Autor: Celso Ferreira Nery

  • Maio Amarelo: Sesi MT promove palestra sobre direção defensiva e ações de conscientização para a indústria

    Maio Amarelo: Sesi MT promove palestra sobre direção defensiva e ações de conscientização para a indústria

    Em consonância com o movimento internacional Maio Amarelo, o Serviço Social da Indústria de Mato Grosso (Sesi MT) promove, neste mês, atividades voltadas à conscientização sobre segurança no trânsito e à saúde dos trabalhadores da indústria. Dentre as iniciativas, está a palestra sobre Direção Defensiva, que busca instruir os participantes sobre práticas seguras ao volante, visando à redução de acidentes e à preservação de vidas.

    A programação aborda ainda temas essenciais para a qualidade de vida e o bem-estar dos colaboradores. Em comemoração ao Dia do Trabalhador (1º), foram disponibilizadas as palestras sobre Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, Noções de Prevenção de Acidentes no Trabalho e Primeiros Socorros — todas com duração de 1h cada.

    Para celebrar o Dia Mundial de Higienização das Mãos (5), o Sesi MT oferece palestra sobre Higiene Pessoal e no Ambiente de Trabalho, enfatizando a importância da higiene na prevenção de doenças.

    Em homenagem ao Dia das Mães (11), a entidade proporciona um momento especial com café da manhã, quick massage e um curso de Planejamento de Cardápio Familiar, visando a promover uma alimentação saudável para toda a família.

    No Dia Mundial da Hipertensão (17), será realizada a palestra sobre Hipertensão Arterial Sistêmica, que traz informações valiosas para a prevenção e o controle da pressão arterial elevada.

    Finalizando o mês, em comemoração ao Dia Mundial de Combate ao Fumo (31), o Sesi MT oferece uma palestra elucidativa sobre os malefícios do álcool, do tabaco e de outras drogas à saúde do trabalhador. Adicionalmente, serão disponibilizadas orientações psicossociais, tanto em atendimentos individuais quanto em grupo, para oferecer suporte àqueles que desejam abandonar hábitos prejudiciais ou necessitam de apoio psicológico.

    Visando apoiar as empresas na promoção da saúde e da qualidade de vida, o Sesi MT disponibiliza uma série de recursos e orientações, incentivando a criação de um ambiente saudável e acolhedor no local de trabalho.

    Para aderir às iniciativas, as empresas devem entrar em contato com o Sesi e, posteriormente, oferecer as palestras aos seus trabalhadores. “Essas ações refletem nosso compromisso em oferecer um ambiente de trabalho seguro e saudável, contribuindo para a construção de uma cultura de prevenção e responsabilidade em nossa comunidade”, pontua Márcio Alves, gerente de Saúde e Segurança para a Indústria do Sesi MT.

  • Prefeitura divulga resultado final da primeira etapa do Edital Cultural 003/2025

    Prefeitura divulga resultado final da primeira etapa do Edital Cultural 003/2025

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, divulgou nesta terça-feira (6) o resultado final da primeira etapa dos projetos inscritos no Edital Cultural 003/2025. Ao todo, 30 propostas foram deferidas e avançam para a próxima fase do processo seletivo.

    O edital é dividido em três etapas principais: Análise Técnica Documental, Análise de Mérito Cultural e Habilitação de Mérito Cultural. Nesta primeira fase foi realizada a verificação da documentação apresentada pelos candidatos. Os projetos que atenderam aos requisitos seguem agora para a Análise de Mérito, que avalia a relevância cultural das propostas.

    A próxima data importante do cronograma é o dia 13 de maio, quando será divulgado o resultado preliminar da Análise de Mérito Cultural. Os candidatos que não atingirem a nota mínima poderão apresentar recursos conforme previsto no edital.

    Os interessados podem conferir a lista de projetos deferidos e outras informações diretamente no site oficial da Prefeitura (lucasdorioverde.mt.gov.br/arquivos/publicacoes/1942/homologacao_dos_projetos_inscritos_e_resposta_aos_recursos_-_assinado.pdf) ou entrar em contato com a Secretaria de Cultura e Turismo pelos canais abaixo:

    • Atendimento presencial: segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.

    • Telefone: (65) 3548-7317

  • 4ª Festa do Milho, no próximo fim de semana, terá Tenda de Vacinação

    4ª Festa do Milho, no próximo fim de semana, terá Tenda de Vacinação

    A Secretaria Municipal de Saúde também estará presente na 4ª edição da Festa do Milho, com a equipe de vacinação. A tenda funcionará nos dois dias de festa, sábado e domingo (10 e 11/05), das 18h às 21h30.

    Serão ofertadas as doses contra a gripe e Covid-19, disponível para os grupos prioritários e todas as vacinas do calendário nacional. A Festa do Milho será realizada na rotatória da Prefeitura de Lucas do Rio Verde.

    A supervisora da Vigilância em Saúde Cláudia Engelmann explica que o objetivo do município é atender, principalmente, aqueles que por conta do trabalho ou outro motivo, não conseguem ir até uma unidade de saúde.

    “É mais uma oportunidade que o município oferece para que as pessoas mantenham o cartão de vacinação em dia. Pra ser imunizado, basta apresentar a carteira de vacinação e um documento com foto”.

    A Festa do Milho é um dos eventos mais tradicionais de Lucas do Rio Verde e mostra a importância do milho na economia do município. São esperadas mais de 20 mil pessoas.

    Na programação, comidas a base de milho, feira de artesanato, brinquedos para crianças, exposição de máquinas agrícolas, apresentações com artistas locais e nacionais, como as duplas sertanejas Kaique & Felipe no sábado (10) e Bruno & Barreto, no domingo (11).

  • Albieri volta a cobrar implantação de centro de hemodiálise em Lucas do Rio Verde

    Albieri volta a cobrar implantação de centro de hemodiálise em Lucas do Rio Verde

    Durante pronunciamento na Câmara Municipal na sessão ordinária na segunda-feira (05), o vereador Márcio Albieri voltou a cobrar do Governo do Estado a liberação de uma emenda parlamentar de R$ 400 mil, destinada à aquisição de quatro máquinas de hemodiálise para o município. O recurso foi garantido por meio do deputado estadual Dilmar Dal Bosco, com o objetivo de dar início à implantação de um centro de hemodiálise em Lucas do Rio Verde.

    Segundo Albieri, embora a emenda tenha sido confirmada, o pagamento foi barrado por decisão da Secretaria Estadual de Saúde, sob alegação de que o município não dispunha de um médico especialista para coordenar os atendimentos de hemodiálise. “Naquele momento, manifestei minha indignação. Ora, é óbvio que não teríamos esse profissional ainda, pois o serviço nem sequer estava implantado. O correto seria liberar os recursos e, em seguida, providenciar a contratação”, pontuou.

    Após novas buscas por informações, Albieri revelou que Lucas do Rio Verde já conta com uma médica habilitada para esse tipo de atendimento. Trata-se da doutora Ângela Sutter, especialista em nefrologia, que já atua no Hospital São Lucas e realiza hemodiálise em pacientes internados na UTI, por meio das duas máquinas existentes para uso emergencial. “Ela está cadastrada no SUS, realiza o procedimento em pacientes críticos e, portanto, o argumento utilizado pelo secretário estadual cai por terra. O impedimento que foi apontado já não existe”, afirmou o vereador.

    Com base nesse novo cenário, Albieri voltou a acionar o deputado Dilmar Dal Bosco e articulou tratativas também junto à Casa Civil. Ele exige que o recurso seja finalmente transferido ao município, permitindo a compra dos equipamentos e a estruturação de um espaço definitivo para o tratamento dos pacientes.

    O parlamentar lembrou ainda o sofrimento enfrentado pelos pacientes renais crônicos da cidade, que precisam viajar três vezes por semana até Sinop para realizar hemodiálise. “Eles saem de Lucas às 14h, fazem o tratamento e só conseguem voltar às 3h ou 3h30 da madrugada. Isso se repete três vezes por semana. Muitos são amputados, têm câncer, vivem com dor e ainda precisam encarar essa jornada exaustiva. Não é justo”, desabafou.

    Márcio Albieri concluiu reafirmando seu compromisso com a causa e declarou que não vai descansar enquanto o centro de hemodiálise não for implantado no município. “Essa é uma luta de justiça e dignidade para quem mais precisa. O sofrimento dessas pessoas exige de nós ação imediata”, completou.

  • Defensoria obtém na Justiça guarda unilateral de filha para vítima de violência doméstica

    Defensoria obtém na Justiça guarda unilateral de filha para vítima de violência doméstica

    Após recurso interposto pela Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT), E. dos R. do N., 23 anos, vítima de violência doméstica em Sinop (475 km de Cuiabá), conseguiu na Justiça a guarda unilateral da filha de 2 anos.

    A decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), de 28 de abril, levou em consideração a recente Lei nº 14.713/2023, que estabeleceu medidas mais rigorosas para proteger crianças e adolescentes em ambientes de risco.

    “Desta feita, defiro a liminar para fixar a guarda unilateral da menor em favor da genitora, até o julgamento meritório deste recurso”, diz trecho da decisão da desembargadora Marilsen Andrade Addario.

    Nos casos de separação, a guarda compartilhada é a regra geral no Brasil, de acordo com o Código Civil e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

    Porém, como reforçou a lei de 2023, quando há violência doméstica, a guarda unilateral pode ser solicitada como forma de proteger a mãe e a criança da convivência com o agressor.

    No caso de Sinop, o agravo de instrumento foi ajuizado pelo defensor público Júlio Vicente Andrade Diniz, no dia 25 de abril, buscando reverter a decisão de primeira instância, que fixou o compartilhamento da guarda entre os pais.

    “A guarda compartilhada é a regra e, habitualmente, é a modalidade que atende ao melhor interesse da criança, conforme assegura o Estatuto da Criança e do Adolescente. Contudo, quando há evidência de existência de situação de violência doméstica, essa regra da guarda compartilhada deve ser excepcionada, para que seja fixada a guarda unilateral, porque a situação de violência doméstica também afeta os filhos”, pontuou o defensor.

    Conforme os autos, houve fixação de medidas protetivas de urgência a favor da mãe por conta de agressões físicas e psicológicas cometidas pelo ex-companheiro, inclusive durante a gestação, com chutes na barriga.

    “Deve-se frisar que a restrição do convívio paterno através da fixação da guarda unilateral é uma medida extrema, que deve ser adotada em casos excepcionalíssimos, para que não exista abuso e uso indevido da lei como instrumento de vingança”, explicou Diniz.

    A vítima teve uma união estável com C.J. de L., 24 anos, por cerca de dois anos, entre 2021 e 2023. Ela é estudante e voltou a morar com os pais após a separação.

    Em dezembro de 2023, o juiz plantonista da comarca de Sinop estabeleceu as seguintes medidas protetivas: proibição do agressor de se aproximar da vítima, no limite de 100 metros, proibição do agressor de manter contato com a vítima, por qualquer meio de comunicação, proibição de frequentar a residência da vítima, e afastamento da vítima, sem prejuízo dos direitos relativos aos bens, guarda dos filhos e alimentos.

    Por conta da situação de violência, ela faz acompanhamento permanente junto ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Sinop, que encaminhou a vítima à Defensoria Pública.

    Logo que tomou conhecimento do caso, o defensor público Glauber da Silva ingressou com o pedido de reconhecimento de dissolução de união estável com regulamentação de guarda, visita e alimentos, em dezembro do ano passado.

    Apesar disso, em decisão liminar, inicialmente foi fixada a guarda compartilhada da menor, com regras de convivência entre os pais.

    Entretanto, no recurso, o defensor público Júlio Vicente Andrade Diniz alegou que a decisão não se sustentava, em virtude do risco de violência doméstica, buscando resguardar a integridade da mãe e da filha.

    Com isso, no dia 28 de abril, a desembargadora acatou o recurso da DPEMT, destacando que a documentação enviada comprovou a situação de violência doméstica vivenciada pela mãe, conforme as medidas protetivas concedidas pela Justiça, somado ao fato de que ela faz acompanhamento psicossocial permanente devido à violência praticada pelo ex-companheiro.

  • Audiência pública discutirá ouvidoria e participação popular da Ager em Lucas do Rio Verde

    Audiência pública discutirá ouvidoria e participação popular da Ager em Lucas do Rio Verde

    A Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde sedia, nesta quarta-feira (07), às 19h, uma audiência pública sobre a ouvidoria e a participação popular na Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT). O evento é promovido em parceria com a Prefeitura Municipal e tem como objetivo ampliar o diálogo com a população sobre os serviços regulados no Estado.

    A vereadora Débora Carneiro destacou a importância da iniciativa e convidou a comunidade a participar. “A Ager vem até nosso município para ouvir a população e promover a participação popular. Esse é um momento essencial para que possamos contribuir com sugestões, críticas e apontamentos que possam resultar em melhorias concretas nos serviços prestados”, afirmou.

    A Ager-MT é responsável pela regulação, fiscalização e controle de serviços públicos delegados, como transporte intermunicipal, saneamento e energia. Segundo Débora, a escuta ativa da população é uma ferramenta indispensável para garantir qualidade e eficiência nesses serviços. “Só com a participação da comunidade é possível entender as reais demandas e buscar soluções que atendam às necessidades do nosso povo”, reforçou a vereadora.

    A audiência é aberta ao público e será realizada no auditório da Câmara Municipal.

  • Setor produtivo debate “Passaporte Verde” com governo e Ministério Público em reunião na Famato

    Setor produtivo debate “Passaporte Verde” com governo e Ministério Público em reunião na Famato

    Atendendo a um pedido do vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Amarildo Merotti, foi realizada nesta terça-feira (6/5), na sede da instituição, em Cuiabá, uma reunião entre representantes do setor produtivo, indústrias frigoríficas, Governo do Estado e Ministério Público Federal (MPF) para discutir a implementação do Passaporte Verde. A iniciativa, encabeçada pelo Governo de Mato Grosso e pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), visa fortalecer a sustentabilidade e a regularização ambiental da cadeia produtiva da carne no estado.

    O encontro contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, e do secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, reforçando o compromisso do governo com a construção de uma política pública que concilie sustentabilidade, viabilidade econômica e segurança jurídica para os produtores.

    Também participaram o diretor de Relações Institucionais da Famato, Ronaldo Vinha; o presidente da Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Júnior, acompanhado do diretor Francisco Manzi; o presidente do Imac, Caio Penido; além do diretor de Projetos, Bruno de Jesus Andrade, e da diretora-executiva, Paula Sodré Queiroz. A indústria frigorífica foi representada por profissionais das empresas Minerva Foods, Marfrig e JBS, que contribuíram com a visão do setor em relação à viabilidade e aplicabilidade do Passaporte Verde.

    Para o presidente do Imac, Caio Penido, a reunião foi um passo muito importante. “Conseguimos reunir hoje aqui os principais elos da cadeia – a Acrimat, a Famato, que representam os produtores rurais, na liderança do Oswaldo Júnior e do Amarildo Merotti, os secretários César Miranda e Rogério Gallo, o Imac fazendo essa costura, e as três grandes indústrias frigoríficas. É uma agenda que ganha acesso a mercados, qualidade, monitoramento da carne, para não perdermos mercado. É uma agenda que estamos construindo há três anos e espero que tenhamos sucesso. É o ano da COP, e vamos dar esse protagonismo para Mato Grosso. Mostrar que o estado tem a melhor carne do mundo, além de conservar a biodiversidade. É uma carne de baixo carbono, que pode melhorar ainda mais e comprovar que a nossa carne é a mais sustentável”, afirmou.

    O vice-presidente da Famato, Amarildo Merotti, chamou atenção para a inclusão dos pequenos produtores nas discussões e futuras regulamentações do Passaporte Verde. “A sustentabilidade e a legalidade precisam andar juntas, mas é fundamental que os pequenos produtores tenham condições reais de atender às exigências. O Passaporte Verde deve ser uma ferramenta de valorização da carne mato-grossense, da regularização ambiental e, principalmente, de segurança jurídica. Precisamos garantir que ninguém fique para trás e que todos tenham acesso ao apoio técnico necessário para se adaptar às novas regras”, declarou Merotti.

    Pelo Ministério Público Federal, participou pela plataforma online o procurador da República Erich Raphael Masson, que reforçou a necessidade de diálogo entre os entes envolvidos, além de destacar a importância da criação de um programa de monitoramento com o apoio do Imac e da identificação individual dos animais, para evitar sobreposição de esforços nos sistemas de rastreabilidade.

    Durante a reunião, foi consenso entre os participantes que o sucesso do Passaporte Verde depende do alinhamento entre o setor produtivo e os órgãos públicos. Um dos pontos centrais debatidos foi a necessidade de que a implementação do programa esteja em conformidade com o Plano Nacional de Identificação de Animais (PNIA), cujas diretrizes preveem a identificação individual obrigatória a partir de janeiro de 2030 e a centralização das informações até 2032.

    A Famato enfatizou a importância de se evitar conflitos com normas federais, destacando que as diretrizes precisam ser práticas e viáveis, especialmente diante das limitações operacionais enfrentadas no campo, como a escassez de mão de obra.

    Outro ponto levantado, desta vez pelo presidente da Acrimat, Oswaldo Júnior, foi a flexibilidade presente no projeto de lei em tramitação, o que pode gerar insegurança e interpretações divergentes. Os representantes defenderam que haja uma diretriz única para garantir a eficácia das ações e a segurança jurídica dos produtores rurais.

    Durante o encontro, foram discutidos ainda os principais elementos do Passaporte Verde, como os programas voltados à qualidade da carne, monitoramento socioambiental e apoio à regularização das propriedades. O setor produtivo se comprometeu a alinhar os pontos do projeto de lei que trata do Passaporte Verde com o que já é previsto no PNIA e em outras legislações, contribuindo com propostas que reflitam a realidade do campo.

    O procurador Erich Masson ressaltou que o Ministério Público não atuará com um viés punitivo, mas sim colaborativo, e que seguirá acompanhando as discussões para garantir a efetividade das ações, o respeito à legislação e a viabilidade técnica do processo de rastreabilidade.

    Ao fim da reunião, ficou definido que a Famato e a Acrimat atuarão conjuntamente para assegurar que os pequenos produtores estejam incluídos nas decisões e tenham apoio para atender aos critérios socioambientais exigidos. O setor também irá contribuir com a apresentação dos elementos centrais do Passaporte Verde, conforme o projeto de lei em discussão pelo Executivo estadual.

  • Nova portaria federal estabelece datas do vazio sanitário da soja em Mato Grosso

    Nova portaria federal estabelece datas do vazio sanitário da soja em Mato Grosso

    A nova Portaria nº 1.271/2025, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, estabelece de forma nacional os períodos do vazio sanitário e do calendário de semeadura da soja para todas as unidades da federação. Embora a norma represente uma mudança no modelo de gestão — antes definido por estados individualmente —, para o estado de Mato Grosso as datas permaneceram inalteradas, conforme explicou o engenheiro agrônomo do Indea de Lucas do Rio Verde, Leandro Oltramari.

    Segundo ele, o vazio sanitário da soja em 2025 será mantido de 8 de junho a 6 de setembro, período em que é proibida a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de desenvolvimento. O calendário oficial de plantio da próxima safra inicia em 7 de setembro de 2025 e se estende até 7 de janeiro de 2026.

    “É importante que os produtores aproveitem esse período de umidade residual para realizar a eliminação de tigueras, que são aquelas plantas de soja voluntárias, comuns em áreas próximas a armazéns, beiras de estradas e soqueiras. A presença dessas plantas fora de época aumenta o risco de disseminação da ferrugem asiática, além de outras doenças e pragas”, alertou Oltramari.

    O técnico lembra que o descumprimento da norma implica em multa de 2 UPFs (Unidades Padrão Fiscal) por hectare irregular, além de uma multa-base de 30 UPFs por infração. “Em uma área de 100 hectares, por exemplo, o valor da multa pode ultrapassar facilmente o necessário para aquisição de herbicidas e controle adequado”, destacou.

    Outro ponto de preocupação levantado por Oltramari é o atípico regime de chuvas registrado neste ano em Mato Grosso. A persistência da umidade nos meses de abril e início de maio, fora do padrão histórico, cria um cenário propício para o surgimento antecipado de doenças como a ferrugem asiática. “Essas condições aumentam o risco sanitário, principalmente em áreas onde há permanência de plantas voluntárias de soja, que funcionam como hospedeiras e fontes iniciais de inóculo para a próxima safra”, explicou.

    Na safra 2023/24, marcada pela influência do fenômeno El Niño e chuvas abaixo da média, houve menor pressão de doenças. No entanto, segundo o engenheiro, a safra 2024/25 apresentou elevada umidade nos meses de janeiro e fevereiro, o que resultou na presença de ferrugem em várias lavouras, principalmente as chamadas “tardias”.

    “Cada safra tem suas particularidades. Por isso, o produtor precisa atuar com planejamento estratégico, observando as condições climáticas, os riscos fitossanitários e adotando medidas preventivas dentro do que estabelece a legislação. O cumprimento do vazio sanitário é uma das ferramentas mais importantes nesse processo”, concluiu.

  • Presidente da CNA diz que evento vai orientar produtores rurais do Brasil sobre novo cenário global

    Presidente da CNA diz que evento vai orientar produtores rurais do Brasil sobre novo cenário global

    O presidente da CNA, João Martins, participou da abertura e do primeiro painel do evento “Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical”, realizado nesta terça (6) em São Paulo, e afirmou que o objetivo de reunir especialistas renomados em vários painéis é levar conhecimento para que os produtores rurais, de todo o país, possam se preparar e entender as mudanças no comércio internacional.

    Realizado pelo Sistema CNA/Senar, em parceria com o Estadão e com a Broadcast, o evento reuniu na capital paulista o governador Tarcísio de Freitas, especialistas, autoridades, parlamentares, jornalistas, diretores do Sistema CNA/Senar, presidentes das Federações de agricultura e pecuária dos Estados e produtores rurais.

    Durante todo o dia, os especialistas debateram as oportunidades e os desafios para o agro brasileiro diante das mudanças no cenário geopolítico.

    “A CNA está atenta às mudanças do mundo. Não acredito que alguém, no atual momento, tenha capacidade de dizer o que vai acontecer, mas podemos simular cenários e orientar os produtores”, disse Martins.

    O presidente da CNA falou também da importância que os presidentes de Federações e os presentes no evento levem para suas bases, para seus Estados e para os produtores o conhecimento gerado por meio dos painéis de debate.

    “Estava na hora de fazer um evento como este. Temos que entender a realidade do que está acontecendo no mundo e o seminário foi pensado com este objetivo”, disse.

    Em seu discurso, João Martins destacou que o agro brasileiro não é só do Brasil, é do mundo. “E não falo só da soja ou da carne que exportamos. Falo também da alface, do tomate e de tudo que vendemos nas feiras. Mesmo quando o produto não é exportado, o produtor está ligado ao mundo”, disse.

    Segundo Martins, o agro está cada vez mais globalizado e dependente do comércio global que, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), deve crescer 1,7% e não mais 2,5% em função das novas tarifas norte-americanas.

    Também na abertura, Tarcísio de Freitas, destacou a importância do agro para o país e enfatizou que a organização do setor e os resultados que apresenta são frutos do trabalho de homens e mulheres no campo.

    Tarcísio disse que não poderia haver momento melhor para realizar um seminário de alto nível. “É o momento certo para discutir a temática, o posicionamento do agro perante o contexto internacional e as mudanças geopolíticas que estão acontecendo”.

    O governador falou dos avanços do agro em São Paulo, no país, e citou pilares que determinam o crescimento de um setor, como a biotecnologia, a economia do conhecimento e a transição energética. “E o agro tem papel fundamental quando pensamos nesses pilares”.

    Para Tarcísio, a razão do sucesso do agro é o trabalho, que resultou em um setor sustentável, tecnológico. “Temos orgulho de ser uma potência agroambiental, ninguém pode dizer o contrário. E é isso que temos que mostrar para o mundo neste momento”.

    Painel 1 – Após a abertura, foi realizado o painel “Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical”, que teve a moderação do jornalista da CNN Brasil Willian Waack e participação do presidente João Martins, do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion, e da senadora e ex-ministra a Agricultura, Tereza Cristina.

    Willian Waack começou falando da “imprevisibilidade” e da “delicadeza” do atual momento mundial e de como as mudanças no comércio ocorrem de forma rápida e com impacto global.

    Foi nesse contexto que o presidente da CNA enfatizou a necessidade do Sistema CNA/Senar, ao promover o evento, possibilitar que os produtores rurais fiquem bem informados para que consigam “simular cenários”.

    Em seguida, a senadora Tereza Cristina falou sobre a Lei de Reciprocidade Comercial e como a legislação pode ser aplicada, se necessária. “A lei foi feita com muita responsabilidade e serve como ferramenta para nos proteger contra medidas desproporcionais de comércio”.

    Em sua fala, Tereza Cristina pontuou os desafios que o país precisa superar para que o agro continue sendo competitivo no mercado mundial. “Nós temos um setor altamente eficiente e produtivo, então temos que resolver principalmente o crédito, o seguro rural, a capacidade de armazenagem, fundamentais para garantir previsibilidade e segurança ao produtor”.

    Já o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, citou a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e como ela pode impactar o Brasil. Segundo ele, o setor precisa ficar atento, avaliar as vantagens competitivas e ao mesmo tempo os riscos diante das novas questões do comércio mundial.

    “Nós, parlamentares, e as entidades de classe temos feito nossa parte também, que é nos preparamos para o vem por aí, para apresentar os possíveis cenários aos produtores rurais”, afirmou.

  • Clima atípico favorece desenvolvimento do milho, mas lagarta preocupa e eleva custo da safra

    Clima atípico favorece desenvolvimento do milho, mas lagarta preocupa e eleva custo da safra

    O mês de abril foi atípico para o Estado de Mato Grosso, com um volume de chuvas acima do esperado para o período. A avaliação é do presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Tiago Cinpak, que aponta que, embora o excesso de chuva tenha estendido o ciclo da estação chuvosa além do habitual, o impacto sobre o milho tem sido, em geral, positivo.

    “A chuva geralmente cessa por volta de 15 a 20 de abril, mas este ano ela se manteve presente durante todo o mês. Apesar do plantio ter sido um pouco fora da janela ideal, especialmente no milho e no algodão da segunda safra, a umidade favoreceu o desenvolvimento das lavouras. A expectativa é de uma safra boa”, afirmou Cinpak.

    No entanto, o presidente do sindicato rural chama atenção para o aumento na presença de pragas, principalmente a lagarta-do-cartucho, que exigiu um controle mais rigoroso por parte dos produtores. “As tecnologias que antes seguravam a lagarta perderam eficiência. Tivemos muitos ataques no início e o produtor não estava tão preparado, porque confiava nessas tecnologias. Isso aumentou o custo com defensivos, mas o controle foi possível e não deve impactar de forma significativa a produtividade”, avaliou.

    Sobre o mercado, Cinpak considera que o preço do milho segue em patamar razoável, mesmo com a tendência de recuo na colheita. O cenário é melhor do que o da soja e do algodão, cujas cotações seguem desafiadoras. “O milho está em um preço confortável, principalmente com a perspectiva de crescimento da indústria de etanol de milho em Mato Grosso, que tem absorvido parte da produção. Isso ajuda a dar sustentação ao mercado”, completou.