Categoria: ARTIGOS

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  • Você não age por impulso

    Você não age por impulso

    Apenas é feliz quando seu coração lhe revela o amor.
    Este é o caminho mais gostoso,
    na vida de um homem e uma mulher,
    não tenha medo de errar ou exagerar,
    toda vez que agir com seu coração, vai acertar.

    Não há dois amores para você escolher,
    Deus nos dá apenas um, e muitos prazeres,
    quem ama não tem dúvidas, tem apenas uma certeza.
    Só você me faz feliz.

    As outras emoções são deliciosas, mas,
    quando comparadas ao amor, ficam em segundo plano,
    pois quem ama sabe,
    não tem dúvidas sobre a pessoa que o fará feliz.
    Então, é você quem eu amo e se não for você, não é amor.

    O poeta do lago

  • O impacto da tecnologia nas empresas, por Mariza Valcanaia

    O impacto da tecnologia nas empresas, por Mariza Valcanaia

    Mariza ValcanaiaO impacto da tecnologia nas empresas vem trazendo maior eficiência na gestão, seja na gestão financeira, de estoques ou de pessoas. A tecnologia agiliza a comunicação interna, reduz o ruído organizacional, evitando desgastes na equipe e junto aos  clientes, além disso, as mudanças tecnológicas e as ferramentas gerenciais disponíveis atualmente permitem que você acompanhe e controle praticamente todos os aspectos do funcionamento da sua empresa, em tempo real.

    O escritório Modelo está inserido neste cenário. São muitos programas/softwares de total segurança, que ajudam neste contexto, como: arquivo digital, assessoria online, auditoria tributaria, importação e transmissão de dados, atendimento digital, publicação diárias de assuntos relacionados as mudanças de Leis, entre outros que estão em construção ainda para este primeiro semestre que serão de grande valia.

    Nossa meta para este ano de 2020 é concluir nosso processo digital, reduzindo o uso de papel no escritório, e ao mesmo tempo em que implantamos uma nova prática, levamos esse modelo para os clientes de uma forma organizada, colaborando com o meio ambiente e contribuindo com a sustentabilidade.

    Nesse contexto implantamos em 2016 um núcleo de assessoria e consultoria e em 2017 uma HOLDING ADMINISTRATIVA com intuito de oferecer estrutura para o grupo e crescer em experiência para melhor atender os clientes.

    Nosso departamento de OMD-Organização Metodologia e Desenvolvimento está desenvolvendo um novo modelo de mercado, com tecnologia e inovação, visto a importância que é hoje ter esse olhar, esse cuidado com nossos colaboradores, nossos sócios, parceiros, clientes e principalmente oferecer oportunidades de trabalho, crescimento e desenvolvimento comprometido com o futuro das novas gerações.

    Outro ponto que torna a tecnologia verdadeiramente importante no contexto empresarial, é a sua enorme capacidade de ajudar as organizações a reduzirem custos, proporcionando para o empresário novas oportunidades de investir.

    A tecnologia é, sim, uma das nossas maiores esperanças quando tentamos projetar algo para o futuro, as facilidades trazidas por ela, ao longo dos anos, nos faz ter a certeza de sua constante evolução, em grande parte das vezes, seus produtos serão úteis e absorvidos facilmente em nossa rotina.

    Mariza Valcanaia  –  Sócia proprietária do Grupo Modelo

     

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  • Laranja com aranha

    Laranja com aranha

    Preciso ter uma conversa seria com o Senhor amor,
    procuro há algum tempo minha meia laranja,
    não sou exigente, gostaria que ela fosse só minha,
    parceira para tudo,
    fiel a nossos sonhos, mãe de nossa família
    e quero-a envelhecendo comigo,
    numa gostosa cadeira de balanço, ao sabor da lua.

    Obs. Só uma exigência,
    quero ela bem safadinha, quanto mais pecadora, tentadora,
    mais desfrutaremos os prazeres da cama.

    Que ela venha com a fome de uma viúva negra,
    só não pode matar de verdade, arrancar pedaços,
    agora, morder, chupar, abraçar, apertar,
    quero que faça enquanto eu durar.
    ahhhhhh…. Senhor amor, assim, quero-a até o sol raiar.

    O poeta do lago

  • A hegemonia do etanol, por Marino Franz

    A hegemonia do etanol, por Marino Franz

     

    A indústria sucroalcooleira vive um momento único, de infinitas oportunidades, com cenário positivo para investimento, demanda global crescente e aumento significativo do consumo interno. Soma-se a esse cenário o RenovaBio, política nacional de incentivo específica para o mercado de biocombustíveis. Com ele, os produtores que adotarem as boas práticas receberão uma espécie de pagamento pelos serviços ambientais.

    O consumo interno de etanol continua crescendo, mesmo com a alta nos preços registrada neste início de ano. Abastecer com etanol continua vantajoso perante a gasolina e, de forma cada vez mais rápida, o brasileiro escolhe o produto, porque além de suas vantagens econômicas está considerando os impactos ambientais positivos do biocombustível. O consumo de etanol foi se fortalecendo e consolidando ao longo do último ano atingindo um volume de venda recorde em 2019.

    No mercado o externo, o interesse e a procura pelo etanol também só cresce a cada dia com a tendência mundial por fontes renováveis de combustíveis. Os países precisam encontrar meios de reduzir suas emissões de carbono, diminuindo os impactos da emissão de gases do efeito estufa, e o Brasil é considerado o exemplo a ser seguido neste quesito. Países como Estados Unidos, Índia e China atuam para aumentar a quantidade de etanol na gasolina.

    A Índia, por exemplo, quer aumentar para 10% a quantidade de etanol em sua gasolina até 2022. Hoje, a mistura não chega a 7% e o país de 1,3 bilhão de habitantes quer aproveitar o conhecimento brasileiro para cumprir a missão. Nos Estados Unidos a mistura é de 10%, mesmo percentual que a China pretende chegar também nos próximos dois anos. Já o Brasil é exemplo de que é possível ter uma gasolina mais limpa e eficiente, o país possui o maior percentual de mistura registrado no mundo, com 27% de etanol adicionados a gasolina desde o ano de 2015. Esta mistura não afetou o desempenho nem mesmo dos carros importados.

    O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos americanos. As projeções são de que o país deve produzir 30,4 bilhões de litros de etanol, neste ano, e chegar a 37,2 bilhões em 2028. O uso do etanol como combustível em larga escala, no entanto, ainda ocorre basicamente nesses dois países.

    Mas, o governo federal está trabalhando para mudar este cenário e transformar o etanol em uma commodity mundial. Para isso, missões diplomáticas/comerciais estão sendo empreendidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por vários países. Atualmente, o Ministério contabiliza cerca de 60 países que possuem ou estudam algum programa para incorporar o etanol em sua matriz energética.

    Para Mato Grosso, o cenário não poderia ser melhor. Somos o segundo maior produtor de etanol no Brasil. Impulsionado pelo etanol de milho, a projeção é que, em dois anos, o estado chegue à produção de 5 bilhões de litros do biocombustível por ano. Este crescimento faz o setor acreditar que poderemos nos tornar a maior região produtora do bicombustível no mundo.

    Atualmente, o Estado conta com 12 unidades produtoras de etanol, sendo sete exclusivamente de cana, três flex (cana e milho) e duas de milho. Até o próximo ano, serão mais quatro unidades produtoras do biocombustível através do milho. O setor gera 10 mil empregos diretos, empregos estes considerados de alta qualidade e com excelentes remunerações.

    Com o cenário de aumento da produção, do consumo e dos investimentos, a hegemonia do etanol é indiscutível. Desde o final da década de 1970, quando o Proálcool foi lançado, nunca houve uma referência que indicasse a direção da produção de biocombustíveis do Brasil, mas agora, com tantos fatores positivos, já temos o caminho a seguir.

     

    *Marino Franz é sócio fundador da FS Bioenergia e Presidente de Fundação de Pesquisa Rio Verde

     

     

     

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  • Por Mato Grosso, pelo Brasil

    Por Mato Grosso, pelo Brasil

    O ano de 2019, meu primeiro ano como deputado federal, foi um período muito difícil, com obstáculos tão grandes quanto os desafios deixados pelos governos anteriores. Mas recompensador por ver as mudanças que começam a acontecer, em todas as áreas da administração pública, graças ao grupo de homens e mulheres comprometidos com o bem comum.

    Ao longo dos últimos anos, quando eu sequer sonhava em ser deputado federal e menos ainda que seria eleito com o apoio do nosso presidente, Jair Bolsonaro, venho demonstrando minha indignação com os malfeitos políticos e com o tratamento aos trabalhadores rurais, que enfrentam chuva, sol e frio para produzir alimento e riqueza ao nosso país.

    Por isso, participei durante todo o ano de importantes decisões, que estão mudando para melhor esta realidade, como as alterações nas regras do Cadastro Ambiental Rural, a assinatura da MP da Regularização Fundiária e a liberação de quase R$ 74 milhões em recursos para que Mato Grosso, enfim, consiga titular as terras de milhares de pessoas que encaram isso como um sonho.

    Do ponto de vista econômico, tivemos importantes avanços como a Reforma da Previdência e a MP que desburocratizou o país. E é disso que precisamos, de mais Brasil e menos Brasília, de um Estado menor, de mais oportunidades para quem quer trabalhar, para quem quer empreender, para quem quer fazer desta terra um lugar melhor para nossos filhos e netos.

    Foi um ano de aprendizado. Aprendi, por exemplo, que por maior que seja o desejo de mudança de um grupo de eleitos, resultado do desejo dos eleitores, ainda há aqueles que defendem e lucram com o atraso e com o declínio do nosso país. A vocês, meu recado sobre estas pessoas: elas jamais vencerão, elas jamais prosperarão e encontrarão em mim aquilo que tiveram ao longo deste ano, alguém que não tem medo de defender a família e a pátria.

    Ainda há muito por fazer. Não seria em um ano que conseguiríamos reconstruir aquilo que foi destruído durante quase duas décadas. E vocês podem ter certeza, que com o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos faremos mais e teremos muitos motivos para comemorar ao final de 2020.

    *Nelson Barbudo é deputado federal e presidente do PSL de Mato Grosso

  • Ferrogrão e o fim dos gargalos

    Ferrogrão e o fim dos gargalos

    Miguel Vaz Ribeiro*

    02301320092019 Miguel Vaz Ribeiro
    Miguel Vaz Ribeiro

    O governo federal planeja promover 44 leilões de concessões na área de transportes no próximo ano, com a meta de atrair R$ 101 bilhões de investimentos em rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

    Segundo o Ministério de Infraestrutura, alguns dos destaques são a concessão da BR-163 no trecho entre Mato Grosso e Pará e a concessão da ferrovia Ferrogrão, no trecho de 1.142 quilômetros entre Lucas do Rio Verde (MT) e Miritituba (PA).

    Como o estado de Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e o setor agropecuário é responsável por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), é inconcebível que a logística continue sendo o principal gargalo para essa produção. Por isso, esse anúncio do governo federal é recebido com muita satisfação pelo setor produtivo.

    A pavimentação da BR-163 foi concluída este ano, o que já significa um grande avanço para os estados do Pará e de Mato Grosso.  Mas, quem passa por lá sabe que o principal corredor para o transporte da produção agrícola do Estado tem um fluxo diário muito alto e que o tráfego costuma ficar lento, considerando que grande parte da rodovia ainda é de pista simples.

    Essa situação abre um questionamento sobre o prazo para que a concessionária responsável pela rodovia conclua a duplicação até o município de Sinop, que venceu em abril de 2019. É preciso saber quando essa obra será de fato encerrada, pois se trata de um eixo singular na produção agrícola do país e pelo qual todos que atravessam pagam pedágio.

    É inquestionável a importância da BR-163 como rota de escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso, e essa concessão significa aumento de eficiência e fluidez. O cenário é animador, já que, hoje, a capacidade instalada no porto de Miritituba (PA) é de 15 milhões de toneladas e uma série de projetos está na fila para ser instalada na região.

    Na parte de ferrovias o destaque vai para a concessão da Ferrogrão, no trecho entre Lucas do Rio Verde e Miritituba. A perspectiva da real construção da Ferrogrão é uma injeção de ânimo para o agronegócio mato-grossense e para sua população. O projeto de construção da ferrovia aponta a possibilidade de geração de 13 mil postos de trabalho durante a fase de obras. É um movimento importantíssimo nesse momento em que a geração de empregos é uma das prioridades dos brasileiros.

    E como o maior desafio dos municípios da região médio norte de Mato Grosso é o escoamento da safra, o projeto da Ferrogrão abrirá espaço para expansão da produção de soja, milho, algodão e outras culturas, além de ser uma alternativa mais eficiente do ponto de vista ambiental e energético para o escoamento dessa carga do Estado.

    O investimento de R$ 12,6 bilhões deverá reduzir em 30% o custo de escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso, segundo estudo realizado e apresentado por seis empresas ao governo federal. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prevê uma capacidade de escoar 58 milhões de toneladas de grãos por ano.

    Segundo o estudo de viabilidade, se a ferrovia estivesse funcionando, o custo do frete seria de R$ 110 por tonelada, quase a metade do valor pago no frete rodoviário. Além de reduzir os custos para escoamento da produção e com a manutenção das rodovias, as ferrovias ainda significam mais segurança nas estradas com a diminuição do fluxo de veículos pesados.

    Torcemos, agora, para que o cenário se torne ainda mais favorável com a possibilidade da abertura de concessão para outros projetos de construção e ampliação ferroviária que cortem o Estado, tendo em vista que apenas com a concorrência entre as empresas e os modais de transporte se possa atingir o tão sonhado frete a preço justo para o escoamento de nossa produção. Além de que o transporte se dá com “mão e contramão”, ou seja, ao passo que se escoa também se recebe, abrindo ainda mais oportunidades e investimentos em Mato Grosso, que poderá refletir no bolso do cidadão ao ter acesso a produtos que possuirão fretes mais baratos e que chegarão em menor tempo nas prateleiras dos lojistas.

    *Miguel Vaz Ribeiro é produtor rural, empresário e membro do conselho executivo da Fiagril

  • A malha que não é só paulista

    A malha que não é só paulista

    image 1Muitos lugares por onde tenho andando, nas dezenas de agendas que já fiz percorrendo Mato Grosso desde que assumi o mandato de deputado federal, ressalto a importância de grandes temas para o Estado, como é o caso da Malha Paulista, e percebo que muitos desconhecem a verdadeira grandeza disso.

    Quando falamos em melhorar a infraestrutura no Estado, concretizar projetos importantes como a Ferronorte, a Ferrogrão, para interligar os principais polos de produção com o resto do País, projetos que estão sendo construídos há anos e anos, estamos falando diretamente da Malha Paulista!

    A Ferronorte, por exemplo, junto com a Malha Paulista, formará o principal corredor de exportação agrícola do Brasil, ligando as regiões produtoras de grãos do Centro Oeste brasileiro, ao porto de Santos (SP).

    Aqui no Chapadão do Centro-Oeste, onde o trem anda a 80km/hora, quando chega em São Paulo, pelo fato da ferrovia ser muito antiga, o mesmo carregamento reduz para 20km/hora atendendo um fluxo de 30 milhões de toneladas. Com as intervenções que fizemos, desde o leilão da RUMO (em março deste ano), até a aprovação pelo TCU (a poucos dias) da prorrogação antecipada do contrato de concessão da Malha Paulista, vamos dobrar essa capacidade para 75 milhões de toneladas com investimentos que chegam a R$ 7 bilhões de reais.

    A bancada de Mato Grosso tem acompanhado de perto esse processo para garantir, principalmente, que a ferrovia passe por Rondonópolis, Cuiabá e Lucas do Rio Verde. Uma conquista de todos que se envolveram e lutaram por isso, pensando no melhor para Mato Grosso, na valorização do setor que sustenta a economia do País: o agro!

    Esses trechos combinados ampliarão a matriz ferroviária para dar vazão a um maior volume da produção agrícola do Centro-Oeste, onde, hoje, o escoamento é feito, sobretudo por estradas.

    Por isso, todo meu reconhecimento, em nome da bancada mato-grossense, ao Governo Jair Bolsonaro, que entendeu a importância dessa obra como eixo estruturante do País, e não mediu esforços para que um processo que se estendia desde 2016 fosse solucionado.

    A Malha não é só Paulista, é Mato-Grossense (…) é Brasileira!

    *Neri Geller é ex-ministro de Agricultura e deputado federal por Mato Grosso

  • A Lei Kandir e suas mazelas

    A Lei Kandir e suas mazelas

    A discussão acerca da revogação da Lei Kandir (Lei Complementar 87/1996), prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 42/19, de autoria do senador Antônio Anastasia (PSDB/MG), é a mais nova angústia na vida do produtor rural.

    Nós produtores rurais vemos com profunda preocupação a iminência da proposta, sobretudo neste momento em que o Brasil se torna o 2º maior exportador mundial de pluma. Recente estudo elaborado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta que se as exportações passassem hoje a ser tributadas como os governantes desejam o impacto sobre a atividade agropecuária seria a redução do faturamento na ordem de R$ 47,8 bilhões.

    De janeiro a agosto foram exportados US$ 1,05 bilhão em algodão em pluma, resultado do embarque de 622 mil toneladas, conforme dados do ComexStat do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Mato Grosso foi responsável por US$ 677,5 milhões oriundos de 398,2 mil toneladas. Segundo dados da série histórica do ComexStat, em 2000, ano em que a série inicia no referido sistema, Mato Grosso havia comercializado apenas 5,347 mil toneladas de algodão em pluma resultando em US$ 6,2 milhões.

    A Lei Kandir proporcionou ganhos sociais e desenvolvimento aos estados, em especial Mato Grosso considerado o celeiro da produção nacional e responsável por cerca de 25% dos grãos colhidos no Brasil, sendo somente da pluma aproximadamente 66%.

    Neste setor a Lei é considerada necessária para que haja competitividade em nível mundial e conquistar novos mercados. A sua revogação prejudicaria todo o setor produtivo. Essa legislação abriu portas ao Brasil e nos possibilitou investir na cadeia, fazendo com que o país ganhasse reconhecimento e novos parceiros comerciais.

    Em nível internacional, o Brasil ainda não é competitivo quando comparado aos países de primeiro mundo, por vários aspectos, mas acentuadamente pela carga tributária e pelo apagão logístico.

    Vale lembrar que foi o agronegócio quem nos últimos anos, em meio as crises econômicas e política, segurou a balança comercial brasileira, gerando renda.

    Nenhum país do mundo com alto índice de exportação cobra impostos para a venda no exterior e foi com a Lei Kandir, que o Brasil ficou mais competitivo. A Lei pode isentar a cobrança do ICMS sobre os produtos primários não industrializados para exportação, entretanto a cadeia produtiva gera recolhimento do imposto em questão. A compra de insumos por parte do produtor gera arrecadação de ICMS, a compra de uma máquina agrícola e o óleo diesel também.

    A lei Kandir é realmente imprescindível para o algodão. Mas temos que ampliar a discussão para toda a cadeia. Na produção de grãos, por exemplo, ela pode se tornar um empecilho, atrasando o crescimento do país, em especial Mato Grosso. O Brasil triplicou em 20 anos, elevado em 41% a área cultivada. Porém, o esmagamento da soja estagnou em 45 milhões de toneladas neste mesmo período, o que nos tornou um grande vendedor de matéria prima primária.

    Se houvesse mais esmagadoras instaladas em Mato Grosso, o retorno tributário seria gigantesco e para a cadeia como um todo agregaria valor imensurável. Talvez seja necessário aprofundar o estudo nos setores da cadeia produtiva.

    Achar mecanismo para que o Brasil possa agregar mais valor a soja. Hoje estamos deixando a maior parte dos ganhos com o produto soja para o exterior. Perdemos um potencial valor agregado que é importante em todos os setores, inclusive tributário, por falta de uma política moderna, que geraria mais emprego e melhoraria a vida do produtor.

    Um estudo mais profundo que não onere o produtor. E se chegar a onerar diretamente, que desonere de outra forma. Com mais indústrias a negociação é melhor, agregando mais valor à soja, revertendo em benefícios.

    Essa talvez seria uma nova proposta de valorizar mais a cadeia produtiva da soja e retornando mais impostos. Uma provocação a ser estudada.

     

    *Miguel Vaz Ribeiro é produtor rural em Lucas do Rio Verde e empresário

     

    https://www.cenariomt.com.br/2019/10/25/milho-e-etanol-uma-uniao-de-valor/

  • Milho e etanol: uma união de valor

    Milho e etanol: uma união de valor

    Há quem diga que o milho em poucas safras irá ultrapassar o volume da soja em Mato Grosso. Não duvido muito, até porque hoje produzimos praticamente a mesma quantidade de cereal em relação a oleaginosa, porém em uma área 50% menor. A expectativa é que a produção do cereal mato-grossense para safra 2018/19 fique prevista em 32,26 milhões de toneladas, enquanto em soja foram 32,5 milhões de toneladas. O impulsionador para isso não somente foi o clima, mas também o etanol.

    Com uma tonelada de milho é possível produzir 420 litros de etanol, 180 Kg HF + 105 Kg HP (seco) de DDG (produto utilizado para ração animal, tanto de bovinos quanto de aves, suínos e peixes), 18 litros de óleo de milho (que pode ser refinado ou virar biodiesel), além da co-geração de energia elétrica, diante o uso de biomassa.

    Mato Grosso na safra sucroalcooleira 2019/2020 deverá produzir 2,27 bilhões de litros de etanol. Tal volume supera em 25,9% a oferta do ciclo passado de 1,8 bilhão de litros. A entrada da operação de mais usinas “full”, ou seja, que utilizam apenas o milho para a produção do biocombustível é a propulsora para o resultado, uma vez que a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar está estabilizada.

    Contamos hoje no estado com três usinas “full” em operação e outras duas sendo construídas com previsão de entrar em operação em 2020. Além disso, duas novas usinas foram anunciadas recentemente e, de acordo, com a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), há pelo menos mais cinco projetos em médio prazo. Vale lembrar que ainda contamos em Mato Grosso com três usinas “flex” produzindo o biocombustível tanto a partir da cana-de-açúcar quanto do milho.

    O crescimento do número de usinas “full” em Mato Grosso comprova os dados que a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgados há cerca de dois meses, de que o etanol de milho não só está ganhando espaço, mas como veio para fortalecer a cadeia dos combustíveis de fontes renováveis, bem como a própria cadeia produtiva do cereal que hoje conta com mercado “garantido”.

    Conforme a Conab, o etanol de milho deverá fechar a safra 2019/2020 sucroalcooleira respondendo por 46% da produção total de etanol em Mato Grosso. Isso quer dizer que dos 2,27 bilhões de litros projetados para o atual ciclo 1,04 bilhão de litros virão do cereal.

    Temos que destacar que Mato Grosso, segundo a Conab, é hoje o 5º maior produtor de etanol do Brasil, sendo o maior na produção de etanol a partir do milho. A entrada da operação de duas usinas “full” em 2019 e a ampliação de uma inaugurada em 2017, inclusive, impulsionou um aumento de 76% na produção de etanol de milho em Mato Grosso no atual ciclo em comparação a safra 2018/2019, quando produzimos somente 590,9 milhões de litros.

    Não podemos negar que a união destas duas cadeias, a da produção de milho e a de biocombustível, é uma união de valor. Uma união na qual muitos saem ganhando. O produtor rural por ter para quem vender, a indústria por não ficar ociosa na entressafra da cana-de-açúcar (como é o caso das usinas flex) e o estado e municípios com investimentos gerados pelas construções das usinas, geração de emprego e arrecadação de impostos.

    Um novo ciclo sustentável floresce em Mato Grosso e, para exemplificar, serão 10 milhões de toneladas de milho industrializados que vão gerar R$ 846 milhões de ICMS aos cofres do estado. O mesmo volume de milho exportado gera R$ 86 milhões para Mato Grosso, por meio do Fethab.

     

    *Marino Franz é sócio fundador da FS Bioenergia e presidente de Fundação de Pesquisa Rio Verde
  • O que é Netnografia?

    O que é Netnografia?

    Saiba como compreender padrões de comportamento do consumidor online através de insights.

    Qual o comportamento do consumidor ao navegar pela Internet? O que motiva uma compra online? Como estimular o uso? E como engajar mais nas redes sociais? Essas e muitas outras perguntas são a principal proposta da Netnografia.

    Mas afinal o que é netnografia? É um método de pesquisa, que se baseia na investigação interpretativa para desvendar padrões analíticos de comportamento social e cultural via web, nos fazendo entender profundamente quais são os problemas dos consumidores ao acessar uma marca ou produto.

    É justamente através dos símbolos e da linguagem produzidos pelos consumidores nas comunidades online que a Netnografia gera insights para as empresas e agencias em busca de empatia com o cliente ávido a consumir.

    A possibilidade de transformar cenários em experiências de consumo visuais, emocionais, ou apenas por hábito é o que faz o método se aprofundar tanto nas pessoas digitalizadas.

    Como se fosse um antropólogo virtual o pesquisador netnográfico pesquisa o que faz sentido para aquelas pessoas em determinado momento. Por exemplo as pessoas que gostam de café conseguem pelas redes trocar experiencias, melhorar o paladar do outro e ainda evangelizar sobre os diferentes tipos e qualidades do café.

    Inventada pelo professor Robert Kozinets, especialista em mídias sociais, pesquisas de marketing e reconhecido mundialmente. Ele criou a Netnografia para compreender por que pessoas eram fãs de Star Wars e Star Trek em seu doutorado.

    Netnografia tem livro? Sim e foi escrito pelo próprio Kozinets, chamado: Netnografia —Realizando Pesquisa Etnográfica Online, é amplamente utilizado. No Brasil a tradução foi feita por Tatiana Melani Tosi outra grande pesquisadora sobre o assunto.

    Alem de estudar o que faz sentido o estudo da Netnografia tem vantagens enormes sobre os outros métodos de inteligência de mercado, justamente porque acaba pesquisando o cotidiano dos usuários de forma menos intrusiva e mais rápido.

    É através da Netnografia que identificamos a recepção da publicidade gerada por uma marca ou produto até o cliente. Assim ao se estudar as comunidades online, e principalmente as redes sociais, a Netnografia é capaz de identificar oportunidades de negócios na web.

    Além da perceção de marca, a melhor contribuição da netnografia é reconhecer a capacidade de cocriação que algumas comunidades têm ao se estabelecer novos produtos para marcas digitais já consagradas.

    Empresas como Amazon, Netflix, Unilever, Facebook, Johnson&Johnson e Starbucks, entre outras, utilizam a Netnografia para entender seu público e gerar conexões que façam cada vez mais sentido para quem é fiel às marcas.

    É inegável que a internet mudou nossa realidade como cidadãos, consumidores e sociedade moderna. E certamente a Netnografia estará presente para estudar, analisar e compreender o que motiva nossa compra, engajamento e fidelização em universo digital cada vez mais.

    Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e netnografia no Belicosa.com.br