Categoria: AL-MT

  • CST da Saúde Mental debate sobre aumento da violência nas escolas

    CST da Saúde Mental debate sobre aumento da violência nas escolas

    Casos emblemáticos tal o recente assassinato de uma professora por estudante adolescente de apenas 13 anos, em São Paulo, têm colocado em alerta os pais, educadores e autoridades em todo o país – e despertado atenção à necessária assistência psicossocial no ambiente escolar.

    Essa tônica norteou, durante a tarde de quinta-feira (4/5), a segunda reunião de trabalho da Câmara Setorial Temática instaurada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para debater o atendimento à Saúde Mental na rede pública de Mato Grosso, a fim de elaborar propostas e políticas públicas com o fim de melhorar a assistência psicossocial à população mato-grossense.

    Conduzida pelo deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) – autor do requerimento por conta do qual foi instaurada a “CST da Saúde |Mental” na ALMT -, a reunião teve a presença também da relatora e secretário da câmara temática, respectivamente Rosângela Saldanha Pereira e Jorge Santos; do promotor de Justiça (Saúde Coletiva) Nilton Matos Silveira Neto, além das representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Keila Regina da Silva Nunes Costa (Gestão de Pessoas) e Rita de Cássia Araújo Costa Marques (Gestão Educacional).

    BEM-ESTAR

    As representantes da Seduc explanaram brevemente os programas desenvolvidos pela pasta com objetivo de prestar assistência psicossocial a estudantes e professores da rede pública de ensino em Mato Grosso.

    Rita de Cássia falou sobre o planejamento voltado aos alunos a fim de prevenir situações de assédio, violência, bullying, depressão, automutilação, entre outros casos que evidenciam distúrbios do gênero.

    “É um trabalho multidisciplinar que envolve famílias, conselho tutelar, centros de referência em assistência social e os centros de atenção psicossocial”, explicou.

    Ela adiantou que está adiantado o planejamento para a implantação de atendimento em todas as escolas mato-grossenses – cada uma delas deverá ter em seu quadro pelo menos um profissional em Psicologia e outro em Assistência Social.

    Keila Regina, por sua vez, explanou as ações desenvolvidas pela Seduc com a finalidade de prestar assistência aos professores da rede pública estadual, que incluem desde saúde mental até segurança no trabalho, em ampla abordagem.

    DIAGNÓSTICO

    O promotor de Justiça Nilton Silveira observou que a CST da Saúde Mental será importante instrumento – inclusive em parceria com o Ministério Público Estadual – para evidenciar “abrangente diagnóstico sobre o atendimento psicossocial oferecido na rede pública de saúde à população mato-grossense”.

    Em concordância, o deputado Carlos Avallone destacou a relevância do trabalho para a definição de diretrizes, elaboração de políticas públicas e inclusão de precisão orçamentária a fim de melhorar a atenção à saúde mental em Mato Grosso.

  • Comissão de Educação aprova pareceres favoráveis a 30 projetos de lei em Mato Grosso

    Comissão de Educação aprova pareceres favoráveis a 30 projetos de lei em Mato Grosso

    A Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa de Mato Grosso apreciou 30 proposições durante reunião ordinária realizada nesta terça-feira (2). Do total apreciado, foram aprovados pareceres favoráveis a 29 propostas e contrário a apenas uma.

    Antes de dar início à votação, o deputado Valdir Barranco (PT) pediu para retirar de pauta os projetos de lei 286/2023 e 405/2023, ambos de sua autoria.

    Durante a apreciação, o parlamentar pediu vistas do PL 897/2023, apresentado por Wilson Santos (PSD), que concede aos professores dos ensinos fundamental, médio e superior de instituições públicas e privadas, desconto de 30% na compra de livros didáticos e outros complementares à sua formação cultural e pedagógica. O relator da proposta, deputado Fabinho (PSB), emitiu parecer pela sua rejeição, sob o argumento de que a proposta interfere diretamente na autonomia privada das editoras e livrarias.

    Valdir Barranco também votou contra os pareceres favoráveis emitidos aos PLs 84/2023, apresentado por Thiago Silva (MDB), e 511/2023, do deputado Gilberto Cattani (PL), nos termos do substitutivo integral nº 01.

    “O Supremo Tribunal Federal concluiu o julgamento virtual e derrubou a lei estadual de Rondônia que proibia o uso de linguagem neutra na grade curricular no material didático de escolas públicas e privadas e
    em editais de concursos públicos. Todos os ministros da corte, todos, acompanharam o relator, ministro Edson Fachin”, manifestou-se o deputado, ao justificar o voto pela rejeição do substitutivo.

    Em relação ao PL 84/2023, o parlamentar afirmou que a lotação de professores segue regras específicas, que precisam ser observadas. “A lotação de professores se dá através de pontuação, através de atribuições de aulas, então não é possível termos uma lei que se sobreponha a uma legislação já vigente, por isso sou contrário a esse projeto”, explicou.

    O vice-presidente da comissão, deputado Beto Dois a Um (PSB), que conduziu a reunião, solicitou vistas do PL 31/2023, de autoria de Eduardo Botelho (União), que estabelece diretrizes para utilização da prática sistêmica no sistema de ensino de Mato Grosso.

    Foram aprovados pareceres favoráveis aos seguintes projetos de lei: 511/2021, 382/2023, 828/2019, 1029/2021, 42/2023, 50/2023, 84/2023, 109/2023, 136/2023, 141/2023, 153/2023, 189/2023, 208/2023, 236/2023, 241/2023, 279/2023, 283/2023, 286/2023, 334/2023, 379/2023, 485/2023, 621/2023, 666/2023, 667/2023, 760/2023, 821/2023, 334/2023, 379/2023 e 397/2023. O projeto de resolução 402/2023 teve parecer contrário aprovado.

    Participaram da reunião os deputados Beto Dois a Um (PSB), Valdir Barranco (PT), Cláudio Ferreira (PTB) e Fabinho (PSB).

  • Projeto que revisa divisão do ICMS arrecadado por usinas hidrelétricas recebe parecer favorável

    Projeto que revisa divisão do ICMS arrecadado por usinas hidrelétricas recebe parecer favorável

    A 10ª reunião ordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) analisou 18 projetos em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), entre eles o Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/2023, para estabelecer normas relativas ao cálculo do Índice de Participação dos Municípios no produto de arrecadação do Imposto sobre Circulação, Mercadoria e Serviços (ICMS) dos municípios-sede de usinas hidrelétricas. Com parecer favorável, o PLC será apreciado na próxima sessão ordinária, nesta quarta-feira (3).

    De acordo com o PLC 30/2023, de autoria da deputada Janaina Riva (MDB) e coautoria do deputado Elizeu Nascimento (PL), os critérios utilizados para a divisão dos valores adicionais arrecadados em virtude da instalação de usinas hidrelétricas deverão considerar os municípios-sede onde se encontram a obra arquitetônica, e não apenas o local onde está localizada a casa de força.

    Segundo o texto aprovado, “O Projeto Lei Complementar visa igualar o valor adicionado do ICMS aos municípios que possuem áreas inundadas por hidrelétricas com objetivo de desfazer uma injustiça com os municípios que não possuem casa de máquina, mas são afetados pelas áreas inundadas, ajudando a proporcionar uma compensação justa pelo uso de recursos naturais e incentivar a construção de hidrelétricas em áreas menos impactadas”.

    Além deste texto, os deputados membros da CCJR também aprovaram o Projeto de Lei  (PL) 1079/2023, de autoria do deputado Fabinho (PSB), que dispõe sobre a regulação da divulgação de imagens e dados pessoais de autores de atos violentos em escolas. De acordo com o deputado autor do projeto, o objetivo é conter o efeito contágio.

    “Recentemente tivemos dois casos graves de violências em escolas no país e a divulgação das imagens dos autores, bem como de suas identidades, podem desencadear o efeito contágio, estimulando que outros  criminosos cometam crimes em busca de notoriedade. Não se trata de censura, mas apenas busca evitar o surgimento de mártires, mesmo que para o mal”.

    Notificações – Os deputados Diego Guimarães (Republicanos) e Fabinho votaram contrário ao parecer do relator do PL 671/2023, que dispõe sobre a notificação eletrônica dos condutores sobre o vencimento de suas carteiras de habilitação. O relator do projeto, deputado Elizeu Nascimento, argumentou que a proposta possui vício de inconstitucionalidade formal, pois invade matéria de competência legislativa do Poder Executivo.

    Diego Guimarães, porém, destacou que o Detran possui ampla estrutura e é dotado de tecnologia que viabiliza a implantação do serviço sem a dispensa de grandes recursos financeiros. “A despesa seria mínima diante dos benefícios aos cidadãos que, muitas vezes, são pegos de surpresa durante uma blitz policial. Com a notificação 60 antes do prazo de vencimento, o condutor poderá programar sua renovação antecipadamente”. O deputado Fabinho acompanhou o voto de Guimarães, derrubando o parecer do relator.

    Balanço – Em abril, a CCJR relatou 88 projetos em tramitação na ALMT, sendo a maioria deles, 72, projetos de lei ordinária. Ao todo, foram realizadas quatro reuniões ordinárias e outras três extraordinárias. Desde fevereiro, a CCJR analisou 232 propostas.

  • Mato Grosso: Comissão de Saúde quer explicações sobre débitos com os hospitais filantrópicos

    Mato Grosso: Comissão de Saúde quer explicações sobre débitos com os hospitais filantrópicos

    A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e a Comissão Externa de Acompanhamento de Intervenção em Cuiabá (criada pela Assembleia Legislativa) vão encaminhar ofício e requerimento à interventora da Saúde de Cuiabá, Danielle Pedroso Bertucini, solicitando informações do planejamento de pagamento dos débitos com as unidades de saúde filantrópicos.

    De acordo com Lúdio Cabral, que é presidente da Comissão de Saúde, a Prefeitura de Cuiabá tem um débito de R$ 30,8 milhões com os hospitais filantrópicos. Com o Hospital Lions da Visão, o valor é de R$ 1,8 milhões. O Hospital de Câncer de Mato Grosso, o montante é R$ 16,7 milhões. Hospital Beneficente Santa Helena, R$ 7,4 milhões. Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá, R$ 5,4 milhões.

    “A comissão quer saber como será feito o planejamento do Estado para quitar os débitos da Secretaria de Saúde de Cuiabá com os hospitais filantrópicos. Hoje, a intervenção está responsável pela gestão financeira do fundo municipal de saúde”, explicou Cabral.

    Votações – Na manhã desta terça-feira (25), a Comissão de Saúde realizou a quarta reunião ordinária do 1º ano da 20ª Legislatura. Na pauta de votação estava 26 projetos de lei. Todos os 25 pareceres favoráveis e um contrário foram aprovados. As matérias seguem à votação em Plenário.

    Entre as proposições com parecer favorável e aprovada pela comissão está o projeto de lei 1069/2021, de autoria do 1º secretário Max Russi (PSB). A proposta determina a implantação de rastreamento e teste genético aos cidadãos mato-grossenses com idade superior a 35 anos. Vale destacar que o texto original foi rejeitado, acatando o substitutivo integral com parecer favorável do relator deputado Lúdio Cabral (PT).

    Já a única matéria com parecer contrário à aprovação – o projeto de lei 366/2023, de autoria do deputado Valdir Barranco (PT) – que dispõe sobre a Política de atenção à saúde mental dos conselheiros tutelares e aos profissionais que atuam na área. A proposta foi rejeitada pelo relator deputado Dr. João (MDB). “O Poder Legislativo interfere na esfera de competência privativa do Executivo”, afirma o parlamentar.

    Audiência Públicas – A Comissão de Saúde vai debater a saúde mental no estado de Mato Grosso. Para isso, a comissão vai realizar uma audiência pública na 2ª quinzena de maio. Mas a data e o horário ainda não foram definidos. De acordo com Lúdio Cabral, a comissão vai convidar a Câmara Setorial Temática da ALMT (que trata do mesmo assunto) para organizarem o evento.

    Foi deliberada a realização de visitas técnicas (nos Hospitais Regionais) e duas audiências públicas nos municípios de Sorriso e Sinop. A possiblidade é de as datas serem agendas para o mês de maio.

  • 2ª Encontro de Vereadoras de Mato Grosso é realizado na Assembleia Legislativa

    2ª Encontro de Vereadoras de Mato Grosso é realizado na Assembleia Legislativa

    A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) sediou o 2º Encontro de Vereadoras de Mato Grosso, realizado pela União das Câmaras Municipais do Estado de Mato Grosso (UCMMAT), nesta quarta-feira (19). O evento reuniu cerca de 130 vereadoras que atuam no estado. A presidente da ALMT, deputada Janaina Riva (MDB), participou do evento e destacou a importância de desenvolver políticas públicas para garantir uma maior participação das mulheres na política e em cargos de lideranças.

    Ao todo, 228 mulheres ocupam cargo de vereadora municipal de um total de 1404 vagas distribuídas nos 141 municípios, uma participação de apenas 16%. A baixa representatividade feminina é uma consequência dos anos de direitos desiguais entre homens e mulheres, que por muitos anos foram impedidas de votar, de se candidatar a cargos políticos e até hoje recebem tratamento diferentes no mercado de trabalho, como apontam pesquisas.

    A vereadora e vice-presidente da UCMMAT, Rhilary Milleid, 22, está em seu primeiro mandato pelo município de Indivaí e destacou a importância do evento para capacitar as mulheres para que ocupem os lugares com propósito político.

    “Nós enfrentamos o desafio de romper barreiras impostas desde a concepção da mulher. Temos o tempo todo que nos mostrar capazes, ser resilientes, nós estamos de fato em lugar de desigualdade. E isso também é uma realidade dentro da política, pois estamos em desigualdade nos cargos, dentro dos partidos. Por isso precisamos virar a chave de ser vista como cota para passarmos a ser chamadas para ocupar lugares de liderança”, destacou a vereadora.

    A deputada estadual Janaina Riva afirmou que para a Assembleia Legislativa é muito importante receber essas mulheres, entender os problemas que enfrentam no dia a dia, falar sobre violência política que são geradas no interior do estado. “Precisamos entender porque para as mulheres é tão difícil participar do meio político, promover o debate e trabalhar o quanto ainda temos por avançar. Reunimos vereadoras de todos os partidos, a nossa identidade está no nosso gênero e precisamos reunir essas mulheres, melhorar o diálogo entre elas e aproximar cada vez mais da Assembleia”.

    Durante o debate, que reuniu lideranças femininas de diferentes segmentos da sociedade, Janaina Riva destacou as dificuldades que as mulheres precisam superar para estar no mercado de trabalho, cuidar das atribuições familiares e mesmo assim não terem as mesmas condições e reconhecimentos que os homens. “É preciso investir em educação, capacitar nossas meninas para que tenham independência financeira, para que não tenham uma gravidez precoce, para que não dependam de suas famílias, de seus companheiros”.

    A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, falou sobre os enfrentamentos que as mulheres fazem para ocupar lugares, como dentro do ambiente jurídico. “A OAB Mato Grosso possui 90 anos e neste período eu sou a 2ª mulher a presidir a entidade e com um intervalo de 28 anos desde que a primeira presidente, a desembargadora Maria Helena Póvoas, foi eleita. Então há avanços, mas ainda tem muito em que avançar, seja no judiciário, seja aqui na Assembleia Legislativa”.

    Também participaram do evento os deputados estaduais Diego Guimarães (Republicanos) e Dr. João. Guimarães, em seu discurso, falou que a maior participação das mulheres também depende dos homens, que não podem buscar as mulheres nas vésperas das eleições apenas para cumprir a cota de 30% de candidatas mulheres. “Eu sempre pergunto, o que estamos fazendo para trazer as mulheres para dentro do partido, para participar da construção política?”.

    O secretário de Estado de Turismo, Felipe Wellaton, participou da abertura do debate e falou que as mulheres precisam se unir para lutar por espaço e cobrar que os homens também lutem por elas. “Não basta o homem falar que apoia, é preciso fortalecer as candidaturas de mulheres”.

    O evento também contou com a palestra sobre empoderamento feminino com Quézia Limoeiro e sobre violência de gênero com a delegada Jorzi Criveletto. O 2º Encontro foi realizado pela UCMMAT com apoio da Assembleia Social.

  • Audiência pública debate proposta de financiamento do SUS

    Audiência pública debate proposta de financiamento do SUS

    O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) foi tema de uma audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (18). O evento foi iniciativa da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

    De acordo com o presidente da comissão, deputado Lúdio Cabral (PT), o objetivo foi debater junto com representantes do Ministério da Saúde, secretarias municipais e de Estado de Saúde o volume de recursos aplicados hoje, e, ainda, se essa alocação está sendo adequada e se a pactuação entre os entes está sendo cumprida.

    “Os encaminhamentos serão feitos de acordo com as demandas sugeridas pelos participantes. Em primeiro plano, devemos realizar novas audiências públicas da comissão para debater situação da Santa Casa e saúde da população LGBTQIA+”, falou Cabral.

    “Agora com relação ao tema financiamento do SUS, precisamos debater em nível nacional. Entendo que a discussão necessita ser feita sobre o aumento dos recursos federais para financiar o SUS no nosso país, que depende da revogação definitiva da Emenda Constitucional 95, que proíbe a ampliação dos investimentos na saúde em todas as saúdes públicas. Outro encaminhamento que faremos é a privatização por dentro do volume alto dos recursos aplicados na contratação de serviços terceirizados, e por fim, realização de concurso público”, esclareceu o deputado.

    Durante a audiência, o secretário de Estado de Saúde Juliano Mendes disse que em 2022 o Estado projetou o orçamento na LOA R$ 2.673.281.711,00 e o montante final chegou à soma de R$ 3.622.669.176,40 com uma diferença de 36%.

    Conforme o presidente da comissão, uma das saídas é a construção de um plano de regionalização de atenção à saúde, que é o Plano Regional Integrado, cujo prazo para os estados apresentarem era 2018 e não está pronto até hoje.

    A assessora jurídica do Conselho Nacional de Saúde, Blenda Ribeiro fez uma explanação dos gastos do SUS em 2021. De acordo com a assessora, naquele ano [2018] o governo federal teve gasto de R$ 171 bilhões, enquanto que nos estados os gastos somaram R$ 99 bilhões, e os municípios de R$ 116 bilhões.

    “O cenário de financiamento do sistema é histórico, pois existe uma não priorização do poder público em alocar recursos suficientes para atender as necessidades de saúde da população. A audiência pública foi fundamental, principalmente, num momento de elaboração do PPA [Plano Plurianual] dos governos federal e estadual, para que essa Casa, se posicione e priorize o que mais carente é a saúde para a população”, revelou ela.

    O deputado Gilberto Figueiredo e que se afastou da pasta da saúde estadual, falou que qualquer assunto envolvendo saúde é palpitante e difícil porque envolve “desde financiamento até a assistência final num programa que foi criado para atender de forma universal a população inteira, mas que não tem ‘pulmão’ para mandar energia para todas as necessidades. Esses debates são importantes para criarmos soluções e melhorarmos a saúde”, complementou ele.

  • Mato Grosso: Comissão de Educação promove audiência pública sobre segurança nas escolas

    Mato Grosso: Comissão de Educação promove audiência pública sobre segurança nas escolas

    A Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa de Mato Grosso realizou audiência pública na noite de segunda-feira (17), na Câmara Municipal de Rondonópolis, para discutir medidas a serem adotadas a fim de garantir a segurança nas escolas.

    A audiência foi requerida pelo vereador de Rondonópolis Adonias Fernandes de Souza (MDB) e contou com a participação de professores, diretores de escolas, estudantes, pais de alunos, servidores da educação, autoridades públicas, representantes dos poderes Executivo e Legislativo estadual e municipal, bem como das forças de segurança.

    Após o ataque recente ocorrido contra uma creche, no município de Blumenau, em Santa Catarina, onde foram mortas quatro crianças, tem havido disseminação de notícias falsas sobre supostas ameaças de ataques a escolas de Rondonópolis, gerando medo e pânico em pais e estudantes.

    Durante a audiência pública, foi levantada a necessidade de avaliar o tema e propor medidas não só sob o ponto de vista da segurança pública, mas também da saúde, educação e do ambiente familiar. Os participantes também reivindicaram a implementação de medidas preventivas, como ações de conscientização, capacitação de professores e funcionários, investimento em tecnologias de segurança, entre outras, com a finalidade de garantir a segurança dos estudantes, professores e demais servidores que atuam nas unidades escolares.

    O presidente da Comissão de Educação, deputado estadual Thiago Silva (MDB), que conduziu a audiência pública, afirmou que após o ataque em Blumenau tem havido um aumento na frequência de casos de violência e insegurança nas escolas. “Essas situações criam um ambiente de medo e insegurança entre os alunos, professores e funcionários, afetando negativamente o processo de ensino-aprendizagem e a qualidade da educação”, observou.

    Alexandra Pimentel, representante da Associação de Pais de Rondonópolis, pediu que seja elaborado um projeto de segurança que contemple toda a equipe escolar, garantindo a proteção das crianças e também dos profissionais que atuam nas escolas. Pediu ainda para que as famílias sejam incluídas nos protocolos de segurança.

    “Temos que agregar os bons exemplos. Eu sei de escolas aqui na cidade que adotaram em seu protocolo a realização de reuniões, igual reuniões de pais e mestres, com a presença de terapeutas. Então, a terapeuta vai conversar com o pai, com a mãe, com a comunidade, para tranquilizar e passar o protocolo. Essa também seria uma boa medida para adotarmos”, disse.

    Estudantes de diferentes escolas relataram o medo que têm sentido após a onda de ataques. Representantes de grêmios estudantis reclamaram da falta de informações acerca das providências que estão sendo tomadas pelas autoridades responsáveis e pediram que seja estabelecida uma comunicação direta com eles, a fim de acabar com o pânico generalizado que foi instalado.

    “A primeira coisa que eu quero pedir é que as medidas que estão sendo discutidas aqui hoje sejam realmente cumpridas. Querendo ou não, hoje a gente está vendo uma onda de acontecimentos. E quando essa onda acabar? Será que essas medidas que vão ser implantadas agora vão continuar? Porque daqui a três meses será o tempo perfeito para as pessoas que estão planejando fazer massacre. Agora a gente fala sobre o assunto, e daqui a três meses, quando esse ‘hype’ acabar? Será que os senhores também vão se comprometer com a nossa segurança? Será que vocês estarão lá para nos ajudar?”, questionou a estudante Emily Fernanda.

    Responsável pelo 5º Batalhão da Polícia Militar de Rondonópolis, o tenente-coronel Lauro Márcio Ozório da Silva informou que a regional possui, desde 2018, um programa denominado “Escola Segura”, que promove a visita de equipes especializadas nas unidades escolares.

    “Desde que surgiu toda essa dinâmica de atentados, de massacres, nós reforçamos as nossas equipes, colocamos policiais na folga, através de jornada extraordinária, para percorrerem as 132 escolas particulares, municipais, estaduais, públicas, privadas, rurais, urbanas e indígenas de Rondonópolis. Agora nós vamos dar continuidade a esse trabalho, no intuito de devolver a paz à comunidade escolar e evitar que qualquer mal ocorra”, declarou.

    Carmem Lúcia Sussel Mariano, professora de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou a importância da contratação de psicólogos e assistentes sociais para atuarem nas unidades escolares e falta de implementação da Lei 13.935/2019, que trata do assunto.

    “A atuação desses profissionais nas escolas pode ajudar tanto para o cuidado da comunidade escolar nesses momentos de emergência, em que a comunidade precisa de um apoio, de acolhimento, quanto para ajudar no cotidiano da escola, para atuar nos conflitos que ocorrem dentro da família. A escola traz consigo muitos conflitos e os professores fazem o melhor que eles podem, mas eles não estão devidamente preparados. Além das questões de saúde, temos tido casos de mutilações, de depressão, ansiedade e todas essas questões acabam chegando na escola de alguma forma”, afirmou.

    Andreia Cristiane de Oliveira, diretora Regional de Educação do polo Rondonópolis, apresentou algumas das ações estabelecidas pelo Governo do estado para o protocolo de segurança nas escolas, como a instalação de câmeras e botão de pânico, a intensificação das técnicas de mediação escolar e circuitos de cultura de paz e o aumento do quadro de profissionais psicólogos nas Diretorias Regionais de Educação.

    “A gente trabalha nessas duas vertentes, uma é um plano de ação para atuar diretamente com relação à segurança dos estudantes e profissionais e a outra é um plano de ação que já está em andamento há mais tempo, que trata da questão psicossocial, do ciclo de construção de paz nas unidades escolares. Inclusive na próxima semana nós teremos formação, juntamente com a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, de 22 facilitadores do círculo de construção de paz”, informou.

    Os deputados Roni Magnani (PSB), que também participou do debate, e Thiago Silva anunciaram que as demandas e sugestões apresentadas durante a audiência pública serão formalizadas e apresentadas ao Governo do Estado.

  • Assembleia Legislativa de Mato Grosso apresenta 18 projetos que asseguram a segurança dentro das escolas

    Assembleia Legislativa de Mato Grosso apresenta 18 projetos que asseguram a segurança dentro das escolas

    Entre 2002 e 2023, o Brasil registrou 23 ataques violentos em escolas, sendo que dez deles ocorreram de agosto de 2022 até o dia 05 de abril, quando quatro crianças foram assassinadas em uma creche em Blumenau (SC). O número de pessoas mortas, incluindo agressores que cometeram suicídio, chega a 39 pessoas, das quais 27 eram estudantes e cinco professores, segundo levantamento de grupos de pesquisa de conflitos escolares da Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

    Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), desde janeiro de 2023, 18 projetos de lei foram apresentados com intuito de conter a violência e promover um ambiente saudável e seguro nas escolas. São iniciativas que vão desde a proposta de instituição da “Política de Saúde Mental na Rede de Ensino do Estado de Mato Grosso”, por meio de PL 490/2023, até o projeto que torna obrigatória a instalação de pelo menos um botão de pânico para acionar a polícia em caso de emergência, por meio do PL 1033/2023.

    Os atos de extrema violência nas escolas não são casos isolados. De acordo com especialistas, os ataques decorrem de uma série de comportamentos que são registrados todos os dias nas escolas, como preconceito, intolerância, desrespeito, agressões físicas e verbais. Solucionar o problema da violência nas escolas passa por uma ação interdisciplinar que envolve áreas da segurança pública, educação e saúde coletiva.

    O professor aposentado do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Naldson Ramos Costa, explica que a questão da violência perpassa pela educação, segurança, saúde mental, família, exigindo a implantação de políticas públicas de modo em geral que ajudem toda a comunidade a resolver os conflitos e distúrbios que acontecem dentro de uma escola.

    “Quando se analisa o perfil de jovens que cometem esses atos, é possível identificar que a maioria manifestou algum problema anteriormente, como distúrbios de aprendizagem, indisciplina, são vítimas de bullyng têm problemas familiares. Enfim, é preciso que haja um acompanhamento psicossocial dentro das escolas que ajude os profissionais da educação a identificar e resolver esses conflitos. Sem o devido preparo, muitas vezes os alunos são transferidos para outra unidade, sem que o problema de fato seja resolvido”, explica Naldson Ramos.

    Para a psicóloga do Departamento de Psicologia da UFMT, Luciana Dadico, quando crimes de grande repercussão como os registrados nas últimas semanas acontecem, é comum tentar individualizar o problema, abordando apenas o perfil daquele agressor em questão.

    “A violência, entretanto, tem um aspecto muito mais amplo, que inclui questões de políticas pedagógicas. Ações como instalação de detectores de metais, militarização das escolas são reflexos do medo que atinge a todos. Mas é preciso tratar o problema, identificar os fatores que estão desencadeando a violência, trazer os valores democráticos como respeito, tolerância para dentro do ambiente escolar”.

    O deputado estadual Valdir Barranco (PT), autor dos projetos de lei 490/2023, que trata da política de saúde mental nas escolas, e do PL 973/2023, que dispõe sobre a inserção de profissionais da área de serviço social e de psicologia nas redes de ensino público, afirma que a presença destes profissionais sempre foi importante e que, com o crescimento dessas redes de ódio, de fake news, se tornou mais necessária.

    “Os professores não têm formação para fazer o acompanhamento desses alunos e dos próprios servidores de educação. Hoje os municípios e estados já podem contratar esses profissionais, pois está previsto em lei federal. É preciso investir na saúde, não é só com polícia e detector de metais que vão conter a violência, é preciso política pública de forma ampliada”.

    O autor do PL 1033/2023, deputado estadual Elizeu Nascimento (PL), que propõe a instalação do chamado “botão do pânico” nas escolas, acredita que a ferramenta possa tornar o atendimento em casos de emergência mais rápido, além de ajudar a inibir os ataques.

    “O botão de pânico é uma medida simples e eficiente para permitir o contato direto entre a escola e a polícia local em casos de emergência, garantindo uma resposta rápida e eficaz em situações de perigo. Além disso, a instalação do botão de pânico pode prevenir situações de risco, uma vez que a presença do equipamento pode inibir potenciais agressores”.

    Para Karine dos Santos Araújo, conselheira  e coordenadora da Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia em Mato Grosso (CRP), não há uma solução única para tornar as escolas mais seguras, sendo necessário um esforço contínuo que envolva diversos atores da sociedade.

    “Quando pensamos em promover a saúde e o bem-estar na escola, em reduzir a violência, nos comprometemos com o futuro e com o desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes, bem como dos demais atores envolvidos no contexto escolar, que também precisam ser considerados”.

    Implementação – Desde 2019, a Lei Federal n° 13.935 estabelece que as redes públicas de educação básica devem contar com serviços de psicologia e de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação, por meio de equipes multiprofissionais. O prazo para cumprimento da lei, estabelecido na mesma, seria de um ano, porém, com a pandemia e outras dificuldades relacionadas a questões orçamentárias, a Lei n° 13.935 até hoje não está de fato implementada.

    De acordo com o Conselho Regional de Psicologia (CRP), desde a aprovação da lei, o Sistema Conselhos de Psicologia e o de Serviço Social têm realizado ações como promoção e participação de audiências públicas e a realização de incidências junto às entidades dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo dos estados e municípios para que haja a regulamentação da lei. “Em Mato Grosso, realizamos audiências públicas na ALMT e na Câmara de Vereadores de Cuiabá em 2021. Além de reuniões com Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público, Ministério Público para acompanhar o processo no estado”, explica Karine dos Santos Araújo.

    De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), atualmente existem 30 profissionais da psicologia e da assistência social atuando nas Diretorias Regionais de Ensino (DREs) em atendimento às unidades escolares desde 2022.  Em 2023, segundo a secretaria, haverá a implantação dos cargos nas unidades escolares por meio de terceirização.

  • Comissão de Relações Internacionais atenta à geração de energia limpa e reciclagem em Mato Grosso

    Em reunião realizada na tarde de terça-feira (11), representantes de empresas atuantes nos segmentos energético e de reciclagem de resíduos tiveram as portas abertas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) pela Comissão de Relações Internacionais, Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Institucional.

    Em pauta, projetos para geração de “energia limpa” e transformação de pneus velhos em óleo combustível – representantes de empresas interessadas em fazer investimentos em Mato Grosso puderam explanar perspectivas econômicas e ambientais dos empreendimentos planejados.

    INVESTIMENTOS – Já com memorando de entendimento chancelado pelo Parque Tecnológico de Mato Grosso – ligado à Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec/MT) -, a empresa Verdcorp Ltda apresentou aos parlamentares projeto para construção de planta geradora na capital, com aproveitamento do gás fornecido pela Bolívia, por intermédio da MT Gás.

    Já a Rio Novo Venture – que irá erguer a maior parque multimodal para geração energética do Brasil, em Araraquara (SP) – detalhou a intenção de expandir atuação em Mato Grosso, com projeto para instalação de planta geradora no município de Campo Verde.

    Por sua vez, representante da Ecorf – empresa italiana atuante na indústria de reciclagem e transformação de pneus descartados – expôs a tecnologia para produzir óleos combustíveis a partir deste resíduo específico, um dos vilões da degradação ambiental, além de criadouro para o mosquito Aedes aegypt, mosquito vetor de transmissão da dengue e outras doenças.

  • Preservação do rio Cuiabá é tema de discussões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

    Preservação do rio Cuiabá é tema de discussões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

    A história da capital mato-grossense tem como marco inicial o caminho das águas do rio que emprestou seu nome à cidade e que, durante muito tempo, foi o principal meio de comunicação com o centro-sul do Brasil. Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), discussões têm sido realizadas para que o rio Cuiabá continue vivo e mantenha o protagonismo histórico e ambiental.

    Desses debates tiveram origem leis, como a n° 12.026/2023, de autoria do deputado Eduardo Botelho (União Brasil), que prevê o cadastramento, monitoramento e recuperação de nascentes, matas ciliares e o entorno do rio Cuiabá.

    De acordo com o parlamentar, a matéria tem como objetivo estabelecer critérios para ações que visem a despoluição do rio, a socialização de seu uso e a manutenção da relação histórica das populações ribeirinhas que vivem e sobrevivem da exploração de recursos naturais.

    Para o historiador Edevamilton de Oliveira, pensar Cuiabá também é pensar seus problemas, de forma que as questões ambientais precisam ser amplamente discutidas em nome da qualidade de vida da população. “A consolidação territorial da capital estava dentro de um propósito de expansão da ocupação luso-brasileira. Além de levar a bandeira portuguesa a novas regiões, era importante garantir a abertura de espaços de exploração”, explica o historiador.

    Se durante séculos a regra era explorar, indiscriminadamente, os recursos naturais, sem critérios de sustentabilidade, hoje a realidade é outra. Tanto no plano nacional como internacional, discute-se cada vez mais a importância de conciliar desenvolvimento e preservação ambiental, debates que passam necessariamente por instituições públicas como a ALMT.

    Em 2022, o Parlamento mato-grossense foi palco das discussões que culminaram na aprovação da Lei n° 11.865, que proíbe a construção de usinas hidrelétricas (UHEs) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em toda a extensão do rio Cuiabá.

    De autoria dos deputados Wilson Santos (PSD), Eduardo Botelho (União Brasil), Elizeu Nascimento (PL), Professor Allan Kardec (PSB) e Sebastião Rezende (União Brasil), a norma está em vigor desde agosto do ano passado e é apontada por pesquisadores como uma vitória para a biodiversidade da região.

    A bióloga Luiza Peluso, doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), realizou pesquisa em que avaliou os impactos das mudanças climáticas e da construção de hidrelétricas ao longo da Bacia do Alto Paraguai, que abrange o rio Cuiabá. O trabalho envolveu o acompanhamento de quatorze espécies de peixes e mostrou que, em conjunto, os fatores mudanças climáticas e hidrelétricas podem impedir o deslocamento dos peixes migradores.

    “Isso certamente levará a uma redução considerável do estoque pesqueiro”, alerta a pesquisadora. Segundo ela, é preciso destacar que, antes do funcionamento das usinas, o processo de construção delas já proporciona impactos irreversíveis para a biodiversidade. “Muitas pessoas dependem do rio Cuiabá. Não são somente as mudanças climáticas e usinas que provocam impactos em toda a sua extensão. Há o desmatamento, a poluição e uma série de outros elementos que precisam ser levados em conta na hora de pensar nas ações de preservação”, disse Peluso.

    A Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) questionaram a Lei n° 11.865/2022 no Supremo Tribunal Federal (STF). A Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou favorável à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pelas entidades.

    Para ampliar o debate sobre a manutenção da lei e outros pontos pertinentes à conservação da Bacia do Rio Cuiabá e do Pantanal, o deputado Wilson Santos (PSD) apresentou requerimento para criação da Frente Parlamentar da Baixada Cuiabana. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da ALMT, em reunião do dia 4 de abril. Com isso, a frente deve ser instalada em breve pelo Parlamento.

    Associação em Defesa do rio Cuiabá e do Pantanal – Além de produzir normas e provocar discussões de interesse da sociedade, a ALMT também tem buscado mobilizar representantes da sociedade civil organizada no que se refere à preservação dos recursos naturais e da biodiversidade. Recentemente, o deputado Wilson Santos (PSD) acompanhou a criação da Associação em Defesa do Rio Cuiabá e do Pantanal, cujo estatuto foi aprovado em reunião realizada na Casa de Leis.

    Um dos membros da Associação é o professor Paulo Teixeira, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal. Segundo ele, a preservação dos rios de Mato Grosso é um desafio que passa pela implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos nos municípios do estado.

    “A Universidade Federal de Mato Grosso desenvolveu projetos de saneamento para auxiliar os municípios nessa missão e poucos deles desengavetaram esses projetos. Cabe a nossa associação cobrar os gestores e alertar a população para isso, porque a preservação ambiental é da conta de todos nós”, afirma o diretor.