Categoria: ARTIGOS

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  • Mais segurança e menos burocracia: entenda o novo decreto sobre produção animal

    Mais segurança e menos burocracia: entenda o novo decreto sobre produção animal

    *Gilberto Gomes da Silva

    Visando garantir maior qualidade e segurança dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores, o governo federal publicou o Decreto 12.126/2024, que complementa a Lei 14.515/2022, e estabelece novos mecanismos de autocontrole na produção animal e moderniza o sistema de fiscalização agropecuária do país.

     

    Um dos principais destaques é a obrigatoriedade de os estabelecimentos que produzem alimentos de origem animal implantarem programas de autocontrole. Esses programas visam garantir a inocuidade, a identidade, a qualidade e a segurança dos produtos ao longo de toda a cadeia produtiva, desde a origem até o consumidor final.

     

    O Art. 4º, por exemplo, especifica que esses programas deverão conter, no mínimo, registros sistematizados e auditáveis do processo produtivo, desde a obtenção e a recepção da matéria-prima, dos ingredientes e dos insumos até a expedição do produto final; bem como a previsão de recolhimento de lotes quando identificadas deficiências ou não conformidades no produto, a descrição dos procedimentos de autocorreção e as boas práticas aplicadas na cadeia produtiva, com procedimentos higiênico-sanitários, tecnológicos e operacionais.

     

    Outro aspecto importante do decreto, que foi publicado no dia 1º de agosto, é a criação do Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária que, entre outros propósitos, visa estimular a adesão dos estabelecimentos aos programas de autocontrole, atuar preventivamente à autuação e contribuir para maior fluidez dos processos administrativos.

     

    A adesão é voluntária e os agentes interessados devem possuir programas de autocontrole implementados há, no mínimo, seis meses; não ter penalidade pendente de execução em decorrência de infrações, comprometer-se a compartilhar os dados operacionais e de qualidade e atender às especificações de segurança de sistemas tecnológicos de informações definidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

     

    Com a adesão, vários benefícios poderão ser concedidos, como a simplificação de processos e a redução da frequência de fiscalizações.  Entretanto, caso não sejam obedecidos os critérios estabelecidos, os agentes poderão sofrer advertência ou exclusão do programa. Uma nova adesão poderá ser feita somente após 12 meses da data de exclusão. A cada três anos, o MAPA, em conjunto com o setor produtivo, verificará, a necessidade de atualização das normas complementares do programa.

     

    O decreto estabelece, ainda, que os procedimentos de inspeção e fiscalização agropecuária serão efetuados em qualquer fase da cadeia produtiva; mensurados e embasados em princípios e critérios de gerenciamento de riscos; e orientados pela isonomia, pela uniformidade e pela publicidade na relação com o agente, respeitadas as hipóteses de sigilo e restrição temporária de acesso estabelecidas em lei.

     

    O MAPA será a responsável por estabelecer, em normas complementares, os requisitos específicos para cada setor produtivo necessários ao desenvolvimento dos programas de autocontrole, assim como os procedimentos e a periodicidade para a sua verificação oficial, considerando as avaliações de risco.

     

    De acordo com o Art. 28, as normas complementares especificarão tratamento diferenciado e simplificado para os agentes de pequeno porte que, cumulativamente, sejam caracterizados como agricultores familiares, produtores rurais com renda bruta anual inferior ao limite máximo para empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar n. 123/2006,  microempreendedores individuais, microempresas ou empresas de pequeno porte, e que tenham estabelecimentos com área útil construída não superior a 250 metros quadrados.

     

    Com a nova legislação, os próprios produtores assumem maior responsabilidade pela qualidade de seus produtos, implementando medidas preventivas e realizando monitoramento contínuo dos processos. Com isso, a produção de alimentos de origem animal no Brasil avança para um novo patamar. Ao exigir a implementação de programas de autocontrole, o governo estimula a adoção de práticas mais eficientes e transparentes em toda a cadeia produtiva, garantindo alimentos mais seguros e confiáveis.

     

    *Gilberto Gomes da Silva é advogado, especialista em Direito Civil e Processual Civil, com MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). E-mail: gilberto.gomes@irajalacerdaadvogados.com.br

  • O sucesso do empreendedor está na capacidade de liderar

    O sucesso do empreendedor está na capacidade de liderar

    Dificilmente se tem sucesso em um negócio sem que se tenha a capacidade de liderar. Mesmo que sua empresa comece só com você, para que ela cresça, vai depender de sua capacidade de liderar bem as parcerias e negociações. No futuro, conforme for crescendo, você terá que direcionar a equipe além de influenciá-la e encorajá-la a atingir as metas planejadas.

    Muitos empreendedores, principalmente no início do negócio, são bastante solitários, pois centralizam as decisões e se isolam na empresa e na vida pessoal. É de extrema importância aprender a delegar para que o negócio possa crescer.

    Eu fiz transição de carreira de um papel operacional para um mais estratégico. Foi um grande desafio. Apesar das dificuldades, é um passo fundamental para o crescimento e a sustentabilidade do negócio. Precisei reconhecer a necessidade de dar autonomia ao meu time e de incentivá-los, bem como a importância de fornecer feedback construtivo.

    Compreender que o sucesso de uma empresa está intrinsecamente ligado à capacidade de liderar e inspirar as pessoas ao seu redor é realmente uma lição valiosa e que você empreendedor deve lembrar.

    Eu gosto de fazer uma analogia com o exemplo de liderança de Jesus Cristo.  A abordagem dele era servir aos outros e tocar o coração das pessoas. Acredito que essa é uma base sólida para construir relacionamentos significativos e ter uma equipe engajada. A história do líder deve refletir não apenas o crescimento como empreendedor, mas também o desenvolvimento pessoal e a compreensão do verdadeiro significado da liderança.

    Um líder empreendedor deve possuir características como respeito, inspiração, valorização e desenvolvimento de novos talentos. Um bom líder sabe respeitar todos, sejam eles colaboradores, fornecedores e compradores. Ele é fonte de inspiração, pois faz cada pessoa da equipe acreditar na sua capacidade, seja individual ou coletiva, e mostrar que é possível alcançar os objetivos da empresa.

    Além disso, o líder valoriza cada tarefa exercida e ajuda o colaborador a compreender seu valor na instituição e nos resultados alcançados. Ele desenvolve talentos incentivando e reconhecendo potenciais, o que ajuda no aperfeiçoamento de cada um, além do desenvolvimento de novos talentos e capacidades.

    Adquirir e aprimorar habilidades de liderança é fundamental para alavancar seu negócio a longo prazo, além do aumento da performance na gestão. Certifique-se de desenvolver essas habilidades e de colocá-las em prática para ser um empreendedor de sucesso.

    (*) Leonardo Chucrute CEO do Zerohum, mentor de empresários, palestrante e autor de livros didáticos.

  • É muito mais do que construir robôs!

    É muito mais do que construir robôs!

    Neste mês de agosto, Cuiabá foi palco do 1º Festival de Robótica Educacional de Mato Grosso, onde estudantes e professores de diversas instituições puderam mostrar seus projetos e conhecer outros, ter acesso a especialistas e ver criações incríveis que nasceram dentro do ambiente escolar. Puderam ver ali, de forma palpável, o resultado de meses e até anos de estudo, de aplicação da teoria e das ideias para gerar algo que seja capaz de executar tarefas.

    Trata-se de uma tendência e é importante que as crianças e os jovens tenham acesso a esses avanços tecnológicos, que trazem para o concreto o aprendizado que está lá no abstrato. É por isso que ganha cada vez mais força a união entre a robótica, a metodologia STEAM e a cultura maker para a criação de projetos baseados em conteúdos curriculares da sala de aula. Ou seja, combinando Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (cujas iniciais forma a palavra em inglês).

    Essa interdisciplinaridade faz com que haja uma aprendizagem integrada, onde conceitos e habilidades se unem à prática para o desenvolvimento de projetos. Mas não somente isso. É preciso que a robótica aliada ao ensino regular estimule o estudante pensar em questões com “de que forma o que eu estou aprendendo vai mudar a realidade?”. Só assim tem sentido. E as crianças internalizam isso.

    Esse é um ponto. O ponto de que dentro desse aprender existam coisas que os alunos possam utilizar não só para concretizar aquele projeto, mas levar para a vida, tanto profissional como pessoal. É preciso que o ensino de robótica estimule diferentes habilidades, o socioemocional, o trabalho em equipe, até a oralidade, criando um roteiro de apresentação para os demais colegas ou em uma feira de ciências ou de robótica.

    São muitas as etapas e em cada uma delas há aprendizados importantes. Tudo começa com a iniciação científica, onde eles recebem o conteúdo teórico. Depois de adquirir esse conhecimento, eles passam a ter um novo objetivo, que é decidir o que fazer com o que aprenderam a partir dos elementos disponíveis – por isso é importante que essas aulas sejam em espaços próprios, com ferramentas e instrumentos que os auxiliem na confecção. Findo o projeto, testado, vem um novo desafio: mostrar o que sua criação pode fazer e o porquê.

    É como se eles fossem vencer o seu produto, mas com profundidade e conhecimento de causa. Seja na sala de aula, na feira de ciências da escola ou em um evento como o Festival de Robótica, a ideia é que eles saibam dizer como chegaram àquele resultado, qual foi a intenção e de que forma funciona o projeto. Então é um processo longo que hoje mostra vários benefícios para a formação de jovens e crianças.

    Trabalhar com eles a parte da oratória, como se expressar, faz parte de um processo de autonomia, de protagonismo e de transformação. E os impactos são para toda a vida, ainda que não optem por seguir nessa área de tecnologia.

    Márcia Bezerra

    Diretora pedagógica da Escola Chave do Saber (ECSA)

    Confira notícias de Mato Grosso aqui no CenárioMT

  • O início das eleições e as regras para campanhas

    O início das eleições e as regras para campanhas

    Agora é oficial. As eleições municipais de 2024 começaram na última sexta-feira, dia 16 de agosto, e os candidatos de todo país já estão liberados a pedir votos e apresentar seus números de urna aos eleitores.

    A votação ocorrerá em 6 de outubro nos 5.568 municípios brasileiros e, até lá, as campanhas devem mudar o dia a dia das cidades. A partir de agora, serão comuns a circulação de carros com adesivos de candidatos e a presença de cabos eleitorais nas ruas segurando bandeiras e distribuindo santinhos.

    As pessoas também vão começar a identificar os locais usados como sedes dos comitês de campanha, que estão autorizados a conter placas com o nome e o número dos candidatos.

    Os partidos não precisam pedir autorização para realização de ações eleitorais, mas devem, obrigatoriamente, comunicar a agenda à Polícia Militar com até 24 horas de antecedência. Isso é importante para que a PM evite proximidade de eventos de concorrentes.

    Entre 30 de agosto e 3 de outubro, as campanhas também passam a “entrar” nas casas dos eleitores, por meio das propagandas gratuitas de TV e rádio. Elas devem ser acompanhadas para que possamos avaliar e comparar as propostas a serem apresentadas para as cidades.

    É importante ainda que os eleitores conheçam as regras da legislação eleitoral e fiscalizem os candidatos. Está proibida, por exemplo, a fixação de propaganda em bens públicos ou de uso comum, incluindo árvores, muros e cercas de jardins em áreas públicas.

    Também não pode ser realizada a distribuição de brindes como camisetas, chaveiros, canetas e bonés, assim como cestas básicas e outros itens de maior valor. Essa é uma prática antiga que, felizmente, foi abolida por caracterizar compra de votos.

    Os showmícios também não podem ser realizados, para que haja uma concorrência leal entre candidaturas de partidos menores e as campanhas com maior poder econômico. O uso de carro de som está permitido em carreatas, caminhadas, passeatas, reuniões e comícios, mas precisa ser obedecido o limite de som.

    Em 2024 ainda teremos de estar atentos ao uso de Inteligência Artificial. Há regras para inserção desse tipo de recurso tecnológico nas campanhas, sendo proibida a produção de conteúdo para ataque a adversários.

    O fundamental é que partidos e candidatos obedeçam às premissas da Justiça Eleitoral, garantindo que os eleitores tenham condições adequadas de decisão para o voto. Ao final, a democracia será a maior vitoriosa.

    *Wilson Pedroso é consultor eleitoral e analista político com MBA nas áreas de Gestão e Marketing

  • A culpa nunca foi do boi

    A culpa nunca foi do boi

    Menos carne para os atletas: tinha tudo para dar errado. E deu!

    As atividades das Olimpíadas foram encerradas no último domingo (11) e vale pensarmos sobre o legado de desinformação deixado por esta edição dos jogos olímpicos.

    Os organizadores das Olimpíadas de 2024 deram início aos jogos com uma oferta menor de proteínas de origem animal nos pratos consumidos por atletas, com mais acesso a alimentos vegetarianos. A justificativa era, de que assim estariam reduzindo — significativamente — as emissões de CO₂ por refeição. Algo idealizado sem embasamento científico e com a clara intenção de responsabilizar a produção de carne por problemas ambientais mundiais. O que se viu, e também foi noticiado pela imprensa mundial, é que poucos dias após a abertura dos jogos foi preciso rever o plano alimentar dos competidores.

    Jornais de diferentes países destacaram críticas feitas por desportistas. O ex-atleta e medalhista olímpico australiano James Magnussen, chegou a associar a falta de proteína aos resultados ruins dos atletas: “A falta de recordes mundiais pode ser relacionada com toda essa mentalidade vegan first”. Assim, depois de tantas reclamações de diversas delegações, os organizadores tiveram que mudar os cardápios. Atletas de alto rendimento, que possuem treinos intensos e desgastantes, exigiram uma maior demanda por carnes e ovos, e a organização do evento foi obrigada a ajustar as refeições, aumentando a “toque de caixa” a oferta de proteína animal.

    Cortar a carne dos atletas foi um erro de estratégia sem alicerce em informações verdadeiras. A carne bovina, um alimento que contribui com a força e a resistência corporal, foi envolvida em diversas discussões, muitas vezes polarizadas e baseadas em dados incompletos ou distorcidos. É preciso desmistificar a ideia de que a carne bovina é vilã para a saúde humana e para o meio ambiente.

    O professor e coordenador de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), doutor Daniel Vargas, trouxe recentemente ao público, a informação sobre estudos que mostram a importância do boi para o meio ambiente. Cientificamente, o estudioso associou a produção pecuária a benefícios para o clima. O especialista destacou o trabalho produzido por Myles Allen, renomado cientista climático com pesquisas sobre a emissão de metano. As análises indicam que o boi pode ser a solução ambiental e não o problema. A indicação é de que o animal funcionaria no ambiente como uma espécie de filtro e atuaria no sentido de provocar o resfriamento da atmosfera. No seu artigo, Vargas relata ainda que o aumento na produtividade da pecuária tem efeito equivalente ao cultivo de mais áreas de florestas e os produtores brasileiros deveriam ganhar créditos por isso.

    Ainda em relação ao meio ambiente, no contexto mundial, dados do Our World In Data (2022) demonstram que corresponde a 10,4% o percentual da emissão de gás carbônico (CO₂) na categoria normalmente associada ao desflorestamento e alteração do uso da terra, em que a pecuária pode estar contida, ou não! E quando falamos em emissões de CO₂, o Brasil ocupa a sexta posição mundial, uma participação que é vista como muito baixa em dados percentuais. Sendo importante produtor e fornecedor de carnes para o mundo, vale destacar que as emissões brasileiras representam apenas 3,9% das emissões globais. Ou seja, o problema não está na pecuária bovina!

    É errado associar a redução de consumo de carne bovina com a redução do desmatamento e/ou com os eventos climáticos adversos que hoje o planeta tem enfrentado. A complexidade desses problemas ambientais envolve uma série de fatores interligados, como o crescimento populacional, o modelo de desenvolvimento econômico, uso dos combustíveis fósseis ou energias não renováveis e a falta de políticas públicas. Além disso, destacam-se outros indicadores trazidos por dados da Embrapa, em que 12,2% das florestas mundiais estão no Brasil, sendo que 66% do território nacional estão cobertos com vegetação protegida e preservada.

    Mato Grosso é o principal estado produtor e exportador de carne bovina e realiza esse feito de forma sustentável e com qualidade, já que 62,5% do seu território estão destinados à conservação da vegetação nativa. Dentro deste percentual, mais de um terço corresponde a áreas de reserva legal, que estão localizadas em propriedades rurais. Ou seja, são milhões de hectares de área verde, com fauna, flora e recursos hídricos, que estão cuidados e sob responsabilidade de quem produz!

    Quanto às Olimpíadas, foram pouco mais de duas semanas de duração e cerca de 10.500 atletas competindo em 48 modalidades. O evento demonstrou que a França não tem uma preocupação real sobre o clima ou ambiente. A redução de carne pretendida pelos franceses — nos pratos dos atletas — poderia representar pouco mais de 210 bovinos adultos. Uma quantidade insignificante para ser associada a qualquer mensagem de preservação ambiental ou redução de gases de efeito estufa.

    Nota-se, que foi apenas uma tentativa de impor a imagem para o mundo, de que a França é um país promotor de melhorias ambientais. A despoluição do Rio Sena traria maior contribuição ao meio ambiente e para saúde pública, que qualquer dieta restritiva sem fundamentos!

    *Caio Penido é empresário e produtor rural na região do Vale do Araguaia, em Mato Grosso, e presidente do IMAC (Instituto Mato-grossense da Carne). Foi o mentor da Liga do Araguaia, movimento que nasceu em 2015 visando a adoção de práticas sustentáveis e que em 2021 se tornou o Instituto Agroambiental Araguaia.

  • Infodemia: Sobrecarregados de Informação

    Infodemia: Sobrecarregados de Informação

    Como  se proteger do excesso de informação

    Já ouviu falar de  infodemia?  Nada mais do que a sobrecarga de informação, essa nomenclatura   sugere algo maior: Estamos todos sobrecarregados de informação, não sabemos o que fazer e isso esta afetando nossa saúde.

    Não é à toa que pessoas no mundo todo relatam constante estresse e dificuldades para tomar decisões devido à quantidade de informação recebida ao longo do dia.

    Apesar de ter ganhado mais atenção depois da pandemia, a infodemia não é um fenômeno novo. O jornalista americano David J. Rothkopf é o criador do termo, mencionando-o pela primeira vez na sua coluna no jornal Washington Post, em 2003. 

    Mas somente em 2020 que a  OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu e classificou a infodemia  como: “O excesso de informações, algumas precisas e outras não, que torna difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa

    Você esqueceu o nome de alguém que conheceu ontem? Não lembra a última da ultima serie que viu no netflix? Ou desaprendeu a andar de bicicleta? Você não está sozinho. Todos nós estamos sofrendo do mesmo diagnóstico: a Infobesidade e ela esta abalando nosso equilíbrio.

    Desde a industrialização do mundo, o excesso de informação tem acompanhado o contexto histórico das nações, impedindo que os indivíduos ajam de forma adequada às novas sensações.

    O que mudou agora é a velocidade com que isso acontece. Imagine que sua mente está em um supermercado cheio de promoções, onde todas as ofertas são atrativas, mas você só pode escolher um item para produzir uma ação. Assim, a infobesidade faz com que nosso cérebro receba tantos estímulos que não consegue decidir.

    Ao mesmo tempo que somos receptores de informação, também somos transmissores. Isso nos transforma em vítimas da quantidade de informação produzida e coletada.

    A internet duplica, triplica e multiplica toda a informação recebida, mesmo que ela seja descartável ou fake fazem nosso cérebro ficar confuso e isso atrapalha nossa percepção.

    Muitos tendem a submergir em um emaranhado de referências que não são saudáveis ou úteis. O problema não é da tecnologia, mas de comportamento. Afinal, é você que decide qual informação gera conhecimento e qual deve ser rejeitada.

    Em escala profissional, o assunto é preocupante. Mas, quando falamos do excesso de informação em crianças, o tema se torna assustador. A possibilidade de produzir gerações inteiras de pessoas altamente conectadas, mas sem a capacidade de distinguir perigos iminentes, nem de se adaptar e ser alfabetizadas corretamente, é alarmante.

    Para Rothkopf , o criador do termo a infodemia é: “Alguns fatos, misturados com medo, especulação e boato, amplificados e transmitidos rapidamente em todo o mundo pelas modernas tecnologias da informação, afetaram as economias nacionais e internacionais, a política e até a segurança de maneiras totalmente desproporcionais às realidades básicas”.

    Mas o que fazer para não ficar obeso de informação?

    A infobesidade não é um problema sem cura. Hábitos simples com  impactos positivos que podemos praticar todos os dias.

    Informação com Hora Marcada

    Não passe o dia todo coletando dados que não vai usar. Escolha um horário para ler sites, se atualizar e obter informações. Depois, dedique-se ao planejamento, análise e execução. Existem outras atividades nas 24 horas do seu dia.

    Cara a Cara

    Converse com seus colegas pessoalmente, não só pelo WhatsApp. Quando utilizamos a informação local, processamos melhor as atitudes globais.  Uma empresa que tem filiais por exemplo, consegue muitas vezes mapear a experiencia do cliente de forma mais assertiva porque conversa  com o consumidor cara a cara e gera mais insigths, devido à melhor percepção das expectativas locais.

    Cuidado com Fake News

    Se eu mandar você pular da ponte, vou receber uma risadinha como resposta, certo? Porém, em ambiente digital, quando recebemos uma informação, o que fazemos? Compartilhamos! E aquele velho hábito de checar se isso vem de uma fonte segura passa despercebido.

    Desconecte-se

    Quando disse a um profissional que durmo com meu smartphone fora do quarto e acordo com despertador, vi o desespero em seu rosto. Mas, Belicosa, e quando alguém precisa falar com você? E se for emergência?

    A resposta é sempre a mesma: se for emergência, as pessoas vão me ligar, não me enviar uma mensagem, um áudio ou e-mail. O que quero dizer é que seu sono precisa ser reparador; senão, seu corpo não vai funcionar direito. Ache um tempo para se desconectar e se conectar ao que realmente importa.

    A infodemia é um desafio crescente, mas com a adoção de estratégias simples e eficazes, podemos reduzir significativamente seu impacto em nossa saúde e bem-estar. Adotar esses hábitos  muitas vezes tidos como bobinhos vai te manter equilibrado diante de tantos estímulos e não só melhorar seu  desempenho pessoal como  profissional, equilíbrio sempre.

    Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br

  • O conflito é uma oportunidade de crescimento

    O conflito é uma oportunidade de crescimento

    Apesar de parecer estranho no primeiro momento, o conflito é uma oportunidade de crescimento.
    Segundo Bert Hellinger, “Todo conflito é o começo da solução.” Na psicologia, os conflitos são vistos como portais para a transformação pessoal e relacional. Vamos explorar juntos essa ideia de uma forma clara e curiosa!

    Conflito como Ferramenta de Crescimento

    Os conflitos nos forçam a sair da zona de conforto e a enfrentar questões que talvez preferíssemos evitar. Eles nos oferecem a chance de aprender mais sobre nós mesmos e sobre os outros, promovendo autoconhecimento e empatia.

    Conflitos e Soluções

    Quando abordados com uma mentalidade aberta, os conflitos podem revelar soluções criativas e inesperadas. Eles nos desafiam a buscar entendimento e a encontrar caminhos para a resolução que beneficiem todas as partes envolvidas.
    Vale a pena pensar sobre isso. Fica a dica.

  • Marketing Médico: Estratégias para Atrair e Reter Pacientes em Tempos de Alta Competição

    Marketing Médico: Estratégias para Atrair e Reter Pacientes em Tempos de Alta Competição

    No cenário competitivo da saúde, clínicas e médicos precisam se destacar para atrair e reter pacientes. Patrícia Vasconcellos, CEO da Destak Consultoria Médica, compartilha insights valiosos sobre como o marketing médico pode ser um diferencial estratégico, especialmente em tempos de alta concorrência.

    1. Importância do Marketing Digital e Presença Online

    De acordo com Patrícia, a presença online é essencial para a visibilidade e credibilidade de qualquer prática médica. “Ter um website profissional e uma presença ativa nas redes sociais são fundamentais para que os pacientes encontrem e escolham seu consultório”, afirma. Além disso, o uso de SEO (Otimização para Motores de Busca) pode garantir que sua clínica seja facilmente encontrada em pesquisas online, aumentando o tráfego e a visibilidade.

    2. Campanhas de Educação em Saúde para Atrair Pacientes

    Patrícia enfatiza a importância das campanhas de educação em saúde. “Educar o público sobre temas de saúde não só atrai pacientes, mas também estabelece a clínica como uma fonte confiável de informação”, explica. Essas campanhas podem incluir postagens em blogs, vídeos informativos e webinars que abordem questões de saúde relevantes e populares.

    3. Conteúdo de Qualidade: Construindo Autoridade e Confiança

    O uso de conteúdo de qualidade é outra estratégia essencial. “Produzir conteúdo relevante e educativo, como artigos de blog, vídeos explicativos e webinars, ajuda a construir autoridade e confiança com o público”, comenta Patrícia. Este conteúdo pode abordar tópicos médicos, procedimentos, cuidados preventivos e dicas de bem-estar, mostrando a expertise do consultório e engajando pacientes atuais e potenciais.

    4. Programas de Fidelização e Marketing de Relacionamento

    Para manter os pacientes existentes, Patrícia recomenda programas de fidelização e estratégias de marketing de relacionamento. “Manter uma boa relação com os pacientes é crucial para a retenção”, destaca. Isso pode incluir o envio de newsletters com atualizações de saúde, lembretes de consultas, e programas de benefícios ou descontos para pacientes frequentes.

  • Como ter um atendimento mágico, que encanta?

    Como ter um atendimento mágico, que encanta?

    Quando pensamos na Disney, logo vem à mente magia, inovação e perfeição. Não é por acaso que o método aplicado por eles é divulgado no mundo todo como referência em “encantamento ao cliente” e sucesso financeiro, com faturamento superior a 80 bilhões de dólares ao ano.

    Quem vai aos parques acaba se tornando um cliente fiel e até mesmo aqueles que nunca foram sabem que a Disney tem um alto nível de excelência. Infelizmente, o cenário do atendimento ao cliente no Brasil é totalmente diferente, com uma série de obstáculos que comprometem a qualidade e a eficiência do serviço prestado.

    Temos um problema tão grave envolvendo a área, que é comum grandes empresas, algumas oferecendo serviços básicos (telefonia, energia elétrica e água) e instituições financeiras, que deveriam prestar atendimento de excelência à sociedade, baterem recordes de reclamações. É tão surreal que virou piada/meme.

    Apesar de comum, esse tipo de prática está na contramão. No ano passado, a pesquisa CX Trends feita pela Opinion Box, em parceria com a Octadesk, apontou que 87% dos consumidores brasileiros dão preferência para marcas que oferecem boa experiência, e 75% fazem isso mesmo precisando pagar mais caro. Outros 65% disseram que já desistiram de comprar de uma empresa após uma experiência ruim; e 56% usaram o site Reclame Aqui para fazer pesquisas.

    Mesmo assim, falta no Brasil – e em Mato Grosso – um maior investimento na área de capacitação e treinamento. Muitas empresas (pequenas ou grandes) ainda estão negligenciando o aperfeiçoamento contínuo dos seus funcionários, o que resulta em uma equipe despreparada para lidar com as demandas e expectativas dos consumidores e oferecer soluções necessárias.

    Por outro lado, não adianta treinar equipe, investir em novas tecnologias, se a empresa não tiver o propósito da empresa definido e alinhado. Sem trabalhar esse ponto, pode haver inúmeras falhas na cultura organizacional que levem o atendimento ao cliente não ser visto como uma prioridade estratégica, o que reflete em políticas internas que não favorecem a resolução rápida e eficaz de problemas.

    Sabe quando um funcionário empurra o problema para o outro e ninguém ajuda o cliente? Acontece que hoje, com o aumento do comércio global e as inúmeras plataformas digitais, as pessoas estão tendo maior acesso à informação e a novas opções de mercado, tornando-as mais exigentes.

    Como profissional que auxilia empresas, posso afirmar que entre as soluções práticas estão treinamento e desenvolvimento pessoal, adoção de tecnologias avançadas e criação de uma cultura centrada no cliente. Tudo isso não é apenas uma escolha ética, é uma necessidade para garantir a sustentabilidade e o crescimento das empresas no longo prazo.

    Portanto, é hora reconhecermos a importância estratégica do atendimento ao cliente e agir de maneira proativa para transformar desafios em oportunidades de excelência e diferenciação no mercado globalizado em que operamos. Talvez não possamos chegar a um padrão “Disney” da noite para o dia, mas precisamos começar em algum momento, que seja agora!

    Rafaelle Castro, palestrante com formação em Gestão de Pessoas e Organizações, pós-graduada em Liderança e Gestão Organizacional, diretora executiva da Gestão Super MT.

  • Como ter um atendimento mágico, que encanta?

    Como ter um atendimento mágico, que encanta?

    Quando pensamos na Disney, logo vem à mente magia, inovação e perfeição. Não é por acaso que o método aplicado por eles é divulgado no mundo todo como referência em “encantamento ao cliente” e sucesso financeiro, com faturamento superior a 80 bilhões de dólares ao ano.

    Quem vai aos parques acaba se tornando um cliente fiel e até mesmo aqueles que nunca foram sabem que a Disney tem um alto nível de excelência. Infelizmente, o cenário do atendimento ao cliente no Brasil é totalmente diferente, com uma série de obstáculos que comprometem a qualidade e a eficiência do serviço prestado.

    Temos um problema tão grave envolvendo a área, que é comum grandes empresas, algumas oferecendo serviços básicos (telefonia, energia elétrica e água) e instituições financeiras, que deveriam prestar atendimento de excelência à sociedade, baterem recordes de reclamações. É tão surreal que virou piada/meme.

    Apesar de comum, esse tipo de prática está na contramão. No ano passado, a pesquisa CX Trends feita pela Opinion Box, em parceria com a Octadesk, apontou que 87% dos consumidores brasileiros dão preferência para marcas que oferecem boa experiência, e 75% fazem isso mesmo precisando pagar mais caro. Outros 65% disseram que já desistiram de comprar de uma empresa após uma experiência ruim; e 56% usaram o site Reclame Aqui para fazer pesquisas.

    Mesmo assim, falta no Brasil – e em Mato Grosso – um maior investimento na área de capacitação e treinamento. Muitas empresas (pequenas ou grandes) ainda estão negligenciando o aperfeiçoamento contínuo dos seus funcionários, o que resulta em uma equipe despreparada para lidar com as demandas e expectativas dos consumidores e oferecer soluções necessárias.

    Por outro lado, não adianta treinar equipe, investir em novas tecnologias, se a empresa não tiver o propósito da empresa definido e alinhado. Sem trabalhar esse ponto, pode haver inúmeras falhas na cultura organizacional que levem o atendimento ao cliente não ser visto como uma prioridade estratégica, o que reflete em políticas internas que não favorecem a resolução rápida e eficaz de problemas.

    Sabe quando um funcionário empurra o problema para o outro e ninguém ajuda o cliente? Acontece que hoje, com o aumento do comércio global e as inúmeras plataformas digitais, as pessoas estão tendo maior acesso à informação e a novas opções de mercado, tornando-as mais exigentes.

    Como profissional que auxilia empresas, posso afirmar que entre as soluções práticas estão treinamento e desenvolvimento pessoal, adoção de tecnologias avançadas e criação de uma cultura centrada no cliente. Tudo isso não é apenas uma escolha ética, é uma necessidade para garantir a sustentabilidade e o crescimento das empresas no longo prazo.

    Portanto, é hora reconhecermos a importância estratégica do atendimento ao cliente e agir de maneira proativa para transformar desafios em oportunidades de excelência e diferenciação no mercado globalizado em que operamos. Talvez não possamos chegar a um padrão “Disney” da noite para o dia, mas precisamos começar em algum momento, que seja agora!

    Rafaelle Castro, palestrante com formação em Gestão de Pessoas e Organizações, pós-graduada em Liderança e Gestão Organizacional, diretora executiva da Gestão Super MT.