Autor: CenárioMT Meteorologia

  • Governo prepara contratação antecipada de aeronaves para combate a incêndios florestais

    Governo prepara contratação antecipada de aeronaves para combate a incêndios florestais

    A Central de Compras da Secretaria de Gestão e Inovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou, nesta sexta-feira, (11/4), a Intenção de Registro de Preços (IRP) 09/2025 para a contratação centralizada de serviços contínuos de horas voo de aeronaves, na modalidade fretamento. A medida tem como objetivo reforçar a estrutura de resposta dos órgãos públicos na prevenção e combate a incêndios florestais e em outros biomas, e em outras emergências decorrentes de catástrofes naturais.

    Coordenada em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a IRP está aberta à adesão de todos os entes da federação. O serviço inclui operação, abastecimento, manutenção e transporte de pessoal e equipamentos, complementando os meios aéreos atualmente disponíveis nos órgãos responsáveis pelas ações de enfrentamento.

    Com a contratação, será possível garantir o deslocamento ágil de brigadistas, equipamentos de proteção e materiais essenciais para todo o território nacional. A utilização das aeronaves também viabiliza voos de reconhecimento, mapeamento de áreas de risco e identificação precoce de novos focos de incêndio, contribuindo para uma resposta mais rápida e eficiente.

    A expectativa é que a iniciativa reduza o tempo de atendimento a ocorrências, aumente a eficiência das operações e minimize os danos causados por desastres naturais. A adesão à IRP será realizada eletronicamente por meio do portal Compras.gov.br até o dia 28 de abril. Para acessar é necessário que o agente público esteja logado no portal de compr as.

     

  • Clima: Inmet emite alerta laranja para chuva e vento forte em SP, RJ e ES

    Clima: Inmet emite alerta laranja para chuva e vento forte em SP, RJ e ES

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta quinta-feira (10) um alerta laranja para chuvas e ventos intensos em algumas regiões dos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. O alerta laranja é o segundo de maior gravidade na escala utilizada pelo Inmet, abaixo somente do alerta vermelho, e significa situação de perigo.

    Segundo o Inmet, o alerta foi emitido porque as chuvas poderão atingir até 100 milímetros e os ventos podem chegar até 100 quilômetros por hora. O alerta vale até as 23h59 de hoje (10) principalmente para as regiões sul e central do Espírito Santo, a região metropolitana e o litoral paulista, o Vale do Paraíba (SP) e regiões noroeste, central, sul e norte fluminense.

    São Paulo

    A Defesa Civil do Estado de São Paulo informou que as regiões do litoral norte e a faixa leste paulista podem enfrentar temporais hoje, com risco de alagamentos, deslizamentos e quedas de árvore. Já para amanhã (11) e sábado (12) a previsão é de diminuição das instabilidades.

    Na tarde de hoje, diversas cidades paulistas enfrentaram fortes chuvas. Um alerta severo chegou a ser emitido pela Defesa Civil para as cidades de Mauá, Taboão da Serra, Santa Isabel, Jacareí e São Paulo.

    Em Itaquaquecetuba, informou a Defesa Civil de São Paulo, houve queda do muro de uma escola municipal, que atingiu alguns veículos que estavam estacionados, sem registro de vítimas. Já em Guaratinguetá, houve um ponto de deslizamento na estrada rural da colônia do Piagui e transbordamento do Córrego dos Pilões.

  • Semana começa com tempo encoberto e pouca chuva no país

    Semana começa com tempo encoberto e pouca chuva no país

    Precipitações mais intensas são esperadas somente a partir de terça-feira (18/3), segundo o Inmet.

    A semana inicia com céu encoberto e poucas chuvas na maior parte do Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em alguns estados, como São Paulo, há possibilidade de chuviscos na manhã de segunda-feira (17/3), mas as pancadas mais intensas só devem ocorrer a partir de terça-feira (18/3).

    A previsão do tempo para a semana entre 17 e 21 de março indica um cenário climático diversificado pelo país. O Sul e parte do Sudeste enfrentarão temperaturas elevadas, enquanto o Norte e Nordeste continuarão registrando chuvas volumosas, impactando as atividades agrícolas. Já no Centro-Oeste, a instabilidade persiste, com pancadas de chuva e aumento na umidade do solo.

    Centro-Oeste: pancadas de chuva e tempo instável

    A semana começa com instabilidade em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, onde há risco de temporais isolados acompanhados de ventos moderados e raios. Apesar das precipitações, não são esperados volumes excessivos, o que favorece o avanço da colheita da soja e a semeadura do milho segunda safra.

    Os acumulados devem variar entre 20 e 40 mm, garantindo bons níveis de umidade no solo e no ar. Em Goiás, o tempo será mais seco no sul e leste do estado, enquanto pancadas isoladas podem ocorrer no norte goiano.

    Com essa previsão, produtores e moradores devem ficar atentos às variações climáticas e se preparar para possíveis mudanças ao longo da semana.

  • Entenda a relação dos impactos climáticos com a vida cotidiana

    Entenda a relação dos impactos climáticos com a vida cotidiana

    Em um único dia, Luiz Antônio Ceccon viu toda sua história de vida e o seu trabalho, na Ilha da Pintada, em Porto Alegre (RS), serem levados pelas águas do Rio Jacuí.

    “Eu tinha criação de animais, eu era pescador, perdi barco, perdi rede. Eu tinha criação de bicho, ovelha, cabrito, porco, perdi tudo. Porque minha casa era meio longe aqui da ilha, para chegar lá só de barco. Eu perdi os pés da minha casa na Mexiana, dentro da Ilha da Pintada, e tudo que tinha dentro. Aqui na Picada, eu perdi também tudo que tinha dentro, que é uma casa de aluguel onde minha mulher ia abrir uma floricultura. Perdemos tudo.”

    Luiz e a esposa são sobreviventes das chuvas e enchentes que, em maio de 2024, devastaram 468 municípios do Rio Grande do Sul e atingiram mais de 2,34 milhões de pessoas, deixando 183 mortos, 806 feridos e 27 desaparecidos.

    Já no Norte do país, poucos meses antes, em fevereiro do mesmo ano, a Comunidade de Tumbira, no município de Iranduba (AM), começava a se recuperar de um longo período de estiagem, mais forte e longo que nos anos anteriores.

    Sem chuvas, o Rio Negro atingiu um dos níveis mais críticos das últimas décadas, em setembro de 2023. Nos meses seguintes, as 140 famílias de Tumbira – que têm no turismo a principal forma de subsistência – foram afetadas drasticamente.

    “Fumaça, calor acima da média, o rio seco, as ilhas de capim e o Cauxim – que é um fenômeno que deixa um [material] orgânico no rio quando ele seca além do normal, pega o sol, e vira tipo assim um pozinho que dá alergia nas pessoas”, conta o líder comunitário Roberto Macedo sobre o que chama de sequelas da seca.

    Relatório

    O pesquisador Ronaldo Christofoletti, do Instituto do Mar, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que o dia a dia dessas pessoas foi afetado pelo que denominou “desastres climáticos”, no primeiro relatório da série Brasil em Transformação, que analisa como os desastres naturais no país são intensificados pelas mudanças climáticas ocorridas em todo o planeta.

    “Tem um dado ali que chama muita atenção, quando a gente olha que 92% dos municípios brasileiros já registraram desastres, já foram afetados de alguma forma e que está aumentando de frequência”

    O estudo cruzou dados do Climate Change Institute, da Universidade do Maine, que evidenciam o aumento gradual da temperatura planetária tanto no ar, quanto no oceano; com os números do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, dos últimos 32 anos (1991 a 2023).

    A partir desses dados, os pesquisadores concluíram que para cada aumento em 0,1 grau Celsius (°C) na temperatura média global do ar, houve um aumento de 360 registros de desastres.

    Quando o mesmo aumento ocorreu nos oceanos, houve um crescimento foi de 584 registros. Isso representou um crescimento médio de 100 ocorrências ao ano no Brasil, no período compreendido entre 1991 a 2023.

    Ao longo desse período, o estudo identificou 64.280 desastres climáticos e os classificou de acordo com cinco tipos de registro:

    1. climatológicos, para os relacionados a seca (estiagens, incêndios florestais e baixa umidade do ar);
    2. hidrológicos, pra os relacionados a cheias (enxurradas, inundações e alagamentos);
    3. meteorológicos, relacionados a mudanças de temperatura (ondas de frio, calor, ciclones, ventos costeiros);
    4. geológicos, para os relacionados a deslocamento de massa (deslizamentos, terremotos e erosão); e
    5. biológicos, para os relacionados ao desequilíbrio de espécies (epidemias e infestações).

    “Quando você passa a ter alterações ambientais mais amplas, como desmatamento, poluição e enriquecimento de águas por nutrientes, você passa a beneficiar a proliferação de vários agentes infecciosos. De vírus, de bactérias e assim segue. Então, a partir daí, esse é um desastre biológico, porque ele não aconteceria naturalmente”, explica o pesquisador.

    Do total de desastres climáticos, 49,8% foram climatológicos. Outros 26,58% foram hidrológicos; 19,87% foram classificados como desastres meteorológicos; 3,32% desastres geológicos e, por fim, os desastres biológicos somaram 0,35% dos registros entre 1991 e 2023.

    Prejuízos

    Os pesquisadores também concluíram que a cada aumento 0,1°C na temperatura média global do ar, houve um prejuízo econômico estimado de R$5,6 bilhões no país.

    “Todos esses dados de prejuízo econômico, a gente pode afirmar, com certeza, que são subestimados. A gente sabe que é mais do que isso, porque o dado que a gente usou para avaliar o impacto econômico é apenas aquele que as prefeituras lançam na plataforma de desastre da Defesa Civil”, explica o Christofoletti.

    Para o pesquisador, os impactos econômicos chegam à população duas vezes: uma de forma mais direta, quando os efeitos dos desastres climáticos afetam os bens, a moradia e a forma produtiva das pessoas; e uma segunda vez, quando o poder público precisa redirecionar recursos para as necessidades emergenciais criadas.

    “Esse é um dinheiro de gasto público para reconstruir para reformar, recuperar as cidades, que é dinheiro que poderia estar indo para educação, saúde, em benefícios da sociedade, mas está sendo usado para reconstruir cidade.”

    Há ainda os impactos sociais que alcançam cada vez mais pessoas, revelou o estudo. Nos últimos quatro anos da pesquisa, período entre 2020 e 2023, quase 78 milhões de pessoas foram afetadas por desastres climáticos, o equivalente a 70% do número de afetados nos dez anos anteriores, entre 2010 e 2019.

    De acordo com o pesquisador, esses números se traduzem em impactos sociais que vão além do número de vítimas contabilizadas entre mortos, feridos e afetados. Christofoletti cita ainda as perdas emocionais não contabilizadas dessas vítimas.

    “Aquela casa, principalmente para populações mais vulneráveis, ela vinha da mãe, do avô, do bisavô. Aquilo tinha história das pessoas lá dentro. São perdas que não são mensuráveis e tem um impacto de saúde mental muito grande.”

    Segundo o pesquisador, outro estudo desenvolvido pela equipe do instituto da Unifesp apontou que 62% das pessoas entrevistadas sentem medo em dias com previsão de chuva intensa na sua região.

    “Quando você tem 62% da população falando ‘Eu sinto medo quando vai chover!’, a gente já está falando de um impacto de saúde mental. As pessoas passam a ter medo e isso é um impacto muito forte, seja pela perda daqueles bens, que não é pelo dinheiro em si mas pelas memórias e pelo valor afetivo que eles têm, seja como isso está afetando a saúde mental propriamente”.

    De acordo com a equipe, esses temas serão detalhados nas próximas publicações da série que, inicialmente, detalhará cada tipo de desastre e analisará seus impactos de forma mais específica.

    “Nesse primeiro relatório a gente teve que analisar esses desastres todos juntos. Então assim, o pacote total de desastres, porque eles têm essa classificação ampla. Agora o passo que a gente vai dar, que a gente já está finalizando a primeira parte, é explorar desastre por desastre.”

  • São Paulo registra temperatura mais alta para março desde 1943

    São Paulo registra temperatura mais alta para março desde 1943

    A cidade de São Paulo registrou neste domingo (2) a temperatura mais quente para o mês de março desde 1943, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) iniciou a medição na capital paulista. Os termômetros chegaram a 34,8 graus Celsius (ºC), muito acima da média do mês, que é de 28ºC.

    Nesta segunda, (3), o céu está nublado, com muitas nuvens e a temperatura máxima reduziu um pouco, ficando em 32ºC.

    Onda de calor

    O município do Rio de Janeiro vem passando por uma onda de calor extremo, com previsão de tempo firme, sem chuva até o próximo final de semana. De acordo com o Sistema Alerta Rio, as condições atmosféricas seguem sem mudanças significativas na cidade nesta segunda-feira (3). Os ventos sopram fracos a moderados, com as temperaturas elevadas, com a máxima atingindo os 37º C.

    Para os próximos dias, de terça-feira (4) à sexta (7), o céu no Rio ficará claro a parcialmente nublado, com poucas nuvens, sem chuva e com a temperatura máxima, alcançando também os 37ºC.

  • Carnaval deve ser de calor forte e  pouca chuva na maior parte do país

    Carnaval deve ser de calor forte e pouca chuva na maior parte do país

    Temperaturas altas e chuvas isoladas. Os últimos dias de fevereiro e os primeiros de março devem manter o cenário que tem sido visto ao longo do mês em boa parte do país. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O Informativo Meteorológico mais recente da instituição abrange os dias 24 de fevereiro até 3 de março.

    Em relação às temperaturas altas, o Rio Grande do Sul passa por um momento especialmente preocupante desde o dia 22, com uma onda de calor que deve durar até esta quarta-feira (26). A categoria “ondas de calor”, para o Inmet, inclui temperaturas 5°C acima da média climatológica. No centro-oeste do estado, os termômetros ultrapassam os 40ºC. No período do Carnaval, a previsão é de temperaturas elevadas em toda a região Sul, com o estado gaúcho podendo superar 38ºC.

    O Sudeste e o Centro-Oeste também têm tendência de calor forte para os próximos dias, incluindo os de folia. Máximas vão alternar entre 26°C e 34°C. Mesmo cenário previsto para a região Nordeste, com temperaturas entre 26°C e 36°C, que podem ultrapassar 38°C em algumas localidades do interior. E na região Norte, previsão de máximas entre 26°C e 34°C na maior parte dos estados.

    Em relação às chuvas, na região Sudeste, a tendência é de tempo firme em Minas Gerais e pancadas pontuais de chuva no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, abaixo de 40 mm. O sudeste de São Paulo pode registrar volumes acima de 60 mm.

    No Nordeste, a tendência é de tempo firme nos próximos dias na parte central da Bahia, de Pernambuco, oeste do Piaui, e de Alagoas. Na faixa leste da região, chuvas poderão ocorrer em pontos isolados na forma de pancadas, com acumulados inferiores a 20 mm. Chuvas previstas acima de 80 mm no norte do Maranhão, Piauí e litoral do Ceará.

    A região Sul pode ter aumento de nebulosidade a partir de amanhã com possibilidade de pancadas locais. Caso ocorram, os acumulados previstos ficariam abaixo de 30 mm, mas não estão descartadas tempestades, por conta da combinação de calor e umidade.

    No Centro-Oeste, a combinação de calor e umidade mantém áreas de instabilidade no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e oeste de Goiás, com pancadas de chuvas ao longo da semana. Acumulados acima de 80 mm estão previstos para o noroeste do Mato Grosso. No centro-leste de Goiás e leste do Mato Grosso do Sul, há tendência de redução das chuvas, com acumulados abaixo de 20 mm.

    No Norte, o calor e a alta umidade mantém instabilidades e pancadas de chuvas, com acumulados acima de 50 mm. A exceção é Roraima, com chuvas mais escassas e volumes inferiores a 10 mm. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) posicionada mais a sul, provocará acumulados acima de 80 mm no nordeste do Pará.

  • Calor levou mais de 5 mil pessoas a buscar atendimento no Rio em 2025

    Calor levou mais de 5 mil pessoas a buscar atendimento no Rio em 2025

    O calor no Rio de Janeiro já levou mais de 5 mil pessoas a buscar atendimento médico em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o início de 2025, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS-RJ). A soma inclui quem procurou redes de urgência e emergência, considerando as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), as Coordenações de Emergência Regional (CER) e os hospitais.

    No mês de janeiro, a secretaria estima que 3 mil pessoas foram atendidas por complicações em decorrência do calor intenso. Já nos primeiros 18 dias de fevereiro, cerca de 2,4 mil pessoas já foram atendidas em unidades de emergência do SUS na cidade.

    “A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro já verifica um aumento de pessoas procurando as emergências com problemas relacionados ao calor, principalmente desidratação e descompensação de doenças crônicas”, afirmou em nota. A SMS-RJ acrescenta que a maior preocupação é com idosos e crianças, que costumam ter menos sensação de rede.

    A persistência de temperaturas elevadas fez com que a Prefeitura do Rio anunciasse no último domingo (16) medidas de orientação para a população nesta semana, na qual já foi registrado recorde de temperatura.

    Em entrevista à Agência Brasil, o secretário municipal de Saúde, médico sanitarista e deputado federal Daniel Soranz explicou que o município fez um trabalho de cruzamento de dados dos últimos 12 anos que mostra um aumento da descompensação de doenças crônicas e da taxa de mortalidade em idosos nos dias mais quentes.

    “Hoje, conseguimos comprovar com dados que os dias mais quentes são os dias em que temos a maior mortalidade por diabete, hipertensão, insuficiências cardíaca e insuficiência renal”, explica.

    Em 2024, a Prefeitura divulgou a primeira edição do “Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo”, que descreve os impactos das ondas de calor para a saúde humana e apresenta ações de contingência para cada nível de calor — do Calor 1 ao Calor 5. Desde junho, inclusive, o COR-Rio monitora os níveis de calor, que variam em razão da temperatura e da umidade relativa do ar registrada na cidade. De acordo com o Centro de Inteligência Epidemiológica (CIE), dos 45 primeiros dias de 2025, a cidade do Rio esteve 27 deles fora do Calor 1.

    “A mortalidade por doenças crônicas aumenta nos dias de calor intenso. Também os casos de desidratação e de queimaduras na pele, o que já era previsto, aumentam ainda mais nos dias de Calor 4, que são os mais quentes do ano”, avalia o secretário. O anúncio de que o município do Rio de Janeiro havia entrado no nível de Calor 4 — caracterizado por altos índices de calor, de 40°C a 44°C, com permanência ou aumento por pelo menos três dias consecutivos — foi feito na segunda-feira (17), às 12h35, pelo COR-Rio.

    Hidratação

    Entre as ações anunciadas no domingo pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) estão a abertura de 58 pontos de resfriamento, parada para hidratação de trabalhadores que passam um longo período expostos ao sol e a preparação da rede de saúde municipal para o aumento de atendimentos de casos decorrentes das altas temperaturas. A Prefeitura também reforçou a recomendação de ingestão de água, uso de roupas leves e não exposição direta ao sol nos períodos de altas temperaturas.

    “A partir dos dados levantados, do aumento da mortalidade, conseguimos orientar a população a não fazer atividades físicas e a não se expor ao sol nos momentos mais quentes do dia. Também conseguimos orientar a utilização das medicações crônicas e a necessidade de hidratação”, afirma Soranz. O secretário responsável pela SMS acrescenta que a hidratação constante evita que problemas de saúde sejam agravados e protege a população dos dias de calor mais intensos.

    “Com hidratação, podemos evitar alguns tipos de internação e o agravamento de algumas doenças”, retoma. Segundo o médico sanitarista, as recomendações são válidas para “todos os profissionais que trabalham sob o sol direto ou que fazem exercícios físicos nos dias mais quentes”, mas tem como foco principalmente as crianças e os idosos, que se desidratam com maior facilidade em comparação aos demais grupos.

    Com a aproximação do Carnaval, que deve movimentar mais de R$ 12 bilhões em receitas no país, conforme estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a SMS-RJ estabeleceu postos de saúde no Sambódromo Marquês de Sapucaí, localizado no bairro de Santo Cristo, onde acontecem os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.

    “São quatro postos de saúde dentro do Sambódromo para cuidar das pessoas que estarão lá aproveitando o Carnaval e também nos principais blocos da cidade, então também estamos reforçando as unidades de urgência e emergência para atender a demanda de 1 milhão de foliões que vão curtir o Carnaval na cidade do Rio de Janeiro”, diz o secretário.

    *Estagiária da Agência Brasil sob supervisão de Vinícius Lisboa

  • São Paulo tem umidade baixa e temperaturas entre 35 e 40 graus

    São Paulo tem umidade baixa e temperaturas entre 35 e 40 graus

    O estado de São Paulo registrou temperaturas acima de 40 graus no começo da tarde desta segunda-feira (17). No segundo dia de alerta para a onda de calor no estado, as temperaturas mais altas foram registradas no litoral e no Vale do Ribeira: 40,2 graus em Iguape; 40,1 graus em Registro e 40 graus em Santos. Parte da região, como os municípios de Registro e do Guarujá, tem a situação agravada devido à necessidade de atendimento a dezenas de famílias desalojadas nas chuvas das duas últimas semanas.

    Além das medições nas estações, mais precisas, termômetros de rua marcavam temperaturas acima de 40 graus na zona oeste da capital paulista, onde as tendas de atendimento da prefeitura registraram cerca de 200 mil atendimentos desde a última quinta-feira (13). A previsão é de temperaturas elevadas até pelo menos esta quarta-feira (19), com recomendação de prefeituras e do estado para que idosos e crianças pequenas recebam atenção redobrada.

    Segundo a Defesa Civil de São Paulo, é a primeira onda de calor deste ano no estado, a terceira no país. A temperatura na casa de 38 graus deve permanecer em diversas regiões do estado, pelo menos até a quarta-feira, com previsão de chuvas já a partir de amanhã (18).

    Na capital paulista, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) indicou medições na casa dos 35 graus na região sul, em Parelheiros, com registro de umidade do ar em 34%. No outro extremo da cidade, em Perus, foram registrados 33 graus e 31% de umidade relativa do ar.

    “Nessas situações de calor intenso, a recomendação do CGE é beber água à vontade, não esperar sentir sede para se hidratar, evitar exposição ao sol forte e exercícios físicos ao ar livre nas horas de maior aquecimento, entre as 10h e as 17h”, diz nota da instituição. “Além disso, é imprescindível o uso bonés, chapéus, protetor solar, óculos escuros e umidificadores nos ambientes internos, como toalhas molhadas e baldes com água”, acrescenta o CGE.

    Apesar da recomendação, não houve qualquer indicação de suspensão ou restrições a atividades nas escolas ou em parques e áreas de lazer.

    Segundo o CGE, a cidade de São Paulo está em estado de alerta para altas temperaturas desde as 9h40 desta segunda-feira (17). Há previsão de pancadas de chuva no fim da tarde e início da noite de amanhã.

  • Inmet prevê calor intenso no Sudeste e temporais no Sul

    Inmet prevê calor intenso no Sudeste e temporais no Sul

    Os próximos dias serão de calor intenso no Sudeste e de temporais no Sul do Brasil. No Rio de Janeiro, os termômetros devem marcar 41 graus Celsius (°C) nesta segunda-feira (17), informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em nota.

    O clima continuará quente em áreas do Sudeste do país, em especial no estado de São Paulo, Minas Gerais; no sul do Espírito Santo e no nordeste do Paraná, além do Rio de Janeiro. “Pontualmente, os termômetros podem ultrapassar os 5°C acima da média da temperatura do mês”, destacou o instituto..

    Já no Sul do país, a previsão é de “pancadas de chuva que podem ser pontualmente fortes, com aviso laranja de perigo para tempestade nesta segunda-feira, englobando áreas dos três estados da região. A previsão é de chuvas de até 100 mm, ventos de até 100 km/h e possibilidade de queda de granizo”, detalhou o Inmet.

    Há expectativas de que essas tempestades cheguem ao extremo sul de São Paulo, ao Mato Grosso do Sul, ao Rio Grande do Sul, a Santa Catarina e a áreas do Paraná, com aviso de “perigo potencial e chuvas que podem chegar a 50 milímetros”.

    No resto do país, há previsão de chuvas intensas e muita instabilidade em áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

    “Na faixa norte do país, entre o Amapá e o Maranhão, alcançando ainda o litoral da Paraíba, as chuvas são motivadas pelo deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais ao sul, causando volumes que podem chegar a 50 milímetros em precipitações e rajadas de vento de até 60 km/h”, complementa o Inmet.

  • Calor deve chegar a 33ºC hoje em São Paulo

    Calor deve chegar a 33ºC hoje em São Paulo

    A cidade de São Paulo segue em estado de atenção por causa das altas temperaturas registradas nas últimas semanas. Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura (CGE), a temperatura deve atingir 33ºC nesta quarta-feira (12), com aumento na quantidade de nuvens, mas “não há expectativa de chuvas”.

    Para os próximos dias, a população deve ter mais sol e calor intensos, com mínimas de 22ºC e máximas de 32ºC. No decorrer da próxima quinta-feira (13), a combinação de calor com a chegada de uma brisa marítima vai possibilitar a formação de áreas de instabilidade, com pancadas fortes de chuva, rajadas de vento e descargas elétricas.

    Na sexta-feira (14), a situação é semelhante, com precipitações mais generalizadas pela cidade, o que eleva o risco de alagamentos e transbordamentos de córregos e rios.

    Segundo o CGE, a maior média diária de calor máximo neste ano foi a do dia 22 de janeiro, com os termômetros chegando a 33,6ºC.

    Máxima

    “A maior máxima absoluta, que é o valor anotado em um único local, foi registrada na estação meteorológica de Perus, na zona norte, com 35,9ºC, ocorrida no dia 22 do mês passado”, informou o CGE.

    A situação de forte calor na cidade levou a prefeitura de São Paulo a instalar dez tendas para a população se refrescar. Espalhadas por pontos de alta movimentação de pessoas, os locais estão distribuindo água, sucos e frutas, além de ter um espaço para descanso e proteção do sol.

    Conforme a administração municipal, foram atendidas 37.714 pessoas, distribuídas 37.584 garradas de água, 6.223 copos de chá gelado e seis mil frutas. Também foram consumidos cerca de dois mil copos de água disponibilizados nos bebedouros da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) instalados nas tendas.