Bolsonaro agravou crise Yanomami, diz subprocurador que atuou na condenação de garimpeiros por genocídio em 1993

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O subprocurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, afirmou em entrevista que o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos quatro anos contribuiu para agravar a situação dos indígenas na Terra Yanomami.

Segundo Mariz Maia, a linha de investigação por genocídio conduzida no Supremo Tribunal Federal (STF) contra autoridades da antiga gestão é consistente.

O subprocurador foi um dos autores da denúncia que levou à condenação de cinco garimpeiros por genocídio contra o povo Yanomami em 1993. O episódio terminou com a morte de 16 indígenas da comunidade Haximu.

Para Mariz, a situação atual da Terra Indígena Yanomami é mais grave do que há 30 anos, porque houve incentivo ao garimpo em terras indígenas por parte do Estado e “deliberado enfraquecimento” dos órgãos destinados a proteger e fiscalizar as terras.

Em resposta às acusações de que seu governo tem responsabilidade pelo agravamento da crise dos Yanomamis, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou no dia 28 de janeiro, pelas redes sociais, que “nunca um governo dispensou tanta atenção e meios aos indígenas” como na sua gestão.