Autor: Gustavo

  • Brasil reforça diversificação de mercados em fevereiro

    Brasil reforça diversificação de mercados em fevereiro

    Em fevereiro de 2025 as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 11,24 bilhões, 2,5% menor que no mesmo mês do ano anterior. Apesar da redução das exportações de alguns produtos tradicionais da pauta exportadora, como o complexo soja, o agronegócio brasileiro demonstrou sua capacidade de diversificação ao ampliar a presença de alguns produtos nos mercados internacionais.

    Por exemplo, nos primeiros dois meses de 2025, as exportações de produtos como óleos essenciais de laranja, somaram US$ 37,1 milhões (14,9%), com crescimento expressivo em mercados como União Europeia e China. Outro exemplo é a pimenta piper seca que também apresentou resultados relevantes, com exportações de US$ 49,2 milhões (146,6%), refletindo o interesse internacional por produtos diferenciados e de alto valor agregado. Além disso, as sementes oleaginosas, especialmente o gergelim, tiveram um desempenho expressivo, registrando US$ 33,7 milhões (213,8%) em exportações e abrindo novas possibilidades comerciais em mercados da Ásia e do Oriente Médio.

    O setor de sucos também reforça a diversidade do agronegócio brasileiro, com avanços significativos em mercados exigentes e elevação de 77,8%. Produtos como o melão, com exportações de US$ 29,6 milhões (57,1%), também evidenciam o potencial das frutas brasileiras em mercados internacionais.

    A expansão das exportações de produtos menos tradicionais e a abertura de novos mercados, ao mesmo tempo em que se mantém ou mesmo se amplia a oferta interna de produtos, fortalecem significativamente a economia brasileira. Esse processo impulsiona a geração de empregos e renda em diversos setores produtivos, estimula a entrada de divisas, diversifica os parceiros comerciais e reduz a exposição a riscos econômicos. Além disso, promove a valorização dos produtos brasileiros, incentiva investimentos em inovação e sustentabilidade e consolida relações comerciais estratégicas no cenário internacional. Assim, o Brasil amplia sua presença global e fortalece sua economia, garantindo maior resiliência e competitividade.

    Os avanços registrados refletem o trabalho conjunto entre os setores público e privado, com foco na abertura de mercados, segurança sanitária e promoção comercial.

     

  • Preço da soja registra alta nas principais praças do Brasil; confira cotações atualizadas

    Preço da soja registra alta nas principais praças do Brasil; confira cotações atualizadas

    O preço da soja apresentou valorização significativa nas principais praças produtoras do Brasil nesta semana. No Rio Grande do Sul, a saca de 60 kg teve alta em todas as regiões analisadas. Em Passo Fundo, a cotação avançou, o preço passou de R$ 127,00 para R$ 129,00. No Porto de Rio Grande, o valor subiu de R$ 133,50 para R$ 135,50.

    No Paraná, a soja também teve valorização expressiva. Em Cascavel, o preço saltou de R$ 128,00 para R$ 132,00 por saca. Já no Porto de Paranaguá, a cotação cresceu de R$ 133,00 para R$ 137,00, refletindo uma alta significativa.

    Essa valorização da soja também é percebida em outras regiões produtoras brasileiras. Em Cascavel (PR), a saca teve aumento expressivo, passando de R$ 128,00 para R$ 132,00. Em Mato Grosso, o preço da oleaginosa em Rondonópolis subiu de R$ 114,00 para R$ 118,00, e em Dourados (MS), houve elevação de R$ 117,00 para R$ 119,00.

    A tendência positiva no preço da soja ocorre devido a fatores internos, como desafios climáticos e logísticos, e externos, incluindo uma maior demanda internacional, especialmente da China, intensificada pela guerra comercial com os Estados Unidos.

    Esses preços destacam a importância estratégica do agronegócio brasileiro no cenário global e indicam uma tendência de valorização que deve seguir nas próximas semanas.

     

  • Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (13), o sexto levantamento da safra de grãos 2024/25, que atualiza a produção nacional para 328,3 milhões de toneladas.

    A atual estimativa representa uma alta de 10,3%, se comparada ao volume colhido no ciclo anterior (2023/24), com acréscimo de 30,6 milhões de toneladas de 16 grãos a serem colhidos.  Se as projeções se confirmarem, será um novo recorde para a produção de grãos no Brasil.

    Segundo a Conab, o resultado reflete o aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e a recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4,02 toneladas por hectare.

    Ao compartilhar os números, o presidente da companhia, Edegar Pretto, disse que será uma safra histórica.

    “As previsões deste sexto levantamento são mais positivas ainda do que as do quinto levantamento”, afirmou Edegar Pretto.

    Soja

    A soja continua a ser o principal produto cultivado na primeira safra. Na safra de 2024/25, a produção deve atingir 167,4 milhões de toneladas, com aumento de 13,3% em relação à safra passada.  A área plantada de soja é de 47,45 milhões de hectares, com crescimento de 2,8%, na comparação com a última safra. Os números consolidam o Brasil na posição de liderança da produção de soja no mercado global.

    O presidente da Conab lembrou o excesso de chuvas em janeiro, que provocou atrasos no plantio e tornou o início de colheita mais lento em alguns estados, mas ressaltou que a estiagem de fevereiro já possibilitou o avanço da colheita de 60,9% da área total.

    “A diminuição das chuvas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, que trouxe uma quebra na produção da soja [local], teve uma extraordinária recuperação nas demais regiões, como o Centro-oeste”, avaliou Edegar Pretto.

    Milho

    A produção de milho estimada pela Conab para a safra 2024/2025 é de 122,76 milhões de toneladas, crescimento de 6,1% na comparação com a última safra. A
    área plantada deve alcançar 21,14 milhões hectares, o que representa aumento de 0,4% em relação à última safra do cereal.

    A segunda safra de milho registra 83,1% da área prevista já plantada. O índice está abaixo do registrado no último ciclo.

    Pretto disse que a diminuição das chuvas “traz certa preocupação para o fim do plantio do milho” e que a Conab acompanha com atenção a situação, porque o milho é o principal componente da ração animal, fornecendo proteína para aves, suínos e bovinos.

    “Ter mais milho em oferta, tanto para o nosso Brasil quanto para o exterior, é importante para a economia. O governo tem uma atenção especial para a ração animal e também sobre o preço da carne para os consumidores.”

    Feijão e arroz

    Também para o arroz os técnicos da Conab verificaram aumento de 6,5% na área plantada, chegando a 1,7 milhão de hectares, maior área nos últimos sete anos. As condições climáticas têm favorecido as lavouras, permitindo a recuperação de 7,3% na produtividade média, estimada em 7.063 quilos por hectare.

    Mantendo-se o cenário atual, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,1 milhões de toneladas. “O que é muito positivo porque [o arroz] é uma das culturas importante para o nosso consumo interno”, disse Pretto, ao explicar que a colheita deve ser superior à do mesmo período da safra passada em quase todos os principais estados produtores.

    Outro item típico da culinária brasileira, o feijão, deve registrar ligeiro aumento (1,5%) na produção total na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, o resultado é influenciado principalmente pela expectativa de melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada ao feijão se mantém praticamente estável.

    O presidente da Conab, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, enfatizou que a política de apoio aos produtores da agricultura familiar tem juros mais baixos para produção de alimentos como arroz e feijão, além de outras culturas destinadas ao consumo interno. “Neste ano, estamos fazendo a colheita das boas políticas plantadas, no ano passado”, comemorou o gestor.

    “A Conab acompanha, com assessoramento técnico, a montagem do próximo plano safra. Nossa recomendação é que o governo federal continue com as boas políticas de incentivos para alcançar com a mão amiga o produtor, de modo a aumentar a oferta de alimentos no país e equilibrar os preços, que sejam justos aos consumidores”, disse Edegar Pretto

    Outras lavouras

    No caso do algodão, a expectativa é que o aumento na área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, resulte na produção de 3,82 milhões de toneladas de algodão em pluma, um novo recorde, se confirmado o crescimento de 3,3%, em comparação com a última safra.

    Já o trigo tem expectativa de produção de 9,11 milhões de toneladas, com incremento de 15,6% em comparação com a última safra, apesar da redução de 2,1% da área plantada deste grão. Com isso, a lavoura deve alcançar a área plantada de 2,99 milhões de hectares. A Conab projeta que as condições climáticas até o fim do inverno serão favoráveis para a produção de trigo.

    As informações completas do sexto boletim sobre a safra de grãos 2024/25 estão no site da Conab.

  • Porto de Santos usa energia de hidrelétrica própria e rebocadores deixam de usar diesel

    Porto de Santos usa energia de hidrelétrica própria e rebocadores deixam de usar diesel

    Os navios são verdadeiros monumentos dos mares, impressionantes tanto pelo tamanho quanto pela capacidade. Esses gigantes percorrem o mundo transportando mercadorias e abastecendo a população global. Sua imponência, no entanto, vem acompanhada de um complexo sistema de funcionamento, que exige cuidado e precisão para garantir operações seguras.

    Para que essas embarcações possam se movimentar e manobrar nos portos com segurança, elas precisam da ajuda dos rebocadores, pequenas, mas poderosas embarcações projetadas para auxiliar nas manobras. Eles desempenham um papel fundamental na navegação portuária, garantindo que os navios gigantes possam se movimentar em espaços reduzidos. No entanto, esses “tratores do mar”, como são popularmente chamados, utilizam óleo diesel como combustível, o que resulta em uma emissão significativa de CO₂, um dos grandes desafios ambientais da indústria naval.

    O #MporPeloBrasil desta edição destaca ações de sustentabilidade no Porto de Santos. A autoridade portuária tem investido em tecnologia para o cumprimento de metas globais de sustentabilidade, servindo como exemplo para outras empresas. Prova disso é a implantação do Sistema Onshore Power Supply (OPS), tecnologia que permite o fornecimento de energia elétrica terrestre para embarcações atracadas.

    Como funciona

    Desde o ano passado, a energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itatinga, localizada em Bertioga, passou a alimentar diretamente o cais do porto, permitindo a eletrificação dos rebocadores. Agora, os cerca de 20 rebocadores das cinco empresas que operam no local podem se conectar a uma tomada especial e substituir o uso de máquinas a diesel por uma fonte de energia limpa.

    Rafael Apolinário dos Santos, gerente de utilidade na Autoridade Portuária de Santos, ressalta que o porto é o único porto organizado do mundo que possui geração própria de energia com emissão zero de carbono. “É uma energia elétrica que utiliza a energia cinética da água, então é um projeto 100% sustentável, pois não emitimos carbono na geração, transmissão ou distribuição de energia”, disse.

    A iniciativa reduz em cerca de 15% a emissão de CO₂, tornando as operações mais sustentáveis. O gerente de Sustentabilidade do Porto de Santos, Bruno Takano, explica como funciona o sistema: “Quando os rebocadores estão atracados, com esse novo sistema, eles desligam seus motores a combustão e passam a utilizar o excedente energético da Usina de Itatinga para manter em funcionamento seus sistemas de refrigeração e equipamentos. Dessa forma, deixam de emitir carbono na atmosfera enquanto consomem essa energia”.

    Bruno Takano também destacou que a ideia é que esse tipo de fornecimento de energia chegue, em breve, a todos os navios que atracam na região. “O pilar de mudanças climáticas, dentro do nosso planejamento estratégico, inclui planos de ação e medidas de mitigação para os impactos ambientais”, afirmou.

    Falando em sustentabilidade, a equipe do MPor cruzou com o navio CMA CGM Bahia, o primeiro navio porta-contêiner movido a gás natural liquefeito (GNL) que chega ao Brasil. Essa inovação, com 336 metros de comprimento total por 51 metros de largura, representa um passo significativo rumo à sustentabilidade no setor marítimo e portuário nacional.

    Quer saber mais? Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro do funcionamento dos nossos portos, aeroportos e hidrovias. É o Brasil movimentando o mundo!

  • Desmatamento na Amazônia atinge menor índice da série histórica para fevereiro

    Desmatamento na Amazônia atinge menor índice da série histórica para fevereiro

    Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal atingiram o menor índice para o mês de fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) . Foram registrados 80,95 km² de áreas desmatadas no mês em 2025, uma queda de 64,26% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 226,51 km² de desmatamento.

    O pior ano foi 2023, quando houve alerta de desmatamento para uma área de 321,97 km² no período. Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) , desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos ligados à temática.

    ESTADOS — A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. Em fevereiro de 2025, o estado com mais alerta de desmatamento foi Mato Grosso (29 km²), seguido por Roraima (18 km²), Pará (15 km²), Amazonas (11 km²), Maranhão (4 km²), Rondônia (3 km²) e Acre (2 km²).

    CERRADO — O bioma Cerrado também apresentou queda nos alertas de desmatamento em fevereiro de 2025, quando foram desmatados 494,05 km², em comparação aos dados de 2024. No mesmo período do último ano, foram desmatados 655,51 km², o maior valor da série histórica iniciada em 2019.

    Os estados do Piauí (118,1 km²), Bahia (104,71 km²) e Tocantins (97,45 km²) lideram o ranking de áreas desmatadas, concentrando a maior parte da devastação. Entretanto, o estado do Mato Grosso (52,81 km²) e o Maranhão (57,4 km²) apresentam índices menores.

    grafico desmatamento

    De acordo com Inpe, foram registrados 80,95 km² de áreas desmatadas em fevereiro/25

    DESMATAMENTO ZERO — O Governo Federal vem implementando diversas políticas públicas para reduzir o desmatamento no país, reafirmando o compromisso do Brasil com o desmatamento zero até 2030. Uma das principais ações foi a reativação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), originalmente lançado em 2004 e descontinuado em 2019. O plano, restabelecido em 2023, mantém os eixos estratégicos de ordenamento territorial e fundiário, monitoramento e controle ambiental, fomento às atividades produtivas sustentáveis e instrumentos normativos e econômicos.

    Além disso, estabeleceu uma parceria de R$730 milhões com municípios amazônicos para combater o desmatamento e os incêndios florestais, parte do PPCDAm. Esses recursos, provenientes do Fundo Amazônia e do programa Floresta+, serão investidos até 2027 em ações como regularização fundiária e ambiental, assistência técnica para produção sustentável e criação de brigadas municipais de combate a incêndios. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima estabeleceu ainda uma lista de municípios prioritários no bioma para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e da degradação florestal.

  • Mais áreas e produtividade: safra de grãos 24/25 será de 328,3 mi de toneladas, estima Conab

    Mais áreas e produtividade: safra de grãos 24/25 será de 328,3 mi de toneladas, estima Conab

    Com a conclusão do plantio das culturas de 1ª safra e intensificação dos trabalhos de colheita destes produtos, a atual estimativa para a produção de grãos na safra 2024/25 foi atualizada e está em 328,3 milhões de toneladas, incremento de 10,3% se comparado com o volume obtido no ciclo anterior, o que representa um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas a serem colhidas.

    O resultado reflete tanto um aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como em uma recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare. Caso o panorama se confirme ao final do ciclo, este será um novo recorde para a produção na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As informações estão no 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela estatal nesta quinta-feira (13).

    A nova estimativa supera em quase 3 milhões de toneladas o levantamento anterior, de fevereiro, que apontava uma safra de 325,7 milhões de toneladas.

    Principal produto cultivado na 1ª safra, a soja tem estimativa de produção de 167,4 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada. Após o início de colheita mais lento, devido a atrasos no plantio e excesso de chuvas em janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida. Nesta semana o índice de colheita se encontra em 60,9% da área, superior ao registrado no mesmo período na temporada anterior bem como na média dos últimos 5 anos, como indica o Progresso de Safra publicado pela Companhia.

    Os rendimentos obtidos até o momento têm superado positivamente as expectativas iniciais em importantes estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Por outro lado, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, a irregularidade e a ausência de precipitações já afetou o potencial produtivo da cultura em quase todo o estado.

    A colheita da soja dita o ritmo de avanço do plantio do milho 2ª safra, que já atinge 83,1% da área prevista. O índice está abaixo do registrado no último ciclo em período semelhante, porém mais alto do que a média dos últimos 5 anos. A expectativa da Conab é que haja um crescimento da área da 2ª safra do cereal em 1,9%, chegando a aproximadamente 16,75 milhões de hectares. As condições climáticas até o momento são favoráveis e se estima uma recuperação na produtividade média nas lavouras, estimada em 5.703 quilos por hectares. Com isso, a produção apenas na 2ª safra do grão está projetada em 95,5 milhões de toneladas, variação positiva de 5,8% em relação à 2023/24. Este bom desempenho influencia na estimativa esperada para a produção total de milho de 122,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,1%.

    Para o arroz também se verifica aumento na área plantada em 6,5%, chegando a 1,7 milhão de hectares. As boas condições climáticas vêm favorecendo as lavouras, permitindo uma recuperação de 7,3% na produtividade média das lavouras, estimada em 7.063 quilos por hectare. Mantendo-se as condições atuais, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,1 milhões de toneladas. Os índices de colheita se apresentam superiores ao mesmo período da safra passada em quase todos os principais estados produtores, apenas Tocantins o ritmo de colheita se encontra em percentual um pouco abaixo do ciclo passado.

    Outro importante produto para os brasileiros, o feijão deverá registrar um ligeiro aumento na produção total de 1,5% na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. O resultado é influenciado principalmente pela expectativa de uma leve melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada para a leguminosa se mantém praticamente estável.

    No caso do algodão, a expectativa é que o aumento na área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, reflita em incremento na produção. A expectativa é de uma boa produtividade média nas lavouras, podendo ser a terceira maior já registrada na série histórica perdendo apenas para os últimos dois ciclos. Nesse cenário, a estimativa é que se colha 3,82 milhões de toneladas da pluma, estabelecendo um novo recorde para o país.

    Mercado

    A entrada da safra de arroz no mercado mantém a tendência de baixa nos preços pagos aos produtores. Além disso, o aumento de produção estimado pela Companhia garante o abastecimento interno e possibilita uma recuperação nos estoques de passagem do produto mesmo com a expectativa de aumento nas exportações do grão. Estima-se que as vendas de arroz brasileiro ao mercado externo cheguem a 2 milhões de toneladas, e que o estoque de passagem ao final da safra 2024/25 apresente recuperação, com um volume estimado de 1,4 milhão de toneladas ao final de fevereiro de 2026.

    As informações completas sobre o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, com as condições de mercados dos produtos, podem ser conferidas no boletim publicado no Portal da Conab.

  • Etanol de Milho: O combustível do futuro com produção em expansão no Brasil

    Etanol de Milho: O combustível do futuro com produção em expansão no Brasil

    A produção brasileira de etanol de milho está vivendo um momento de crescimento acelerado, com projeções impressionantes para os próximos anos. Até 2032, o volume produzido deve quase dobrar, alcançando aproximadamente 16 bilhões de litros por ano. Na safra 2023/24, a produção foi estimada em cerca de 6,3 bilhões de litros, e a expectativa é que chegue a 9,5 bilhões de litros na atual safra, consolidando o etanol de milho como um dos principais combustíveis alternativos do país.

    O Avanço das usinas de Etanol de Milho

    O Brasil já conta com 22 usinas especializadas em etanol de milho em operação, e esse número está prestes a aumentar significativamente. Atualmente, 12 unidades estão em fase de construção, e outras nove foram autorizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para iniciar obras. Essa expansão reflete as vantagens logísticas e econômicas do milho em relação à cana-de-açúcar, como:

    • Facilidade de armazenamento por períodos mais longos;
    • Menores custos de transporte;
    • Possibilidade de produção em regiões mais afastadas dos grandes centros agrícolas.

    Impacto no Mercado Nacional

    O crescimento do setor de etanol de milho desempenha um papel estratégico para equilibrar o mercado nacional de biocombustíveis. Durante o período de entressafra da cana-de-açúcar, quando a oferta de etanol tradicional diminui, o milho garante uma produção contínua ao longo do ano. Esse cenário já pode ser observado na região centro-sul, que deverá registrar um recorde histórico na produção de etanol até o encerramento da safra 2024/25, previsto para março.

    Vantagens competitivas do Etanol de Milho

    O etanol de milho apresenta diversas vantagens competitivas que explicam seu rápido crescimento no Brasil:

    • Armazenamento prolongado: Diferente da cana-de-açúcar, que precisa ser processada rapidamente após a colheita, o milho pode ser estocado por meses, permitindo maior flexibilidade na produção;
    • Redução de custos logísticos: O milho é mais leve e fácil de transportar, o que reduz os custos operacionais das usinas;
    • Expansão geográfica: A produção de etanol de milho não está restrita às áreas tradicionais de cultivo de cana, permitindo o desenvolvimento de novas regiões produtoras.

    Perspectivas futuras e sustentabilidade

    Com a crescente demanda por fontes de energia renováveis, o etanol de milho surge como uma solução sustentável e economicamente viável para o Brasil. Além de contribuir para a diversificação da matriz energética, o setor tem potencial para gerar empregos e impulsionar economias regionais. Até 2032, o país estará em posição de liderança global no segmento, reforçando sua vocação como um dos maiores produtores de biocombustíveis do mundo.

     

  • Impactos da Estiagem na Safra de Soja do RS: Desafios e Diferenças Regionais em 2023

    Impactos da Estiagem na Safra de Soja do RS: Desafios e Diferenças Regionais em 2023

    A safra de soja no Rio Grande do Sul enfrenta um cenário desafiador em 2023, com um desempenho irregular diretamente ligado aos efeitos da estiagem que atinge diferentes regiões do estado. De acordo com o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (6), as condições climáticas têm gerado contrastes significativos entre áreas produtoras.

    Impactos regionais da estiagem

    Nas regiões onde as chuvas foram mais frequentes, como parte do Leste gaúcho, houve uma recuperação parcial das lavouras, mantendo o potencial produtivo alinhado às expectativas iniciais. No entanto, áreas severamente afetadas pelo déficit hídrico apresentam prejuízos graves, com sintomas visíveis como enrolamento das folhas, abortamento de estruturas reprodutivas e redução no tamanho dos grãos, intensificados pelas altas temperaturas.

    Atualmente, cerca de 57% das lavouras gaúchas estão na fase de enchimento de grãos, enquanto aproximadamente 20% já se encontram em maturação. A colheita, por outro lado, foi iniciada em apenas 3% das áreas, principalmente em locais onde a falta de chuva antecipou o ciclo das plantas, resultando em quedas expressivas nos rendimentos.

    Causas da irregularidade produtiva

    A irregularidade no desempenho da safra é consequência direta das variações nas precipitações registradas ao longo dos meses de janeiro e fevereiro, além de fatores como diferenças nas épocas de semeadura e condições do solo. Problemas estruturais, como compactação do solo, monocultura contínua e baixos níveis de matéria orgânica, agravaram os danos em algumas localidades, especialmente no Centro-Oeste gaúcho, a região mais prejudicada até o momento.

    Aspectos fitossanitários e manejo

    No campo fitossanitário, o destaque vai para o alto nível de infestação por tripes no Noroeste do estado, onde os danos ultrapassaram o limiar econômico. Já as ocorrências de percevejos fitófagos e lagartas desfolhadoras permanecem sob controle, graças ao manejo adequado realizado pelos produtores.

    Para minimizar perdas, muitos agricultores estão realizando aplicações noturnas de fungicidas e inseticidas, com foco especial no combate à ferrugem-asiática. Essa estratégia busca reduzir os impactos causados pela volatilização dos produtos, garantindo maior eficiência no controle de pragas e doenças.

    Perspectivas para a Safra Gaúcha

    Embora algumas regiões mantenham boas perspectivas, o balanço geral da safra de soja no Rio Grande do Sul segue comprometido pela estiagem. O contraste entre áreas beneficiadas por chuvas regulares e aquelas castigadas pela seca evidencia a importância de estratégias de adaptação climática e práticas agrícolas sustentáveis para mitigar os impactos de eventos climáticos extremos.

  • CNJ registra aumento de 225% no número de julgamentos de feminicídio

    CNJ registra aumento de 225% no número de julgamentos de feminicídio

    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registrou aumento de 225% nos julgamentos de casos de feminicídio em todo o país no período de quatro anos. O número faz parte do novo Painel Violência Contra a Mulher, lançado nesta terça-feira (11) durante sessão do CNJ.

    Conforme o levantamento, o crescimento apresentou a seguinte evolução de processos julgados: 2020 (3.375); 2021 (5.351); 2022 (6.989); 2023 (8.863) e 2024 (10.991).

    O conselho também registrou aumento de novos casos julgados, que passaram de 3,5 mil em 2020, para 8,4 mil no ano passado. A elevação também levou em conta os últimos quatro anos: 2020 (3.542); 2021 (5.043); 2022 (6.102); 2023 (7.388); 2024 (8.464).

    Medidas protetivas

    As informações do painel também mostram aumento do número de medidas protetivas concedidas com base na Lei Maria da Penha. O Judiciário brasileiro chegou a 582.105 medidas concedidas em 2024.

    O tempo médio de análise da medida protetiva pelo Judiciário passou de 16 dias, em 2020, para cinco dias, no ano passado.

    Avaliação

    Na avaliação do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, os dados são “estarrecedores” e vão servir para a elaboração de políticas públicas de proteção às mulheres.

    “É um número que cresce a cada ano, o que revela a necessidade de proteção das mulheres pelo sistema de Justiça. Nós não podemos fechar os olhos, nem virar o rosto para esse problema”, afirmou Barroso.

    Lei do Feminicídio

    No último domingo (9), a Lei do Feminicídio completou dez anos de vigência. Sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, a norma inseriu no Código Penal o crime de homicídio contra mulheres no contexto de violência doméstica e de discriminação.

    Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.994/24 e ampliou a pena para quem comete o crime. A pena, que variava entre 12 a 30 anos de prisão, passou para mínimo de 20 e máximo de 40 anos.

  • Frente do agro quer inclusão do Plano Safra no orçamento

    Frente do agro quer inclusão do Plano Safra no orçamento

    Um dos setores mais afetados pelo atraso na votação da Lei Orçamentária de 2025 é o agro, que teve parte dos recursos do Plano Safra 2024/25 contingenciados. O bloqueio foi solucionado temporariamente por uma medida provisória, que liberou os valores emergencialmente. Para evitar novas incertezas, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) defende que tanto o Plano Safra quanto o Seguro Rural sejam classificados como despesas obrigatórias do orçamento, garantindo que não sejam afetados por atrasos na votação.

    Vetos na LDO e impacto no agro

    Frente do agro quer inclusão do Plano Safra no orçamento
    Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

    Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, quatro tipos de subsídios agrícolas foram incluídos entre as despesas que não poderiam ser contingenciadas. No entanto, todos foram vetados pelo governo, o que gerou incertezas para o setor.

    mudanças estruturais para garantir previsibilidade

    Para este ano, a FPA quer promover mudanças estruturais para que o Plano Safra passe a integrar a LDO e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Dessa forma, os produtores não seriam impactados por bloqueios orçamentários.

    O vice-presidente da FPA na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), reforçou essa necessidade:

    “Nós sempre defendemos isso com relação ao Plano Safra e aos recursos para o Seguro Rural também: que não possam ser contingenciados por conta dessa possibilidade do agro não postergar decisões”, afirmou.

    Plano Safra 2024/25: orçamento e objetivos

    O Plano Safra é um programa do governo federal voltado para o financiamento da atividade agrícola, priorizando pequenos e médios produtores. O orçamento do Plano Safra 2024/25 é de R$ 21,8 bilhões, sendo:

    • R$ 11,5 bilhões para agricultura empresarial
    • R$ 10,3 bilhões para agricultura familiar

    Entre os principais objetivos do programa estão:
    modernizar e tornar a agricultura mais sustentável
    garantir crédito acessível para investimentos no setor
    aumentar a competitividade do agronegócio nacional
    impulsionar a adoção de novas tecnologias na produção rural

    A expectativa da Frente Parlamentar da Agropecuária é garantir que o Plano Safra tenha previsibilidade financeira, evitando bloqueios e assegurando os investimentos no setor agropecuário.