Autor: © CenárioMT

  • Projeto obriga Estado a fornecer medicamentos para tratamento do tabagismo

    Projeto obriga Estado a fornecer medicamentos para tratamento do tabagismo

    A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa deve se posicionar, nos próximos dias, sobre projeto de autoria do deputado Romoaldo Júnior (PMDB) que dispõe sobre medicamentos e tratamentos indicados nos casos de distúrbios correlatos, para a população em geral, portadora de dependência química advinda do tabagismo e dá outras providências.

    A matéria prevê que o Poder Executivo seja obrigado a implantar na rede de saúde pública, o fornecimento gratuito de medicação e tratamento especializado de distúrbios para a população em geral, portadora de dependência química causadas pelo tabagismo, desde que a dependência ao tabaco seja diagnosticada por uma junta médica e apresentados exames médicos comprobatórios.

    De acordo com a proposta, o fornecimento deve ser gratuito permanente e contínuo e além do fornecimento gratuito de medicação para o tratamento destes distúrbios, os pacientes receberão, também, orientação nutricional, psicológica e psiquiátrica, através de especialistas aptos para sua implementação. A distribuição se dará através do Sistema Único de Saúde – SUS.

    tratamento contra tabagismo e pautado em avaliacao comportamental explica pneumologista
    O tabagismo é uma doença crônica que afeta aproximadamente 10% da população brasileira – Foto por: Assessoria | SES/MT

    Ao justificar a proposta, o parlamentar lembrou que o tabagismo é uma dependência química; uma doença crônica progressiva e que afeta pessoas de qualquer idade, raça, cor, e nível sócio econômico ou intelectual. E, o consumo de tabaco é uma pandemia que afeta a comunidade em áreas importantes como Educação, Segurança e Saúde. O

    O consumo de cigarros em escala mundial é tão alarmante que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo uma epidemia de graves consequências para a saúde pública. O tabagismo é principal fator de risco evitável de morte e provoca 4,9 milhões de mortes todos os anos. A perspectiva da OMS é de que em 2030 esse número chegue a 10 milhões de mortes por ano — o que nos mostra que, se atitudes não forem tomadas, o número de óbitos duplicará.

    No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 23 pessoas por hora; 25% das mortes causadas por doenças coronarianas; 85% por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer de pulmão (sendo que um terço desse número é formado por fumantes passivos); 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer e 25% de doenças vasculares. Um em cada dois fumantes tem morte prematura e um em cada quatro fumantes apresenta perda de 25 anos de vida. Outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero.

    “Esses pacientes necessitam ser especialmente assistidos para que possam desenvolver regularmente suas atividades, sem que os sintomas perversos reduzam a capacidade de viver de maneira digna”, defende Romoaldo. Para ele, a ampla distribuição de tais medicamentos, além de dar efetividade a um direito básico da cidadania, desonerará, a médio prazo, o Sistema Público de Saúde com relação aos custos com procedimentos cirúrgicos, reabilitação e afastamentos do trabalho e aposentadorias precoces.

    No entendimento dele, os altos preços praticados na comercialização de medicação necessária no tratamento de fumantes impedem sua aquisição pela esmagadora maioria da população e “disponibilizar esta medicação através do Sistema Único de Saúde é questão de saúde pública, evitando que homens e mulheres venham a óbito, já que o tratamento em clínicas de saúde particulares, chega a custar uma média de mais de R$ 1 mil/mês”.

  • Já está em vigor o novo regulamento do ICMS de Mato Grosso

    Já está em vigor o novo regulamento do ICMS de Mato Grosso

    Após 25 anos, o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), publicou o novo Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (RICMS). O Decreto nº 2.212/2014, publicado em 20 de março, entrará em vigor a partir de 1º de agosto. O novo regulamento está disponível no portal da Sefaz para consulta pública.

    Esse novo RICMS representa um marco na regulamentação do ICMS, substituindo o regulamento anterior, que vigorava desde 1989, quando o Sistema Tributário Nacional foi introduzido pela Constituição Federal de 1988. A modernização do regulamento é vista como essencial, dado as inúmeras transformações sociais e tecnológicas das últimas décadas.

    De acordo com a Sefaz-MT, o novo RICMS visa tornar as normas mais claras e acessíveis, facilitando o trabalho dos servidores públicos e trazendo mais transparência e segurança para o contribuinte.

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    Depois de 25 anos, o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), publicou o novo Regulamento do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (RICMS). O >Decreto nº 2.212/2014, de 20 de março, entra em vigor a partir de 1° de agosto. O novo RICMS está disponível no portal da Sefaz (www.sefaz.mt.gov.br), menu superior Portal da Legislação. O RICMS 2014 é um marco normativo na regulação do ICMS, já que o Regulamento atual foi editado em 1989, após a entrada em vigor do Sistema Tributário Nacional trazido pelo texto original da Constituição Federal de 1988. “O novo Regulamento do ICMS é uma necessidade em função das enormes transformações verificadas na sociedade e esfera pública nas últimas décadas”, lembrou o secretário de Estado de Fazenda, Marcel Souza de Cursi. Segundo ele, o governador Silval Barbosa considera que o setor público deve continuadamente prestar um serviço conclusivo e rápido. “Por isso, o novo RICMS é importante para todos os envolvidos na relação tributária e pretende fortalecer esta ideia de apoiar as atividades através de normas mais claras, auxiliando o servidor no desempenho das suas funções”, enfatizou Marcel. O mérito da atualização do RICMS é da equipe de legislação da Superintendência de Normas da Receita Pública da Sefaz-MT, que trabalhou sistematicamente para finalizar o documento no menor tempo possível. “O ICMS é um tributo com múltiplas fontes normativas, algumas federais, como o Confaz, que nestes 25 anos editou ou alterou mais de 90 mil dispositivos por meio de normas e convênios, agora incorporados ao novo regulamento”, lembrou o secretário-adjunto da Receita Pública, Jonil Vital de Souza. Nesses 25 anos de vigência do RICMS foram realizadas constantes alterações no documento para não perder a atualidade. São, aproximadamente, 1200 decretos editados para adequar o regulamento às mudanças da sociedade brasileira, aos avanços tecnológicos conquistados desde a última década do Século passado e ao próprio aperfeiçoamento das legislações brasileira e estadual. Como exemplos, é importante citar as Emendas Constitucionais que alteraram a Constituição Federal de 1988 no que se refere ao ICMS (EC n° 03/93, EC n° 33/2001 e EC n° 42/2003). Ainda nesse período, o Congresso Nacional aprovou a Lei Complementar n° 87/96 (Lei Kandir), disciplinando, em nível nacional, conceitos básicos do ICMS. Dessa forma, o Regulamento atual nasceu sob a vigência da Lei n° 5.419/88 (estadual) e teve seu curso normativo transposto à edição da Lei (estadual) n° 7.098/98, que adequou o tributo estadual à LC (federal)n° 87/96. A própria Lei n° 7.098/98, nesses 15 anos, já passou por inúmeras modificações: são 30 leis editadas que implicaram no realinhamento do RICMS 89. COMÉRCIO ELETRÔNICO No plano socioeconômico e tecnológico, a sociedade brasileira, em especial, a mato-grossense, viu nesses 25 anos desaparecer a reserva de mercado e a abertura da economia ao comércio exterior, com a globalização da economia. Além disso, computadores, antes imensos e restritos ao ambiente universitário ou a grandes corporações, foram integrados às vidas das empresas e às residências do País: dos computadores pessoais (PCs) aos notebooks, netbooks, ultrabooks, tablets e smartphones. O comércio eletrônico chegou ao alcance de todos. No campo fiscal, importantes conquistas como os terminais ponto de venda (terminais PDV) usados nas grandes redes varejistas tornaram-se obsoletos diante da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e). Passagens aéreas que exigiam encadernação em bloco, tantas eram as folhas que as compunham, hoje são materializadas em meros “códigos localizadores”. “Nesse sentido, para se acomodar a tais transformações, o RICMS 89 sobreviveu à custa da multiplicação dos seus artigos, identificados por números com acréscimos de letras e tantos outros números: artigo 198-A-4-1; artigo 398-U; artigo 436-K-80 e muitos outros”, explicou a superintendente de Normas da Receita Pública da Sefaz, Mara Sandra Rodrigues Campos Zandona. ESTRUTURA O RICMS 2014 consolida as regras relativas às disciplinas das novas práticas, harmonizando-as com as mais antigas quando os fatos sociais ainda exigem a respectiva manutenção. “Também sepulta conceitos e procedimentos que há muito tempo já perderam a finalidade para a legislação do ICMS, ou que são próprios de outros tributos, a exemplo das regras de tributação na exportação dos produtos semielaborados e da Lista de Serviços sujeita ao ISSQN (imposto municipal)”, ressaltou o secretário-adjunto Jonil Vital de Souza. São 1.060 artigos nas chamadas disposições permanentes, adequados aos princípios das Leis n°s 7.098/98 e suas alterações, e n° 8.797/2008, que dão sustentação para as normas processual-tributárias e para o Conselho de Contribuintes do Estado de Mato Grosso, ou, ainda, aos Convênios ICMS, Ajustes SINIEF e Protocolos ICMS, celebrados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Além disso, 14 anexos aglutinam por natureza tratamentos tributários como isenção, redução de base de cálculo, diferimento, créditos fiscais, outorgados e presumidos, e regimes tributários e percentuais de margens de lucro calculados para diversos regimes tributários (Substituição Tributária, Garantido Integral, Estimativa Simplificado), além do arrolamento de códigos necessários à vida cadastral do contribuinte (CNAE) e emissão de documentos fiscais (Código Fiscal de Operações e Prestações, Código da Situação Tributária da Mercadoria etc). Nasce assim o RICMS 2014, com a organização e sistematização do ordenamento tributário do ICMS, em harmonia com a ‘década teen’ deste Século XXI, a fim de garantir legalidade, segurança jurídica e transparência nas relações tributárias. “O respeito à legalidade demanda a boa compreensão da norma em vigor, devendo, por isso, haver transparência na construção do respectivo comando, o que só é possível mediante a regra clara, objetiva, organizada e sistêmica. É a que se propõe com o novo texto regulatório”, concluiu o secretário de Fazenda de Mato Grosso, Marcel Souza de Cursi.

  • Emanuel Pinheiro comemora emendas aprovadas na LOA

    Emanuel Pinheiro comemora emendas aprovadas na LOA

    O deputado Emanuel Pinheiro (PR) comemorou a aprovação das três emendas parlamentares apresentadas ao texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sancionadas recentemente pelo governador Silval Barbosa. No total R$ 18 milhões serão empregados no atendimento da população que cobra benefícios ao Poder Público, em vários setores das gestões públicas.

    É o caso da Emenda Aditiva ao Projeto de Lei 401/2013, cuja Mensagem nº 67/2013 estabelece a implantação da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), na Baixada Cuiabana. O deputado diz que a instalação de um campi na região é um compromisso histórico. É uma injustiça com a população cuiabana não ter a instituição aqui.

    A Capital tem que ser priorizada, pois apresenta a maior demanda de alunos”. Os deputados aprovaram ano passado o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que garantiu o repasse de 2% da receita corrente líquida de Mato Grosso para a instituição. A PEC propôs aumento de 0,1% anualmente até 2018, quando será fixado o repasse de 2,5% da receita para a instituição de ensino. Pinheiro tem dito que, Mato Grosso, das 23 unidades da Federação, que possuem universidade estadual, é o único que não tem um campi na Capital.

    Outro importante investimento, no valor de R$ 5 milhões, será destinado ao Projeto Parque das Águas, na lagoa Paiaguás, localizada no Centro Político Administrativo da Capital. O projeto é idealizado pela Prefeitura de Cuiabá e deverá ter custo de R$ 18 milhões. “Objetivo é que o espaço seja ponto turístico e sirva de lazer para a população”, disse o deputado.

    A duplicação da Rodovia Leôncio Lopes de Miranda (MT-050), também será contemplada, com o valor de R$ 9 milhões. Trata-se do trecho que liga o bairro Costa Verde, em Várzea Grande, a Rodovia dos Imigrantes, que dá acesso aos Distritos de Bom Sucesso e Praia Grande. A região também é conhecida como “Rota do Peixe”.

    “O nosso compromisso irá beneficiar as comunidades ribeirinhas, bem como o desenvolvimento do turismo regional, já que no ano de 2014 teremos um dos maiores evento esportivo do planeta que é a Copa do Mundo”, pontuou.

  • Seguradora Mapfre nega parceria com Telexfree Brasil

    Seguradora Mapfre nega parceria com Telexfree Brasil

    Nossa reportagem acaba de receber novas informações referente ao caso TelexFree. No início da tarde desta segunda-feira 24, recebemos um comunicado oficial da empresa de seguros.Confira na íntegra:A MAPFRE Seguros informa que não tem nenhum tipo de relação comercial ou de parceria com as empresas Telexfree e Ympactus Comercial Ltda.A veiculação de informações que está sugerindo vínculo contratual de uma das Seguradoras do Grupo com essas empresas não é verídica. Houve apenas o recebimento de documentos para estudo de proposta de seguro, que não foi efetivada.A MAPFRE Seguros informa ainda que tomará as medidas legais cabíveis pelo uso indevido de sua marca e por todos os danos eventualmente ocasionados.Ressaltamos ainda que não existe no portfólio de Seguro Garantia da MAPFRE produto que assegure a empresa, nas condições divulgadas.

    Seguradora Mapfre nega parceria com Telexfree Brasil
    Seguradora Mapfre nega parceria com Telexfree Brasil

    O que foi a TelexFree?

    TelexFree
    TelexFree

    A TelexFree foi uma empresa de marketing multinível que operava sob o modelo de venda de serviços de telefonia VoIP (Voz sobre IP), mas que ficou mundialmente conhecida por estar envolvida em um dos maiores esquemas de pirâmide financeira da história. A empresa foi fundada em 2012 por James Merrill e Carlos Wanzeler, com sede nos Estados Unidos, mas teve forte atuação no Brasil, onde angariou milhões de investidores.

    Modelo de Negócio:

    A TelexFree afirmava que os participantes poderiam ganhar dinheiro vendendo pacotes de serviços VoIP e recrutando novas pessoas para o sistema. No entanto, grande parte dos lucros prometidos vinha não da venda real de produtos, mas do recrutamento de novos participantes, o que caracteriza um esquema de pirâmide.

    Crescimento Rápido:

    A empresa cresceu rapidamente, atraindo centenas de milhares de pessoas com a promessa de altos retornos sobre o investimento. Os participantes eram incentivados a comprar pacotes de adesão e a recrutar novos membros, sendo recompensados por isso.

    Colapso e Investigações:

    Em 2013 e 2014, a TelexFree começou a enfrentar investigações em vários países, incluindo Brasil e Estados Unidos. As autoridades identificaram que o modelo de negócio era insustentável a longo prazo, já que dependia principalmente do recrutamento de novos membros para pagar os lucros dos antigos, uma característica típica de pirâmides financeiras.

    Consequências:

    Em abril de 2014, a TelexFree teve suas operações suspensas nos Estados Unidos e no Brasil. As autoridades congelaram os ativos da empresa e acusaram os fundadores e líderes de fraude. James Merrill foi preso e condenado, enquanto Carlos Wanzeler fugiu para o Brasil, onde foi considerado foragido pela justiça norte-americana.

    Impacto:

    Milhares de pessoas perderam dinheiro com o colapso da TelexFree, com prejuízos estimados em bilhões de dólares. O caso chamou a atenção para os riscos associados a esquemas de pirâmide e a necessidade de maior regulamentação e fiscalização sobre operações de marketing multinível.

    Atualidade:

    O colapso da TelexFree serviu como um alerta global sobre a importância de entender os modelos de negócio antes de investir e foi um dos maiores escândalos financeiros relacionados a esquemas de pirâmide já registrados.

  • Supremo Decide: MPF Fica com Investigação Sobre Danos Ambientais na Dragagem do Porto de Angra dos Reis

    Supremo Decide: MPF Fica com Investigação Sobre Danos Ambientais na Dragagem do Porto de Angra dos Reis

    O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Celso de Mello, determinou que a investigação sobre possíveis danos ambientais provenientes das obras de dragagem no porto de Angra dos Reis (RJ) será conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF). A decisão resolve o impasse entre o MPF e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre a competência para apurar as questões descritas no Inquérito Civil 660/06.

    A dragagem, que está sob a responsabilidade da Companhia Docas do Rio de Janeiro, pode implicar em infrações contra bens, interesses ou serviços da União Federal. O conflito surgiu devido à abrangência da área de dragagem, que inclui unidades de conservação ambiental federais como a Estação Ecológica Tamoios e a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu.

    O ministro Celso de Mello, ao decidir sobre o conflito, ressaltou a competência do STF para resolver disputas de atribuições entre os Ministérios Públicos federal e estadual. Citou precedentes, como o julgamento da Petição (PET) 3528, que consolidou a competência da Suprema Corte em tais questões.

    O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi destacado, confirmando a responsabilidade do MPF para o caso. Segundo a PGR, enquanto o licenciamento ambiental do projeto é uma competência estadual, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) detém autoridade sobre empreendimentos em áreas de domínio da União, como o mar territorial e unidades de conservação.

    A dragagem no porto de Angra dos Reis, que visa aumentar a profundidade do local de nove para 11 metros, envolve a remoção de aproximadamente 100 mil metros cúbicos de sedimentos e pode causar impactos ambientais significativos. A PGR observou que, apesar da concessão de administração dos portos à Docas do Rio, a responsabilidade por danos ao patrimônio da União recai sobre o MPF.

  • Pesquisadores e produtores rurais apresentam argumentos sobre queimada de cana-de-açucar

    Pesquisadores e produtores rurais apresentam argumentos sobre queimada de cana-de-açucar

    Na audiência pública convocada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e realizada nesta segunda-feira (22) para tratar sobre queimadas em canaviais, houve a exposição de representantes do meio acadêmico e também de produtores rurais. Os debates devem subsidiar à análise do Recurso Extraordinário (RE) 586224, no qual o Estado de São Paulo questiona uma lei do município de Paulínia (SP) que proíbe a realização de queimadas nas plantações de cana.

    INPE

    O pesquisador Bernardo Rudorff, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), explicou que, em 2003, a instituição iniciou o Projeto CANASAT para monitorar a dinâmica e o avanço da área cultivada com cana impulsionada pela produção de carros flex, que aumentaram a demanda de etanol e também a possibilidade de o Brasil se tornar um grande exportador do combustível.

    Ele informou que havia a necessidade de entender o impacto no meio ambiente para entender a questão das vantagens da utilização de um combustível renovável em relação aos combustíveis fósseis. Segundo ele, os dados obtidos a partir de imagens de satélite demonstram que o desmatamento está sendo reduzido e que o país está fazendo um uso mais intensivo do solo.

    Rudorff ressaltou que o INPE visa unicamente fornecer dados que possam subsidiar a sociedade na elaboração de políticas públicas. O pesquisador informou que, no Estado de São Paulo, os dados mostram que as novas áreas de cana plantadas entre 2006 e 2010 já está sendo realizada a colheita de forma mecanizada. Informou, ainda, que a partir de 2010, é possível notar uma intensa redução da queima nas áreas que já vinham sendo plantadas. Em 2012, 73% da área foi colhida sem queima. A projeção é de que em 2014 apenas 10% da área de cana em São Paulo seja colhida com queima, afirmou.

    IEA/USP

    O professor Luiz Gylvan Meira Filho, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA) e do Instituto Tecnológico Vale (ITV), ressaltou que, para formar uma opinião sobre o assunto, é preciso verificar o que acontece com as moléculas de carbono quando elas deixam de fazer parte da cana e voltam para a atmosfera. Ele explicou que, durante o processo de crescimento da cana, o carbono vem do dióxido de carbono da atmosfera pelo processo de fotossíntese e, quando há a decomposição da matéria orgânica, o carbono é devolvido para a atmosfera.

    Segundo ele, se a cana for bem queimada, com bastante oxigênio, o carbono volta à atmosfera da mesma forma que foi incorporado à planta, como dióxido de carbono, mas se não houver oxigenação suficiente, o retorno é na forma de monóxido de carbono, que é venenoso. Já se não houver a queima, parte da matéria orgânica é liberada na forma de metano.

    De acordo com o professor, o problema, sob o ponto de vista da mudança climática, é que o metano é o pior dos átomos de carbono, porque absorve mais radiação infravermelha e aumenta o efeito estufa. Em sua opinião, o ideal seria encontrar uma forma de pegar o metano gerado pela decomposição e fazer o chamado flaring, uma queima controlada para eliminar o gás. Segundo ele, a queima palha não aumenta o efeito estufa, pois gera apenas efeito localizado.

    CNA

    O representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Paulo Diniz Junqueira Filho, destacou que os produtores que realizam a queima da palha da cana o fazem por questões históricas, sociais e porque, em alguns casos, não há outra possibilidade em razão do relevo. Segundo ele, o setor sucroenergético está em constante evolução e já deu demonstração de estar determinado a fazer a redução gradativa da queima, mas que é inviável, do ponto de vista técnico e econômico, o fim imediato do processo.

    De acordo com Junqueira, nas zonas de expansão da cultura, em Mato Grosso do Sul e em Goiás, 95% da colheita já é mecanizada. Ele considera que o protocolo agroambiental de São Paulo é duro e para cumpri-lo o setor realiza grandes investimentos em maquinário e na qualificação de trabalhadores para operar as novas máquinas. Disse, ainda, que para realizar essas mudanças é preciso levar em consideração as diversas situações. Se houver uma mudança drástica de regras quem mais irá sofrer, além dos trabalhadores que ficam desempregados, são os pequenos e médios produtores, que não terão recursos para investir, relatou.

    Assomogi

    O presidente da Associação Rural do Vale do Mogi (Assomogi), Antônio Cândido de Azevedo Sodré Filho, afirmou que 20% das 3.365 propriedades da região, que abrange 12 municípios do Estado de São Paulo, têm inclinação superior a 12%, o que inviabiliza a colheita mecanizada. Segundo ele, o fim imediato da queima da palha poderá gerar a perda de 3,5 mil empregos diretos na microrregião, além de redução de 20% da produção, com reflexos em toda economia local.

    Ele afirmou que a Assomogi já realizou diversos cursos para requalificar profissionalmente os cortadores de cana, mas apenas 20% conseguiram se adaptar às novas funções. Em sua opinião, a redução imediata da queima terá como reflexo aumento da poluição nas cidades, pois haverá redução na produção do combustível menos poluente. Esta adaptação tem que ser inteligente e gradual, para evitarmos que o efeito seja o contrário, pois podemos estar causando mais poluição ao tentar reduzi-la, disse.

    PR/AD

  • Café Campeão é Arrematado por R$ 2,3 Mil em Leilão em São Paulo”

    Café Campeão é Arrematado por R$ 2,3 Mil em Leilão em São Paulo”

    Em um leilão realizado na tarde de hoje no Museu do Café de Santos (SP), o Santo Grão adquiriu duas sacas do premiado café bourbon amarelo, produzido por Moacir Donizetti Rossetto, de Caconde (SP), pelo valor de R$ 2,3 mil cada. O café, que venceu o 11º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo, obteve uma impressionante nota de 9,023 da comissão julgadora, que degustou os lotes na Associação Comercial de Santos no final de outubro.

    Rossetto expressou satisfação com o preço obtido e destacou a qualidade superior de seu café. O Santo Grão, que irá realizar a torrefação e comercialização do produto, informou que, devido à quantidade limitada de apenas duas sacas (60 quilos cada), o café estará disponível exclusivamente em suas seis lojas na capital paulista. Vanessa Mills, da empresa, ressaltou o interesse em cafés especiais, como o produzido por Rossetto, de forma artesanal.

    Fernando Dourado, também do Santo Grão, comentou sobre a nota elevada recebida pelo microlote, destacando que uma pontuação acima de 9 é rara em qualquer concurso.

    Além do microlote de Rossetto, o leilão contou com outros cafés, incluindo o cereja descascado e o natural. A indústria Café Baronesa, de Andradas (MG), adquiriu quatro sacas de café cereja descascado (R$ 1.000,00 cada) do produtor Arnaldo Alves Vieira, da Fazenda Baobá, e o Café do Moço (RJ) comprou oito sacas de café natural por R$ 7.440,00 (R$ 930,00 cada) da produtora Daniella Pelosini, do Sítio Daniella.

    Eduardo Carvalhaes Junior, coordenador do concurso, informou que os lotes foram vendidos rapidamente, apesar dos preços relativamente baixos devido à atual depreciação do café no mercado. Os cafés adquiridos serão lançados em 17 de dezembro, no Palácio dos Bandeirantes, do Governo do Estado de São Paulo.

  • Pesquisa aponta que Marino Franz tem 87% de aprovação

    Pesquisa aponta que Marino Franz tem 87% de aprovação

    marinoFaltando pouco menos de quatro meses para finalizar o segundo mandato como prefeito, Marino Franz tem 87% de aprovação por parte da população de Lucas do Rio Verde.

    Para Franz, esse alto índicie de aprovação por parte da população significa que a grande maioria da população aprova o modelo de administração do município.

    Primeiramente quero agradecer a população de Lucas pela aprovação, pois não é fácil manter esse índice positivo durante oito anos de mandato. Isso mostra também o empenho dos secretários e servidores municipais em servir bem a população, ou seja, é uma conquista de todos”, disse Franz.

    Há 32 anos em Lucas do Rio Verde, Marino Franz é empresário e além de prefeito, atuou também como vice-prefeito. “Eu gosto daqui e tudo que nós temos foi criado aqui. Eu me sinto feliz e quero continuar participando da sociedade de Luca do Rio Verde da melhor maneira possível, mesmo fora da prefeitura”, finalizou.

    A pesquisa Real Dados ouviu 405 pessoas, onde 87% optou por avaliar a gestão de Marino Franz como ótima e 8,89% negativa.

  • Greve do INCRA em Mato Grosso Não Afeta Remoção de Sem-Terra Que Bloqueiam a BR-364

    Greve do INCRA em Mato Grosso Não Afeta Remoção de Sem-Terra Que Bloqueiam a BR-364

    A greve dos aproximadamente 300 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que está prevista para começar nesta quinta-feira (21/06), não afetará a remoção das mais de 220 famílias do Movimento Sem Terra (MST) acampadas há três dias na BR-364, próximo a Cáceres (a 225 km de Cuiabá).

    José Vieira, representante do MST, afirmou que a paralisação dos servidores não impactará as atividades do movimento. Segundo ele, a greve dos servidores é tão justa quanto a luta do MST e deve ser respeitada. No entanto, isso não significa que o MST irá desocupar a área ou interromper o bloqueio, mesmo que as demandas do movimento levem mais tempo para serem atendidas devido à greve.

  • Setor espacial é ‘prioridade’ do governo, diz novo presidente da AEB

    Setor espacial é ‘prioridade’ do governo, diz novo presidente da AEB

    Mesmo após o corte de 22% no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o programa espacial brasileiro é uma “prioridade do governo”, afirmou ao G1 o novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Thyrso Villela.

    Villela passou ao comando da agência após o presidente anterior, Marco Antônio Raupp, assumir o Ministério, em janeiro.

    Segundo ele, apesar do corte no MCTI, o repasse de R$ 2,2 bilhões do governo federal para investimentos até 2015 no setor — previsto no Plano Plurianual 2012-2015 — mostra que interesse governamental no espaço aumentou.

    O valor é 16,4% superior ao montante repassado entre 2008-2011 (R$ 1,89 bilhão) — mas não chega a ser nem 10% do valor que a agência espacial americana (Nasa) vai receber do governo dos Estados Unidos para investimentos apenas em 2012 (R$ 32,5 bilhões), mesmo com uma redução de gastos devido à crise.

    Em 2012, a agência brasileira pode investir o montante de R$ 327,5 milhões.

    De acordo com Villela, o país não vai atrasar mais o lançamento do satélite Cbers 3, que deveria ter acontecido há três anos e está agora previsto para voar em novembro. Quarto satélite do projeto feito em parceria com a China, ele deve fazer um monitoramento da superfície da Terra para uso em em projetos de gerenciamento agrícola e licenciamentos ambientais.

    Segundo ele, o programa Cbers é “prioridade zero” da agência, ao lado do desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e da modernização da base de lançamentos de Alcântara (MA). O custo total desses projetos é de R$ 640,7 milhões.

    Imprevistos e desenvolvimento tecnológico

    Villela afirma que os atrasos nesses projetos ocorreram devido a “imprevistos” já solucionados, como no caso do Cbers 3. “Tivemos problemas no sistema de controle, em alguns subsistemas e também a indústria brasileira não produzia algumas peças. Mas agora o satélite está pronto e passa por fase de testes na China. A previsão de lançamento é novembro deste ano”, disse.

    Ele ressalta que a participação do país no projeto aumentou de 30% para 50%, o que exigiu investimentos em pesquisa. Os satélites do programa Cbers portam câmeras que captam imagens da Terra, distribuídas gratuitamente pelo Inpe. O Cbers 4, que tem pouca diferença do modelo 3, tem previsão de lançamento para 2014.

    Segundo Villela, testes experimentais com protótipos do VLS já estão em curso no Rio Grande do Norte e os primeiros estágios do foguete passarão a ser testados em 2013.

    Em fevereiro, o ministro Raupp afirmou que, se tudo desse certo, a fabricação do foguete completo deveria acontecer a partir de 2018.