Autor: Gabriela Cordeiro

  • Correios homologa resultado final do concurso público

    Correios homologa resultado final do concurso público

    Os Correios homologaram o resultado final dos candidatos aprovados e classificados dentro do número de vagas nos editais de níveis médio e superior do concurso público nacional. A publicação está no Diário Oficial da União desta segunda-feira (14/4). Com a homologação, as convocações serão realizadas no prazo de validade do certame, respeitando a necessidade da estatal e a ordem de classificação.

    Nesta etapa, é importante que as candidatas e os candidatos aprovados mantenham os dados cadastrais atualizados e acompanhem as publicações oficiais no site dos Correios ( www.correios.com.br ) e da organizadora do concurso, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação ( www.ibfc.org.br ).

    “A realização do concurso público nacional foi um dos compromissos que a atual gestão assumiu para fortalecer, valorizar e reconhecer as empregadas e os empregados dos Correios”, afirma o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos. Segundo ele, a renovação do quadro de pessoal é um pilar importante para potencializar os resultados pretendidos pela empresa ainda este ano.

    Após 13 anos desde a última seleção, a atual gestão realizou um concurso nacional dos Correios. Foram mais de 1 milhão de candidatos de todo o Brasil, que concorreram a 3.511 vagas, 30% delas reservadas para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, quantitativo superior ao estabelecido pela legislação (20%), e 10% para pessoas com deficiência.

  • Lei da Reciprocidade Comercial entra em vigor nesta segunda-feira

    Lei da Reciprocidade Comercial entra em vigor nesta segunda-feira

    Sancionada na última sexta-feira (11), a Lei da Reciprocidade Comercial entrou em vigor nesta segunda-feira (14) após ser publicada no Diário Oficial da União.

    A legislação autoriza o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil no mercado global. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto.

    O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional no início do mês e sancionado na semana passada, sem vetos, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Tarifaço

    A nova lei é uma resposta à escalada da guerra comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a maioria dos países do mundo, mas que se intensificou nos últimos dias de forma mais específica contra a China.

    No caso do Brasil, a tarifa imposta pelos EUA foi de 10% sobre todos os produtos exportados para o mercado norte-americano. A exceção nessa margem de tarifas são o aço e o alumínio, cuja sobretaxa imposta pelos norte-americanos foi de 25%, afetando de forma significativa empresas brasileiras, que constituem os terceiros maiores exportadores desses metais para os EUA.

    Em discurso durante a 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras, na última quarta-feira (9), Lula voltou a criticar a adoção de tarifas comerciais.

    No mesmo dia, ele também disse que usará todas as formas de negociação possíveis, incluindo abertura de processo na Organização Mundial do Comércio (OMC), para tentar reverter as tarifas, antes de adotar ações comerciais retaliatórias.

    Nova Lei

    A Lei da Reciprocidade Comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”.

    A norma valerá para países ou blocos que “interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil”.

    No Artigo 3º do texto, por exemplo, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

  • Mercado eleva previsão para expansão da economia em 2025

    Mercado eleva previsão para expansão da economia em 2025

    A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2025 foi elevada de 1,97% para 1,98%, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14), em Brasília. A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

    Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – também subiu – de 1,6% para 1,61%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.

    Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

    A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,90 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,97.

    Inflação

    A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 foi mantida em 5,65% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção da inflação ficou em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,79%, respectivamente.

    A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

    Em março, a inflação fechou em 0,56%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos.

    Apesar dessa pressão, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – perdeu força em relação a fevereiro, quando marcou 1,31%. No acumulado em 12 meses, o IPCA soma 5,48%.

    Juros básicos

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao ano.

    A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em um ponto percentual na última reunião, em março, o quinto aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.

    Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação na expansão. Segundo o BC, a inflação cheia e os núcleos – medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia – continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços permaneça alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.

    Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em um ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

    Até dezembro próximo, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

  • Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Butantan e Valneva

    Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Butantan e Valneva

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (14), o pedido para registro definitivo da vacina contra a chikungunya encaminhado pelo Instituto Butantan, em parceria com a empresa farmacêutica Valneva. O imunizante está autorizado a ser aplicado no país na população acima de 18 anos.

    A vacina foi avaliada nos Estados Unidos em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos, sendo que 98,9% dos participantes do ensaio clínico produziram anticorpos neutralizantes, com níveis que se mantiveram robustos por ao menos seis meses. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet, em junho de 2023.

    O imunizante contra a chikungunya já recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e da European Medicines Agency (EMA), da União Europeia. Esta é a primeira vacina autorizada contra a doença.

    Segundo o governo de São Paulo, ao qual o instituto é vinculado, o parecer favorável da Anvisa representa um importante passo na aprovação de uma versão do imunizante do Butantan, que já está em análise pela agência reguladora. As duas vacinas têm praticamente a mesma composição.

    Ainda de acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está trabalhando em uma versão com parte do processo realizado no Brasil. O imunizante será adequado à possível incorporação no enfrentamento da doença em nível de saúde pública.

    A chikungunya é uma doença viral transmitida por meio da picada de mosquitos Aedes aegypti infectados – os mesmos que transmitem dengue e Zika. Os principais sintomas são febre de início repentino (acima de 38,5°C) e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e punhos. Pode acontecer também dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele. Alguns pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações.

  • Governo publica no Diário Oficial ampliação da faixa de isenção do IR

    Governo publica no Diário Oficial ampliação da faixa de isenção do IR

    O governo federal aumentou de R$ 2.259,20 para R$ 2.428,80 a faixa de isenção do Imposto de Renda para Pessoa Física (IPRF). Com isso, o tributo só incidirá em valores acima da nova faixa, conforme prevê a Medida Provisória 1.294 publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (14),

    Assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida valerá a partir de maio (ano-calendário de 2025).

    Além dessa isenção, a legislação que instituiu em 2023 a nova política de valorização do salário mínimo autoriza desconto de 25% sobre o valor de limite de isenção, no caso, de R$ 607,20. Somado aos R$ 2.824,80, o valor resulta em R$ 3.036 – equivalente a dois salários mínimos.

    Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.518.

    As demais faixas previstas na medida provisória publicada hoje foram mantidas. Portanto, salários com valores entre R$ 2.428,80 e R$ 2.826,65 pagarão alíquota de 7,5%. Entre esse valor e R$ 3.751,05, a alíquota aplicada será de 15%.

    Salários entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68 pagarão alíquota de IR de 22,5%. Acima desse valor terão alíquota de 27,5%.

    Promessa de campanha

    Uma das principais promessas de campanha feitas pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi a de, até o final de seu mandato, em 2026, ampliar para R$ 5 mil a faixa de isenção.

    Para isso, o governo federal apresentou em março ao Congresso Nacional projeto de lei que, por meio de descontos parciais para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, isenta aqueles que recebem até o valor prometido durante a campanha.

    *Colaborou Andreia Verdélio

  • Prazo para pedir isenção da inscrição no Enem começa nesta segunda

    Prazo para pedir isenção da inscrição no Enem começa nesta segunda

    O período para solicitar a isenção da taxa de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 será entre 14 e 25 de abril.

    A isenção da taxa de inscrição deve ser solicitada exclusivamente pela Página do Participante, com o login único do portal de serviços do governo federal, o Gov.br.

    Para solicitar a isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025, o participante deve informar o número de seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a data de nascimento. Os dados pessoais devem ser iguais aos cadastrados na Receita Federal.

    Quem pode pedir a isenção

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prevê a gratuidade para:

    • Matriculados no 3º ano do ensino médio em escola pública (em 2025), em qualquer modalidade de ensino (regular ou educação de jovens e adultos – EJA);
    • Estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada;
    • Estudantes com renda mensal igual ou inferior a um salário mínimo e meio (R$ 2.277, em 2025);
    • Pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica com registro ativo no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal.
    • Participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC).

    Baseado nesta lista, os candidatos deverão comprovar o cumprimento dos requisitos para conseguir a isenção da taxa de inscrição no Enem.

    Os documentos aceitos para a solicitação da gratuidade estão descritos no Anexo II do edital. Entre eles, a declaração escolar que comprove estar cursando a última série do ensino médio em 2025, na rede pública; e comprovante da renda declarada.

    Justificativa de ausência

    O candidato que teve a gratuidade da taxa de inscrição do Enem do ano passado, mas não compareceu a um ou dois dias de provas, na edição de 2024, e ainda quer participar da edição de 2025 gratuitamente terá que justificar a ausência.

    De acordo com o edital, o prazo para fazer a justificativa será o mesmo do pedido de isenção da taxa de inscrição: de 14 até as 23h59 de 25 de abril.

    A justificativa de ausência no Enem 2024 é realizada no mesmo sistema de solicitação de isenção da taxa de inscrição, a Página do Participante.

    O Inep avisa que não serão aceitos documentos autodeclaratórios ou emitidos por pais ou responsáveis do candidato.

    Cronograma

    Em 12 de maio, o Inep irá divulgar os resultados das solicitações de isenção da taxa e, também, se foram aceitas as justificativas de ausência em 2024 para nova gratuidade.

    O período de recursos será entre 12 a 16 de maio. O resultado dos recursos sairá em 22 de maio.

    Somente após este cronograma, o MEC abrirá o período oficial de inscrições na edição deste ano do Enem. Ainda será publicado um edital específico com as datas e regras.

    Enem

    Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia anualmente o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros, e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

    As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação, como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.

    O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.

    O exame também é aplicado a pessoas privadas de liberdade ou sob medidas socioeducativas, em datas diferentes do Enem regular.

  • Vacina contra gripe: mitos e verdades que você precisa saber

    Vacina contra gripe: mitos e verdades que você precisa saber

    A campanha de vacinação contra a gripe começou na última segunda-feira (7), nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas.

    O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no outono e no inverno nessas regiões. No segundo semestre, será a vez da Região Norte ser imunizada, para cobrir o “inverno amazônico”, período de chuvas de dezembro a maio.

    Mas um obstáculo importante que a sociedade brasileira precisa superar para atingir a meta de vacinação são as muitas informações falsas circulando nas redes sociais. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, alerta que o maior risco são os grupos vulneráveis acreditarem na desinformação e correrem riscos, inclusive de morte, sem a proteção.

    “Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença. Essa é uma das grandes ameaças à saúde humana”, avisa . “Algumas pessoas podem deixar de se vacinar, acreditando em histórias falsas e consequentemente vão continuar vulneráveis, o que pode até levar ao óbito”, ela complementa.

    De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

    Dando inicio a campanha nacional de Vacinação contra influenza o Ministro de Estado e da Saúde, Alexandre Padilha, e a médica do Presidente Dra. Ana Helena Germoglio realizam a vacina no Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e no Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmim, durante a visita e cerimônia de inauguração da Fábrica da Novo Nordisk. Fábrica da Novo Nordisk, Montes Claros - MG. Foto: Ricardo Stuckert / PR

    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é vacinado contra a gripe Ricardo Stuckert / PR

    Saiba o que é verdade e o que é fake news

    Veja abaixo as explicações da presidente da SBIm que desmentem algumas das informações falsas que mais circulam contra a vacina da gripe e colocam em risco a vida das pessoas:

    MENTIRA: “A vacina pode fazer algumas pessoas pegarem a gripe”

    VERDADE: De acordo com a especialista, essa é a época do ano em que mais circulam o rinovírus, o metapneumovírus, o vírus sincicial respiratório, entre outros vírus, mas as pessoas chamam qualquer quadro respiratório de gripe. Mesmo que a pessoa tenha febre, dor de garganta e tosse, pode ser outro vírus respiratório, como o da covid, por exemplo. Além disso, se a pessoa já tiver sido infectada, e estiver incubando o vírus, os sintomas podem aparecer depois que ela tomou a vacina. E é preciso duas semanas, no mínimo, para desenvolver a proteção. Nesse período, a pessoa continua vulnerável, inclusive à gripe, como quem não foi vacinado.

    MENTIRA: “A vacina contra a gripe não é segura e pode provocar a morte de pessoas mais velhas”

    VERDADE: Essa é uma vacina extremamente segura, tanto que os grupos prioritários escolhidos para tomar a vacina são os que têm maior comprometimento da imunidade. Uma pessoa que faz um transplante de medula óssea, a primeira vacina que ele tem que tomar, três meses pós-transplante, é a vacina contra a gripe. Por que ela é segura? Porque é uma vacina inativada, ou seja, o vírus é morto, fracionado e você só usa uma fração dele na produção de anticorpos.  Então, em qualquer pessoa, seja imunocompetente ou imunocompromtida, seja uma pessoa que tenha alguma comorbidade, ela vai ser extremamente segura.

    MENTIRA: “A vacina não evita totalmente o contágio, logo, não tem eficácia”

    VERDADE: A vacina contra a gripe é eficaz principalmente para proteger contra a doença grave e suas complicações e contra o óbito. Dependendo da faixa etária e do grau de resposta imunológica da pessoa vacinada, ela pode ter uma menor eficácia contra o contágio pelo vírus, mas ela continua sendo muito importante para prevenir a forma grave da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas que são mais vulneráveis se vacinem todos os anos para não correr esse risco.

    MENTIRA: “A gripe é uma doença comum, sem gravidade. Por isso, não é importante se vacinar”

    VERDADE: A gripe é uma doença potencialmente grave. Nem todos casos vão ser assim, tem gente que vai ter sintomas, por mais ou menos uma semana, sem consequências. Mas algumas pessoas vão desenvolver pneumonia, vão desenvolver uma descompensação de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso que essa é uma vacina muito importante na faixa etária dos idosos, porque eles apresentam mais quadros graves, com mais internação e mais óbitos. Depois, as pessoas com comorbidades e as crianças pequenas são as mais atingidas pelas formas graves.

    MENTIRA: “Os profissionais de saúde estão misturando a vacina da gripe com a vacina da covid”

    VERDADE: Não se faz alquimia com nenhuma vacina. Cada uma tem os seus ingredientes, o seu volume, o seu conteúdo e jamais, nunca houve essa história de vacinas serem misturadas. O que existe são vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças, mas elas já são fabricadas assim pelo próprio laboratório, com todas as quantidades e excipientes de cada um dos componentes, calculados, testados, com estudos clínicos e a aprovação de órgãos regulatórios. Mas isso não feito com a vacina da gripe e a vacina da covid.

    Vacina atualizada

    Todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação, por isso, o imunizante que está sendo aplicado previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B.

    Por isso, para se manter protegido, é necessário receber a vacina todo ano.

    Quem deve se vacinar contra a gripe

    •  Idosos
    •  Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
    •  Gestantes e puérperas
    •  Povos indígenas
    •  Pessoas em situação de rua
    •  Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
    •  Pessoas com deficiência permanentes
    •  População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens
    •  Profissionais das Forças Armadas e das áreas de saúde, educação, segurança pública, salvamento, unidades prisionais, transporte rodoviário coletivo e de carga e portos.

  • Avanços no tratamento da doença de Parkinson: tecnologia e esperança para pacientes no SUS

    Avanços no tratamento da doença de Parkinson: tecnologia e esperança para pacientes no SUS

    Jozivan de Sousa, 43 anos, de Entre Rios (BA), recebeu o diagnóstico de doença de Parkinson aos 36 anos, durante um exame para obtenção da habilitação. A doença impactou seu trabalho devido às dificuldades motoras e, até mesmo para dormir, ele precisava de ajuda para realizar a simples tarefa de virar na cama. Apesar das limitações, Jozivan carregava um sonho: sabia que a doença não tinha cura, mas conhecia um procedimento capaz de melhorar sua qualidade de vida. Esse sonho se tornou realidade no dia 13 de fevereiro deste ano.

    Ele foi o primeiro paciente do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA/Ebserh) a passar pela cirurgia de implante de eletrodos de estimulação cerebral profunda ( DBS- Deep Brain Stimulation ) para o tratamento da doença de Parkinson. O procedimento representou um avanço significativo para a unidade hospitalar, consolidando sua capacidade de realizar intervenções de alta tecnologia na Bahia e trazendo benefícios para o Sistema Único de Saúde (SUS).

    No dia 11 de abril, celebra-se o Dia da Conscientização da doença de Parkinson. De acordo com as estimativas globais da OMS, mais de 8,5 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com a patologia. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, esse número tende a aumentar.

    A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio de seus hospitais universitários, tem feito a diferença na vida de pacientes de todo o país. “Já fui pela terceira vez ao hospital receber a carga (estímulo). Posso dizer que já apresentei melhoras. Minha voz melhorou, já consigo escovar os dentes, tomar banho. Tudo isso vejo como uma vitória”, comemora Jozivan.

    Segunda doença degenerativa mais frequente do sistema nervoso central

    Roberta Kauark, preceptora da residência de Neurologia do Hupes, explica que a doença de Parkinson é a segunda patologia neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. “A prevalência varia conforme a faixa etária e a região, mas, em geral, estima-se que afete cerca de 1 a 2% da população acima de 60 anos e até 4% dos idosos com mais de 80 anos”, relata.

    A neurologista explica que a doença é progressiva e afeta a qualidade de vida de diferentes formas, podendo ter um prejuízo motor, que afeta a mobilidade e a independência funcional, impactando o manuseio de instrumentos e o autocuidado; o não motor que pode causar dor, constipação intestinal e sintomas psiquiátricos como depressão e ansiedade; e o social por conta do tremor, lentidão e alteração de equilíbrio.

    Sem causa definida

    Para Jairo Ângelos, neurocirurgião do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA/Ebserh), a causa da doença ainda é uma pergunta a ser respondida pela ciência. “Em torno de 95% dos casos, ela surge de maneira desconhecida na população. Acredita-se, no entanto, que possa haver uma combinação entre predisposição genética e um fator externo desconhecido, que desencadeia as alterações patológicas. O desenvolvimento dos sintomas baseia-se na diminuição da dopamina, o neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos no corpo”.

    Ana Lucia Rosso, chefe da Unidade de Sistema Nervoso e responsável pelo Setor de Distúrbios do Movimento do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/Ebserh), no Rio de Janeiro, ressalta que a principal medicação para tratar os sintomas motores está disponível no Brasil desde a década de 1970.

    “O princípio ativo é a levodopa associada a um inibidor da enzima dopa-descarboxilase. Outras drogas são utilizadas, mas possuem efeitos menores do que a levodopa. Atualmente, as pesquisas estão voltadas para substâncias que impedem a progressão da doença. Até hoje, não há nenhuma medicação capaz disso”, explica Ana Lucia. Ela acrescenta que os estudos indicam que os exercícios aeróbicos, como corrida, natação e dança, entre outros, podem contribuir para reduzir a progressão da doença, embora ainda não haja comprovação científica.

    Entre os principais desafios no tratamento do Parkinson, Roberta Kauark destaca: ausência de terapia modificadora da doença; a resposta diferente de cada indivíduo ao tratamento e seus efeitos colaterais; a necessidade de tratamento multidisciplinar; a presença de sintomas não motores que não respondem ao tratamento convencional com levodopa; e a dificuldade de acesso a terapias avançadas.

    Terapias avançadas na Ebserh

    A cirurgia realizada em Jozivan implanta eletrodos multidirecionais em regiões específicas do cérebro. Esses eletrodos são conectados a um gerador de impulsos, semelhante a um marca-passo, implantado sob a pele do peito. O dispositivo emite estímulo elétrico ao cérebro, ajudando a regular os sinais nervosos anormais que causam os sintomas motores da doença de Parkinson. Entretanto, os especialistas reforçam que nem todos os pacientes têm indicação para a cirurgia, cada caso é avaliado pela equipe médica e multiprofissional.

    Após dois meses do implante do DBS, Jozivan só tem motivos para comemorar. “Faço 44 anos dia 15 de abril, quatro dias depois da data que marca a conscientização sobre a doença de Parkinson. Estou muito feliz por ter tido essa oportunidade, foram muitos anos de luta e de muita dificuldade”, frisa.

    No Hupes, são atendidos, em média, de 80 a 100 pacientes por mês no ambulatório. O hospital oferece a cirurgia de implante de DBS, além da programação do dispositivo, garantindo um atendimento completo ao paciente, desde o diagnóstico até a intervenção cirúrgica.

    No HUCFF-UFRJ, os atendimentos ocorrem às quartas-feiras, com cerca de 16 a 20 pacientes por semana. São realizados diagnóstico clínico, ultrassom transcraniano, teste do olfato, avaliação para indicação de cirurgia para implante do estimulador cerebral profundo, ajuste do gerador de impulsos, aplicação de toxina botulínica para produção excessiva de saliva e posturas distônicas (contrações musculares involuntárias).

    O HU-UFMA conta com um ambulatório especializado em Distúrbios do Movimento na Neurologia, onde são oferecidas consultas médicas, aplicação de toxina botulínica e triagem para possíveis casos cirúrgicos. “O hospital já realiza a cirurgia de palidotomia, que consiste na lesão térmica de uma região do cérebro responsável pelo controle dos movimentos anormais de um lado do corpo. Além disso, está em processo de implementação da estimulação cerebral profunda”, conclui o neurocirugião Jairo.

    Sobre a Ebserh

    Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

    Por: Danielle Morais, com edição de Danielle Campos
    Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh

  • Brasil está entre os cinco países mais procurados por viajantes internacionais para férias entre abril e junho

    Brasil está entre os cinco países mais procurados por viajantes internacionais para férias entre abril e junho

    Com uma combinação única de praias paradisíacas, destinos urbanos e atrações culturais, o Brasil mantém sua posição de destaque no turismo internacional. De acordo com o levantamento da plataforma mundial de acomodação Booking.com, o país aparece entre os cinco mais buscados por viajantes de todo o mundo para o período entre abril e junho de 2025, atrás apenas da Espanha, Itália, Estados Unidos e França. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 61% nas buscas por acomodações no país.

    O Rio de Janeiro lidera o interesse dos visitantes vindos de fora do país para as férias de julho, com aumento de 80% nas buscas em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados do site de buscas. Esse crescimento acompanha o bom desempenho do estado na recepção de visitantes estrangeiros nos primeiros meses de 2025. De acordo com dados do Ministério do Turismo, em parceria com Embratur e Polícia Federal, o Rio recebeu 502.259 turistas internacionais em janeiro e fevereiro deste ano — sendo 240.151 em janeiro e 262.108 em fevereiro — o que representa um crescimento de 50% em comparação com o mesmo período de 2024.

    “A ‘Cidade Maravilhosa’ é uma das principais portas de entrada de turistas internacionais no Brasil e isso é fruto do enorme trabalho realizado pelo Governo Federal para melhorar a infraestrutura, facilitar o acesso e ampliar a promoção do Brasil lá fora, tornando os nossos destinos ainda mais atrativos”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

    A ‘Cidade Maravilhosa’ é uma das principais portas de entrada de turistas internacionais no Brasil e isso é fruto do enorme trabalho realizado pelo Governo Federal para melhorar a infraestrutura, facilitar o acesso e ampliar a promoção do Brasil lá fora, tornando os nossos destinos ainda mais atrativos
    Celso Sabino,
    Ministro do Turismo

    CIDADES ATRATIVAS — Também observa-se um aumento expressivo no interesse por outras cidades brasileiras, como Búzios (RJ), com crescimento de 144%, Florianópolis (SC), com 108%, Foz do Iguaçu (PR), com 248%, e Porto de Galinhas (PE), com 153%. Dados que reforçam a diversidade da oferta turística nacional, capaz de atrair públicos variados, interessados tanto em praias e cidades litorâneas quanto em experiências urbanas e de contato com a natureza.

    Entre as nacionalidades que mais ampliaram o interesse pelo Brasil para o mês de julho, os argentinos lideram, com crescimento de 137% nas buscas em relação ao ano passado, seguidos pelos chilenos com aumento de 53%. Já os franceses registraram alta de 66% e ocupam a terceira posição entre os que mais buscam destinos brasileiros, seguidos pelos norte-americanos, que tiveram crescimento de 57% na pesquisa.

    VIAGENS NACIONAIS — No caso dos brasileiros, Gramado (RS) e Fortaleza (CE) são os destinos queridinhos, com crescimento de 11% das buscas, seguido por Maceió (AL), com alta de 73%, e Porto Seguro (BA). Esses destinos se destacam pela diversidade de experiências proporcionadas – do clima ameno da Serra Gaúcha às praias paradisíacas do Nordeste -, reunindo lazer, cultura, gastronomia e paisagens deslumbrantes.

    BRASILEIROS — A pesquisa também revela a intenção de viagem dos brasileiros entre os meses de abril e junho deste ano. Nesse período, o Rio de Janeiro aparece na liderança das buscas, com um aumento de 63% em relação ao ano anterior. Em seguida, estão São Paulo, Ubatuba, João Pessoa e Porto de Galinhas.

    PASSAGENS — Os dados da plataforma Booking.com mostram ainda as preferências dos brasileiros na hora de buscar passagens aéreas em julho. Entre os destinos nacionais estão Salvador (+148%), Recife (+43%), Fortaleza (+56%), Maceió (+46%) e Natal (+49%).

    INCENTIVO — Lançado pelo Governo Federal em 2023 e coordenado pelo Ministério do Turismo, o “Conheça o Brasil” é um movimento que busca incentivar e facilitar viagens de brasileiros no país. A iniciativa envolve a ampliação da conectividade e da mobilidade entre os destinos nacionais, além do aumento da movimentação de visitantes, estimulando a geração de negócios, fomentando a competitividade no setor e reforçando a geração de emprego e renda às comunidades receptoras.

  • Aumento de hospitalizações infantis por sintomas respiratórios

    Aumento de hospitalizações infantis por sintomas respiratórios

    Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tiveram um crescimento entre crianças pequenas, segundo o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A alta nas hospitalizações é associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, cuja incidência ocorre em praticamente todo o país e tende a crescer no outono e no inverno.

    O estudo é referente à Semana Epidemiológica de 30 de março a 5 de abril, e também alerta para os primeiros indícios de crescimento dos casos de SRAG por influenza, o vírus da gripe. Esse aumento ocorre especialmente no Mato Grosso do Sul, onde as hospitalizações pelo vírus têm atingido jovens, adultos e idosos.

    De acordo com a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portela, com o início de aumento dos casos de influenza no Mato Grosso do Sul, é fundamental que todas as pessoas dos grupos prioritários, crianças de seis meses a seis anos, assim como gestantes e idosos, se imunizem contra o vírus.

    “Especialmente as pessoas dos grupos prioritários que moram nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste, onde a campanha de vacinação contra o vírus já começou”, explicou.

    Em nota, Tatiana reforça ainda a importância de, “em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, sair de casa usando máscara, assim como dentro de locais fechados e com maior aglomeração de pessoas e nos postos de saúde”.

    Estados e capitais

    No total, 13 dos 27 estados apresentam incidência de SRAG com sinal de crescimento na análise das últimas semanas: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.

    Situação nacional

    Em 2025, já foram notificados 31.796 casos de SRAG, sendo 12.527 (39,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 14.113 (44,4%) negativos, e ao menos 3.060 (9,6%) aguardando resultado laboratorial.

    Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 10,3% de influenza A, 1,6% de influenza B, 50,4% de vírus sincicial respiratório, 31,4% de rinovírus, e 9,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19).