos sintomas da depressão”, revela.

    Uma noite perdida, está para sempre perdida?

    Há quem pense que compensar o sono resolve. Mas isso não é verdade, já que a noite é feita para dormir e não o dia, por isso temos a melatonina relativa ao escuro e a serotonina relativa à luz. Para compensar uma noite mal dormida, devemos dormir diversas outras noites bem dormidas para equilibrar e regular o ciclo circadiano.

    “Dormir é um dos pilares para uma saúde sustentável, para o bem estar físico e mental. O resultado de noites mal dormidas é a disfunção em nossos neurotransmissores, descontrolando assim todo um processo biológico responsável por nossa saúde e bem-estar geral, acarretando doenças em diferentes períodos da vida, causando envelhecimento precoce e levando à morte prematura”, diz Fabiano.

    Por fim, Fabiano revela que muitas vezes se ouve queixas constantes de pessoas que simplesmente não conseguem ter uma boa noite de sono. Por vezes, pequenas mudanças de hábitos podem alterar este fator. “Dar passeios ao ar livre, caminhar, não usar celulares ou outros dispositivos eletrônicos uma ou duas horas antes de deitar, e escolher ambientes calmos e com pouca luminosidade são sempre uma ajuda para melhorar a qualidade do sono”, finaliza.

    O tema foi, inclusive, debatido em uma palestra no Instituto Casagrande, que sedia um seminário que aborda questões relacionadas à saúde mental no âmbito escolar.

  • Analfabetismo emocional: Neurocientista explica o que causa o problema

    Analfabetismo emocional: Neurocientista explica o que causa o problema

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    Analfabetismo emocional é o nome dado à dificuldade em compreender emoções, tanto suas próprias como de terceiros, e de ter empatia, o que pode causar uma série de problemas no seu dia a dia e na sua convivência com os outros, como falta de sensibilidade, facilidade para expressar reações exacerbadas diante de situações complicadas e tendência para se tornar pessoas controladoras.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, existem diversas razões que podem causar essa condição, mas aponta como principal propulsor do problema a insegurança.

    “Essa desregulação pode ter relação com a insegurança, pessoas que são muito defensivas, com baixa autoestima, devido a situações na infância, como por exemplo, bullying sofrido, pais separados, pois tudo o que acontece na infância não fica lá, nos acompanha pelo resto da vida. Assim como tendência genética de pais com problemas derivados da ansiedade, como algum tipo de transtorno, por exemplo.”.

    “Isso tem relação com problemas de ansiedade, é o linear, desregulado, que está acima em sua intensidade, desregulando o comportamento homeostático necessário do cérebro, é um alarme sempre acionado de maneira equivocada. São pessoas com transtornos instalados ou com probabilidades de desenvolvê-los, comportamento  que, com o passar do tempo, acaba se tornando uma reação instintiva que atua na parte primitiva do cérebro.” Explica.

    Dr. Fabiano de Abreu alerta também para a influência do estilo de vida no desenvolvimento do analfabetismo emocional, indicando as principais formas para reverter a situação.

    “Para controlar a situação é preciso ter autocuidado, dormir oito horas por dia, ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos, reduzir o uso de celulares, ler, aprender e jogos de lógica, mas além disso também é necessário olhar para si e desenvolver importantes habilidades como o autoconhecimento e autoestima”. Indica.

  • Anorexia nervosa: O papel da mente em distúrbios alimentares

    Anorexia nervosa: O papel da mente em distúrbios alimentares

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    A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar responsável por gerar uma preocupação obsessiva com o peso, o que gera alterações drásticas nos seus hábitos alimentares e comportamentos relacionados à comida, causando diversos problemas como desnutrição, excesso de ansiedade, desidratação e até mesmo depressão.

    No entanto, as raízes da anorexia nervosa se encontram em aspectos neuropsicológicos pois uma das causas mais relacionadas à condição são as alterações neuroquímicas no cérebro, principalmente em relação à noradrenalina e serotonina.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é possível traçar relações íntimas entre os transtornos alimentares e desequilíbrios mentais.

    Existem diversas evidências de que desequilíbrios cerebrais podem desencadear problemas alimentares, principalmente no sistema de recompensa, que é desregulado juntamente a visões distorcidas sobre seu corpo, tudo isso envolto em ansiedade, o que contribui para acentuar os sintomas”.

    A relação entre cérebro e anorexia tem sido bastante abordada, por exemplo, uma pesquisa realizada com mais de 1,5 mil exames de ressonância magnética cerebral de mulheres feita por neurocientistas da Universidade de Bath, no Reino Unido, indicou que pacientes anoréxicos possuem reduções significativas em algumas medidas do cérebro, o que pode indicar uma perda de células ou conexões cerebrais” Analisa.

    Fatores genéticos também podem influenciar no desenvolvimento da doença, assim como pode ser estimulada pela presença do narcisismo na sociedade, que incentiva as mulheres na busca pelo ‘corpo perfeito’, geralmente atingem pessoas de maior poder socioeconômico, que têm padrões mais elevados de conquistas, como também em jovens que já possuem transtornos relacionados à ansiedade” Explica.

    O que é a Anorexia Nervosa?

    A anorexia é um dos principais transtornos alimentares que gera distorções na autoimagem do indivíduo, fazendo-o acreditar que esteja obesa, embora esteja bem abaixo do peso, o que faz com que surjam alterações nos padrões alimentares, ela ocorre predominantemente em mulheres.

    Além de sintomas físicos claros como pele seca, perda drástica de gordura corporal, interrupção ou alteração de ciclos menstruais, tontura e constipação, a condição também pode desencadear graves problemas mentais, principalmente ansiedade, depressão, compulsões, hiperatividade e isolamento social.

  • Neurofeedback: Aprenda a usar seu cérebro e alcance a alta performance

    Neurofeedback: Aprenda a usar seu cérebro e alcance a alta performance

    Neurofeedback

    Você tem controle sobre o seu cérebro? Sabemos que através de processos de reformulação, como a neuroplasticidade, nosso cérebro consegue se adaptar e sofrer alterações, mas existe uma técnica que ajuda a realizá-las de forma consciente, o neurofeedback.

    O neurofeedback é realizado através do uso de um eletroencefalograma para medir as ondas cerebrais do paciente e exibi-las em uma tela, a partir daí inicia-se uma série de adaptações em relação ao comportamento e sentimentos com  o objetivo de alterar visualmente as ondas, auxiliando tanto o paciente a identificar ações potencialmente maléficas, quanto ao especialista moldar uma estratégia mais apropriada.

    O procedimento tem como objetivo ajudar o paciente a ter maior controle sobre a ação autorregulatória no cérebro, o que, além de ajudar no tratamento de condições neurológicas, também permite moldar seu cérebro para a alta performance, como explica o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela em seu artigo  “Neuroperformance: Segredos das habilidades atléticas”, publicado pela RECISATEC.

    Com os insights obtidos pelo EEG [Eletroencefalograma} é possível saber quais áreas são ativadas com maior frequência por determinados estímulos e sugerir treinamentos específicos para modificar estes padrões e a estrutura cerebral, usando o conceito de neuroplasticidade. Pode-se usar técnicas como a visualização, treinamentos físicos específicos, meditação e outros artifícios para chegar ao resultado”.

  • Animes e o emburrecimento do cérebro

    Animes e o emburrecimento do cérebro

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    Os animes são famosos desenhos animados japoneses produzidos desde o início do século XX e rapidamente se tornaram populares mundialmente entre os jovens, no entanto, o que parece ser apenas uma fonte de entretenimento pode causar uma série de problemas no desenvolvimento de importantes processos cerebrais.

    Diversos estudos já apontam os efeitos negativos do excesso de televisão no cérebro de crianças e adolescentes, mas no caso dos animes esses impactos podem ser ainda piores por eles , além de não ajudarem na obtenção de conhecimento, também abordarem temas e histórias inadequadas para o público infantil apresentando piadas de duplo sentido, estímulo à violência e à ansiedade, o que pode desencadear uma série de problemas.

    Assistir animes com frequência prejudica o processo de neuroplasticidade cerebral, fundamental para o desenvolvimento de habilidades cognitivas fundamentais, como a identificação de emoções por meio de expressões faciais, que é causada pelos inúmeros personagens inexpressivos das produções e falas imaturas que também afetam o desenvolvimento do vocabulário.

    O cérebro precisa de constantes estímulos para manter suas funções adequadamente ativas, estímulos esses que não são adquiridos com o consumo rotineiro de animes e televisão em geral, hábito que contribui  para a atrofia do cérebro e causa um processo de ‘emburrecimento’ cerebral pela falta de exercício de determinadas habilidades cognitivas e sua consequente inatividade.

  • Empatia narcisista: Entenda mais sobre a “falsa empatia”

    Empatia narcisista: Entenda mais sobre a “falsa empatia”

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    A empatia nunca foi tão propaganda como na atualidade, a necessidade de aproximar os seres humanos, principalmente na era da internet, marcada por um afastamento, tem se tornado cada vez mais necessária, no entanto, muitas vezes ela pode não ser uma empatia natural e sim uma importante ferramenta nas mãos de narcisistas.

    Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o que ele denominou de “empatia narcisista” é muito comum na sociedade brasileira pela grande incidência do transtorno narcisista.

    Generalizações nunca são bem vindas, mas muitas pessoas que promovem a empatia nas redes sociais, na verdade utilizam-se de pautas sociais importantes como muleta para suprir as necessidades narcísicas de superioridade, aceitação e como forma de chamar a atenção, uma das principais características que nos ajuda a distinguir a empatia real, da narcisista é o esforço feito para isso, enquanto pessoas realmente empáticas praticam esses atos de forma natural, os narcisistas buscam oportunidades de não só pô-las em prática, como divulgá-las, propagá-las, em benefício próprio”.

    A empatia é um processo relacionado ao córtex pré-frontal, sendo mais específico, córtex insular anterior no cérebro o que faz com que ela se insira naturalmente nas ações do indivíduo sem necessariamente de divulgação pois para ele é um ato tão banal que seu cérebro sequer registra como digno de nota” Explica.

    Pena x empatia

    A pena é o oposto da empatia, quando alguém utiliza esse termo, por exemplo, “estou com tanta pena de tal pessoa”, na esmagadora maioria das vezes ela o utiliza para reforçar a condição inferior do outro, como forma de se sentir superior a ela, todo esse processo ocorre de forma indireta e é um recurso narcisista muito utilizado”.

    O Brasil e o transtorno narcisista

    O Brasil é um país que possui um ambiente bastante propício para o surgimento de transtornos narcisistas, o uso excessivo de redes sociais, altos níveis de ansiedade, problemas sociais, entre outros, que geram a necessidade de se sobressair para se sentir bem”.

    Existe um processo de recompensa no cérebro, que faz com que o narcisista sinta uma necessidade patológica de ser o alvo das atenções, o ser humano possui um instinto nato de conquistar para aguçar instintos reprodutivos, como parte natural do processo orgânico e bioquímico para manter a espécie, entretanto, vivemos em uma era tecnológica onde o organismo está colapsado e não entende mais os fatores de forma individual, o que contribui para esse processo.”

  • Entenda o que são os raios negros que podem tocar passageiros em aviões

    Entenda o que são os raios negros que podem tocar passageiros em aviões

    a detailed view of the gamma ray sky. credit nasadoefermi lat collaboration scaled

    Fenômenos físicos ocorrem mundialmente a todo momento, mas poucos são tão misteriosos quanto os raios negros, também conhecidos como relâmpagos escuros, considerados a radiação mais energética produzida de forma natural pela Terra.

    Cientistas ainda tentam explicar totalmente o fenômeno, mas de acordo com o AGU – American Geophysical Union (Associação internacional que tem como objetivo promover descobertas sobre a Terra e o espaço) os raios podem expor passageiros em voos momentaneamente a níveis não seguros de radiação.

    De acordo com o cientista atmosférico Mélody Pallu na reunião do AGU, o fenômeno dos raios negros ocorre em altitudes de 10 a 15 quilômetros, a altitude normalmente utilizada por companias aéreas para rotas aéreas, segundo o cientista, se um voo ocorrer a uma distância menor que 200 metros do ponto onde se iniciaram os raios, os passageiros ficam expostos a cerca de 0,3 sieverts, superando o nível considerado seguro de 0,2 sieverts por ano.

    Ainda de acordo com Pallu, a exposição a raios escuros próximo a voos ocorreria cerca de uma vez a cada quatro anos.

    Segundo o Pós PhD neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a exposição excessiva a raios gama pode gerar uma série de problemas no organismo, em especial no cérebro.

    A radiação gama já é usada na realização de cirurgias minimamente invasivas, mas se essa exposição não for feita de forma controlada e superar os limites considerados seguros para um ano inteiro pode acabar gerando a morte de células e estimular o surgimento de tumores” Alerta.

    A exposição à radiação pode causar uma série de problemas no cérebro, como aumentar o risco de câncer na região da cabeça e morte neuronal, que pode desencadear doenças neurodegenerativas, além de causar alterações nas ondas cerebrais. Por isso, é fundamental que sejam realizados maiores estudos sobre esse fenômeno para determinar a frequência com que ele ocorre e os efeitos a longo prazo na saúde dos passageiros afetados” Ressalta.

    O fenômeno foi observado pela primeira vez em 1994 e, segundo pesquisadores, os raios negros possuem relação com tempestades e relâmpagos, que geram campos elétricos capazes de estimular elétrons a se movimentarem rapidamente, causando colisões com as molecular do ar, gerando assim os raios gama.