Categoria: ARTIGOS

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  • Asma no Verão: confira cuidados especiais na estação

    Asma no Verão: confira cuidados especiais na estação

    Mudanças de temperatura e o uso de ventiladores podem intensificar os quadros de asma no Verão. Fique atento aos sintomas e tratamentos que podem te ajudar.

    Você sabia que as crises de asma no Verão são ainda mais comuns do que no resto das estações? Isso acontece porque, nessa época do ano, o uso de ventiladores e do ar condicionado é bastante frequente. Como resultado, há maior chance de que ácaros, poeira, bactérias e fungos se espalhem pelo ar. Esses fatores são gatilhos comuns para as crises dos pacientes.

    Outro gatilho potencializado no verão são as mudanças de temperatura. Com as clássicas chuvas de Verão, o dia pode começar quente e abafado, e terminar mais frio e úmido. O resultado é uma forte reação dos pulmões asmáticos.

    Há ainda outros fatores que desencadeiam a doença, como pode ver na imagem:

    O que é a asma?

    A asma é uma doença inflamatória, que afeta as vias respiratórias do paciente. Quando o organismo deste indivíduo identifica agentes irritantes, como a poeira ou a fumaça, a musculatura ao redor dos seus brônquios se contraem.

    Os brônquios conduzem o ar aos alvéolos pulmonares, e por isso são fundamentais para a respiração. Com a contração dos músculos, porém, a sua função fica prejudicada. Como consequência, o paciente sente falta de ar, tosse intensa, respiração ofegante e outras.

    São diversos os tipos possíveis de gatilhos para uma crise de asma, e eles variam muito por paciente. Para alguns, alimentos (como o ovo ou amendoins), o exercício físico e medicamentos podem ser desencadeadoras de um quadro de asma. Assim como as já citadas mudanças de temperatura e substâncias alergênicas. Segundo dados da Iniciativa Global contra a Asma, por dia, três pessoas morrem em decorrência da doença no Brasil.

    Tratamento da asma

    Os modos de tratamento da asma podem variar de acordo com o fator desencadeador da crise e o paciente. Por isso, os indivíduos que possuem o problema devem procurar um médico o quanto antes. Apenas o especialista pode determinar a forma mais eficaz de controle da doença e da manutenção da qualidade de vida do indivíduo.

    Em todo o caso, o tratamento costuma se basear em dois pilares. São eles: a prevenção contra os fatores desencadeadores, e medicamentos. No primeiro método, o indivíduo pode, por exemplo, ter que evitar alguns alimentos e o uso de sistemas de ar condicionado.

    Já os medicamentos para asma podem ser para a interrupção de uma crise, ou ainda de uso contínuo. Esses últimos funcionam para minimizar a sensibilidade dos brônquios do usuário. Assim, os pulmões deste indivíduo reagem com menor violência aos gatilhos mais comuns às crises.

    O verão exige cuidados especiais

    Para evitar crises recorrentes de asma no verão as dicas são simples. Mantenha-se sempre hidratado, evite exposições ao sol nos horários de maior incidência solar e mantenha uma alimentação leve baseada em frutas e verduras, como pede a estação.

    O uso de roupas mais leves e a prática de exercícios físicos conforme orientação médica também podem ajudar a aliviar os sintomas e evitar a fadiga do excesso de calor.

    De qualquer forma, o uso do medicamento deve ser bem avaliado pelo especialista. Afinal de contas, para alguns indivíduos, os componentes do remédio podem ser alergênicos, provocando crises de asma.

    Agora que você já sabe uma pouco mais sobre a asma no Verão, seus sintomas e tratamentos, converse com o seu médico. Os resultados do novo medicamento aprovado pela Anvisa podem ser bastante eficazes, e auxiliarem em seu quadro.

    Fontes: Mais Equilíbrio, Governo de São Paulo

  • Cuide-se a tempo para curtir uma velhice saudável

    Cuide-se a tempo para curtir uma velhice saudável

    Para facilitar a entrada na terceira idade, mulheres na faixa dos 30 ou 40 anos devem se cuidar, prevenindo doenças que comumente atingem-nas durante a velhice.

    As reumatologias podem ser minimizadas se o organismo estiver fortalecido, enquanto que, para prevenir a osteoporose, é importante consumir alimentos ricos em cálcio, evitar o cigarro e fortalecer os ossos com atividades físicas. Uma dica é conhecer bem o histórico médico e as tendências genéticas.

    Outro ponto importante para um envelhecimento sadio é a disposição mental. É preciso aceitar que envelhecer e sofrer debilidades físicas por conta disso é inevitável, no entanto, estas limitações não devem ser encaradas de maneira negativa. Quanto maior a prevenção aos problemas físicos e a preparação para enfrentá-los, mais qualidade de vida na terceira idade.

    O censo do IBGE revelou que 55,1% dos brasileiros com mais de 60 anos são mulheres. A expectativa de vida delas é, em média, de 72,6 anos, aproximadamente sete a mais do que a dos homens. Nos EUA, de acordo com a Divisão de Saúde da Mulher, uma em cada quatro mulheres terá mais de 65 anos em 2030 – por conta do baby boom da década de 70. A boa notícia é que este contingente terá a seu serviço mais opções para um envelhecimento sadio – seja pelo avanço da medicina ou das opções de atividades –, principalmente se cuidar da saúde física e mental desde jovem.

    Nas últimas décadas, quando a medicina começou a estudar o envelhecimento, a qualidade de vida dos idosos melhorou significativamente. Além disso, mulheres com mais de 60 anos também mudaram o espaço que ocupam na sociedade. Elas deixaram de se concentrar apenas nos afazeres domésticos para ganhar hobbies, hábitos culturais e sair mais de casa.

    De acordo com a Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV), 20% da receita gerada pelo setor de turismo vêm da terceira idade. Muitas idosas têm enorme disposição para viajar.

    Se você for idoso, participe de atividades físicas adequadas para sua faixa etária e realizadas na sua comunidade. Se não for, incentive seu pai, mãe, avó ou avô a participar. Com isso, a vida ficará muito melhor.

    Paulista de Taubaté, Aldo José dos Santos é médico generalista graduado pela UNITAU. Colabora também no portal Leet Doc.

  • Idosos são principais afetados pela onda de calor

    Idosos são principais afetados pela onda de calor

    Na onda de calor que atinge o Brasil desde o fim de 2018, as sensações térmicas chegaram em 64ºC e fizeram boa parte da população buscar recursos para se proteger. E mesmo com todo o cuidado, quem mais sofre com as altas temperaturas são os idosos. Com alterações naturais ocasionadas pela idade, a atenção deve ser redobrada na hora de ajudar esse público a se refrescar.

    De acordo com o cardiologista Luiz Antônio Bettini, professor de Medicina da Universidade Positivo, a percepção de calor após determinada idade fica alterada, o corpo desidrata, não ocorre a sudorese e a temperatura corporal pode aumentar. “Idosos perdem, com o tempo, a adaptação ao calor devido a alterações dos pontos térmicos do corpo e, com isso, não percebem as grandes variações térmicas”, explica.

    Além disso, o corpo passa a regular o estímulo da sede e também da necessidade de urinar de forma desregulada, o que causa um risco maior de desidratação. “Com o passar dos anos, o sistema nervoso central diminui ou deixa de enviar para o corpo os estímulos nervosos responsáveis pela sensação de sede e pelo controle da urina, isso faz com que os idosos bebam pouca água, mesmo no verão, e urinem com bastante frequência, podendo desidratar-se sem sentir”, conta Bettini.

    Idosos que sofrem com doenças como diabetes e hipertensão também precisam ficar atentos. Nos quadros de hipertensão, muitas vezes, a medicação pode influenciar no volume diurético, aumentando ainda mais a perda de líquidos. “Os idosos que sofrem de tais doenças devem procurar seus médicos nesta época do ano para remanejar o tratamento. Não dá para ingerir as mesmas doses de diuréticos e insulina que usam durante o resto do ano”, explica Bettini.

    O médico Luiz Antônio Bettini dá algumas dicas para garantir um verão saudável:

    • Beba grande quantidade de água durante todo o dia, mesmo sem sede;
    • Procure abrigo em lugares cobertos ou em áreas que possuam ar condicionado;
    • Vista-se com roupas leves e de cor clara;
    • Evite atividades físicas e ao ar livre na parte mais quente do dia (entre 10h e 16h);
    • Use protetor solar, chapéu ou boné ao sair no sol;
    • Evite ingerir cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para a desidratação;
    • Se sentir cansaço, náuseas, tonturas, ou desenvolver dores de cabeça, saia imediatamente do sol, procurando abrigar-se numa sombra, local arejado e beba água.

     

    Sobre a Universidade Positivo

    A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece 61 cursos de Graduação presenciais, três programas de Doutorado, cinco programas de Mestrado, mais de 150 programas de Especialização e MBA, cinco cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A Universidade Positivo conta com sete unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 30 cidades espalhadas pelo Brasil.

  • O dilema de Lisboa: atrair investidores ou conter os preços do mercado imobiliário?

    O dilema de Lisboa: atrair investidores ou conter os preços do mercado imobiliário?

    Há pouco tempo, Lisboa, capital de Portugal, era um remanso da Europa. Seu centro histórico estava velho e os prédios estavam semiabandonados. Alguns quarteirões da região central eram terreno de traficantes e moradores de rua. A cidade era uma demonstração da devastação da crise de débito europeia pós-2008.

    Assim, em 2011 o país entrou em uma série de estágios dolorosos no retorno a um empréstimo internacional de € 78 bilhões (R$ 343 bilhões), ou € 92 bilhões (R$ 405 bilhões), entre os quais veio atrelada uma nova lei imobiliária que liberou o mercado de capitais de circular no setor.

    Hoje, a cidade está vivendo um boom: os turistas chegam em cruzeiros e preenchem os quarteirões com veículos pequenos que sobem e descem as montanhas. Os prédios históricos foram reformados. Novos bares e restaurantes ressuscitaram. Os sites para imobiliárias e corretores, de uma hora para outra, não dão conta dos clientes.

    Mas quem ganhou e quem perdeu no retorno à vida de Lisboa se tornou um questão divisória entre os habitantes e para a Europa, à medida que o continente finalmente emerge de uma década perdida de sua crise econômica para ver o que ela causou.

    Portugal é o primeiro exemplo da recuperação econômica europeia: o desemprego foi reduzido pela metade. As exportações estão bombando. Os investidores estrangeiros chegam aos montes a Lisboa. O país oferece aos compradores de propriedades € 500 mil (R$ 2,2 milhões) ou mais pela chance de um “visto de ouro” para residir lá.

    Além disso, a renda mensal média está alta: € 850 (R$ 3,7 mil). A liberalização do mercado, combinada com um grande fluxo de investimentos estrangeiros, ajudou a aumentar os preços dos imóveis em Lisboa em 30% nos últimos dois anos.

    “A estratégia de Portugal para sair da crise era toda voltada para atrair investimento estrangeiro, o que resolveu um problema financeiro maior, mas agora também está criando novas questões para nossa população, como a crise imobiliária de Lisboa”, explicou Ana Drago, ex-advogada e pesquisadora de estudos urbanos na Universidade de Lisboa, ao jornal britânico The Guardian.

    O reavivamento de Lisboa parece, para muitos habitantes menos privilegiados que estão sendo retirados de suas casas, como uma mudança abrupta de um extremo para o outro: em algumas ruas os dois lados do pêndulo vivem muito próximos. No bairro medieval de Mouraria, um luxuoso condomínio foi construído poucos metros distante de um renovado edifício que se tornou a segunda casa de investidores franceses e de outros países.

    No final da rua, porém, um antigo prédio com varandas estreitas se tornou um símbolo para ativistas portugueses que lutam contra as evacuações dos imóveis, um fenômeno novo na cidade. Em frente à casa, habitantes que venceram uma lenta batalha judicial para permanecer no bairro penduraram um boneco do Papai Noel cercado por cartazes mostrando seus desejos de Natal: casas acessíveis e igualdade social.

    Sem dúvida, muitos portugueses, levados por aqueles que têm o mercado imobiliário nas mãos, consideram a transformação de Lisboa uma parte essencial das recentes transformações econômicas de Portugal. A chegada de grandes investidores e celebridades como a cantora estadunidense Madonna está “criando problemas imobiliários em alguns bairros”, disse Luís Correia, diretor de um hotel da capital do país ao jornal Público.

    “Mas as pessoas não devem se esquecer de que ninguém queria fazer nada para salvar esses mesmos bairros anos atrás”, continuou.

    Quando Portugal recebeu o empréstimo, Lisboa tinha 552 mil habitantes e 322 mil propriedades, das quais 50,2 mil estavam vazias, de acordo com o Censo de 2011. Um ano depois, a nova lei de aluguéis chegou à força liberando o mercado imobiliário. Os políticos procuraram dar o exemplo: em 2011, António Costa, que era prefeito lisboeta à época, levou o prédio da prefeitura do centro histórico para uma antiga fábrica de telhas em uma esquina da região de Intendente, um quarteirão conhecido pelos usuários de drogas e prostitutas.

    Hoje, Costa é primeiro-ministro de Portugal e o bairro de Intendente é irreconhecível: ali foi construído um shopping imenso, enquanto cafés e outros projetos estão funcionando. No centro fica um jardim rodeado por portões de metal forjado vermelhos projetados por Joana Vasconcelos, uma das artistas mais conhecidas do país no exterior.

    “A cidade está mudando rápido, mas para melhor”, afirmou recentemente Joana. “Minha impressão é que Lisboa está voltando a ser o que era, porque ela foi uma cidade multicultural por muitos séculos, um centro comercial que estava conectado com o mundo. Durante um período obscuro de ditadura, nós perdemos o rumo, mas agora estamos de volta”, finalizou.

  • Como se preparar para tornar-se um diplomata

    Como se preparar para tornar-se um diplomata

    Anualmente o Ministério da Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty, está selecionando os aspirantes a representar o Brasil em outros países, trabalhando a favor dos interesses nacionais. Com a proximidade da conclusão do processo de 2018, em breve o Certame de Admissão à Carreira de Diplomata será um dos concursos com inscrições abertas em 2019

    Para ingressar no cargo, é necessário passar no CACD, ser brasileiro nato, ter seus direitos políticos, estar em dia com as obrigações eleitorais e também do Serviço Militar (para candidatos masculinos,), idade mínima de 18 anos e aptidão física e mental para o cargo, verificado por exames pré-admissionais. Além disso, o candidato deve apresentar um diploma de conclusão de curso de graduação de nível superior emitido por uma universidade brasileira e reconhecida pelo Ministério da Educação, não importa qual é o curso. Aos que fizeram graduação em outro país, cabe ao próprio candidato buscar revalidação do MEC.

    O concurso é dividido em três fases de caráter eliminatório e classificatório. A primeira é uma prova em formato de teste que aborda língua portuguesa e inglesa, história do Brasil e mundial, política internacional, geografia, noções de economia e direito, além de direito internacional público. A segunda etapa abrange uma prova escrita de língua portuguesa, com exercício de uma redação e dois de interpretação, análise ou comentários de textos, além de um teste de língua inglesa, constituído de redação, tradução de um texto do inglês para o português e outro escrito que faz o caminho inverso, além de um resumo na língua inglesa do texto escrito no mesmo idioma.

    Para finalizar o processo, a terceira etapa é composta por provas escritas de história do Brasil, política internacional, geografia, noções de economia e direito, direito internacional público, além das línguas espanhola e francesa.

    A primeira fase é realizada nas capitais de todos os estados do país e no Distrito Federal; as outras duas etapas apenas nas cidades com candidatos aprovados. Os aprovados em todo o processo ainda fazem um curso de formação no Instituto Rio Branco em Brasília. A seleção é realizada pelo Cespe (UnB).

    Quem for aprovado entra no Ministério das Relações Exteriores como diplomata na classe inicial, no cargo de Terceiro Secretário, com salário de R$ 19,1 mil, além de benefícios. A contratação é feita através do regime estatutário.

    Com o passar dos anos, dependendo do desempenho do profissional, aquele que foi aprovado no CACD vai subindo na hierarquia do Itamaraty, na ordem de Segundo Secretário, Primeiro Secretário, Conselheiro, Ministro de Segunda Classe e Ministro de Primeira Classe — este último cargo é quando se assume a função de embaixador.

    Então, acompanhe os sites das instituições responsáveis pela prova, bons estudos e boa prova!

  • Nancy, a cidade francesa da Art Nouveau

    Nancy, a cidade francesa da Art Nouveau

    Até o século 18, Nancy — cidade a 385 km de Paris, na região de Grand Est — era composta por duas cidades fortificadas diferentes: ao Norte ficava Ville-Vieille, um povoado medieval, enquanto ao Sul estava Ville-Neuve, fundada apenas no final do século 16. Hoje, quando se compra passagens aéreas para a bela capital da Lorena, o que se descobre é um único e ainda desconhecido destino para os turistas brasileiros.

    Em 1750, Stanislau I (Stanislau Leszczyński), rei da Polônia e sogro de Luís XV, (monarca da França entre 1715 e 1774), destruiu as muralhas que separavam as duas cidades e ordenou o arquiteto francês Emmanuel Héré de Corny de projetar um novo e único centro urbano. Assim, surgiu a atual Nancy, hoje famoso destino turístico francês pela arquitetura, pela história e por ter sido o berço do movimento artístico art nouveau.

    Os edifícios erguidos por Héré por ordens de Stanislau I constituem um dos mais perfeitos e homogêneos exemplos existentes da arquitetura francesa do século 18. A praça pública retangular chamada Place Stanislas — cartão-postal de Nancy — possui quatro grandes esquinas ornamentadas com grades de ferro forjado e bordas douradas. Em um dos lados da praça está o Hôtel de Ville (a prefeitura) e, de outro, está o Musée des Beaux-Arts, que possui uma enorme coleção de pinturas barrocas e rococós.

    Em frente à prefeitura está um arco monumental, construído em nome de Luís XV e que dá passagem à Place de la Carrière. O Palais du Gouvernement, construído no século 18, fica no final da praça, com suas arcadas icônicas gregas, cujo prédio adjacente é o antigo Palais Ducal, que hoje abriga o Musée Historique Lorrain, com uma vasta coleção de arte e folclore regionais.

    História

    No século 11, Nancy era uma cidade pequena dominada por um único castelo. Fortificada um século depois, se tornou logo a capital dos duques da Lorena. Em 1477, Carlos, o Temerário, duque da Borgonha, foi morto enquanto tentava tomá-la. No século 16, quando se tornava uma cidade próspera, outro duque, Carlos II, de Lorena, fundou Ville-Neuve, que logo foi capturada pela França novamente em 1633 e devolvida aos duques depois do Tratado de Rijswijk, em 1697.

    Luís XV entregou Nany e o duque de Lorena a Stanislau I depois que ele perdeu a coroa polonesa, em 1735 — a cidade só foi passada novamente à França depois que o rei morreu. Depois da Guerra Franco-Germânica, entre 1870 e 1871, a população começou a crescer significativamente, à medida que o local se tornou o principal refúgio de migrantes franco-parlantes vindos das regiões da Alsácia e de Metz, que tinham se tornado territórios alemães. Nancy também foi bombardeada durante a Primeira Guerra Mundial, mas mesmo próxima da fronteira com a Alemanha, passou quase despercebida durante o segundo conflito (1938-1945).

    Hoje, Nancy rivaliza com Metz como uma capital administrativa e de negócios da Lorena. Famosa por sua cultura e suas artes, possui um grande centro de ensino superior com três universidades que atrai alunos franceses de todo o país. É um dos pontos centrais da metalurgia, das indústrias elétricas e da química da França, assim como conhecida pelas suas inovações na área de biotecnologia.

    Atrações

    A Place Stanislas é a cara de Nancy em todos os roteiros turísticos, muito por sua semelhança com a Place de la Concorde, em Paris, e a Place de la Bourse, em Bordeaux, na Riviera Francesa. Os portões de ferro com ornamentos dourados foram projetados por Héré, mas são trabalho de Jean Lamour, e alguns deles cercam fontes desenhadas por Barthélemy Guibal.

    O arco triunfal que oferece saída da Place Stanislas se abre para a Place Carrière, outro lugar público que aparece nos roteiros de Nancy: uma praça discreta diante da fama da Stanislas, a Carrière foi parte do projeto ordenado pelo rei polonês a Héré e, assim, é outro exemplo da arquitetura praticada na França no século 18. Seguindo por ela se chega a outra praça, a Place d’Alliance — as três formam o conjunto arquitetônico de Stanislau. Pequena e íntima, parece completar as duas irmãs maiores: juntas, elas receberam o título de Patrimônio Histórico Mundial da Unesco, braço da ONU para a cultura, em 1983.

    Na parte velha de Nancy, a maioria das construções data do século 16, cuja maior parte permanece até hoje. O melhor exemplo da arquitetura da época é o Craffe Gate, construído na metade do século 14 e que hoje é o edifício mais antigo do município — durante o século 15, abrigou até uma prisão. As duas torres gêmeas do prédio foram construídas em 1463 e têm paredes de três metros de espessura, cujas janelas eram abertas para permitir que o exército local atirasse em todas as direções contra os invasores.

    É daquela época também a maioria dos pontos centrais, como a Porte Saint-Nicolas, a Porte de la Citadelle e a Porte Saint-Georges. Muitos arcos também foram erguidos no século 18 como monumentos de Nancy: o Arco do Triunfo Héré, entre as praças Stanislas e Carrière, a Porte Saint-Catherine e sua contra-parte, Porte Stanislas, e a Porte Désilles.

    No entanto, o que atrai muitos turistas para a cidade da Lorena francesa é a arte, ou mais especificamente o movimento art nouveau e seu envolvimento com a arquitetura. Conhecido como o primeiro estilo moderno a florescer no século 20, ele chegou às construções quando ainda se debatia se o movimento era um estilo ou um detalhe artístico. Nancy, no entanto, foi a resposta: foi na École de Nancy que nomes como Louis Majorelle, Jacques Gruber, Émile Gallé, Jacques Gruber, Victor Prouvé, Eugène Vallin e Alexandre Bigot adquiriram reputação internacional pelas suas ideias — e foi na cidade onde eles colocaram-nas em prática.

    Contrária à precisão geométrica do neoclassicismo, a art nouveau tirou inspiração do mundo natural na tentativa de criar algo novo. Ela abrange todas as formas de arte e design, incluindo pintura, materiais em vidro, móveis, design gráfico e arquitetura. Foi em Paris, apesar de Nancy ser o berço do movimento, que a art nouveau fez sua primeira aparição, arrancando aplausos e críticas aos artistas da École de Nancy.

    Eles criaram lojas, bancos, prédios e casas usando a união entre a arquitetura e o estilo decorativo inspirado pela vida natural e pela ciência. Sua impressionante mistura de estilos arquitetônicos criou uma atmosfera que hoje transformou a cidade em um oásis para arquitetos, historiadores e artistas, já que a arquitetura art nouveau teve um impacto significativo na vida de Nancy — aos menos 250 construções são registradas na cidade como criadas a partir das ideias do movimento, tanto no centro como no subúrbio.

    Exemplos deles são o prédio do jornal L’Est Républicain, erguido em 1912 por Pierre Le Bourgeois, a Brasserie Excelsior, um emblemático restaurante construído em 1910 pelos arquitetos Lucien Weissenburger e Alexandre Mienville para receber os recém-chegados à Nancy pela estação ferroviária, e a sede da extinta loja de departamentos Les Magasins Réunis, também de Le Bourgeois, que chama atenção do centro da cidade. O site French Moments elaborou recentemente uma lista com outros 27 edifícios art nouveau de Nancy.

    Durante todo o século 20, não houve nenhum outro movimento arquitetônico europeu tão significativo e popular quanto a art nouveau: em um curto período, ela se espalhou por muitas capitais do continente, como Paris, Barcelona, Viena, Munique, Glasgow e Turim. Nancy, porém, permaneceu como o museu a céu aberto por excelência das obras dos artistas fundadores do estilo — e a importância disso é tão grande para a cidade que recentemente o guia Michelin criou um tour art nouveau apenas para levar turistas pelos exemplares mais acabados do movimento.

    Para a historiadora e jornalista brasileira Renata Inforzato, Nancy apenas aparenta ser pequena, mas pode levar uns dias de um turista mais atento. “Apesar de não ser uma cidade grande para os nossos padrões, em Nancy há muita coisa para se ver. O negócio é se adaptar ou fazer uma triagem nas atrações, de acordo com o tempo de viagem de cada um”, conta.

    Inforzato possui um site chamado Direto de Paris onde relata passeios que faz pela capital francesa, pela França e pela Europa. Segundo ela, outras atrações obrigatórias para qualquer turista em Nancy são as igrejas (“É assim em toda a França”, diz ela). Para ela, a principal delas é a catedral da cidade, construída no início do século 18 pelos arquitetos Jules Hardouin-Mansart e Germain Boffrand com portões produzidos pelo mesmo Jean Lamour, além de um grande órgão e uma cópula pintada por Jacquard.

    Historicamente, a presença da catedral em Nancy é devida às ambições pessoais dos duques de Lorena. Quando os três bispados de Toul, Metz e Verdun, na mesma região, foram incorporados ao reino da França, no século 16, o território do ducado não tinha uma cidade com algum tipo de importância religiosa. O bispado mais próximo de Nancy, Toul, era influenciado por outros duques.

    Carlos III, então, sonhou em reforçar a importância dos seus estados obtendo a diocese de Nancy do papa, podendo competir com os três bispados da Lorena. Suas tentativas, no entanto, foram fracassadas: ele conseguiu apenas obter um título primário, que foi dedicado à Nossa Senhora da Anunciação. Planejada já durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), os trabalhos em sua construção só foram iniciados com vigor em 1742, perto dos anos da Revolução, quando ela seria pilhada e transformada em um templo para o “culto da razão”.

    A cúpula da Notre Dame de Nancy representa a Glória Celestial, e cerca de 150 personagens, entre santos, profetas e anjos estão pintados nela. A igreja também abriga quadros de Jean Girardet, como Sacré-Coeur (na capela de mesmo nome) e uma Assunção (Assomption). Jacquard, aliás, foi o pintor mais importante de Nancy durante o reinado de Stanislas (o último duque de Lorena), no século XVIII. Em 1777, logo após a anexação do ducado pela França, a igreja se tornou catedral.

  • Uma conversa quase sóbria sobre o álcool

    Uma conversa quase sóbria sobre o álcool

    Por Fernando AlvesO futuro ministro da Cidadania do governo Bolsonariano, Osmar Terra, enxerga uma relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o índice de acidentes de trânsito e violência. Neste sentido, havendo essa proporcionalidade, defende uma nova politica no consumo de bebidas, que implicaria na diminuição da violência. Uma de suas sugestões é a fixação de um horário de comercialização.

     

    Claro que, muito rapidamente, o setor que seria/será atingido por tal “plano de governo” se manifestou contrário a tal posicionamento. Argumentando que se tal plano for posto em prática, agravará ainda mais a situação econômica do país, haja vista que o setor de bares e indústrias conta com milhões de trabalhadores diretos e indiretos. A partir de dados retirados do site da SINDICERV (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja) temos o seguinte cenário: 1,2 milhões de pontos de venda, 2,7 milhões de empregos, R$ 27 bilhões em salários e R$ 25 bilhões de impostos recolhidos ao ano. Segundo a ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o setor gera 6 milhões de empregos diretos no Brasil em 1 milhão de estabelecimentos. Enfim, a rejeição da proposta exposta pelo futuro ministro pelos sindicatos e associações do setor está alicerçada na possível queda de faturamento e que, consequentemente, ocasionará em cortes, inclusive de pessoal.

     

    No entanto, não é possível dizer que a fala do futuro ministro está vazia de sentido, de verdade. É inegável que o álcool está entre alguns dos fatores determinantes em vários casos de confusões, acidentes e mortes. Recentemente, houve um atropelamento com vítima fatal e vítimas gravemente feridas. Segundo sites de notícias, a condutora foi autuada pelo crime de homicídio culposo, lesão corporal e embriaguez ao volante. Mas este caso, que envolve álcool e volante, não é um caso isolado, senão vejamos:
    28/12: Blitz flagra condutores bêbados em mesmo ponto de tragédia em Cuiabá;
    26/12: Mulher joga carro em direção de viatura na MT-251;
    10/12: Cinco motoristas são presos por dirigirem bêbados;
    25/11: Motorista bêbado atropela gari na Estrada do Moinho;
    16/11: Bêbado atropela e arrasta motociclista;
    06/11: Bêbado provoca acidente de deixa PM ferido.
    As datas, bem como a frases de manchetes que as acompanham, são de alguns acidentes em que pessoas supostamente alcoolizadas estiveram envolvidas. Nota-se que tais eventos não são raros, pelo contrário, são até muito comuns, bastando o simples acompanhamento de jornais locais para comprovar. Portanto, este cenário dá razão ao futuro ministro, entretanto é completamente plausível entender que a estipulação de um horário de consumo possa influir em uma queda das vendas do produto, e num cenário macro as conseqüências acima expostas podem se tornar reais. Ponderar sobre estes dois aspectos torna-se uma matéria difícil, e é o que tentarei fazer aqui, ponderar sobre a situação fática, que encontramos todos os dias na rua, e buscar uma saída sóbria para tal.

     

    Quando pensamos em álcool e volante é praticamente impossível não se lembrar da lei mais temida por todos os “viradores de copos” de plantão: a Lei Seca. Tal lei veio para coibir que pessoas dirigissem após ingerir bebidas alcoólicas, e a razão para isso é bem simples: após alguns goles a pessoa ganha coragem, tem reduzido o seu “padrão” para relacionamentos e tem suas habilidades automobilísticas debilitadas, pois tem o seu poder de reação diminuído. Imagine se há aqueles que nem conseguem bem ficar de pé, quiçá dirigir uma máquina potencialmente “mortífera”.

     

    Mas antes de continuar, torna-se interessante um pouco sobre a lei. Tudo começa com a LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997, para os conhecidos e amigos: ‘Código de Trânsito Brasileiro’. E para os íntimos: CTB. O artigo 165 da referida lei, assim diz:
    Art. 165.  Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
    Infração – gravíssima;
    Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
    Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 – do Código de Trânsito Brasileiro.

     

    Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses.

     

    Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:
    Infração – gravíssima;

     

    Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
    Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270.

     

    Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses.

     

    Só para fazer um breve comentário para aqueles que estudam/gostam de direito penal e para aqueles que não conhecem a matéria sobre o artigo 165-A. Existe uma frase em latim que diz: nemo tenetur se detegere. Mas o que significa isso? É um princípio do direito que diz que “ninguém é obrigado a criar provas contra si mesmo”.  Ou seja, você não é obrigado a ajudar quem te acusa a produzir provas que te prejudiquem, pois quem acusa é que deve provar que a tu é culpado, no entanto vemos que existe uma coação legal para que você faça o teste do bafômetro, mesmo que o artigo 277 diga que o condutor “poderá” ser submetido ao teste, e não que “será” submetido.

     

    Pois bem, o portal de notícias G1 fez uma analise histórica da referida lei, e se pode notar um enrijecimento. Que em 1997, o limite era de 0,6 g/L no sangue ou 0,3 mg/L no bafômetro e hoje qualquer concentração de álcool já é causa de infração. A multa, em 1997, era de R$ 955 (gravíssima multiplicada por 5) e suspensão da CNH por 1 ano. Hoje, R$2.934,70. E mesma penalidade para quem se recusa ao teste do bafômetro. Quanto ao crime, em 1997, o sujeito era penalizado de 6 meses a 3 anos de prisão. Hoje prisão se mantém de 6 meses até 3 anos de prisão, entretanto se houver ferido grave, prisão até 5 anos. Caso haja morte, até 8 anos de prisão.

     

    Esse aumento de rigidez na lei é bem perceptível no mundo das leis, no mundo do direito, no ordenamento jurídico. Estamos vivendo um boom legislativo aliado à busca sanguinária por punição. Muitas leis sendo criadas, muitas penas sendo aumentadas. Se punição fosse realmente a solução, será que teríamos aprovado a lei da palmada? Por vezes creio que essa borbulha legislativa favorece, sobremaneira, aos doutrinadores do direito do que a sociedade em si, haja vista que todo santo ano, novos exemplares são editados acrescidos das novas leis, por vezes com seu conteúdo mantido em 90%, com seus preços altíssimos e recolhimento de toda “frota seminova” ou do ano anterior. Mas quem sou eu para dizer isto, não é mesmo?!

     

    Porém, o que realmente quero dizer é: a lei está cada vez mais rígida, as penas mais duras, mas por que noticias como as quais eu trouxe ainda são tão comuns? Será que esta solução está funcionando? Não sou nenhum hipócrita de negar que a lei tem sim seus resultados benéficos, pois se pelo menos uma vida foi poupada, já dá sentido a sua existência.

     

    A partir de agora irei expor uma breve reflexão sobre uma sugestão. Trata-se de uma sugestão meramente expositiva, que tem por objetivo levar a uma discussão que busque meios alternativos para o consumo de bebidas alcoólicas seja feito de maneira consciente e sem limite de horários.

     

    Primeiro é necessário entender quando o crime de dirigir sob influência do álcool começa. Para embasar a minha ideia, trarei vários temas do direito penal, todavia não os deixarei sem explicação. Normalmente a pessoa é autuada pelo crime quando parada em uma blitz ou quando ocorre algo mais grave, um acidente por exemplo. Entretanto, este é só o capitulo final, ou seja, quando as autoridades ficam sabendo do fato. Eis que eu pergunto para o direito penal: Direito Penal quando se considera praticado um crime? Resposta está no artigo 4º do Código Penal:

    Art. 4º – Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

     

    Portanto, considera-se praticado o crime de dirigir sob influência do álcool no momento da ação em que a pessoa se torna motorista do veiculo. O que quero dizer é, foi naquele momento que a pessoa saiu do bar pra ir para casa. Saiu da festa e pegou o seu carrinho e tomou seu rumo. Saiu de uma confraternização/aniversário e “picou a mula”. Se, nestes momentos, tais pessoas fossem impedidas de dirigir, talvez muito mais vidas tivessem sido poupadas.

     

    Digo mais, estabelecimentos com estacionamento incluso, que possuem ciência de quem está bebendo ou não, pela comanda, deveria impedir que tais pessoas adentrassem os seus respectivos veículos. Ai você me pergunta como isso seria possível, certo? Vislumbrei um mundo em que o motorista estaciona seu carro no estabelecimento, recebe uma comanda já indicando onde o carro está localizado, quando o cliente fosse quitar o seu consumo e se houvesse bebidas alcoólicas neste, o estabelecimento ofertasse o contato de um taxi, Uber ou um telefone que a pessoa retornasse em segurança. Em caso negativo, e a pessoa insistisse em dirigir, o estabelecimento comunicasse as autoridades, haja vista de saber quem foi o cliente e o que consumiu.

     

    Parece uma ideia absurda e de fácil refutação, mas não quero que as pessoas sejam impedidas de se deliciarem com as maravilhas alcoólicas, só prezo que quando isso ocorra, alguém sóbrio esteja atrás do volante, pois tenho medo que no percurso de volta, o pedestre seja eu.

     

    Além disso, caso alguém seja pego dirigindo alcoolizado, que penas alternativas sejam aplicadas. Tais como a participação em programas como “Alcoólicos Anônimos” ou similares, mesmo que a pessoa não seja uma viciada, a medida poderia ser de grande valia, pois ajuda a entender e refletir sobre sua ação, sendo que esta poderia ter consequências gravosas, tanto a própria pessoa quanto a terceiros.

     

    Se punir fosse a saída, não estaríamos mais discutindo este problema e chorando por vidas perdidas, ademais é sempre bom salientar que o ser humano é um ser inteligente e perspicaz capaz de encontrar a melhor saída para todos, bem como compreender que determinada coisa não está sendo suficiente. Temos que entender, de uma vez por todas, que a remediação é sempre mais dolorosa que a prevenção, por isso, a meu ver, a solução começa no bar, em casa, e não na blitz ou socorro às vitimas. Que não será horário limite que impedirá pessoas de beberem, sendo que podem muito bem comprar suas bebidas, toma-las em casa, na rua, ou em qualquer outro lugar a qualquer hora.

     

    Fernando Alves é acadêmico de Direito, estagiário, além de escritor e poeta amador.

  • 3 Tendências de comportamento de consumo para 2019.

    3 Tendências de comportamento de consumo para 2019.

    2019 será marcado por diferentes nuances em nosso comportamento ao consumir, seja de cunho religioso, cultural, racial, ou simples conveniência. Mas, de fato, o que isso tem de tão importante para o jeito que eu ou você consumimos?

    Tudo! Afinal, a economia digitalizou há tempos. E a busca por experiências de consumo cada vez mais personalizadas deixou o mercado tão preocupado em personalizar algo que lhe agrade, que este procura cada vez mais tangibilizar suas ações para que você consuma.

    De acordo com a WGSN, autoridade global em pesquisa de mercado, 2019 e 2020 serão anos decisivos para entender o cliente digitalizado. Ela realizou um mapeamento em que destaca fatores globais que mudarão a perspectivas de consumo e quais serão as prioridades do consumidor daqui 2 anos, veja:

    5G:

    Pode parecer brincadeira, mas a vedete dos próximos anos será o 5G, mesmo que o Brasil não seja um país onde a tecnologia é acessível a todos ou mesmo não funcione direito. O 5G será responsável por mais negócios com experiencias de realidade aumentada, e a velocidade das redes sociais vai impactar o engajamento do consumidor às marcas.

    Com o 5G o varejo será uma terra de serviços, e as empresas que investirem na personalização aliada à velocidade sairão na frente. Uma vez que a negociação digital é contínua e não pode ter atrito, os aplicativos mais adequados também impactarão.

    Mas, e quem não tem acesso ao 5G? Haverá outros tipos de negócios, segundo Bill Ready Coo do Paypall, 3 bilhões de pessoas no mundo ainda não participam da economia digital, e isso pode gerar oportunidades de negócios.

    Novas Maiorias:

    Há alguns anos, quando a gente falava de minoria, a referência era sempre de gente diferente, que se comportava de forma distinta e que pensava de forma diversa. E para quem não acreditava nessas pessoas, elas hoje não são mais minorias, são MAIORIAS. E isso quer dizer que um mercado diferente, ávido por produtos e serviços feitos para eles, esta aí, minha gente.

    Um exemplo de quem prestou atenção nisso e sai na frente foi a Nike: atenta aos  Milenials muçulmanos, a marca criou o “pro hijab”, um lenço que cobre os cabelos das muçulmanas, desenvolvidos especialmente para que elas pratiquem esportes.

    No Brasil temos marcas de cosméticos, moda e afins, desenvolvidos especialmente para afrodescendentes. Lembre-se eles não são mais minorias, no Brasil representam 51% da população, e uma super oportunidade para bons negócios esta aí.

    Economia Compartilhada:

    Faz um tempo que a ideia de que as pessoas mantenham o mesmo estilo de vida, sem precisar adquirir, e sim, compartilhar, está de moda. Mas, o que muda no comportamento da vez é que ela não é mais somente uma cultura de consumo colaborativo, ela se transformou em capitalismo comunitário.

    E isso quer dizer que que um novo modelo de negócios está prestes a mudar as regulamentações governamentais, o planejamento cívico e o desenvolvimento regional.

    À medida que mais consumidores da cultura colaborativa usam o ativismo digital para garantir que o dinheiro seja investido localmente e de forma mais personalizada, mais desenvolvimento será concentrado.

    Podemos dizer que a vez da etnografia e netnografia está aí, pois vamos precisar estudar os hábitos do consumidor de hoje e do futuro a fundo para oferecer o que ele realmente deseja, e não mais enfiar goela abaixo nosso produto, que ele vai aceitar.

     

  • Porque o Brasil não vai abandonar o socialismo

    Porque o Brasil não vai abandonar o socialismo

    96b71a767e7fdbf240f29ac8566f4771Por Chico Oliveira

    Antes de contar uma história qualquer, das tantas repetidas em muitas famílias para exemplificar e confirmar que nosso país é socialista, digo para contextualizarmos a Constituição de 88, já que a maioria dos congressistas queriam fazer algo o mais “frouxo” possível, haja vista que saíamos de uma ditadura de 28 anos.

    A verdade é que de lá para cá, quando uma jovem engravida no Brasil um ciclo de assistencialismo obrigatório sufocante ao Estado inicia. Esta moça tem atendimento garantido no sistema único de saúde (SUS) desde as primeiras consultas, pré-natal e até o parto, tudo, absolutamente tudo, é feito em hospitais públicos.

    Em países verdadeiramente capitalistas, isso não acontece gratuitamente. Por isso, é tão comum em filmes americanos jovens se desesperarem realmente quando surge uma gravidez indesejada, simplesmente porque lá não existe gratuidade em nada aqui mencionado até agora. Não deixando de fazer a ressalva que falamos do país mais rico do mundo.

    Por aqui, após o nascimento de uma criança no Brasil os jovens pais, caso sejam minimamente informados ou recebam orientação devida, ganham automaticamente uma casa no Programa “Minha casa, Minha vida”. Caso tenham uma renda um pouco mais elevada, enquadram-se em financiamentos, até do mesmo programa, com subsídios embutidos do Governo e facilidades financeiras praticamente de pai pra filho, algo inquestionavelmente sintomático de um país socialista.

    Seguindo o enredo, quando essa criança atinge a idade de quatro anos ela começa a frequentar a creche, que é uma instituição de abrigo a estas crianças com toda gama de profissionais e alimentação regulada por rigorosos nutricionistas criteriosamente bancados pelo dinheiro público. Neste tempo, se a renda familiar enquadrar-se nos critérios de avaliação social do Município em questão, a mesma família ainda pode ser contemplada com o benefício mensal do famigerado “bolsa família”.

    Em regra, as constituições dos países mais desenvolvidos, patamar onde este que escreve imagina que queremos todos chegar, existia a garantia de educação da primeira série até o segundo grau. A universidade, a partir de então, é uma busca totalmente individual e meritocrática do indivíduo. No Brasil, a responsabilidade estatal contínua segue.

    Esse jovem que fez o Enem e não conseguiu atingir índices de aprovação em uma universidade pública, não tem porque perder sono. Ele poderá pleitear programas sociais de bolsa integral ou meia bolsa de estudo para ingressar numa universidade público. Ou então, entrar no “fiadão” do Fies pra pagar algum dia se tudo der certo.

    E quando chegar a hora de pagar o Fies, as coisas, quase sempre, estão difíceis. O mercado está concorrido, existe vários obstáculos no caminhos, mas a solução achada vem da memória de maneira elementar. Mesmo sem condições para isso, o nosso personagem se casa, engravida sua esposa, ganha sua casa no “Minha casa, Minha vida” e tudo isso se repete numa nova geração dessa grande família.

    Tais projetos inegavelmente contribuem para que o povo possua o mínimo, mas a verdade é que fazem com que o Brasil jamais venha ou possa ser chamado de uma nação de direita, de fato, algo que aplica-se a realidade atual. Portanto, é inútil esperar muito dos governos que aqui se instalam porque eles têm uma linha mestra a seguir. No Brasil, a melhor filosofia possível é a conclusão da melhora individual, onde fazendo seu trabalho de maneira empenhada, aperfeiçoando a si próprio e tentando ser o melhor possível, como profissional e como cidadão, o cidadão oferece ao menos um pouco de oxigênio ao seu país.

    Chico Oliveira é analista político e diretor do NMT

  • Alimentação saudável: mitos e verdades

    Alimentação saudável: mitos e verdades

    Sabe-se que a “saúde perfeita” tem sido almejada por grande parte das pessoas no mundo inteiro. A Organização Mundial de Saúde (OMS), agência cujo objetivo é desenvolver ao máximo possível o nível de saúde de todos os povos, apresenta diversos documentos estratégicos que orientam a formulação de políticas de saúde, sendo atualmente a alimentação e a nutrição considerados como elementos chave na definição dos objetivos, estratégias e recomendações nos seus diversos programas e políticas.

    Buscando trazer um olhar mais detalhado sobre o assunto, a equipe de reportagem do CenarioMT buscou sanar algumas dúvidas com Elisângela Almeida, nutricionista atuante na rede pública de saúde de Lucas do Rio Verde.

    Segundo Elisângela, as pessoas levam em consideração o que elas recebem de informação, independente do meio usado para aquisição dessas informações (como Internet, TV, pessoas conhecidas, etc.). Cada pessoa tem uma opinião a respeito da definição de alimentação saudável, e a nutricionista esclarece que propõe aos pacientes uma alimentação natural, ou o mais natural possível. Quanto mais natural for a procedência do alimento, melhor será a qualidade. Ela deixa claro que tudo o entra no organismo determina o quão saudável a pessoa vai estar, ou o quão doente ela poderá ficar.

    Elisangela expôs que em Lucas do Rio Verde não temos alimentos genuinamente orgânicos (completamente livres de agrotóxicos), uma vez que a região é produtora, e tanto a terra quanto o ar e a água estão contaminados com esses agroquímicos; porém, há pequenos produtores em nossa cidade que com muito esforço e dedicação conseguiram adquirir o selo de qualidade dos alimentos. A nutricionista indica as feiras livres, que acontecem praticamente todos os dias em nossa cidade, para adquirir produtos com o uso mínimo de defensivos agrícolas.

    Quanto aos suplementos e shakes existentes no mercado, a nutricionista destaca que tal produto não ensina as pessoas a se alimentar. Ela disse que há bons produtos, saudáveis, que têm alguns nutrientes como vitaminas e minerais, mas nem todos têm realmente aquilo que relatam. Há muitos produtos ditos “emagrecedores”, mas estão cheios de açúcar, mantendo o indivíduo atrelado a eles, bastando apenas um olhar mais criterioso na tabela nutricional inscrita no rótulo. Elisangela destaca que “muitos produtos dessa natureza têm óleo de girassol, óleo de canola, maltodextrina (açúcar), além de muita soja, que dependendo da forma que foi preparada pode se tornar um antinutriente (substâncias que prejudicam o organismo). É primordial que o indivíduo entenda a qualidade do suplemento para saber qual seria indicado para o seu consumo, e não tentar se enganar acreditando que essa é uma forma milagrosa de obter boa alimentação”. Para a nutricionista, “boa alimentação é comer comida de verdade, é consumir aquilo que vai nutrir o seu organismo”.

    Ela ainda destaca que é necessário todo um conjunto de ações, que fazem parte da boa alimentação. “O seu organismo se prepara para receber o alimento. Tudo tem uma função. Seus dentes precisam mastigar, o que estimula a digestão, e também vai ajudar seu intestino a funcionar corretamente, todos os seus hormônios funcionando corretamente. Quando eu tomo suplementos (que muitas vezes são shakes) eu não tenho todo esse processo. Eu pulo etapas. Então, nem sempre é uma boa alternativa. Suplementos são bons, mas tem os que são indicados para cada pessoa, para cada caso. Para isso é importante consultar um profissional”.

    Elisangela pontua que “sempre que pensarmos em alimentação saudável é importante que tenhamos em mente que nem sempre temos o melhor produto (completamente orgânico), porém não podemos deixar de fazer o que é bom quando não conseguimos o que é ótimo. Não é porque não tem o sal rosa, que não vai modificar nada; não é porque não tem condições de frequentar academia, que não vai fazer nenhuma atividade física. Não é assim. Você tem que prezar pelo bem que você consegue fazer. Faça o melhor que estiver ao seu alcance. Faça o que é mais saudável. Legume, verdura, fruta, carne e derivados animais, gorduras de origem animal ou que vêm das castanhas e da natureza, todo alimento que não for muito processado, quanto menos ingredientes tiver nos produtos que eu compro no mercado, com certeza vai ser saudável, vai promover a saúde do indivíduo”.