Autor: Ana Karla Neto de Souza

  • Frutas nativas viram picolés e geram renda

    Frutas nativas viram picolés e geram renda

    Frutas nativas viram picolés e geram renda

    Na região Centro-Oeste do estado do Paraná (PR), cerca de 50 famílias agricultoras, integrantes do Coletivo de Frutas Nativas e Crioulas, vêm aproveitando as árvores cultivadas em suas propriedades para produzir alimentos, conservar a natureza e gerar renda para a agricultura familiar.

    Araçá, ananás, guabiroba, jabuticaba, jerivá, juçara, morango silvestre e uvaia são alguns exemplos de espécies nativas da Mata Atlântica utilizadas pelas agricultoras e agricultores agroecológicos de cinco municípios do estado: Laranjeiras do Sul, Quedas do Iguaçu, Palmital, Laranjal e Goioxim. Entre as frutas crioulas plantadas, que é a forma como chamam as variedades exóticas adaptadas à região, estão a banana, a goiaba, o limão caipira, o mamão, a manga e a mexerica.

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    Já são mais de 20 variedades de frutas processadas pelo Coletivo e aproveitadas na produção de diferentes produtos agroecológicos. Mas, de todas as receitas preparadas, uma tem se destacado na região: o picolé Sabores da Agrofloresta – a Fruta Camponesa.

    Atualmente, o Coletivo conta com 15 sabores de picolés que são vendidos, principalmente, em eventos relacionados à agroecologia, como as feiras de sementes e da biodiversidade, as jornadas de agroecologia, as feiras da reforma agrária, festivais da Mata Atlântica, entre outros. O trabalho das/os agricultoras/es com as frutas nativas e crioulas se iniciou em 2015, mas somente quatro anos depois começaram a experimentar as receitas de picolé, com o apoio do Laboratório Vivan de Sistemas Agroflorestais da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul.

    Conforme explica o professor da UFFS Julian Perez-Cassarino, primeiro, eles realizaram oficinas para aprimorar o processo de congelamento das frutas e, em seguida, investiram na produção de picolés, inspirados na Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas (CPSFN) do Rio Grande do Sul. “Depois que a gente arredondou as formulações dos picolés, fomos procurar sorveterias para fazer uma parceria”, diz. Ele considera que é fundamental ter nas comunidades as unidades de processamento para fazer as polpas. “É lá nas propriedades rurais que estão as frutas nativas que a gente trabalha e quase nenhuma delas dá para vender in natura, pois elas não resistem. Aí entra a importância da despolpadeira e de congelar”, aponta Julian.

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    Além dos picolés, o Coletivo produz cinco sabores de sorbê – que é um sorvete à base de água – e seis variedades de doces, todos com matéria prima agroecológica da agricultura familiar camponesa. No momento, o grupo também está empenhado em ampliar a quantidade e variedade de produtos ofertados e diversificar as estratégias de comercialização – para não ficarem restritos aos eventos.

    Em breve, o grupo deve ter disponível para venda balas de banana saborizadas com araçá, juçara, guabiroba ou jerivá, e o suco natural – 100% fruta – pasteurizado, para durar mais tempo e não dependerem da cadeia do frio para comercializar. “Também estamos começando a trabalhar com picolés adoçados com suco de maçã, porque a gente quer ver se consegue entrar com os picolés no PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar]”, projeta Julian.

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  • Encontro discute desafios da agricultura familiar

    Encontro discute desafios da agricultura familiar

    Encontro discute desafios da agricultura familiar

    A partir desta segunda-feira (18) , lideranças da agricultura familiar, acadêmicos, técnicos, gestores públicos e entidades parceiras estão reunidos nas cidades de Piranhas (AL) e Canindé do São Francisco (SE) para o 10º Encontro Nacional da Asa (Articulação do Semiárido Brasileiro).

    São pelo menos 500 delegados eleitos, que representam os nove estados do Nordeste e de Minas Gerais. Junto com outros atores e convidados irão debater até a próxima sexta-feira (22), as políticas públicas de desenvolvimento do Semiárido brasileiro.

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    A programação conta com plenárias, painéis, visitas de intercâmbio, inclusive com projetos agrícolas do exterior e oficinas. Também está prevista a Feira de Saberes e Sabores e do Terreiro de Inovações Camponesas, que traz as práticas de manejo e conservação dos bens naturais desenvolvidos nos estados. Durante o encontro também será lançado um programa de produção descentralizada de energia solar e uma proposta de saneamento rural e reuso de água criada de maneira conjunta pelas organizações.

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    Arquivo/Agência Brasil

    O Coordenador executivo da Articulação do Semiárido em Alagoas, Mardônio Alves, destaca que o encontro é também um espaço para fortalecer a ideia que a vivência no semiárido precisa estar aliada a uma resistência política. Os debates sobre as mudanças climáticas também estão presentes na pauta do encontro, segundo Mardônio.

    “O aquecimento global agrava os períodos de seca, aumenta os riscos de seca, de perda de safras, de erosão genética, inclusive. Então é uma realidade que é preciso cada vez mais se buscar alternativas de se conviver, mas aliado com tecnologias, com pesquisa, com ensino, com políticas que formulem um plano de ação, para que a gente consiga enfrentar essas mudanças climáticas, de forma adaptada ao nosso ao nosso contexto.”

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  • MS- Alems terá reunião para discutir projeto de crédito para agricultura familiar

    MS- Alems terá reunião para discutir projeto de crédito para agricultura familiar

    MS- Alems terá reunião para discutir projeto de crédito para agricultura familiar

    A Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) terá reunião para discutir projeto que institui um sistema garantidor de crédito, visando atender a agricultura familiar de Mato Grosso do Sul.

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    O encontro será promovido pela Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas, coordenada pelo deputado estadual Zeca do PT. Autoridades devem se reunir às 9h, no Plenarinho, na próxima sexta-feira (22).

    Na terça-feira (19) pela manhã, alunos, professores e servidores do projeto “Câmara Vai à Escola’, do município de Aparecida do Taboado, farão uma visita ao Parlamento Estadual. Eles serão recebidos pelo deputado estadual Lídio Lopes (sem partido).

    No Plenarinho Deputado Nelito Câmara, ocorrerá às 8h a reunião da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação).

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  • Projeto Guardiões das Fontes preserva minas naturais de água

    Projeto Guardiões das Fontes preserva minas naturais de água

    Projeto Guardiões das Fontes preserva minas naturais de água.

    Na fronteira com a Argentina, no município de Pérola D´Oeste, na comunidade de Esquina Gaúcha, vive a família De Cézaro.

    O senhor Élio e a dona Lurdes, cultivam um modo de vida tipicamente da agricultura familiar, com produção diversificada, mão de obra da família e muitas expressões culturais, a exemplo do fogão a lenha na varanda, local em que preparam aquelas receitas tradicionais e se esquentam nos dias mais frios, enquanto tomam chimarrão e contam causos.

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    Foto: Reprodução

    E, água que chega nas torneiras da casa desta e outras famílias e no galpão para o consumo dos animais, brota em meio as rochas, numa encosta, localizada há uns 300 metros da residência e é arrodeada por mata nativa.

    A mina natural foi a primeira a ser protegida no sistema solo-cimento, através do Projeto Guardiões das Fontes, desenvolvido pelo Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar – Sintraf de Pérola D´Oeste, em parceria com a Prefeitura Municipal – através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente – e apoio da Pastoral da Ecologia Integral, ligada à igreja católica. Iniciativa importante para garantir a reprodução da biodiversidade e a subsistência de famílias que dependem da terra para viver. Na agricultura, a garantia de boa colheita está intrinsecamente relacionada à condição do clima.

    Quando ocorrem intempéries, como granizo, estiagem, geada ou enchente, os prejuízos são certos. Neste caso, a colheita farta, cede lugar às angústias da falta de renda para cumprir com as obrigações financeiras. Foi assim por duas safras nos últimos quatro anos, quando estiagens prolongadas atingiram a região Sul do Brasil e, por consequência, agricultores do Sudoeste do Paraná também foram prejudicados. A fonte da família De Cézaro foi protegida no dia 13 de setembro de 2022 e contou com a presença de estudantes da escola do campo, da comunidade de Esquina Gaúcha. O Senhor Élio conta que nesses dois anos após a proteção, nunca faltou água e a vazão estimada é superior a 20 mil litros de água por dia. Além da abundância “a qualidade mudou 100%, sempre limpa”, conta De Cézaro.

    O agricultor familiar também recomenda que todos zelem pela preservação da natureza e alerta que quem enterra as nascentes ou destrói as matas, corre o risco de ficar sem água de minas naturais e na dependência “de água de rua ou de poço artesiano, mas ai tem custo, essa aqui não custa nada, vai por conta”, finaliza Hélio. Paulo Czekalski, coordenador do projeto Guardiões das Fontes, conta que em 2021, o Sintraf, em conjunto com a Pastoral da Ecologia, realizou o trabalho de proteção de uma fonte e a partir daí, o debate teve continuidade, seguido da elaboração do projeto, articulação com o Executivo Municipal e aprovação do convênio na Câmara de Vereadores. A fase inicial foi de levantamento de demandas e diagnóstico das propriedades, tendo grande procura e somando mais de 60 inscrições. “O projeto despertou a procura e a consciência das pessoas”, comenta Czekaslki.

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  • Você sabia que hoje segunda, celebra o Dia do Conselheiro Tutelar?

    Você sabia que hoje segunda, celebra o Dia do Conselheiro Tutelar?

    Nesta segunda-feira (18), é celebrado o Dia do Conselheiro Tutelar, um dos agentes do sistema de garantia de direitos infantojuvenis que atua para assegurar a proteção integral de crianças e adolescentes no Brasil. “Em todos os tipos de maus-tratos e negligência com a criança e o adolescente o conselheiro é apto a atuar”, explica Eustáquio Coutinho, assessor técnico da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal.

    São atribuições do Conselho Tutelar atuar no combate às formas de negligências, às violências físicas e psicológicas, ao abuso e à exploração sexual, ao trabalho infantil e outras formas de violações de direitos. No dia a dia, os conselheiros tutelares realizam a escuta qualificada, orientam, notificam e encaminham casos denunciados e/ou identificados, além de aplicar as medidas protetivas referentes a cada situação.

    Além disso, o conselheiro tutelar tem o papel de orientar famílias, escolas e comunidades sobre como promover o bem-estar e o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Eles podem realizar visitas domiciliares, entrevistas e reuniões para avaliar as situações e tomar as medidas necessárias para proteger os direitos das crianças e adolescentes, inclusive acionando outros órgãos e instituições quando necessário, como o Ministério Público e a rede de assistência social.

    Em muitos casos, os conselheiros tutelares também trabalham em parceria com outras entidades e profissionais, como assistentes sociais, psicólogos, educadores e profissionais de saúde, para garantir um atendimento integral e adequado às demandas das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou violação de direitos. Em resumo, o conselheiro tutelar desempenha um papel fundamental na proteção e promoção dos direitos da infância e da adolescência, buscando sempre o melhor interesse do menor em todas as suas ações.

    O Conselho Tutelar surgiu em 1990, com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele é órgão público encarregado de preservar e promover os direitos das crianças e adolescente, de até 17 anos, sempre que ameaçados ou violados por ação, omissão, falta ou abuso da sociedade, do Estado, dos pais ou responsáveis.

    O Conselho Tutelar é autônomo, isto é, não é subordinado ao Poder Executivo ou Legislativo municipais. A lei obriga que cada município tenha, no mínimo, um Conselho Tutelar, composto por cinco membros escolhidos pela população local para mandato de quatro anos, sendo permitida uma reeleição.

  • Você sabia que hoje sexta, celebra o Dia da República Federativa do Brasil?

    Você sabia que hoje sexta, celebra o Dia da República Federativa do Brasil?

    Nesta sexta-feira (15), é celebrado o Dia da República Federativa do Brasil, é considerada feriado nacional pela Lei 662, de 6 de abril de 1949, que determina a paralisação de atividades em todo o território brasileiro para celebrar este marco da história política nacional.

    Segundo registros históricos, no dia 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca liderou uma tropa militar que cercou o gabinete ministerial e prendeu o Visconde de Ouro Preto, então primeiro-ministro. A monarquia, no entanto, ainda não havia sido derrubada, pois Deodoro não havia deposto o imperador, mas apenas o gabinete ministerial. Ao longo do dia, houve uma série de articulações políticas que culminaram com a proclamação oficial da República pelo vereador José do Patrocínio, no final do dia. O Brasil saía, então, de uma monarquia ‘quatrocentona’ (de quase quatro séculos) para uma República presidencialista.

    A instauração da República foi resultado de um processo político que se estendeu desde a década de 1870 até 1889. Convencionou-se que a data é um momento para se pensar além do feriado e das comemorações oficiais e cívicas.

    A República vive seu auge. É hoje o regime aceito pela maior parte do mundo, seja ela presidencialista ou parlamentarista. “No Brasil, onde desde 1889 o regime se chama república, só houve eleições minimamente decentes para a presidência em 1945, 1955 e 1960 – e eleições livres de 1989 para cá”, aponta o filósofo Renato Janine Ribeiro em seu livro “A República”.

    República é um conceito romano, como democracia é um termo grego. Vem de ‘res publica’, coisa pública, por isso, no Ocidente, em qualquer língua, convencionou-se que republicano é “aquele que coloca o interesse público acima do interesse particular”.

  • Brasil fortalece protagonismo da agricultura familiar em Uruguai

    Brasil fortalece protagonismo da agricultura familiar em Uruguai

    Brasil fortalece protagonismo da agricultura familiar em Uruguai

    O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) representou o Brasil na XLI Reunião Especializada de Agricultura Familiar (REAF) do Mercosul, realizada no início do mês em Montevidéu, no Uruguai, na sede do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe.

    O evento reuniu líderes de diversos países do Mercosul, movimentos sociais e representantes da sociedade civil para discutir estratégias de fortalecimento da agricultura familiar com foco em mudanças climáticas, tecnologia e agroecologia.

    O evento marcou a continuidade dos compromissos da Década das Nações Unidas para a Agricultura Familiar (DNUAF) 2019-2028, com uma análise dos primeiros cinco anos do plano e caminhos para os países que ainda precisam consolidar suas estratégias nacionais. Foram discutidas políticas públicas que compõem a “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, visando ampliar a segurança alimentar e as condições de vida dos trabalhadores rurais.

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    No tema das mudanças climáticas, foram debatidos caminhos para ampliar a visibilidade da agricultura familiar, bem como reforço nos recursos para promover sua resiliência. A inovação tecnológica também esteve presente nos diálogos, com ênfase no uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para facilitar o acesso dos agricultores familiares a tecnologias de produção, comercialização e assistência técnica virtual, impulsionando a organização em rede, a autonomia produtiva e econômica do setor.

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    Foto: Reprodução

    Integrando a delegação do MDA, o secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia, Vanderley Ziger, reforçou o papel do Brasil na busca de soluções inovadoras para a agricultura familiar e a importância da cooperação para enfrentar os desafios climáticos. “A REAF cumpriu seus objetivos, trazendo para o centro do debate temas fundamentais como mudanças climáticas e inovação tecnológica, dialogando diretamente com o fortalecimento da agricultura familiar. A participação ativa dos movimentos sociais na agenda também foi decisiva. Eles desempenham um papel protagonista, trazendo as demandas do campo e ajudando a construir políticas mais justas e sustentáveis”, relatou o secretário.

    Vanderley Ziger destacou ainda, entre os temas levantados na Reunião, a urgência de avanços no acesso às TICs, que possibilitam maior alcance da assistência técnica e das ferramentas de comercialização e o papel essencial da produção sustentável na resiliência às mudanças climáticas. “Ao adotar métodos de baixo impacto ambiental e práticas sustentáveis, a agricultura familiar não apenas alimenta milhões de pessoas, mas também contribui ativamente para a mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas”, acrescentou.

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  • Sistema de irrigação automatizado desenvolvido por alunos do SENAI beneficia agricultura familia

    Sistema de irrigação automatizado desenvolvido por alunos do SENAI beneficia agricultura familia

    Sistema de irrigação automatizado desenvolvido por alunos do SENAI beneficia agricultura familia.

    A inovação e tecnologia podem fazer a diferença até mesmo para quem vive no campo. O projeto Asti nasceu como uma iniciativa dos alunos do SENAI Lucas do Rio Verde (MT), com o propósito de atender às necessidades dos pequenos agricultores por meio de uma solução acessível e eficiente.

    Eles criaram uma solução de irrigação automatizada que beneficiará pequenas lavouras e agricultores familiares. O projeto ASTI foi desenvolvido pelos alunos Dennyel Vieira, João Dalagnol, Daniel Ormond, Daniel Alves e Deweyene Reuel, além do docente Gilson Justino Ferreira. A ideia surgiu ao observar que muitos agricultores enfrentam desafios ao lidar com processos repetitivos e demorados, especialmente na irrigação de estufas, o que pode comprometer tanto a qualidade quanto o rendimento de suas colheitas.

    Vale destacar que o projeto já foi campeão, em primeiro lugar, do Grand Prix SENAI de Inovação Tecnologia acessível para pequenos produtores agrícolas Para solucionar esses desafios, o grupo desenvolveu um sistema que utiliza sensores de alta precisão para monitorar fatores críticos como umidade e temperatura dentro das estufas, possibilitando uma irrigação automática e garantindo condições ideais para o desenvolvimento das plantas.

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    Com esse sistema, busca-se não apenas economizar o tempo dos produtores, mas também oferecer uma maior precisão e confiabilidade na irrigação, acompanhando todo o processo para garantir alimentos de alta qualidade no momento da colheita. “O desenvolvimento do projeto ASTI foi uma verdadeira jornada de aprendizado para todos os envolvidos, marcada por desafios técnicos e de viabilidade financeira. Desde o início, a principal preocupação foi criar um sistema que não apenas automatizasse os processos, mas que fosse prático, acessível e adequado para pequenos agricultores, que frequentemente enfrentam limitações de recursos e conhecimento técnico”, relatou o professor Gilson.

    O sistema foi desenvolvido pensando especialmente no contexto do Mato Grosso, um estado onde o agronegócio desempenha um papel fundamental para a economia brasileira e está em constante expansão. O objetivo é oferecer uma tecnologia acessível para pequenos produtores, que muitas vezes enfrentam limitações financeiras ou técnicas para automatizar suas atividades.

    Ao trazer essa inovação para pequenos agricultores, espera-se abrir novas possibilidades para diversas aplicações no setor agrícola, desde o cultivo em estufas até possíveis expansões para lavouras ao ar livre. “Um dos maiores desafios foi a busca por componentes e tecnologias que permitissem integrar funcionalidades avançadas, como sensores de umidade e temperatura, em um protótipo que fosse ao mesmo tempo simples, eficiente e adaptável às necessidades dos usuários. Ao longo desse processo, foi essencial orientar os alunos sobre a importância de realizar testes e validações rigorosos, para garantir que as medições fossem precisas e que o sistema fosse confiável em condições reais de uso”, comentou.

    Com um sistema pensado para a realidade local, a intenção não é apenas facilitar o dia a dia dos produtores, mas também contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar e sustentável na região, criando um impacto positivo na vida desses trabalhadores e na economia local. O sistema foi projetado para operar com energia solar, o que garante sua independência em relação às fontes externas de energia elétrica.

    Isso não apenas proporciona uma solução mais econômica para os agricultores, que podem reduzir significativamente seus custos com eletricidade, mas também contribui para a preservação ambiental ao diminuir o consumo de recursos não renováveis. Essa abordagem não só minimiza o impacto ambiental, mas também agrega valor ao processo, tornando-o mais atrativo para os produtores que buscam alternativas mais ecológicas.

    O Senai Lab deve ser um espaço inspirador, criativo e acolhedor, pensado para estimular a inovação, um espaço simples e funcional e que esteja em sintonia com a criatividade, a descontração, a motivação e a inspiração. Entende-se esse espaço como um ambiente de trocas de experiências e aproximação entre os alunos e os docentes.

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    Foto: Arquivo Pessoal

    Ambiente voltado para a educação profissional com infraestrutura básica para prototipagem para atender à demanda da indústria por meio do desenvolvimento de projetos de inovação. À medida que o projeto vem ganhando visibilidade e realizando as primeiras vendas, a próxima passo será expandir o atendimento não apenas para as regiões próximas, mas para todo o estado, com um foco inicial em atender pequenos agricultores.

    No futuro, a equipe quer desenvolver uma versão do sistema ASTI que possa ser implementada diretamente em lavouras, ampliando sua aplicação para além das estufas e permitindo que os produtores em campo aberto também aproveitem os benefícios da automação e monitoramento.

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  • Máquinas chinesas para a agricultura familiar no Brasil são ‘reparação histórica’.

    Máquinas chinesas para a agricultura familiar no Brasil são ‘reparação histórica’.

    Máquinas chinesas para a agricultura familiar no Brasil são ‘reparação histórica’.

    O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou este ano um intercâmbio de tecnologia com a China com o objetivo de massificar a produção agroecológica nos assentamentos, eixo central do projeto de reforma agrária popular defendida pelo movimento.

    Em fevereiro, uma primeira leva de 30 máquinas chinesas chegou ao Brasil para serem testadas no Rio Grande do Norte, e mais 50 máquinas chegarão nos próximos meses na capital federal, onde será testada em uma pesquisa conduzida pela Universidade de Brasília (UnB). Em outubro, Débora Nunes, da coordenação nacional do movimento, participou da delegação brasileira que visitou a Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China, a maior feira do setor da Ásia, em uma articulação para que, no médio prazo, essas máquinas passem a ser produzidas no Brasil.

    Ela aponta que a chegada desses equipamentos representa uma “reparação histórica” para a população camponesa e pode contribuir para aumentar a produtividade no campo e fortalecer a agricultura familiar no país. “O que foi feito com a agricultura familiar no que se refere à mecanização é um crime cometido contra os camponeses e camponesas e nós não podemos naturalizar.

    Com a quantidade de tecnologia e conhecimento que a humanidade desenvolveu, nós não podemos admitir que, em muitas realidades, a enxada ainda seja a única ferramenta disponível para que agricultores familiares possam produzir alimento para enfrentar a fome e para chegar na mesa do povo brasileiro”, disse Nunes, em entrevista ao Brasil de Fato, durante o seminário Tecnologia e inovação: a agroecologia na reforma agrária, evento patrocinado pela Finep e realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 14 de novembro.

    A China enviou algumas máquinas para serem testadas por agricultores familiares no Brasil. Como está esse processo? Nós estamos construindo uma perspectiva mais estratégica de médio e longo prazo e um passo que já está acontecendo é o processo de testagem. Porque não é só transferência de tecnologia, mas uma construção de um processo que possa dizer como essas máquinas que são produzidas na China podem vir para o Brasil.

    Isso começou a acontecer desde fevereiro, na experiência com o Rio Grande do Norte, com a chegada de 30 máquinas e agora com o indicativo de que, nos próximos meses, vão chegar em torno de 50 máquinas na UnB em Brasília. Essas máquinas estão vindo justamente para serem testadas no Brasil porque tem realidades diferentes de solo, de topografia, então a testagem das máquinas dentro de um campo, de uma articulação de pesquisa, de estudo, monitoramento e testagem, é justamente para a gente poder dizer quais máquinas são as mais adequadas para a realidade brasileira, que ajustes são necessários para atender as necessidades e expectativas de demanda da agricultura familiar no Brasil.

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    Máquinas chinesas para a agricultura familiar no Brasil são ‘reparação histórica’, Foto: Reprodução

    Isso está sendo feito em parceria com universidades, com professores, com a academia, para que possa fazer essa sistematização e apontar o que precisa ser ajustado. A nossa proposição é que é indústrias possam ser instaladas no Brasil, então a nossa grande tarefa não é importar a máquina da China, mas sim aproveitar a expertise dessa diversidade fantástica de máquinas para aumentar a escala e a partir disso a gente poder ter a instalação de fábricas aqui no Brasil, no sentido inclusive de fortalecer a indústria nacional, pensando nessa perspectiva da geração de empregos, mas sobretudo atendendo a uma demanda histórica, que até então nenhum nenhum setor da indústria de máquinas no Brasil se preocupou em atender a agricultura familiar.

    Nós continuamos sem ter as condições de ter máquinas que respondam a essas necessidades e possam avançar no fortalecimento da agricultura familiar, na produção de alimento dentro de uma matriz produtiva, que tem uma relação equilibrada com o meio ambiente e que possa fortalecer a agroecologia.

    Qual o papel do poder público nesse processo?

    Não temos dúvida de que é essencial que o governo brasileiro também sinalize para essa prioridade e para as condições necessárias para que as empresas chinesas possam vir para cá após esse processo de testagem, construindo as condições para a instalação dessas fábricas e que efetivamente a partir do crédito que o governo brasileiro garante para o fomento da agricultura familiar nós possamos ter no mercado máquinas brasileiras, dentro dessa parceria com a China, e possamos seguir produzindo alimento saudável de forma chegar na mesa do povo brasileiro e a gente enfrentar problemas como a fome, que ainda é uma realidade de muitos brasileiros e brasileiras no nosso país.

    Já existe algum diálogo iniciado para a vinda de alguma fábrica chinesa para o Brasil?

    O MST tem feito articulações, mas nós não temos dúvida de que é central o papel do do governo. Para isso nós temos feito tratativas com o governo federal. Em recente agenda como presidente Lula, o MST apresentou as demandas para esse processo, inclusive a necessidade da gente ter uma política nacional de mecanização para a agricultura familiar, que leva em consideração a instalação de fábricas, mas também um conjunto de outras medidas, como acesso ao crédito que garanta a aquisição dessas máquinas também pelos agricultores e agricultoras familiares.

    Também temos aberto diálogo com governos estaduais do Nordeste, mas também de outras regiões do país. 50% da agricultura familiar do nosso país está concentrada no Nordeste, então tem uma demanda real, uma necessidade real. Entendemos que toda e qualquer articulação que venha a fortalecer esse diálogo é importante.

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  • Você sabia que hoje, é celebrado o Dia do Bandeirante?

    Você sabia que hoje, é celebrado o Dia do Bandeirante?

    Nesta quinta-feira (14), é celebrado o Dia do Bandeirante, os bandeirantes foram os desbravadores das terras brasileiras em busca de ouro e pedras preciosas.

    A data homenageia os personagens responsáveis por desbravar e ajudar a conquistar e proteger grande parte do território brasileiro durante o período da colonização portuguesa: os bandeirantes.

    Bandeirantes eram chamados os exploradores que saiam do litoral em direção ao interior do Brasil, uma região até então inexplorada, em busca de ouro e pedras preciosas. Foram responsáveis pela expansão do território nacional, mas, ao mesmo tempo, um dos principais inimigos dos indígenas da época.

    Os bandeirantes caçavam os índios e negros e escravizavam-nos durante as expedições. Foram um dos grandes protagonistas do sistema escravocrata no período do Brasil Colonial.

    As expedições organizadas por grupos particulares (senhores do engenho, fazendeiros, comerciantes) eram chamadas de Bandeiras, já os grupos de desbravadores enviados pelo governo recebiam o nome de Entradas.

    *Origem do Dia do Bandeirante*

    O Dia do Bandeirante é celebrado em 14 de Novembro, no entanto, não há um registro que oficialize a data ou que explique o motivo para a sua escolha.

    Mas, as comemorações acontecem em todo o país, principalmente nas escolas. Os alunos realizam atividades que lembram a importância que estes personagens tiveram para a construção da história do Brasil.