Autor: Redação Direto de Brasília

  • Em reunião com Bolsonaro e Guedes, senadores e microempresários pedem caráter permanente ao Pronampe

    Em reunião com Bolsonaro e Guedes, senadores e microempresários pedem caráter permanente ao Pronampe

    Em encontro virtual com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, parlamentares e lideranças empresariais defenderam, nesta quinta-feira (11), a aprovação do projeto de lei dá caráter permanente ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Aprovado nesta quarta (10) no Plenário do Senado e encaminhado à Câmara dos Deputados, onde aguarda votação, o projeto transforma o Pronampe numa política oficial de crédito, prevendo o uso de seus recursos de forma permanente para consolidar o tratamento diferenciado reservado aos pequenos empreendimentos.

    Durante o primeiro encontro da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa — realizado de forma virtual com a participação de Bolsonaro e de Paulo Guedes — os representantes de pequenas e microempresas classificaram o PL 5.575/2020 como fundamental para garantir a sobrevivência dos pequenos empreendimentos diante dos estragos provocados pela pandemia da covid-19.

    Bolsonaro

    Aos participantes do encontro, Bolsonaro disse que o Pronampe ajudou mais de dez milhões de trabalhadores no Brasil, o que possibilitou a manutenção de empregos no país. O presidente da República também reiterou sua objeções a medidas de isolamento social, como o lockdown, em razão da pandemia de covid-19.

    — Foram 68 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial. Quase 40 milhões eram invisíveis, pessoas que viviam da informalidade, vendendo churrasquinho de gato na praça, água no sinal, biscoito na praia, um picolé no bairro dele. Até quando poderemos aguentar essa irresponsabilidade do lockdown? Estou preocupado com vidas, sim, não tomo decisão sozinho, nossa capacidade de endividamento está no limite. Se ultrapassarmos, teremos desequilíbrio na economia — afirmou Bolsonaro, lembrando que já foram vacinadas com a primeira dose da vacina contra covid-19 mais de 10 milhões de pessoas.

    Em seguida, o ministro Paulo Guedes disse que o governo federal não deixou de destinar recursos para atender a população diante da covid-19, sobretudo com o auxílio emergencial e às pequenas empresas. Ele reconheceu que as micro e pequenas empresas são a “coluna vertebral da atividade econômica”, e prometeu novas medidas de apoio à economia, como a renovação de programa de manutenção de empregos e o “novo marco fiscal”.

    Após a fala de Bolsonaro e Guedes, o senador Jorginho Mello (PL-SC), que preside a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, passou a palavra às lideranças microempresariais, que ressaltaram os prejuízos gerados pela pandemia e as dificuldades enfrentadas para o pagamento de impostos.

    Crédito emergencial

    Defendido pelos microempresários, o PL 5.575/2020 autoriza a União a aumentar sua participação no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para a concessão de garantias no âmbito do Pronampe. O programa foi criado como sistema de crédito emergencial para a pandemia de covid-19 por meio da Lei 13.999, de 2020. O texto a ser votado na Câmara regulamenta o artigo 13 dessa lei para reforçar o caráter permanente do programa.

    O texto é de autoria do próprio Jorginho Mello, que durante o encontro virtual indicou outros projetos prioritários a serem votados em benefício dos pequenos empreendedores, como o Projeto de Lei Complementar (PLP) 33/2020 — já aprovado no Senado e encaminhado à Câmara — que institui o Marco Legal do Reempreendedorismo, o qual estabelece a renegociação especial extrajudicial, a renegociação especial judicial e a liquidação especial sumária, bem como altera a falência das microempresas e empresas de pequeno porte.

    — As matérias em favor das microempresas têm sido aprovadas no Senado por unanimidade. Essa é uma causa nacional sem diferença partidária nenhuma. Isso nos dá entusiasmo para continuar trabalhando em favor das micro e pequenas empresas. Vamos também aprovar o MEI Caminhoneiro. De um milhão de caminhoneiros, 600 mil não contribuem. Nós vamos resgatar isso — afirmou Jorginho Mello.

    O senador disse que o Pronampe veio para ajudar os micro e pequenos empresários, que representam 98% de todas empresas do Brasil, sustentam 58% dos empregos formais e respondem por quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB).

    — O Pronampe já emprestou R$ 37,5 bilhões, valor nunca alcançado, nunca sonhado, porque, infelizmente, quando um microempresário vai ao banco, já vai com dificuldade de ter acesso até para falar com o gerente, e isso é uma grande injustiça. E o Pronampe deu essa condição de ele ter acesso a credito com prazo alongado e juro decente para que ele pudesse socorrer seu negócio, ter capital de giro, sair do cheque especial, poder comprar melhor para vender melhor em seu estabelecimento. E isso aconteceu graças ao Pronampe — afirmou o senador.

    Dificuldades

    O presidente da Confederação Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Comicro), José Tarcísio da Silva disse que muitos empreendimentos estão fechando as portas, sobretudo em razão das medidas de restrição impostas pelo combate à covid-19.

    — As empresas que devem ao Simples, para reparcelar, é preciso dispensar 20% do total da dívida. Isso complica a situação de muitos. Eu pediria ao Ministério da Economia uma ação junto à Receita Federal para extinguir a resolução que impede as micro e pequenas empresas de fazer o parcelamento e, simplesmente, colocar o reparcelamento em parcelas iguais. Só assim essas pessoas poderão sair dessa inadimplência — afirmou.

    José Tarcísio também solicitou a retirada de juros e correção monetária das multas das empresas em débito com o Simples federal.

    — Isso pesa demais, [a retirada dos juros] ia salvar muitos CNPJs no Brasil. Quando atrasa pagamento de imposto tem multa alta. Imagine daqueles que estão inadimplentes — declarou.

    Retomada do crescimento

    Também no encontro, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) afirmou que as micro e pequenas empresas desempenham um papel estratégico na retomada do crescimento econômico. A senadora, porém, apontou dificuldades para o cumprimento dos dispositivos da Lei de Liberdade Econômica (Lei 13.874, de 2019), da qual foi relatora no Senado.

    — A Lei de Liberdade Econômica permite o início de qualquer empreendimento sem o excesso de burocracia do passado, mas muitos municípios não estão aplicando, estão cobrando alvarás. As questões tratadas na Lei de Liberdade Econômica não estão sendo respeitadas. Os pequenos e médios empreendedores não sabem de seus direitos e acabam ficando reféns das determinações municipais — afirmou.

    Soraya Thronicke também destacou as dificuldades enfrentadas pelo setor de festas, eventos e informais em decorrência da pandemia.

    — Eles não têm acesso ao crédito, é muito triste isso. Temos crédito para liberar, mas essas pessoas, infelizmente, não têm condições nem para isso. É bom termos em mente que o peso do Estado sobre os ombros dos empreendedores é uma pauta que precisamos enfrentar — disse.

    Já o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defendeu a inclusão imediata das micro e pequenas empresas no ambiente virtual.

    — Estou preocupado com a questão analógica, é preciso melhorar a inovação, que não é só produto, é processo. Essa tecnologia veio para ficar e foi antecipada no mínimo em dez anos — declarou o parlamentar.

    Vacinas

    Ao longo do debate, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) pediu colaboração do Ministério da Economia para a implantação imediata do Inova Simples.

    — É uma nova metodologia para ter possiblidade de abrir e fechar empresas. É importante colaborar com a iniciativa para o mais rápido termos uma ferramenta fundamental para a abertura de empresas, sobretudo as startups — defendeu.

    E a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) disse que as iniciativas em favor das micro e pequenas empresas são importantes para reduzir os impactos da crise econômica, especialmente daqueles empreendimentos liderados por mulheres.

    — Precisamos adquirir todas as vacinas para que tenhamos segurança e eficiência comprovadas para podermos fortalecer a economia. Esse momento é diferente do ano passado — afirmou.

    Já o deputado Paulo Ganime (Novo-RJ) disse ser preciso atuar na desburocratização para facilitar a vida de quem quer empreender e gerar emprego no Brasil.

  • Vídeo: Senado aprova projeto que incentiva inclusão de mulheres na ciência; texto vai à Câmara

    Vídeo: Senado aprova projeto que incentiva inclusão de mulheres na ciência; texto vai à Câmara


    O Senado aprovou nesta terça-feira (9) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 398/2018, que torna política de Estado o incentivo à participação da mulher nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. A proposta inclui a previsão desse incentivo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB – Lei 9.394, de 1996) e na Lei de Inovação Tecnológica (Lei 10.973, de 2004). O texto vai agora à análise da Câmara dos Deputados. A autora do projeto é a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE). A relatora foi a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que aparece no vídeo destacando a importância desse tipo de incentivo. O texto agora aguarda votação na Câmara dos Deputados.

  • Vídeo: MP aumenta impostos sobre bancos para permitir desoneração do diesel e do gás

    Vídeo: MP aumenta impostos sobre bancos para permitir desoneração do diesel e do gás


    Está em análise no Congresso a medida provisória que aumenta a taxação sobre bancos para compensar a desoneração do diesel e do gás de cozinha (MP 1.034/2021).

  • Vídeo: Covid-19: Ministério da Saúde tem de apresentar informações sobre cronograma de vacinação

    Vídeo: Covid-19: Ministério da Saúde tem de apresentar informações sobre cronograma de vacinação


    Insatisfeitos com o ritmo lento da aplicação das vacinas contra a covid-19 e com os dados disponíveis sobre a questão, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, cobraram uma série de informações do Ministério da Saúde (incluindo as que se referem ao cronograma de vacinação).

  • Senado vota MP do empréstimo consignado, continuidade do Pronampe e nova Lei de Licitações

    Senado vota MP do empréstimo consignado, continuidade do Pronampe e nova Lei de Licitações

    Seis propostas estão na pauta da sessão remota do Plenário desta quarta-feira (10). A primeira delas é a Medida Provisória (MP) 1.006/2020, que amplia de 35% para 40% a margem do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante a pandemia. Aprovada na segunda-feira (8) pela Câmara dos Deputados na forma do Projeto de Lei de Conversão 2/2020, a matéria perde a validade na quinta-feira (11). 

    O texto do relator, deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), estende até 31 de dezembro de 2021 o prazo para novas contratações. Ele também estende o limite de 40% para o crédito consignado tomado por servidores públicos federais e pelos trabalhadores com carteira assinada (CLT). Se leis ou regulamentos não definirem percentuais superiores, o mesmo limite de 40% será aplicado a operações de crédito tomadas por militares, policiais e servidores públicos estaduais e municipais, além de funcionários de autarquias e fundações de qualquer ente federativo. 

    Pronampe

    Após deliberar sobre a MP, os senadores votarão o projeto que torna permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O objetivo do Projeto de Lei (PL) 5.575/2020 é transformar o Pronampe em política oficial de crédito, com seus recursos usados de forma permanente para consolidar um tratamento distinto aos negócios mantidos por micros e pequenas empresas. Se aprovada, a matéria segue para a Câmara dos Deputados.

    Do senador Jorginho Mello (PL-SC), o texto tem como relatora a senadora Kátia Abreu (PP-TO). Pelo projeto, a União fica autorizada a aumentar sua participação no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para a concessão de garantias no âmbito do Pronampe. O programa foi criado como sistema de crédito emergencial para a pandemia de covid-19 por meio da Lei 13.999, de 2020. O texto a ser votado pelos senadores regulamenta o artigo 13 dessa lei para reforçar o caráter permanente do programa. 

    “O artigo 13 da lei já definia que o Pronampe poderia ser utilizado de forma permanente como mecanismo de concessão de crédito para as micro e pequenas empresas. Porém, não definimos como isso ocorreria. Este projeto tem esse objetivo, regulamentar as formas de como serão feitas essa continuidade do Pronampe no ano de 2021 e nos próximos anos”, diz Jorginho Mello ao justificar o projeto.

    Nova Lei de Licitações

    Já aprovada pelo Senado, o projeto que cria uma nova Lei de Licitações (PL 4.253/2020) deverá passar por nova votação para definir sua redação final. O texto estava na pauta do dia 23 de fevereiro, mas o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu o adiamento da votação. 

    O projeto cria modalidades de contratação, tipifica crimes relacionados a licitações e disciplina itens do assunto em relação às três esferas de governo: União, estados e municípios. Entre outras mudanças, o texto permite seguro-garantia nas licitações, o que poderá contribuir para a redução de obras inacabadas, e cria um portal nacional de contratações públicas para centralizar os procedimentos licitatórios dos entes federados por meio de um banco de dados unificado.

    Este é o último passo antes do envio do projeto para sanção presidencial. O projeto foi aprovado no fim do ano passado, na forma de um substitutivo que saiu da Câmara dos Deputados. Se sancionada, a nova lei substituirá a atual Lei das Licitações (Lei 8.666, de 1993), a Lei do Pregão (Lei 10.520, de 2002) e o Regime Diferenciado de Contratações (Lei 12.462, de 2011), modificando as normas referentes aos sistemas de contratação da administração pública.

    Estágio profissional

    Outro texto na pauta é voltado a combater os efeitos econômicos da pandemia de covid-19. O projeto (PL) 4.014/2020 amplia o prazo máximo para contratos de aprendizagem e de estágio profissional durante a pandemia. Atualmente estipulado em dois anos, o período de estágio seria prorrogado por mais um ano. A proposta é da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

    O contrato de aprendizagem para pessoas entre 14 e 24 anos é regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei 5.452, de 1943) e pela Lei do Estágio (Lei 11.788, de 2008). Segundo a legislação em vigor, o programa de formação profissional não pode ultrapassar dois anos de duração e deve ser compatível com o desenvolvimento físico e psicológico do aprendiz. Mas para os autores do PL 4.014/2020, a pandemia de covid-19 compromete os estágios em andamento. Por isso, sugerem a prorrogação dos contratos de aprendizagem por mais um ano. 

    Cobrança de pedágio 

    A modernização do sistema de pedágios é o objetivo do PLC 8/2013, que determina uma cobrança proporcional ao uso da rodovia. Além do pagamento proporcional aos quilômetros rodados, o projeto determina o fim das praças de cobrança e a identificação eletrônica dos veículos.

    A proposta, que tem como relator o senador Jayme Campos (DEM-MT), também determina que o dinheiro arrecadado com multas aplicadas a quem fura os pedágios será usado para repor prejuízos das concessionárias. 

    Comissão de Segurança Pública

    Já o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 2/2019, do senador Major Olimpio (PSL-SP), altera o Regimento Interno do Senado para criar a Comissão de Segurança Pública no Senado Federal. Pela proposta, a comissão terá caráter permanente e se reunirá as quartas-feiras, às 13 horas.

    Major Olimpio justifica no texto que a segurança pública foi um dos pontos centrais das eleições de 2018. Para o senador, os eleitores apostaram em quem prometeu soluções para a insegurança, elegendo um expressivo número de integrantes do sistema judiciário, policiais e militares para cargos no Executivo e no Legislativo.

    “A esse fato, agregado ao verdadeiro Estado de guerra vivido pelo Brasil, com mais de 60 mil mortes violentas por ano e mais de meio milhão de brasileiros assassinados na última década, mostra-se ser relevantíssimo o papel desta Casa para que dê a atenção devida à temática de segurança pública”, ressalta o parlamentar.

  • Projeto que garante internet para alunos de escolas públicas será votado nesta quarta

    Projeto que garante internet para alunos de escolas públicas será votado nesta quarta

    Após acordo em Plenário, os senadores decidiram adiar para esta quarta-feira (24) a votação do projeto que prevê repasse de R$ 3,5 bilhões da União para estados, Distrito Federal e municípios para garantir serviços de internet de qualidade a estudantes da escola pública. A matéria estava como segundo item da pauta desta terça-feira (23).

    O projeto (PL 3.477/2020) determina como fonte dos recursos o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para que estados e municípios garantam a conexão de alunos da rede pública de ensino que pertençam a famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e os matriculados nas escolas das comunidades indígenas e quilombolas. O texto também inclui professores da educação básica das escolas públicas.

    Já foi aprovado na Câmara dos Deputados, o texto recebeu parecer favorável do relator, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O pedido de adiamento foi feito pelo senador Zequinha Marinho (PSC-PA). Ele manifestou preocupação da Frente Parlamentar da Agropecuária, que segundo ele teme a prejudicialidade de outros projetos de universalização da internet já em execução no país.

    — Nós da Frente Parlamentar da Agropecuária, fazendo uma análise bem ampla do projeto de lei, entendemos que, como já existem programas com a mesma finalidade da ação proposta pelo projeto, exemplo disso é o Projeto de Educação Continuada do Ministério da Educação, o PL coloca em risco a ampla universalização do acesso à internet no Brasil — disso, ao pedir mais tempo para discutir o assunto com o relator.

    Mas para o relator, Alessandro Vieira, a matéria já passou por amplo processo de discussão e já está “madura” para votação. Para ele, é urgente oferecer melhores condições de acesso à internet e educação para alunos e professores.

    — Nós estamos falando de cerca de 18 milhões de estudantes brasileiros pobres que estão excluídos da educação. Estamos falando de cerca de 1,6 milhão de professores excluídos da educação. Então não é possível retardar. Eu quero lembrar os colegas, eu sei todos muito conscientes da sua responsabilidade, cada dia sem auxílio emergencial é gente com fome. Cada dia sem acesso à educação é gente que será excluída do mercado de trabalho — afirmou.

  • Rodrigo Pacheco e Arthur Lira recebem de Bolsonaro MP sobre privatização da Eletrobras

    Rodrigo Pacheco e Arthur Lira recebem de Bolsonaro MP sobre privatização da Eletrobras

    Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, receberam do presidente da República, Jair Bolsonaro, a medida provisória que trata da capitalização da Eletrobras e sua possível privatização (MP 1.031/2021). A cerimônia ocorreu no gabinete da Presidência do Senado.

    — A nossa agenda de privatização continua a todo vapor, porque nós queremos, sim, enxugar o Estado, diminuir seu tamanho, para que a nossa economia possa realmente dar a satisfação, dar a resposta que a sociedade precisa — afirmou Bolsonaro durante a entrevista coletiva concedida após a entrega da MP.

    Rodrigo Pacheco, que preside o Senado e também o Congresso Nacional, ressaltou como será o trâmite da MP nas duas Casas legislativas.

    — Como todas as medidas provisórias, será dada a devida atenção pelo Congresso Nacional, o devido encaminhamento pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, com avaliação crítica, evidentemente, da maioria da Câmara, da maioria do Senado, com as modificações que eventualmente devam ser feitas. [A entrega da MP feita pessoalmente] é uma demonstração, um gesto por parte do presidente Bolsonaro de respeito ao Congresso Nacional. Nós agradecemos penhoradamente e vamos manter essa relação de cordialidade, respeito e independência entre os poderes, que é fundamental para o bem do Brasil — declarou Rodrigo Pacheco.

    Arthur Lira informou que pretende colocar essa MP na pauta da Câmara já na semana que vem. Ele disse que a entrega dessa medida provisória representa “o primeiro passo do que se pode chamar de uma Agenda Brasil”.

    Eletrobras

    A Eletrobras é uma empresa de capital aberto que tem como acionista majoritário o governo federal. É a maior companhia do setor elétrico da América Latina. Também atua nos segmentos de comercialização e eficiência energética, além de ser responsável por iniciativas como o Programa Luz para Todos, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).

  • Vídeo: Projeto que prorroga deduções do IR por doações a programas de saúde vai à Câmara

    Vídeo: Projeto que prorroga deduções do IR por doações a programas de saúde vai à Câmara


    O Senado aprovou nesta terça-feira (23) o PL 5.307/2020, projeto de lei que prorroga, até o ano-calendário de 2025, a possibilidade de deduzir do Imposto de Renda doações ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). No caso das pessoas jurídicas, o texto estabelece que essas deduções poderão ser feitas até o ano-calendário de 2026. Esse projeto será analisado agora pela Câmara dos Deputados. Além disso, foi adiada para quarta-feira (24) a votação de dois projetos relacionados às startups.

  • Criminalização da prática de furar a fila da vacinação segue para análise do Senado

    Criminalização da prática de furar a fila da vacinação segue para análise do Senado

    A prática de furar a fila da vacinação contra o novo coronavírus pode se tornar crime. A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (11) proposta que tipifica os crimes de infração do plano de imunização; peculato de vacinas, bens medicinais ou terapêuticos; e corrupção em plano de imunização, com penas que variam de 6 meses a 13 anos. A matéria agora será analisada no Senado.

    De acordo com o Projeto de Lei (PL) 25/2021, a infração da ordem de prioridade de vacinação (na fase atual, são os idosos de 80 anos ou mais), também caracterizada como afronta à operacionalização de plano de imunização, pode resultar em pena de reclusão de um a três anos e multa. A pena é aumentada de um terço se o agente falsifica atestado, declaração, certidão ou qualquer documento.

    A proposta também dobra a pena de expor a vida ou saúde de alguém a perigo no caso de simulação ou aplicação fraudulenta de vacina. Com isso, a pena passa de detenção de três meses a um ano para detenção de seis meses a dois anos. Há denúncias de agentes de saúde simulando aplicar as vacinas, sem utilizar o conteúdo do frasco, colocando a vida de idosos em risco.

    Peculato e corrupção

    A pena de peculato (apropriação, desvio ou subtração) de vacinas, bens ou insumos medicinais ou terapêuticos é de reclusão de três a 13 anos, e multa. O crime vale tanto para vacina pública como para particular.

    O crime de corrupção em plano de imunização se caracteriza por valer-se do cargo para, em benefício próprio ou alheio, infringir a ordem de prioridade de vacinação ou afrontar, por qualquer meio, a operacionalização de plano federal, estadual, distrital ou municipal de imunização. A pena é de reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.

    Agente público

    Caso o funcionário público deixe de tomar providências para apurar o crime de corrupção em plano de imunização, ele poderá receber a mesma punição. A pena é aumentada de um terço até a metade se o funcionário exige, solicita ou recebe, para ele ou para outra pessoa, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

    O projeto aprovado foi um substitutivo reunindo 17 outras iniciativas que estipulavam penas diferentes contra quem burlar o plano de vacinação. Foi relatado pela deputada Margarete Coelho (PP-PI). A autoria da proposta original é do deputado Fernando Rodolfo (PL-PE).

    Com Agência Câmara

  • Governo reedita MP que permite tripulante terceirizado em aeronave de órgão público

    Governo reedita MP que permite tripulante terceirizado em aeronave de órgão público

    O presidente Jair Bolsonaro editou nova medida provisória para permitir terceirização dos tripulantes de aeronaves operadas por órgãos públicos. A flexibilização está prevista na MP 1.029/2021, publicada na edição desta quinta-feira (11) do Diário Oficial da União

    Hoje, a lei determina que os pilotos e mecânicos de voo devem ter vínculo empregatício com o operador da aeronave, não podendo exercer a atividade de forma terceirizada. 

    A MP é uma reedição da MP 964/2020, que vigorou no ano passado, mas que perdeu a validade em setembro.  Na época da edição da primeira MP, o governo alegou que a regra desconsidera a peculiaridade das operações aéreas conduzidas por órgãos públicos, “que nem sempre contam com aeronaves ou servidores habilitados em número suficiente”.

    O Executivo alegou ainda que a mudança na lei era necessária para não atrapalhar operações de órgãos ambientais, como o Ibama, que fazem voos de monitoramento do meio ambiente.

    A MP tem validade imediata, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até quatro meses, ou perderá a vigência.