Categoria: CENÁRIO POLÍTICO

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  • Ao reduzir pobreza, Bolsa Família melhora PIB do país, diz ministro

    Ao reduzir pobreza, Bolsa Família melhora PIB do país, diz ministro

    O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse nesta terça-feira (15) que os efeitos benéficos do Bolsa Família vão muito além da retirada de dezenas de milhões de pessoas da pobreza, ajudando, ao mesmo tempo, a economia local nos mais diversos municípios, resultando no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

    Para Wellington Dias, os erros de projeção de crescimento do PIB cometidos pelo mercado, sempre mais pessimista com relação à economia, têm sido uma constante exatamente por não levar em conta os efeitos de políticas públicas, como o Bolsa Família, para a economia.

    Segundo ele, o mercado continuará a errar nessas projeções. “Temos tudo para crescer, de novo, entre 3% e 4% em 2025, enquanto o mercado diz que será 1,5%. Digo isso porque é a economia dos mais pobres o que está alavancando o crescimento no Brasil. São esses milhões de pessoas que antes não tinham dinheiro nem para comer, mas agora têm renda de trabalho; ou que ganha um dinheirinho ao se tornar um empreendedor ou com sua produção rural”, argumentou ao associar, de forma direta, saída da pobreza com crescimento econômico.

    Colchão de proteção

    O ministro disse ainda que as políticas públicas que vêm sendo implementadas pelo governo federal, como seguro desemprego, aposentadoria rural e o próprio Bolsa Família são, na verdade, “um colchão de proteção” que possibilitou, ao Brasil, retirar 33,1 milhões de brasileiros da fome.

    “Quando o presidente Lula assumiu, essas pessoas estavam passando fome. Nós já reduzimos [esse índice em] 85%. Este dinheiro que circula na economia no Amazonas, em Brasília, no Rio Grande do Sul, no Piauí e em todas as regiões do Brasil é também um fator para o próprio desenvolvimento do país”, disse.

    “A circulação desse dinheiro ali, onde essas pessoas vivem, gera um mercadinho; uma feira; açougue, verdureira; vira salão de beleza. Enfim, gera uma atividade econômica”, completou.

    Antecipação do Bolsa Família

    Durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Wellington Dias anunciou que o governo federal libera, a partir desta terça-feira (15), cerca de R$ 14 bilhões antecipados para os beneficiários que vivem em estados e municípios que se encontram em situação de emergência ou calamidade em razão de enchentes ou de seca.

    “Tomamos a decisão de antecipar o pagamento para este dia 15, nestes municípios de emergência [devido a enchentes]. Esse pagamento quebra aquele interstício do calendário e paga todo o benefício. Ele é liberado e disponibilizado nas agências da Caixa e na rede autorizada. É uma forma de poder as pessoas ter ali um dinheirinho para esses momentos de grande dificuldade”, disse o ministro, referindo-se a estados do Sul e do Norte, além do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná.

    Segundo o ministro, há casos em que essa situação de emergência é em razão de seca, em especial no Nordeste, como é o caso do Piauí e Ceará. A antecipação visa, também, fazer com que as pessoas passem o feriado de Páscoa com o benefício já no bolso.

    Mudança de critérios

    Dias criticou algumas manifestações preconceituosas com relação ao programa. Essas críticas partiriam da premissa de que o Bolsa Família supostamente desestimularia os beneficiários a buscarem outras fontes de renda, como empregos.

    “Até entendo [essas críticas, quando feitas por] pessoas que não passaram fome ou que não conviveram de perto com quem já viveu a fome”, disse o ministro. “A questão é que quem passa fome não tem disposição para outra coisa a não ser ir atrás de comida. A ponto de se submeter a situações constrangedoras”, acrescentou ao afirmar que, entre as consequências maléficas da fome, está a prostituição e “pessoas que se dispõem a dedicar um dia inteiro de serviço por um prato de comida”.

    A fim de garantir que o programa cumpra a função de ajudar as pessoas a superarem a pobreza, Wellington Dias disse que algumas mudanças profundas foram implementadas a partir de 2023, inclusive possibilitando que o benefício não seja cancelado imediatamente, após o beneficiário ter sua carteira de trabalho assinada.

    “Ter a carteira assinada não pode ser critério para cancelar benefício, uma vez que o objetivo é alcançar a superação da pobreza. Havia um medo [entre os beneficiários] de, quando alcançar uma determinada renda, deixar de receber o Bolsa Família. Isso porque, tinha uma fila do tamanho do mundo [para, posteriormente, caso perca o emprego, se retornar ao Bolsa Família]”.

    “Alteramos isso. Agora quem entra no cadastro único do Bolsa Família só sai para cima, através de uma renda de superação da pobreza. E se perde essa renda, volta automaticamente ao programa”, completou.

    Sazonais e empreendedores

    Dias lembrou que as mudanças que vêm sendo implementadas no programa está atenta à situação dos trabalhadores que prestam serviços de modo sazonal, de forma a evitar que alguma renda extra temporária resulte no fim do benefício.

    “Sabemos que tem aquelas pessoas que, em um mês de trabalho apenas, recebe um salário mais elevado do que o primeiro, e acaba saindo por conta do salário daquele mês. Para evitar isso, agora a gente divide esse salário por 12 meses. E consideramos a média da renda de 12 meses”, explicou o ministro.

    Segundo ele, só com essas modificações o sistema beneficiou 4 milhões de famílias, o que equivale a algo como 10 milhões de pessoas que recebem Bolsa Família e salário.

    “Tem também os que estão empreendendo. Quando a renda sobe e chega à faixa de saída da pobreza. Estamos falando aqui de 7 milhões de pessoas que, nesse instante, estão trabalhando e recebendo o Bolsa Família. Foram 16,5 milhões de brasileiros que passaram a trabalhar [empreendendo], além dos muitos com emprego sazonal”.

  • Mudança no Código Eleitoral reduz participação feminina, diz Oxfam

    Mudança no Código Eleitoral reduz participação feminina, diz Oxfam

    A proposta que retira a obrigatoriedade de os partidos reservarem 30% das vagas em chapas eleitorais para mulheres e estabelece em 20% o percentual de cadeiras destinadas a elas nos legislativos pode aprofundar a sub-representação política de mulheres negras e comprometer a fiscalização do uso do fundo partidário.

    A avaliação é da organização Oxfam Brasil. A proposta para o novo Código Eleitoral está em discussão no Senado atualmente.

    “Estamos diante de uma proposta que converte um piso de candidaturas e que representa uma conquista recente em um possível teto, o que é inaceitável. Ao invés de avançar, estamos regredindo décadas na representação política das mulheres, em especial das mulheres negras que já enfrentam barreiras estruturais para acessar espaços de poder”, afirmou a coordenadora de Justiça Racial e de Gênero da Oxfam Brasil, Bárbara Barboza.

    Segundo Bárbara, a exigência atual de 30% de candidaturas femininas permite mensurar e cobrar a participação das mulheres nos processos eleitorais.

    “Sem a obrigatoriedade das candidaturas, os partidos tendem a investir menos em campanhas de mulheres cis e trans. Isso pode ser interpretado como violência política de gênero e raça, ou seja, obstaculiza o exercício dos direitos políticos das mulheres”, alertou.

    Bárbara chamou a atenção ainda para o risco de concentração de recursos do fundo partidário.

    “O dinheiro público destinado às eleições ficará ainda mais concentrado nas mãos de quem já detém o poder, ou seja, homens brancos. Na prática, isso significa menos recursos para campanhas de mulheres, especialmente as negras, que já têm dificuldade em acessar o fundo eleitoral”, explicou.

    A coordenadora lembrou ainda que as mulheres negras ocupam menos de 3% das cadeiras na Câmara dos Deputados, apesar de representarem 28% da população brasileira e com base nisso a reforma pode reforçar as desigualdades em vez de combatê-las.

  • Horóscopo Semanal: 14 de abril – 19 de abril

    Horóscopo Semanal: 14 de abril – 19 de abril

    Descubra o que os astros reservam para sua jornada nos próximos dias na previsão do Horóscopo Semanal de 14 de abril até 19 de abril.

    Nesta semana, os céus trazem uma energia intensa e decisiva. É hora de olhar para trás com atenção e aprender com os erros. A entrada de Mercúrio em Áries no dia 16 reacende situações vividas em março, especialmente aquelas marcadas por ruídos na comunicação. Use essa influência para resolver mal-entendidos e limpar o terreno emocional. Já no dia 18, Marte ingressa em Leão, despertando memórias e impulsos criativos de meses atrás. Projetos antigos podem voltar com força total. Por fim, no dia 19, o Sol adentra Touro, sinalizando um período de mais estabilidade, sensibilidade e foco no que realmente importa.

    A vibe da semana é de retomada e consciência. Use esse momento para florescer!

    Horóscopo Semanal para Áries de 14 de abril a 19 de abril

    Horóscopo de amanhã
    Horóscopo Semanal

    Você está mais atento do que nunca às intenções alheias. Ao notar tentativas de manipulação, seu instinto será se posicionar com firmeza. Evitar conflitos é válido, mas ignorar suas emoções pode ser pior. Respeite seus limites e não permita que ninguém controle seu estado emocional. Seu poder pessoal está em alta.

    Horóscopo Semanal para Touro de 14 de abril a 19 de abril

    Se comentários circulando sobre você incomodam, lembre-se: talvez tenha confiado em quem não devia. Seja mais seletivo ao compartilhar sua intimidade e alinhe o discurso. Seus amigos querem entender, não julgar. Clareza será fundamental para evitar mal-entendidos e manter os vínculos sólidos.

    Horóscopo Semanal para Gêmeos de 14 de abril a 19 de abril

    Sua sabedoria é procurada, mas cuidado com conselhos não solicitados. Ouça com empatia e ofereça ajuda apenas quando pedirem. É uma semana para exercitar o discernimento emocional e evitar se envolver em problemas alheios que podem respingar em você.

    Horóscopo Semanal para Câncer de 14 de abril a 19 de abril

    Uma viagem ou mudança de cenário está no ar — aproveite! Sua presença misteriosa despertará curiosidade, especialmente de quem anda interessado em você. Compartilhe apenas o essencial nas redes e viva intensamente cada momento, longe dos holofotes. A leveza vai renovar suas emoções.

    Horóscopo Semanal para Leão de 14 de abril a 19 de abril

    O sucesso alheio pode provocar incômodo, mas o sentimento revela algo mais profundo: insegurança. Reflita sobre tudo que já conquistou e perceba o quanto você é admirável. Com Marte entrando no seu signo, sua energia será restaurada e a autoconfiança também. A sua vez vai chegar — em grande estilo.

    Horóscopo Semanal para Virgem de 14 de abril a 19 de abril

    O romance toma conta do seu campo emocional. Mas nem tudo são flores: preste atenção em atitudes sutis que fogem do padrão. Sua intuição é sua aliada para perceber o que é verdadeiro e o que pode ser só aparência. Ouça os sinais com carinho e não ignore as nuances do coração.

    Horóscopo Semanal para Libra de 14 de abril a 19 de abril

    Falta de motivação? Um projeto criativo pode ser a resposta. Ao se conectar com algo que você ama fazer, tudo ganha mais cor. Invista no que desperta sua paixão e compartilhe com o mundo. Seu brilho será notado, e o reconhecimento virá naturalmente.

    Horóscopo Semanal para Escorpião de 14 de abril a 19 de abril

    Você ama se entregar de corpo e alma, mas agora é hora de ir com calma. Descobrir quem é o outro, sem pressa, torna tudo mais intenso e verdadeiro. Construa o vínculo devagar, saboreando cada descoberta. Um novo amor pode estar nascendo — e ele promete ser profundo.

    Horóscopo Semanal para Sagitário de 14 de abril a 19 de abril

    Você tem mais do que imagina, mas o desejo por expansão não cessa. A semana convida à gratidão: valorize o que já possui e cultive bons pensamentos. A energia está a seu favor, e quanto mais você aprecia, mais atrai. Abundância começa no coração.

    Horóscopo Semanal para Capricórnio de 14 de abril a 19 de abril

    Evite usar antigos ressentimentos como ferramenta para conquistar empatia. Contar sua versão dos fatos é válido, mas manipular emoções pode ter efeito contrário. Escolha com sabedoria como expor sua história. A imagem que você quer deixar precisa estar alinhada com sua verdade.

    Horóscopo Semanal para Aquário de 14 de abril a 19 de abril

    Seu desejo de recolhimento é legítimo. Só tome cuidado para não se isolar demais. Um momento íntimo com alguém de confiança pode ser o ponto de equilíbrio entre a solitude e a conexão. Recarregue suas energias longe da agitação, mas perto de quem respeita seu silêncio.

    Horóscopo Semanal para Peixes de 14 de abril a 19 de abril

    Você está mergulhado em emoções profundas e isso é ótimo. Use a semana para descansar e se reconectar com sua essência. Sonhos e insights estarão mais frequentes — anote tudo! Evite cobranças externas e se permita flutuar. Sua intuição será seu melhor guia.

  • Após cirurgia, Bolsonaro segue na UTI sem previsão de alta

    Após cirurgia, Bolsonaro segue na UTI sem previsão de alta

    O pós-operatório do ex-presidente Jair Bolsonaro será delicado e prolongado, conforme relato nesta segunda-feira (14) da equipe médica que acompanha o político. Bolsonaro passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas neste domingo (13) e segue internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta.

    Em coletiva de imprensa, o cardiologista Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro desde o episódio em que o ex-presidente foi esfaqueado, em 2018, lembrou que esta foi a sétima cirurgia a que ele foi submetido.

    “Alguns menos complexos, mais simples. Outros, muito complexos, ao longo de todos esses anos. Sobre o procedimento realizado ontem [domingo], categorizamos ele entre os mais complexos”, disse Echenique.

    “Tinha muita aderência, que são complicações desde o período inicial, de 2018. Se não houvesse aquela primeira cirurgia, as demais não teriam ocorrido”, explicou, acrescentando que “felizmente terminou muito bem”.

    “O resultado final foi excelente. Claro que um procedimento de grande porte, com 12 horas de duração, implica em alguns cuidados muito específicos de pós-operatório, da parte clínica, que vamos acompanhar nos próximos dias”.

    Segundo o cardiologista, apesar do longo período no centro cirúrgico, não houve complicações durante a cirurgia de Bolsonaro. “Foi o que era esperado”, reforçou, citando que, quando o paciente passa por um procedimento muito prolongado, o organismo acaba desenvolvendo uma resposta inflamatória importante.

    “Fica muito inflamado e isso pode ocorrer no pós-operatório. É comum, é normal”, explicou.

    Entre as intercorrências que ainda podem surgir ao longo dos próximos dias, de acordo com o médico, estão o aumento do risco de infecções, o aumento do risco de medicamentos para controlar a pressão, já que os vasos dilatam em razão da inflamação. Há ainda um aumento do risco de trombose e de outros problemas de coagulação do sangue.

    “Uma série de intercorrências que podem acontecer. Agora, todas as medidas preventivas serão tomadas. Por isso, ele encontra-se na UTI neste momento”, disse Echenique.

    Durante a coletiva de imprensa, o médico-chefe da equipe que conduziu a cirurgia do ex-presidente, Cláudio Birolini, detalhou que Bolsonaro já vinha mantendo um quadro de distensão e desconforto abdominal persistente e que os profissionais de saúde observaram uma elevação dos marcadores inflamatórios, o que levou à indicação do tratamento cirúrgico.

    “Grosso modo, a situação do ex-presidente era a seguinte: um abdome hostil, com múltiplas cirurgias prévias e aderências, causando um quadro de obstrução intestinal. E uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias. Isso já nos antecipava que [o procedimento de domingo] seria bastante complexo e bastante trabalhoso”.

    Segundo o médico, foram necessárias 2 horas para acessar a cavidade abdominal, mais 4 ou 5 horas para liberação de aderências. Numa segunda etapa, a equipe iniciou a reconstrução da parede abdominal.

    “O intestino dele estava bastante sofrido, o que nos leva a crer que ele já vinha com esse quadro subclínico há alguns meses”, completou.

    “Essas primeiras 48 horas são bastante críticas. A gente tem que ficar alerta, de olho. Depois disso, a gente entra numa outra fase de pós-operatório, um pouco mais tranquila, mas já antecipo que não tenho grandes expectativas de uma evolução rápida. A gente precisa deixar o intestino descansar, desinflamar, retomar sua atividade para só depois pensar em realimentação por via oral e retomada de outras atividades”, informou o médico-chefe.

    Bolsonaro é mantido em alimentação parenteral, por via intravenosa.

    “O ex-presidente tem uma agenda bastante intensa e é difícil segurá-lo. Vou tentar segurá-lo, na medida do possível, mas ele tem o ritmo dele”, destacou Birolini, ao citar que objetivo da equipe médica é que o ex-presidente volte a ter uma vida normal, sem restrições.

    “Visitas para familiares estão liberadas, mas conversei com a equipe e com a Michelle [Bolsonaro, esposa do ex-presidente] para a gente restringir ao máximo. Ele gosta muito de falar, conversar, e esse é o momento em que a gente tem que deixá-lo mais tranquilo, em um ambiente mais reservado”, disse.

    Ouça na Radioagência Nacional:

  • STF suspende todas as ações do país sobre pejotização de trabalhadores

    STF suspende todas as ações do país sobre pejotização de trabalhadores

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (14) suspender a tramitação de todos os processos na Justiça brasileira que discutam a legalidade da chamada “pejotização”, em que empresas contratam prestadores de serviços como pessoa jurídica, evitando criar uma relação de vínculo empregatício formal.

    A decisão foi tomada após o Supremo ter reconhecido, em votação terminada no último sábado (12) (Tema 1389) a repercussão geral do assunto. Isso quer dizer que os ministros selecionaram um processo do tipo para que seu desfecho sirva de parâmetro para todos os casos semelhantes, unificando o entendimento da Justiça brasileira como um todo.

    O tema tem colocado o Supremo em rota de colisão com a Justiça Trabalhista ao menos desde 2018, quando a Corte julgou ser inconstitucional uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que barrava a pejotização.

    Na ocasião, o Supremo decidiu, por maioria, liberar as empresas brasileiras, privadas ou públicas, para terceirizarem até mesmo suas atividades fim, e não só serviços de apoio como limpeza e vigilância. Desde então, esse entendimento tem embasado milhares de decisões dos ministros da Corte para derrubar vínculos empregatícios reconhecidos pela Justiça Trabalhista.

    Para a corrente majoritária do Supremo, a decisão sobre terceirização garante a atualização das relações de trabalho para uma nova realidade laboral, conferindo maior “liberdade de organização produtiva dos cidadãos” e validando “diferentes formas de divisão do trabalho”, conforme escrito por Gilmar Mendes, relator do tema na Corte.

    Ao reconhecer a repercussão geral do assunto, Mendes frisou o grande volume de recursos que chegam ao Supremo todos os anos, do tipo chamado reclamação constitucional, em que empresas buscam reverter o reconhecimento de vínculos trabalhistas, alegando descumprimento da decisão da corte sobre a terceirização irrestrita.

    O ministro deu como exemplo o primeiro semestre de 2024, período no qual foram julgadas pelas duas turmas do Supremo mais de 460 reclamações “que envolviam decisões da Justiça do Trabalho que, em maior ou menor grau, restringiam a liberdade de organização produtiva”, descreveu Mendes. No mesmo período, foram 1.280 decisões monocráticas (individuais) sobre o assunto.

    “Conforme evidenciado, o descumprimento sistemático da orientação do Supremo Tribunal Federal pela Justiça do Trabalho tem contribuído para um cenário de grande insegurança jurídica, resultando na multiplicação de demandas que chegam ao STF, transformando-o, na prática, em instância revisora de decisões trabalhistas”, escreveu Mendes na decisão desta segunda.

    O recurso que servirá de paradigma sobre o assunto trata do reconhecimento de vínculo empregatício entre um corretor de seguros franqueado e uma grande seguradora, mas Mendes destacou que uma eventual tese de repercussão geral deverá ter alcance amplo, considerando todas as modalidades de contratação de trabalhador autônomo ou pessoa jurídica para a prestação de serviços.

    “É fundamental abordar a controvérsia de maneira ampla, considerando todas as modalidades de contratação civil/comercial. Isso inclui, por exemplo, contratos com representantes comerciais, corretores de imóveis, advogados associados, profissionais da saúde, artistas, profissionais da área de TI, motoboys, entregadores, entre outros”, afirmou o ministro-relator.

    Não há data definida para que o Supremo paute o processo para julgamento pelo plenário. Quando isso ocorrer, os ministros deverão decidir sobre três pontos já pré-definidos:

    1) Se a Justiça do Trabalho é a única competente para julgar as causas em que se discute a fraude no contrato civil de prestação de serviços;

    2) Se é legal que empresas contratem trabalhador autônomo ou pessoa jurídica para a prestação de serviços, à luz do entendimento firmado pelo STF no julgamento sobre a terceirização de atividade-fim.

    3) Definir se cabe ao empregado ou ao empregador o ônus de provar se um contrato de prestação de serviços foi firmado com o objetivo de fraudar as relações trabalhistas ou não.

    Uberização

    O tema da pejotização está relacionado também ao fenômeno chamado “uberização”, que trata da prestação de serviços por autônomos via aplicativos para celular, como é o caso dos motoristas da plataforma Uber, por exemplo.

    Em fevereiro do ano passado, o Supremo já havia reconhecido a repercussão geral num recurso sobre uberização, no qual deve definir se há ou não vínculo de emprego formal entre motoristas de aplicativos de transportes e as empresas responsáveis pelas plataformas (Tema 1291).

  • Após cirurgia, Bolsonaro tem quadro clínico estável, diz boletim

    Após cirurgia, Bolsonaro tem quadro clínico estável, diz boletim

    Em boletim divulgado nesse domingo (13) à noite, a equipe médica que atende o ex-presidente Jair Bolsonaro no Hospital DF Star informou que após cirurgia, ele se encontra na Unidade de Terapia Intensiva, estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e de prevenção de infecções.

    De acordo com a nota, Bolsonaro foi submetido a cirurgia de extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal. O procedimento, de grande porte, teve duração de 12 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue.

    A obstrução era resultante de uma dobra do intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal e foi desfeita durante o procedimento de liberação dessas aderências.

    O boletim é assinado pelos médicos Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica; os cardiologistas Leandro Echenique e Ricardo Camarinha; Guilherme Meyer, diretor médico do hospital, e Allisson Barcelos Borges, diretor-geral da instituição.

  • Cirurgia de Bolsonaro termina após 12 horas; ex-presidente se recupera em hospital de Brasília

    Cirurgia de Bolsonaro termina após 12 horas; ex-presidente se recupera em hospital de Brasília

    A cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi concluída com sucesso neste domingo (13), após 12 horas de procedimento no Hospital DF Star, em Brasília. A operação teve início às 10h da manhã e foi realizada para liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal, consequências das múltiplas intervenções cirúrgicas que ele já enfrentou desde o atentado a faca em 2018.

    A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro utilizou as redes sociais para anunciar o fim da cirurgia. “Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo”, publicou.

    Bolsonaro está internado desde a noite de sábado (12), após ter sido transferido de Natal (RN), onde foi hospitalizado de forma emergencial na sexta-feira (11), com um quadro de subobstrução intestinal. O ex-presidente sentiu fortes dores durante agenda no interior do Rio Grande do Norte e foi levado de helicóptero para a capital potiguar.

    Segundo o médico Cláudio Birolini, este foi o quadro mais grave enfrentado por Bolsonaro desde o atentado de 2018. A expectativa é de que ele siga internado nos próximos dias para recuperação. Apoiadores fazem vigília e orações em frente ao hospital, entre eles, a senadora Damares Alves (Republicanos).

  • Bolsonaro passa por cirurgia no intestino neste domingo

    Bolsonaro passa por cirurgia no intestino neste domingo

    O ex-presidente Jair Bolsonaro passa por uma cirurgia no intestino, neste domingo (13), no Hospital DF Star, em Brasília.

    Bolsonaro é submetido a uma laparotomia exploradora para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal. O procedimento começou por volta das 10h e já dura mais de 7 horas.

    Na sexta-feira (11), Bolsonaro passou mal durante um evento político no interior do Rio Grande do Norte. Ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e transferido de helicóptero para Natal. A aeronave foi cedida pela governadora Fátima Bezerra (PT).

    No sábado (12), o ex-presidente deixou o Hospital Rio Grande, na capital potiguar, e seguiu para Brasília, onde passa por cirurgia.

  • Deputadas denunciam racismo em revista no aeroporto de Guarulhos

    Deputadas denunciam racismo em revista no aeroporto de Guarulhos

    Três deputadas estaduais, duas de Minas Gerais e uma de São Paulo, registraram um boletim de ocorrência por terem sofrido prática de racismo no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos nesta sexta-feira (11)

    Segundo as deputadas Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG), três mulheres negras, elas foram vítimas de revista discriminatória no desembarque do grupo que representou o Brasil no Painel Internacional de Mulheres Afropolíticas, no Senado do México.

    Andreia de Jesus relatou em uma rede social que entre centenas de passageiros no desembarque, ela e as outras duas deputadas foram as únicas selecionadas para uma revista pelos agentes de segurança da Polícia Federal (PF) no Aeroporto de Guarulhos.

    “O motivo nós já sabemos. É a lógica do “suspeito padrão” que continua operando com as pretas e pretos”, criticou Andreia.

    “Um constrangimento que nenhuma pessoa merece passar. Racismo é crime. E a gente vai seguir enfrentando a discriminação em todos os espaços, dentro e fora das instituições”, desabafou a deputada.

    Leninha também utilizou as redes sociais para denunciar o episódio e corroborou o depoimento da colega, afirmando que nenhuma outra pessoa ao redor foi selecionada para a revista. Ela classificou o episódio como racismo velado, por terem sido as únicas pessoas “sorteadas” para passar pelo procedimento.

    “Não é coincidência. É padrão. É a cor da nossa pele sendo lida como ‘suspeita’ em um país que ainda normaliza a violência racial disfarçada de protocolo. Mas estamos aqui para denunciar, resistir e lembrar: nenhuma humilhação será silenciada”, criticou.

    “De todos que estavam na fila, só nós, três mulheres negras, que fomos escolhidas”, relatou a deputada Ediane.

    A Agência Brasil entrou em contato com o Aeroporto de Guarulhos e com a Polícia Federal, mas não obteve retorno até o momento da publicação da reportagem.

  • STF rejeita recursos de deputados do PL que viraram réus

    STF rejeita recursos de deputados do PL que viraram réus

    Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (11) rejeitar recursos de dois deputados federais e de um suplente do PL que se tornaram réus pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.

    Na semana passada, o colegiado iniciou o julgamento virtual de recursos protocolados pelas defesas dos deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE). Eles são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cobrarem propina para a liberação de emendas parlamentares.

    Durante o julgamento virtual, além do relator, Cristiano Zanin, votaram contra os recursos os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

    Para o relator, as defesas buscam rediscutir a matéria. “Os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão”, disse Zanin.

    Defesas

    Durante o julgamento no qual os parlamentares se tornaram réus, a defesa do deputado Josimar Maranhãozinho declarou ao Supremo que as acusações da PGR contra o parlamentar se “mostram frágeis e desfundamentadas”.

    Os advogados de Bosco Costa defenderam a rejeição da denúncia por falta de provas. A defesa afirmou ao Supremo que a acusação está baseada  em “diálogos de terceiros e anotações manuscritas desconhecidas de Bosco”.

    A defesa de Pastor Gil defendeu a ilegalidade das provas obtidas na investigação por entender que o caso deveria ter iniciado no STF, e não na Justiça Federal do Maranhão. Os advogados também acrescentaram que a denúncia é baseada em “hipóteses e conjecturas”.