Autor: Gabriela Cordeiro

  • Boletim da Fiocruz indica alta de casos de covid-19 no país

    Boletim da Fiocruz indica alta de casos de covid-19 no país

    A nova edição do boletim semanal Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (19) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela uma tendência alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas ao covid-19 em alguns estados do país. É o caso do Ceará, onde um cenário de crescimento dessas ocorrências já havia sido indicado na edição anterior da publicação.

    Há indícios de que Minas Gerais, Sergipe e Rondônia também iniciam um movimento parecido. O mesmo ocorre no Distrito Federal. Os casos envolvem especialmente pacientes idosos, que são mais suscetíveis aos efeitos mais adversos da infecção pelo coronavírus causador da covid-19.

    O boletim registra aumento de ocorrências de SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos, associados principalmente ao rinovírus, em quatro unidades federativas: Acre, Distrito Federal, Minas Gerais e Sergipe. Os dados do novo boletim são referentes à semana epidemiológica que vai de 8 a 14 de dezembro.

    A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

    De acordo com a nova edição, considerando as últimas quatro semanas epidemiológicas analisadas, a covid-19 esteve relacionada a 31,1% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. Já o rinovírus representou 38,6%. Além disso, 7,9% estiveram associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), 7,6% à influenza A e 7,3% à influenza B.

    Quando se observa apenas os quadros de SRAG que resultaram em mortes nessas quatro semanas, 63,6% estão associados à covid-19. A maioria desses casos que tiveram a morte como desfecho envolveram idosos.

    Ao todo, o Brasil já registrou em 2024 um total de 78.739 casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Destes, 16,8% são referentes à influenza A; 2% à influenza B; 19,6% à covid-19; 27,1% ao rinovírus e 33,8% ao VSR. Outras 8.280 ocorrências estão em fase de análise.

    O boletim Infogripe sinaliza para uma tendência de aumento de SRAG em nível nacional. Em 11 unidades federativas, há sinal de crescimento dos casos no longo prazo: Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. Além disso, há tendência de aumento das ocorrência no curto prazo no Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

    Cenário em 2024

    Fazendo um balanço do cenário epidemiológico de 2024, a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, destacou que o país viveu duas ondas importantes de covid-19. A primeira, que começou ainda no final de 2023 e avançou pelo início deste ano, afetou diversos estados. Já a segunda onda, iniciada em agosto de 2024, teve São Paulo como o estado mais atingido.

    Apesar dessas duas ondas, a pesquisadora destaca que, em comparação com 2023, houve uma redução de aproximadamente 40% nos casos de SRAG associados à covid-19. Ainda assim, Portella alerta para o crescimento dessas ocorrências no encerramento de 2024.

    “Neste fim de ano, observamos uma menor atividade dos vírus respiratórios, com exceção apenas da covid-19, que já começa a apresentar sinais de aumento em algumas regiões do país. Para as festas de fim de ano, recomendamos o uso de máscaras caso surjam sintomas de gripe ou resfriado. Também sugerimos, sempre que possível, priorizar ambientes mais arejados, especialmente neste momento de início de aumento do número de casos de covid-19”.

  • Maioria dos jovens brasileiros quer ter o próprio negócio

    Maioria dos jovens brasileiros quer ter o próprio negócio

    Três em cada dez jovens brasileiros entre 18 e 27 anos têm como maior desejo profissional ter o seu próprio negócio ou a sua própria empresa. Isso é o que mostrou uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) e realizada pelo Centro Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA.

    De acordo com a pesquisa, o nível de escolaridade influencia no interesse em empreender. Quanto maior a escolaridade, maior o interesse em ter a própria empresa. Jovens pretos (31%) e pardos (32%) também são os mais interessados em ter o próprio negócio.

    “A pesquisa nos surpreende pelo fato de que temos um número expressivo de jovens empregados com CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] – cerca de 42% de jovens nessa condição – mas que não querem permanecer como empregados celetistas. Há um movimento em direção a outras formas de trabalho”, explicou Pedro Arantes, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador do Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência).

    Outros jovens entrevistados também revelaram o desejo de trabalhar como funcionário público (18%), viver de renda ou de investimentos (18%), exercer sua profissão como autônomo (12%) e trabalhar como empregado com carteira assinada (11%). E cerca de 8% deles ainda revelou o desejo de não trabalhar.

    Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador revelou que o levantamento revela que a “juventude não quer ser classe trabalhadora”. “A carteira de trabalho não é objeto de desejo. E entre autônomos e empresários, há uma vontade clara de que eles toquem seu próprio negócio ou sua própria vida sejam como indivíduos-pessoas jurídicas ou pessoas jurídicas-empresariais”, afirmou.

    Ainda de acordo com esse estudo, a posição política desses jovens revelou contrastes: aqueles que se identificaram como de esquerda têm maior interesse em ser funcionário público (28%). Diferentemente dos jovens de direita, que são os mais interessados em ter seu negócio (38%).

    Chamada de O que Pensam os Jovens brasileiros, a pesquisa ouviu 1.034 jovens de todas as regiões do país, que responderam a 55 perguntas, feitas por telefone celular, entre os dias 16 e 23 de setembro de 2024. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

    Corrupção

    A pesquisa ouviu os jovens também sobre diversos outros assuntos. Quando questionados, por exemplo, sobre 13 temas presentes no cotidiano dos brasileiros, a maioria deles respondeu que a corrupção é o principal problema do país, com índice de 34% das respostas. Na pesquisa feita em 2021, a corrupção ocupava a sexta posição nesse critério, com 26%. Naquele ano, a fome e a pobreza ocupava o topo, com 66% das respostas.

    Tanto no levantamento atual quanto no anterior, a violência e a falta de segurança aparecem em segundo lugar. Neste ano, 30% das respostas apontavam a violência como o principal problema do Brasil.

    “Os jovens são o grupo social que mais está na rua, que mais está exposto e que mais facilmente é vítima de violência, vigilância e repressão. Por isso, ele tem uma percepção mais aguda da violência e reconhece isso como o segundo principal problema [do país]”, falou o pesquisador.

    A corrupção é uma preocupação maior para homens, de classe alta, evangélicos ou que se declaram de direita ou centro-direita. Já a violência e a falta de segurança preocupam mais as mulheres, pessoas de classes mais baixas, nordestinos, católicos e pessoas que se declaram mais à esquerda ou centro-esquerda.

    Em seguida aparecem a saúde (26%), a crise ambiental e climática (24%), a educação (23%), o desemprego (23%), a inflação e o custo de vida (22%), a fome e a miséria (18%), o racismo e a discriminação (14%), as fake news e a desinformação (13%), o saneamento básico e a moradia (11%), os ataques à democracia (6%) e as disputas por terra (3%).

    De acordo com a pesquisa, o tema da crise ambiental, climática e hídrica foi o que mais cresceu na comparação com o estudo de 2021. Há quatro anos, esse tema ocupava o décimo lugar, com a marca de 7% das respostas. Agora subiu para a quarta posição, um crescimento de 243%.

    Posição política

    A maioria dos entrevistados (67% do total) declara não ser de direita e nem de esquerda, o que aponta que o jovem brasileiro está afastado da polarização brasileira. Cerca de 17% dos entrevistados se declarou de direita ou centro-direita, 16% como de esquerda ou centro-esquerda, 9% do centro. Mas um grande número de jovens (31%) informou que nunca teve posição política. Outros 7% dizem que já tiveram posição política e que atualmente não têm mais. O restante (20%) preferiu não responder.

    “Dois terços dos jovens, que chamamos de nem-nem – nem de esquerda e nem de direita – são uma massa numerosa e não colocam a questão ideológica como prioridade para se posicionar”, disse Arantes. “Essa aparente despolitização ou desinteresse por uma posição ideológica clara talvez indique que os jovens estão interessados em pensar o mundo fora dessa zona de conflito aberto que se tornou a política no Brasil”.

    Os entrevistados foram indagados também sobre suas afinidades político-partidárias considerando o cenário com os dois maiores adversários na vida política nacional atualmente. Com isso, 23% dos entrevistados se declararam bolsonaristas ou mais próximo do pensamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 28% se declaram petistas ou próximos aos ideais do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O segmento mais expressivo, contudo, foi dos que não se posicionam em nenhuma dessas correntes: 33%. Os que não souberam ou preferiram não responder somam 16%.

    Por outro lado, disse Arantes, a pesquisa demonstrou que há uma forte polarização entre os jovens que se reconhecem como sendo de direita ou de esquerda em relação principalmente a temas comportamentais ou sociais. O reconhecimento do direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, tem o apoio de 80% dos esquerdistas ouvidos na pesquisa, enquanto que, entre os direitistas, esse índice cai para 27%.

    Já a ampliação das escolas cívico-militares conta com a simpatia de 68,6% dos jovens de direita, enquanto entre os de esquerda a aprovação é de 26%. Em relação às cotas nas universidades públicas, o apoio dos esquerdistas em se manter ou ampliar essa política representa o dobro dos direitistas: 66% a 33%.

    Ansiedade e depressão

    Problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, são, disparados, os que mais afetam os jovens brasileiros, apontado por 38% dos entrevistados. Esse problema é um consenso entre os diferentes grupos ouvidos pela pesquisa, seja por jovens de esquerda ou de direita, homens ou mulheres, de maior ou menor renda, católicos, ateus ou evangélicos, brancos, negros ou pardos, universitários ou não universitários, ou de quaisquer regiões do país.

    “O que mais afeta os jovens no Brasil de hoje são os problemas de ansiedade e depressão e outros problemas de saúde mental associados que podem ter relação com a pandemia, com os discursos de ódio, perseguição a minorias, intolerância e fundamentalismo religioso, além da tecnologia e hiper-exposição. Mas também tem a ver com o mundo do trabalho desregulado, em que as pessoas não tem jornadas e metas claramente estabelecidas e sofrem mais tipos de pressão”, disse Arantes.

    “E percebemos que os jovens com maior instrução, os universitários, são os que apontam esse como sendo o maior problema. Isso também está associado com a pressão na vida acadêmica e com as expectativas profissionais que podem ser frustradas pela crise no mundo do trabalho”, acrescentou.

    Em seguida, aparece o consumo de drogas (28%), violência e criminalidade (25%), vício em celular, redes sociais ou games (24%), desemprego e trabalho precário (23%) e a falta de perspectiva do futuro (22%), entre outros.

    No levantamento anterior, os jovens apontavam como seus maiores problemas o desemprego e trabalho precário (44%) e a falta de perspectiva de futuro (33%). A depressão e a ansiedade ocupavam a terceira posição, com 32%.

  • Regiões brasileiras têm diferentes desafios na acolhida a imigrantes

    Regiões brasileiras têm diferentes desafios na acolhida a imigrantes

    O último relatório do Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra), que deve ser integralmente divulgado na semana que vem, mostra que as cinco regiões brasileiras enfrentam diferentes desafios na acolhida a pessoas estrangeiras que escolhem o Brasil para viver.

    “Uma política pública para imigrantes no Nordeste tem que ser diferente para o Norte, o Sul e o Sudeste. A formulação dessas políticas deve ser a partir de evidências”, afirmou o professor Leonardo Cavalcanti, da Universidade de Brasília, e que esteve presente no lançamento de um resumo dos dados no Ministério da Justiça. O evento teve a intenção de marcas o Dia Internacional dos Migrantes, que é celebrado nesta quarta-feira (18). “As Dinâmicas Migratórias nas Macrorregiões do Brasil” é o nome do relatório.

    O levantamento anual Obmigra abrange o período de 2022 ao primeiro semestre de 2024. O documento apresenta análise detalhada das dinâmicas migratórias nas cinco regiões brasileiras. Os pesquisadores que apresentaram o resumo do documento explicaram que a pesquisa contou com informações e participação dos ministérios da Justiça, do Trabalho e Emprego e das Relações Exteriores, além de dados da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Informações do Cadastro Único (CadÚnico) foram utilizadas como fonte primária para analisar o acesso de imigrantes a benefícios sociais.

    Brasília (DF), 23/11/2024 - Prof. Leonardo Cavalcamti, OBMigra/UNB, na apresentação do Relatório Anual OBMigra,
    Brasília – Professor Leonardo Cavalcanti, da OBMigra/UNB, na apresentação de relatório anual – Wilson Dias/Agência Brasil

    Diferenças

    “A forma como os imigrantes se inserem no mercado de trabalho ou na escola e como solicitam acesso a benefícios sociais por meio do CadÚnico, além da composição das nacionalidades, é completamente diferente entre uma região e outra”, afirma o pesquisador da UnB. Ele explica que os dados baseados em evidências fazem com que os gestores e os formuladores de políticas públicas possam orientar essas políticas de forma mais racional e efetiva.

    O pesquisador observa ainda que a Região Norte, apesar de ser o caminho de ingresso para imigrantes, apresenta mais vulnerabilidades de acesso a benefícios e políticas públicas. Por isso, eles ficam menos tempo naqueles estados. “É a principal porta de entrada hoje dos venezuelanos, por exemplo”, diz Leonardo Cavalcanti.

    Desafios

    O coordenador de imigração laboral do Ministério da Justiça, Jonatas Pabis, avalia que a maior parte dos imigrantes entra no Brasil, de fato, pela Região Norte, mas se fixa no Sul, incluindo áreas como o oeste de Santa Catarina, o oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul, trabalhando no final da cadeia agroindustrial.

    Brasília (DF), 23/11/2024 - Jonatas Luis Pabis, CNIG/MJSP, na apresentação do Relatório Anual OBMigra,
    Brasília – Jonatas Luis Pabis, do Ministério da Justiça, na apresentação do Relatório Anual OBMigra – Wilson Dias/Agência Brasil

    “O relatório pode lançar luz para a gente pensar o desafio de fazer a regularização migratória e o acolhimento na Região Norte, que nos apresenta desafios logísticos, ao mesmo tempo de garantias e direitos de inserção desses imigrantes na sociedade nas regiões Sul e Sudeste”, diz Pabis.

    Venezuelanos

    O pesquisador Leonardo Cavalcanti explica que as imigrações dos haitianos (nos primeiros cincos anos da década passada) e dos venezuelanos, na sequência, marcam o fluxo de pessoas para o Brasil. “Os venezuelanos superaram os haitianos em todos os registros. Eles superaram as nossas migrações clássicas, de portugueses e pessoas do norte global. Agora, vemos gente da África, do Sudeste Asiático e da América Latina”, diz.

    Jonatas Pabis entende que o Brasil é um país acolhedor, tanto por sua identidade cultural quanto pela legislação robusta, em sintonia com os mecanismos internacionais de proteção de direitos humanos. “Hoje em dia, a gente vê que pessoas de todo o sul global têm interesse de criar uma vida aqui no Brasil.

    Os dois maiores contingentes de imigrantes haitianos e venezuelanos são movimentos dos últimos 20 anos”. Ele destaca que a possibilidade de regularização migratória está em consonância com as garantias dos direitos humanos e acrescenta que essa consolidação ficou ainda mais visível depois da pandemia em busca de trabalho no Brasil.

    Trabalho

    Na Região Sudeste, por exemplo, a de maior população do país, entre 2022 e 2023 houve crescimento de 10,4% no volume de trabalhadores imigrantes, que passaram de 73,9 mil para 81,5 mil. O período de janeiro a junho de 2024 mostrou, segundo os pesquisadores, tendência de continuidade no crescimento do estoque de trabalhadores, que chegou a 87,5 mil.

    Ainda em relação ao mercado de trabalho, os pesquisadores observaram que a Região Sul absorve crescente número de imigrantes, principalmente venezuelanos. Outro registro é que os imigrantes empregados estão, em sua maioria, em setores de mão de obra intensiva, como abate de aves e suínos.

  • Procon e Febraban orientam consumidores sobre gastos no fim de ano

    Procon e Febraban orientam consumidores sobre gastos no fim de ano

    O portal de educação financeira Meu Bolso em Dia, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), disponibiliza recomendações para evitar o endividamento neste fim de ano e entrar em janeiro com as contas em ordem.

    O mês de dezembro tem diversos gastos extras, como presentes e ceias de Natal e Ano Novo, além de viagens de férias e as promoções do comércio que podem levar as pessoas a mais gastos. O diretor de Cidadania Financeira da Febraban, Amaury Oliva, disse que é possível, com um pouco de planejamento, consumir com consciência, sem precisar recorrer ao rotativo do cartão ou contrair empréstimos.

    “Diferenciar desejos de necessidades e planejar os gastos de maneira equilibrada ajudam a começar 2025 sem dívidas. Ninguém fica endividado por querer, mas há situações que podem levar ao endividamento. Com orientação financeira é possível aproveitar ao máximo o recurso extra que entra no fim de ano e celebrar [o Natal e o ano novo] sem se endividar”, disse, em nota, Oliva.

    Entre as dicas da Febraban, estão reservar parte do 13º salário para quitar dívidas ou antecipar despesas do início do ano; estabelecer um limite de gastos com presentes, viagens, decorações e itens para a ceia; dividir custos da ceia entre os convidados; e evitar acumular parcelas, preferindo pagar à vista valores menores e usando o cartão de crédito com moderação para compras maiores.

    O Procon-SP, órgão paulista de defesa de direitos do consumidor, divulgou orientações sobre gastos com viagens, destacando a importância de planejar todos os custos e ficar atento também aos gastos com cartão de crédito.

    “Importante considerar o planejamento financeiro para realizar a viagem, calculando não apenas o custo da viagem e hospedagem, mas, também os gastos com refeição, traslados, passeios e outros que serão realizados durante o período de férias”, informou o Procon, em nota.

    Projeto Verão

    O Procon-SP fez levantamento de preços de produtos e serviços para ajudar o consumidor durante as férias de verão, para que seja uma referência para que as pessoas possam fazer sua pesquisa com mais informações e encaixar a viagem no orçamento.

    O órgão fez uma estimativa de custos com pedágios, preços de passagens de ônibus e tempo de viagem entre 16 cidades que são destinos turísticos no estado de São Paulo, mais a capital. O conteúdo oferece ainda um comparativo de preços de repelentes, de protetores solares e bronzeadores, que são itens em alta nesta temporada do ano.

    Há ainda, no levantamento, preços médios de hospedagem e alimentação. Foram coletados valores praticados por 125 estabelecimentos, entre hotéis e pousadas, e 195 restaurantes de 13 cidades turísticas do interior e litoral do estado de São Paulo: Águas de Lindoia, Avaré, Brotas, Olímpia, Socorro, Itu, Caraguatatuba, Guarujá, Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Sebastião.

  • Prazo de adesão ao Desenrola voltado a dívidas com órgãos federais termina em 31 de dezembro

    Prazo de adesão ao Desenrola voltado a dívidas com órgãos federais termina em 31 de dezembro

    O Ministério da Cultura destaca que termina em 31 de dezembro o prazo de adesão à etapa do programa Desenrola, da Advocacia-Geral da União (AGU), voltada a dívidas com órgãos federais. Esta fase é destinada a empresas, instituições e pessoas físicas que têm débitos com autarquias, fundações federais e agências reguladoras – no caso do MinC, a Agência Nacional do Cinema (Ancine), entidade vinculada à Pasta.

    Instituída pela Lei n° 14.973/2024, a iniciativa apresenta a transação extraordinária, que oferece aos devedores condições mais favoráveis para saldar débitos não tributários, como multas. A estimativa é de que sejam arrecadados cerca de R$ 4 bilhões até o fim deste ano.

    Entre os benefícios da transação extraordinária estão parcelamento e desconto nas dívidas. Estes variam de 5% a 70%, e dependem do perfil do devedor, do prazo escolhido para pagamento, do período que o débito está inscrito em dívida ativa e da abrangência da dívida incluída na negociação.

    Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados em até 145 meses, conforme o perfil do devedor.

    Descontos

    Os descontos vão de 10% a 70% para pessoas físicas, instituições de ensino, microempresas e empresas de pequeno porte, santas casas de misericórdia, sociedades cooperativas e organizações da sociedade civil. Já o parcelamento pode ser realizado em até 145 meses.

    Para pessoas jurídicas em geral, os descontos variam entre 5% e 65%, com pagamento parcelado em até 120 meses.

    O prazo para requerer a adesão à transação extraordinária teve início em 21 de outubro e vai até às 19h (horário de Brasília) do dia 31 de dezembro de 2024.

    Projeto Malha Fina

    Com o objetivo de agilizar a análise de projetos audiovisuais, focando na identificação e redução de riscos financeiros, MinC, Controladoria-Geral da União (CGU) e a Ancine lançaram ontem (16) o Projeto Malha Fina .

    O novo modelo de análise e avaliação do passivo de prestações de contas de projetos audiovisuais utiliza a Inteligência Artificial (IA) e trilhas automatizadas para acelerar a avaliação dos processos.

    A meta é diminuir o passivo acumulado durante anos. Em outubro, a Ancine informou que já havia regularizado 68% desse passivo, classificando 3.600 projetos como regulares e encaminhando 1.700 mil para diligências.

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  • Em 2025 haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria. Entenda o que vai valer

    Em 2025 haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria. Entenda o que vai valer

    As regras e a forma de cálculo para aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no próximo ano não vão mudar. No entanto, as regras de transição impostas pela Emenda Constitucional 103 de novembro de 2019, conhecida como Reforma da Previdência, passarão por ajuste na idade para os segurados que já estavam filiados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

    O ajuste da idade será feito na aposentadoria por tempo de contribuição – transição por idade, que a cada ano acrescenta 6 meses até atingir a idade de 62 anos para mulher e 65 anos para o homem. No ano de 2025, a idade mínima para a mulher será de 59 anos e 30 anos de tempo de contribuição, e 64 anos e 35 anos de tempo de contribuição.

    No entanto, a regra de transição do pedágio de 50% não precisa da idade mínima. Já a transição de 100% tem a idade mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens. Essas duas regras não sofrerão o ajuste anual. Todas as normas trazidas com a Reforma da Previdência de 2019 podem ser conferidas no site do INSS.

    Simulação de aposentadoria

    Saber quanto tempo falta para aposentar e as exigência para pedir o benefício é simples: basta acessar o aplicativo ou site Meu INSS (https://meu.inss.gov.br/#/login) e fazer a simulação de aposentadoria.

    Para este acesso é necessário ter login e senha, tanto na página do INSS na internet quanto no aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente no celular (sistemas Android e iOS). A ferramenta disponível no Meu INSS leva em consideração as diferentes regras de idade e tempo de contribuição. Ao clicar na seta lateral de cada modalidade, é possível ver os detalhes dessas regras.

    É importante destacar que a simulação feita no Meu INSS não garante direito à aposentadoria. Isso ocorre porque algumas informações podem não ter sido incluídas ou ter sido alteradas durante o processo. Ao solicitar o benefício, o INSS pode pedir que os segurados apresentem outros documentos para comprovar os períodos de trabalho e de contribuição, são eles que fazem diferença na aposentadoria. Portanto, é importante conferir o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e verificar se os registros estão corretos.

    O CNIS é o principal documento dos segurados. Nele estão as entradas e saídas em empresas ou órgãos públicos, contribuições, licenças, afastamentos. Ou seja, toda vida laboral do segurado é registrada nesse documento.

    Como usar a ferramenta no computador e no celular

    Simulação no computador

    • Entre no site meu.inss.gov.br e digite seu CPF e senha. Caso não tenha senha, cadastre uma;
    • Vá em “Serviços” e clique em “Simular Aposentadoria”
    • Confira as informações que aparecerão na tela. O site vai mostrar sua idade, sexo e tempo de contribuição, além de quanto tempo falta para aposentadoria, segundo cada uma das regras em vigorSimulação no celular
    • Baixe o aplicativo Meu INSS (disponível para Android e iOS)
    • Se necessário, clique no botão “Entrar com gov.br” e digite seu CPF e senha. Caso não tenha senha, cadastre uma
    • Abra o menu lateral (na parte superior esquerda) e clique em “Simular Aposentadoria”
    • Cheque as informações que aparecerão na tela. O site vai mostrar sua idade, sexo e tempo de contribuição, além de quanto tempo falta para a aposentadoria, conforme as regras em vigor
    • Caso precise corrigir algum dado pessoal basta clicar no ícone de lápis (à direita)

    OBS: Para salvar o documento com todos esses dados clique em “Baixar PDF”

    CONFIRA O QUE MUDA
    Aposentadoria por tempo de contribuição – Regra de pontos

    Necessidade de possuir tempo mínimo de contribuição e de atingir uma pontuação obtida por meio do somatório da idade e do tempo de contribuição; a pontuação será acrescida de um ponto a cada ano até atingir o limite de 100 pontos para mulher e 105 pontos para homem.

    Tempo de contribuição mínimo
    Mulher – 30 anos
    Homem – 35 anos

    Somatório da idade e do tempo de contribuição
    Mulher – 92 pontos em 2025
    Homem – 102 pontos em 2025

    Aposentadoria por tempo de contribuição – Regra da idade mínima com acréscimo progressivo + tempo de contribuição

    É preciso ter tempo mínimo de contribuição e idade mínima. A idade será acrescida de 6 meses a cada ano até atingir o limite de 62 anos para mulher e 65 anos para homem.

    Tempo de contribuição mínimo
    Mulher – 30 anos
    Homem – 35 anos

    Idade mínima
    Mulher – 59 anos em 2025
    Homem – 64 anos em 2025

    Aposentadoria do professor – Regra de pontos

    Necessidade de possuir um tempo mínimo de contribuição em efetivo exercício da função de magistério e de atingir uma pontuação obtida por meio do somatório da idade e do tempo de contribuição. A pontuação será acrescida de um ponto a cada ano até atingir o limite de 100 pontos para mulher e 105 pontos para homem.

    Tempo de contribuição mínimo como professor
    Mulher – 25 anos
    Homem – 30 anos

    Somatório da idade e do tempo de contribuição
    Mulher – 87 pontos em 2025
    Homem – 97 pontos em 2025

    Aposentadoria do professor – Regra da idade mínima com acréscimo progressivo + tempo de contribuição

    Necessidade de possuir um tempo mínimo de contribuição em efetivo exercício da função de magistério e uma idade mínima. A idade será acrescida de 6 meses a cada ano até atingir o limite de 57 anos para mulher e 60 anos para homem.

    Tempo de contribuição mínimo como professor
    Mulher – 25 anos
    Home – 30 anos

    Idade mínima
    Mulher – 54 anos em 2025
    Homem – 59 anos em 2025

    VEJA O QUE NÃO MUDA

    Aposentadoria por tempo de contribuição – Regra da idade mínima + tempo de contribuição mínimo com pedágio de 100%

    Necessidade de possuir uma idade mínima, um tempo mínimo de contribuição e de cumprir um período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data de entrada em vigor da Emenda Constitucional 103, de 2019, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição.

    Idade mínima
    Mulher – 57 anos
    Homem – 60 anos

    Tempo de contribuição mínimo
    Mulher – 30 anos
    Homem – 35 anos

    Pedágio

    Mulher – 100% do tempo que faltava em 13/11/2019 para atingir 30 anos de contribuição
    Homem – 100% do tempo que faltava em 13/11/2019 para atingir 35 anos de contribuição

    Aposentadoria por tempo de contribuição – Regra do tempo de contribuição mínimo com pedágio de 50%

    Necessidade de possuir um tempo mínimo de contribuição e de cumprir um período adicional correspondente a 50% do tempo que, na data de entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103, de 2019, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição.

    Tempo de contribuição mínimo

    Mulher – 30 anos
    Homem – 35 anos

    Pedágio

    Mulher – 50% do tempo que faltava em 13/11/2019 para atingir 30 anos de contribuição
    Homem – 50% do tempo que faltava em 13/11/2019 para atingir 35 anos de contribuição

    Martha Imenes/Ascom

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  • Previsão de receita do FGTS para 2025 é de R$ 55,1 bilhões

    Previsão de receita do FGTS para 2025 é de R$ 55,1 bilhões

    O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou nesta terça-feira (17/12) a meta orçamentária de 2025 do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A previsão é de uma receita de R$ 55,1 bilhões e despesas de R$ 41,3 bilhões, superando os valores de 2024 (R$ 49 bilhões de receita e R$ 35,5 bilhões de despesas). Também foi autorizado o resgate de R$ 3 bilhões das contas do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), que deverão ser reinvestidos em outros ativos.

    A reunião foi presidida pelo secretário-executivo do MTE, Francisco Macena. Ele ressaltou que o lucro total de R$ 23,4 bilhões, referente ao ano passado, foi o maior em 58 anos de história do Fundo. Com isso, em 2024, foram distribuídos R$ 15,2 bilhões a 130,8 milhões de cotistas.

    A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apresentou um relatório sobre os recursos recuperados em 2024 da dívida ativa do FGTS. Foram recuperados R$ 1,1 bilhão, superando a meta de R$ 760 milhões para este ano. A meta para 2025 é de R$ 1 bilhão. Em 2023, a meta foi de R$ 425 milhões e foram recuperados R$ 689,9 milhões. A PGFN tem superado as metas de arrecadação das dívidas do FGTS.

    O CCFGTS aprovou o pré-acordo assinado em outubro, em cerimônia no Palácio do Planalto, que assegura medidas para alcançar o reequilíbrio econômico-financeiro da operação que resultou na desapropriação do terreno do antigo Gasômetro, na região do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Essa operação financeira faz parte do Fundo de Investimento Imobiliário (FII) do Porto Maravilha, do qual o FGTS é o único cotista. Esse termo de conciliação terá eficácia somente com a aprovação do projeto de lei complementar e após a anuência do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Conselho Curador do FGTS.

    Na reunião, Francisco Macena ressaltou que acompanhou de perto a negociação. “Conseguimos um acordo que recupera o valor da negociação do terreno adquirido pelo Fundo em 2014”, disse o secretário-executivo. Outros conselheiros elogiaram o pré-acordo, que recupera o valor de venda do terreno onde o Flamengo deverá construir um estádio.

    FII/Porto Maravilha – Com as negociações, o Clube de Regatas do Flamengo obteve a posse do terreno onde planeja construir seu futuro estádio. O Flamengo arrematou o terreno em um leilão pelo valor de R$ 138,1 milhões. No entanto, a Caixa Econômica Federal (CEF), que administra o Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha e detinha o terreno, contestou o resultado. A CEF ingressou com um mandado de segurança na Justiça, alegando que o edital do leilão teria favorecido o Flamengo e que o valor pago estava abaixo do esperado. Para evitar o prolongamento das discussões judiciais, as partes buscaram a mediação via a Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF), que conduziu o acordo.

    A primeira parte do acordo prevê que o Flamengo fará um pagamento complementar para assegurar a propriedade. Com a negociação, a CEF, a Caixa Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, o Ministério do Trabalho e Emprego, representando o Fundo FGTS, o município do Rio de Janeiro, o Clube de Regatas do Flamengo e a Companhia Carioca de Parcerias de Investimento (CCPAR) se comprometem a assinar, em 60 dias, o termo definitivo de conciliação, que funcionará como aditivo ao instrumento particular de transação firmado em agosto de 2023.

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  • Mobilização nacional contra a dengue acontece em todo o País neste sábado (14)

    Mobilização nacional contra a dengue acontece em todo o País neste sábado (14)

    O Dia D de Mobilização contra a Dengue acontece neste sábado (14/12) em todas as regiões do País. Realizado pelo Ministério da Saúde, o evento conta com a participação da população para conter o mosquito Aedes aegypti , transmissor da dengue , zika e chikungunya .

    A mobilização nacional é um chamado para que cada brasileiro tome medidas simples e eficazes para eliminar os focos do mosquito. “Com apenas 10 minutos por semana, podemos salvar vidas. Precisamos eliminar criadouros dentro de casa e descartar corretamente recipientes que acumulam água. Este é um esforço conjunto e contamos com a participação de todos”, anuncia a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

    Ações educativas

    Ao longo do dia, agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estarão uniformizados e identificados, visitando residências para orientar as famílias e ajudar a eliminar focos do mosquito. “Receber bem os agentes do Sistema Único de Saúde (SUS) é fundamental para que a prevenção seja eficiente”, reforça a ministra.

    Além das visitas domiciliares, ações educativas, mutirões de limpeza e outras iniciativas estão sendo realizadas em todo o território nacional.

    Cenário epidemiológico

    De acordo com o Boletim InfoDengue , os casos de dengue continuam a crescer, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal lideram em número de casos.

    Investimentos e tecnologias

    Como parte do Plano de Ação 2024/2025 de enfrentamento às arboviroses, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,5 bilhão no controle da dengue, um aumento de 50% em relação ao ciclo anterior.

    Entre as ações estão:

    • Novas tecnologias: uso de métodos inovadores, como o Wolbachia e mosquitos estéreis;
    • Vacinação: garantia de doses para o público-alvo;
    • Testagem: ampliação de insumos laboratoriais;
    • Controle vetorial: distribuição de inseticidas e biolarvicidas.

    Prevenção é a melhor alternativa

    Para conter a dengue, a principal medida é eliminar os focos de água parada, ambiente propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti . É fundamental virar garrafas e recipientes com a boca para baixo, tampar caixas d’água, tambores e cisternas, além de limpar e trocar regularmente a água de vasos de plantas e pratos. Manter o quintal limpo também é essencial: terrenos baldios e áreas externas devem estar livres de entulhos, enquanto os pratinhos de plantas devem conter areia para evitar o acúmulo de água. O descarte correto do lixo é outra prática indispensável.

    A limpeza frequente de recipientes que armazenam água, como bebedouros de animais, utilizando escova e sabão, deve ser uma rotina. Calhas também precisam ser inspecionadas e desobstruídas para prevenir o acúmulo de água. Objetos desnecessários, como pneus velhos, latas e plásticos, devem ser descartados ou armazenados de forma que não acumulem líquidos. Lonas e plásticos devem ser dobrados adequadamente para evitar a formação de poças.

    A proteção contra as picadas do mosquito é outra etapa importante. Utilizar telas em janelas e portas, aplicar repelentes durante o dia e vestir roupas claras que cubram braços e pernas são medidas eficazes. Além disso, piscinas, fontes e reservatórios de água devem ser inspecionados regularmente, principalmente em áreas com grande incidência da doença. Participar de ações comunitárias, como mutirões de limpeza, e conscientizar vizinhos sobre os cuidados necessários fortalece o combate ao mosquito.

    Em caso de suspeita de dengue, cujos sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e manchas na pele, é essencial buscar atendimento médico imediato. A prevenção continua sendo a melhor arma contra a doença, e cada cidadão tem um papel crucial nesse esforço coletivo.

    Campanha nacional de conscientização

    O Ministério da Saúde também intensifica a segunda fase da campanha nacional contra a dengue, zika e chikungunya. O slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora” alerta para sinais como febre, manchas vermelhas no corpo e dores atrás dos olhos, incentivando a busca por atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

    Assista ao convite da ministra da Saúde e participe do Dia D

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  • Aids: Brasil tem alta de casos, mas menor mortalidade desde 2013

    Aids: Brasil tem alta de casos, mas menor mortalidade desde 2013

    Em 2023, o Brasil registrou aumento de 4,5% no número de casos de HIV em comparação a 2022. No entanto, no mesmo período, a taxa de mortalidade caiu para 3,9 óbitos, a menor dos últimos dez anos, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Ministério da Saúde.

    No total, foram registrados 38 mil casos da doença no ano passado. A Região Norte teve a maior taxa de detecção (26%), seguida pela Região Sul, 25%. A maioria dos casos foi registrada entre homens (cerca de 27 mil). Quanto à faixa etária, os casos ocorrem entre pessoas de 25 a 29 anos de idade.

    As mortes por aids chegaram a 10.338 em 2023, o menor registro desde 2013.

    Segundo o Ministério da Saúde, a elevação de casos está relacionada à ampliação da oferta da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).

    “Uma vez que para iniciar a profilaxia, é necessário fazer o teste. Com isso, mais pessoas com infecção pelo HIV foram detectadas e incluídas imediatamente em terapia antirretroviral. O desafio agora é revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas, muitas delas no último governo, bem como disponibilizar o tratamento para todas as pessoas recém diagnosticadas para que tenham melhor qualidade de vida”, diz nota da pasta.

    Neste ano, o Brasil alcançou 109 mil usuários com tratamento PrEP, ante 50,7 mil em 2022. A profilaxia é distribuída, de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo uma das principais estratégias para prevenir a infecção pelo HIV.

    O aumento dos diagnósticos fez o Brasil alcançar mais uma etapa para eliminar a aids como problema de saúde pública até 2030, compromisso assumido com as Nações Unidas. Em 2023, 96% das pessoas infectadas por HIV e que não sabiam da condição foram diagnosticadas.

    A meta da ONU prevê que 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; 95% delas em tratamento antirretroviral; e, do grupo em tratamento,  95% com HIV intransmissível.  Atualmente, os percentuais brasileiros para esses requisitos são 96%, 82% e 95%, respectivamente, conforme o ministério.

  • Poupança tem mais saques que aplicações em novembro

    Poupança tem mais saques que aplicações em novembro

    As retiradas da poupança, em novembro, superaram as aplicações em R$ 2,931 bilhões, informou hoje (6), em Brasília, o Banco Central (BC). Os dados constam do relatório de poupança e mostram que, no mês passado, os brasileiros aplicaram na poupança R$ 340,490 bilhões e sacaram R$ 343,421 bilhões.

    Ainda de acordo com o BC, o rendimento no período foi de R$ 5,631 bilhões e o saldo da caderneta ficou em R$ 1,021 trilhão. Em novembro do ano passado, a poupança registrou saída líquida de R$ 3,305 bilhões.

    Aplicações

    Os recursos aplicados da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) registraram depósitos de R$ 294,182 bilhões e saques de R$ 295,552 bilhões, enquanto os valores aplicados no crédito rural atingiram R$ 46,308 bilhões e as retiradas ficaram em R$ 47,869 bilhões.

    Em relação à captação líquida, o relatório mostra que os valores do SBPE ficaram em R$ 1,369 bilhão, enquanto os recursos aplicados no crédito rural tiveram captação líquida de R$ 1,561 bilhão.