Categoria: CENÁRIO POLÍTICO

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  • Interlegis Online anuncia pacote de serviços gratuitos a representantes de Assembleias Legislativas

    Interlegis Online anuncia pacote de serviços gratuitos a representantes de Assembleias Legislativas

    Está começando neste momento o Interlegis Online, evento promovido pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB/Interlegis), que reúne representantes das 26 assembleias estaduais e da Câmara Legislativa do Distrito Federal transmitido por videoconferência. O objetivo é apresentar os novos produtos e serviços, bem como ações para fortalecer o relacionamento com a comunidade legislativa, com a inclusão definitiva do Programa Interlegis nas redes sociais.

    O evento conta com a presença do diretor nacional do Programa Interlegis e1º secretário do Senado, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), e do diretor executivo do ILB, Hélder Rebouças.imagem materia

    O Interlegis Online  lançará o primeiro pacote de ações apresentado pelo ILB dede a sua recente reestruturação, tendo como forte característica a modernização e a capacitação. Serão abertos cinco cursos a distância, sem tutoria, quais sejam: Introdução ao Orçamento Público, Cerimonial no Legislativo, Processo Legislativo, Poder Legislativo e Administração Pública, sem limite de vagas.

    O evento está sendo transmitido pelo site www.interlegis.leg.br . Maiores informações poderão ser obtidas também pelo telefone (98) 3303-2634.

    INTERLEGIS

    Desenvolvido pelo Senado Federal, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Interlegis é um programa de modernização e integração do Poder Legislativo nos seus níveis federal, estadual e municipal e de promoção da maior transparência e interação desse Poder com a sociedade.

    Os meios utilizados são as novas tecnologias de informação (Internet, videoconferência e transmissão de dados), que permitem a comunicação e a troca de experiências entre as Casas Legislativas e os legisladores e entre o Poder Legislativo e o público, visando aumentar a participação da população no processo legislativo. Mais de três mil câmaras municipais já receberam computadores e impressoras do Programa para se ligarem à Internet, usarem o correio eletrônico e colocarem suas informações à disposição dos internautas. Todas as assembleias estaduais passaram a contar com salas de multiuso (20 computadores em rede) e salas de videoconferência totalmente equipadas.

    As informações são da assessoria do Programa Interlegis

    Fonte: Agência Senado

  • Pesquisadores e produtores rurais apresentam argumentos sobre queimada de cana-de-açucar

    Pesquisadores e produtores rurais apresentam argumentos sobre queimada de cana-de-açucar

    Na audiência pública convocada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e realizada nesta segunda-feira (22) para tratar sobre queimadas em canaviais, houve a exposição de representantes do meio acadêmico e também de produtores rurais. Os debates devem subsidiar à análise do Recurso Extraordinário (RE) 586224, no qual o Estado de São Paulo questiona uma lei do município de Paulínia (SP) que proíbe a realização de queimadas nas plantações de cana.

    INPE

    O pesquisador Bernardo Rudorff, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), explicou que, em 2003, a instituição iniciou o Projeto CANASAT para monitorar a dinâmica e o avanço da área cultivada com cana impulsionada pela produção de carros flex, que aumentaram a demanda de etanol e também a possibilidade de o Brasil se tornar um grande exportador do combustível.

    Ele informou que havia a necessidade de entender o impacto no meio ambiente para entender a questão das vantagens da utilização de um combustível renovável em relação aos combustíveis fósseis. Segundo ele, os dados obtidos a partir de imagens de satélite demonstram que o desmatamento está sendo reduzido e que o país está fazendo um uso mais intensivo do solo.

    Rudorff ressaltou que o INPE visa unicamente fornecer dados que possam subsidiar a sociedade na elaboração de políticas públicas. O pesquisador informou que, no Estado de São Paulo, os dados mostram que as novas áreas de cana plantadas entre 2006 e 2010 já está sendo realizada a colheita de forma mecanizada. Informou, ainda, que a partir de 2010, é possível notar uma intensa redução da queima nas áreas que já vinham sendo plantadas. Em 2012, 73% da área foi colhida sem queima. A projeção é de que em 2014 apenas 10% da área de cana em São Paulo seja colhida com queima, afirmou.

    IEA/USP

    O professor Luiz Gylvan Meira Filho, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA) e do Instituto Tecnológico Vale (ITV), ressaltou que, para formar uma opinião sobre o assunto, é preciso verificar o que acontece com as moléculas de carbono quando elas deixam de fazer parte da cana e voltam para a atmosfera. Ele explicou que, durante o processo de crescimento da cana, o carbono vem do dióxido de carbono da atmosfera pelo processo de fotossíntese e, quando há a decomposição da matéria orgânica, o carbono é devolvido para a atmosfera.

    Segundo ele, se a cana for bem queimada, com bastante oxigênio, o carbono volta à atmosfera da mesma forma que foi incorporado à planta, como dióxido de carbono, mas se não houver oxigenação suficiente, o retorno é na forma de monóxido de carbono, que é venenoso. Já se não houver a queima, parte da matéria orgânica é liberada na forma de metano.

    De acordo com o professor, o problema, sob o ponto de vista da mudança climática, é que o metano é o pior dos átomos de carbono, porque absorve mais radiação infravermelha e aumenta o efeito estufa. Em sua opinião, o ideal seria encontrar uma forma de pegar o metano gerado pela decomposição e fazer o chamado flaring, uma queima controlada para eliminar o gás. Segundo ele, a queima palha não aumenta o efeito estufa, pois gera apenas efeito localizado.

    CNA

    O representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Paulo Diniz Junqueira Filho, destacou que os produtores que realizam a queima da palha da cana o fazem por questões históricas, sociais e porque, em alguns casos, não há outra possibilidade em razão do relevo. Segundo ele, o setor sucroenergético está em constante evolução e já deu demonstração de estar determinado a fazer a redução gradativa da queima, mas que é inviável, do ponto de vista técnico e econômico, o fim imediato do processo.

    De acordo com Junqueira, nas zonas de expansão da cultura, em Mato Grosso do Sul e em Goiás, 95% da colheita já é mecanizada. Ele considera que o protocolo agroambiental de São Paulo é duro e para cumpri-lo o setor realiza grandes investimentos em maquinário e na qualificação de trabalhadores para operar as novas máquinas. Disse, ainda, que para realizar essas mudanças é preciso levar em consideração as diversas situações. Se houver uma mudança drástica de regras quem mais irá sofrer, além dos trabalhadores que ficam desempregados, são os pequenos e médios produtores, que não terão recursos para investir, relatou.

    Assomogi

    O presidente da Associação Rural do Vale do Mogi (Assomogi), Antônio Cândido de Azevedo Sodré Filho, afirmou que 20% das 3.365 propriedades da região, que abrange 12 municípios do Estado de São Paulo, têm inclinação superior a 12%, o que inviabiliza a colheita mecanizada. Segundo ele, o fim imediato da queima da palha poderá gerar a perda de 3,5 mil empregos diretos na microrregião, além de redução de 20% da produção, com reflexos em toda economia local.

    Ele afirmou que a Assomogi já realizou diversos cursos para requalificar profissionalmente os cortadores de cana, mas apenas 20% conseguiram se adaptar às novas funções. Em sua opinião, a redução imediata da queima terá como reflexo aumento da poluição nas cidades, pois haverá redução na produção do combustível menos poluente. Esta adaptação tem que ser inteligente e gradual, para evitarmos que o efeito seja o contrário, pois podemos estar causando mais poluição ao tentar reduzi-la, disse.

    PR/AD

  • Setor espacial é ‘prioridade’ do governo, diz novo presidente da AEB

    Setor espacial é ‘prioridade’ do governo, diz novo presidente da AEB

    Mesmo após o corte de 22% no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o programa espacial brasileiro é uma “prioridade do governo”, afirmou ao G1 o novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Thyrso Villela.

    Villela passou ao comando da agência após o presidente anterior, Marco Antônio Raupp, assumir o Ministério, em janeiro.

    Segundo ele, apesar do corte no MCTI, o repasse de R$ 2,2 bilhões do governo federal para investimentos até 2015 no setor — previsto no Plano Plurianual 2012-2015 — mostra que interesse governamental no espaço aumentou.

    O valor é 16,4% superior ao montante repassado entre 2008-2011 (R$ 1,89 bilhão) — mas não chega a ser nem 10% do valor que a agência espacial americana (Nasa) vai receber do governo dos Estados Unidos para investimentos apenas em 2012 (R$ 32,5 bilhões), mesmo com uma redução de gastos devido à crise.

    Em 2012, a agência brasileira pode investir o montante de R$ 327,5 milhões.

    De acordo com Villela, o país não vai atrasar mais o lançamento do satélite Cbers 3, que deveria ter acontecido há três anos e está agora previsto para voar em novembro. Quarto satélite do projeto feito em parceria com a China, ele deve fazer um monitoramento da superfície da Terra para uso em em projetos de gerenciamento agrícola e licenciamentos ambientais.

    Segundo ele, o programa Cbers é “prioridade zero” da agência, ao lado do desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e da modernização da base de lançamentos de Alcântara (MA). O custo total desses projetos é de R$ 640,7 milhões.

    Imprevistos e desenvolvimento tecnológico

    Villela afirma que os atrasos nesses projetos ocorreram devido a “imprevistos” já solucionados, como no caso do Cbers 3. “Tivemos problemas no sistema de controle, em alguns subsistemas e também a indústria brasileira não produzia algumas peças. Mas agora o satélite está pronto e passa por fase de testes na China. A previsão de lançamento é novembro deste ano”, disse.

    Ele ressalta que a participação do país no projeto aumentou de 30% para 50%, o que exigiu investimentos em pesquisa. Os satélites do programa Cbers portam câmeras que captam imagens da Terra, distribuídas gratuitamente pelo Inpe. O Cbers 4, que tem pouca diferença do modelo 3, tem previsão de lançamento para 2014.

    Segundo Villela, testes experimentais com protótipos do VLS já estão em curso no Rio Grande do Norte e os primeiros estágios do foguete passarão a ser testados em 2013.

    Em fevereiro, o ministro Raupp afirmou que, se tudo desse certo, a fabricação do foguete completo deveria acontecer a partir de 2018.