Categoria: ARTIGOS

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  • Não deixe a folia do Carnaval transformar sua saúde em cinzas

    Não deixe a folia do Carnaval transformar sua saúde em cinzas

    No final do ano de 2020, a imprensa cuiabana já vinha abordando, através de entrevistas com médicos e especialistas, sobre a necessidade das pessoas se cuidarem em relação ao risco de contágio pelo novo coronavírus, para que pudéssemos todos chegar bem e saudáveis às celebrações em família no Natal e no Ano Novo. Os avisos parecem ter surtido efeito, mas, somente até as datas comemorativas, em que muita gente não resistiu à saudade e a vontade de se reunir com quem ama, o que é compreensível.

    Por outro lado, ao adentrarmos no ano de 2021, nos deparamos com as consequências dessas atitudes em massa, que viriam de qualquer forma, fosse para o bem ou para o mal. O que colhemos depois dessas duas oportunidades que tivemos de celebrar entre familiares e amigos foi o aumento do número de casos e de mortes pela Covid-19.

    Nossas equipes da Secretaria Municipal de Saúde – que compõem o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, presidida pelo prefeito Emanuel Pinheiro – já vinham trabalhando com essa projeção. Fizemos um trabalho de divulgação prévia das informações referentes à importância de manter o isolamento, sobre como manter as medidas de biossegurança nas reuniões familiares, sobre a necessidade de redobrar os cuidados. Ainda assim, não ficamos apenas contando com que a população fizesse sua parte. Preparamos a rede para a possibilidade de segunda onda da pandemia, com a mudança nos fluxos de atendimento da atenção básica, visando garantir de forma abrangente o atendimento em todas as regiões de Cuiabá.

    Estamos fazendo nosso trabalho e, mesmo com a chegada da segunda onda, ainda estamos conseguindo garantir o atendimento médico-hospitalar aos casos leves, moderados e graves. Diferentemente de outras capitais brasileiras, nosso sistema não colapsou. Pelo contrário, se fortaleceu ao ponto de estarmos em condições de oferecer ajuda humanitária a pacientes de outros estados.

    Mas a situação pode mudar, caso a sociedade não se atente para um outro risco que se aproxima: as festas de Carnaval. Em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro já baixou um decreto proibindo a realização de eventos carnavalescos nos dias 15 e 16 de fevereiro e transformando em úteis os dias 15, 16 e 17. O objetivo não é acabar com a festa de ninguém, mas impedir que o riso se transforme em choro, que a irresponsabilidade de alguns se transforme em culpa e remorso pela perda de um pai, de uma mãe, de um avo, de uma avó.

    A população, principalmente os mais jovens, precisam entender que não é porque seu organismo reage bem ao que parece ser um simples resfriado que o organismo das pessoas próximas de você reagirá da mesma forma. Precisamos cuidar daqueles a quem amamos, principalmente dos que fazem parte dos grupos de risco (idosos, pessoas obesas, com comorbidades), pois eles podem precisar de uma internação e, se chegarmos ao ponto de enfrentar uma terceira onda de Covid-19 pós-Carnaval, poderemos sofrer consequências gravíssimas e nos igualarmos aos estados onde os pacientes tiveram que ser levados para longe de sua terra, de sua família, na esperança desesperada de conseguir sobreviver a esta doença tão terrível.

    Já passou da hora de todos entendermos que os aumentos vertiginosos não ocorrem por acaso. Eles estão proporcionalmente relacionados com o comportamento coletivo. As pessoas têm que entender que toda vez que tem aglomeração, toda vez que nós não tomamos cuidado, vai haver o aumento do número de casos! Não tem como a Prefeitura, o Estado, a União, qualquer que seja a instância de poder obrigar ninguém a ficar em casa e se cuidar. Isso depende da consciência de cada um na sua rotina. O que o poder público pode fazer e tem feito, desde o início, é informar e conscientizar através de diversos meios de comunicação, preparar a rede pública de saúde e conduzir, com muito empenho, a campanha de vacinação contra a Covid-19, conforme a disponibilidade de doses. Algo que, em breve, esperamos ter atingido a porcentagem ideal para classificar como imunidade coletiva.

    Convido a todos, neste momento tão importante, em que começamos, aos poucos, a imunizar nossa população, priorizando os trabalhadores da saúde, a não baixarem a guarda para a covid-19 e manterem os cuidados com a higiene pessoal, com a etiqueta respiratória, se preocupando consigo mesmo e com a saúde do próximo. A vacina trouxe o início da vitória contra a pandemia, mas a luta continua, árdua e dolorosa. Não é momento de se descuidar. Não vamos deixar que a folia do Carnaval transforme em cinzas a nossa saúde, os nossos esforços, as nossas vidas.

    Ozenira Félix é secretária interina de Saúde de Cuiabá

  • As ferrovias que faltavam a Mato Grosso

    As ferrovias que faltavam a Mato Grosso

    O histórico Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 16/2020, que altera o artigo 131 da constituição estadual e concede ao ente federativo a competência para “explorar diretamente ou mediante concessão, permissão ou autorização a prestação de serviços públicos”, foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) no final de outubro. No dia 7 de janeiro, saímos da ALMT com a aprovação de outro marco que abre as portas para um novo ciclo de investimentos nas “estradas de ferro” em nosso estado. Trata-se do Projeto de Lei Complementar (PLC) 52/2020, dos Deputados Botelho e Avallone, que inclui o subsistema ferroviário no Sistema Estadual de Viação.

    A medida possibilita a implantação de novos ramais ferroviários, ampliando assim as alternativas para escoamento da produção agrícola, reduzindo custos e garantindo maior segurança logística aos produtores rurais. Nos termos propostos, a PLC 52/2020 permite que a iniciativa privada seja autorizada pelo governo a construir e operar uma ferrovia estadual. Isso não retira a primazia do Estado para investir onde julgar oportuno e conveniente, seja diretamente ou mediante concessões. Aprovado no plenário, o projeto segue agora para sanção do governador Mauro Mendes.

    Convertidos em lei, os dois projetos vão permitir que a região da Baixada Cuiabana finalmente tenha um terminal rodoferroviário, capaz de trabalhar com produtos e mercadorias vindos em contêineres pela ferrovia. Já foi identificada uma demanda pelo transporte para Cuiabá de 20 milhões de toneladas de produtos industrializados, combustíveis, alimentos processados e outros produtos que hoje oriundos da região Sudeste. Esta passará a ser a carga de retorno dos trens que descem para o Porto de Santos (SP) com produtos agrícolas.

    Uma ferrovia é muito mais do que uma atividade de transporte de cargas. As vias férreas representam desenvolvimento, geração de emprego e renda para a população de 14 municípios da Baixada Cuiabana, onde vivem mais de 1 milhão de pessoas.  A construção de um terminal rodoferroviário vai impactar direta e indiretamente a economia de Cuiabá, Várzea Grande, Acorizal, Barão de Melgaço, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste e Santo Antônio de Leverger.

    Expandir a ferrovia em Mato Grosso une as principais lideranças políticas do nosso estado. Em 2019, uma audiência pública conjunta proposta pelo Deputado Carlos Avallone pela Assembleia e o Senador Wellington Fagundes pelo Senado (presidente da Frenlogi, a Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura) teve o apoio do governador Mauro Mendes, de toda a classe empresarial do Movimento Pró-Ferrovia e da bancada federal mato-grossense, especialmente do senador Jayme Campos.

    A alteração na constituição estadual que permitirá ligar Cuiabá a Rondonópolis também será o indutor da ligação das regiões produtoras de grãos no médio-norte ao principal porto da América Latina: o de Santos (SP). Hoje, já temos um terminal rodoferroviário da Rumo no sul do estado (em Rondonópolis) que movimenta 35 milhões de toneladas. Com a renovação antecipada da concessão da Malha Paulista obtida em maio deste ano, a empresa já começou a investir parte dos R$ 6 bilhões destinados a preparar essa ferrovia para a movimentação de 75 milhões de toneladas anuais até 2026.

    Esse investimento na ferrovia paulista permite que a Rumo volte também seus planos para a expansão da Ferronorte, levando os trilhos para as regiões de Sorriso e Lucas do Rio Verde. Agora com a nossa lei estadual, esse projeto da empresa passa a ser prioritário. A concessionária já tem o projeto de engenharia praticamente pronto, e o processo de licenciamento ambiental já se encontra em andamento.

    Mato Grosso é a principal região produtora agrícola do país e não para de crescer. A hora de expandir os trilhos em nosso estado é agora! A Ferrovia Senador Vicente Vuolo vai chegar a Cuiabá e à Baixada Cuiabana.

    Assinam este artigo:

    Deputado Eduardo Botelho (DEM), Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

    Deputado Carlos Avallone, Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo e da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso

  • Governo de Mato Grosso: da quase “quebra” ao maior programa de investimentos de sua história

    Governo de Mato Grosso: da quase “quebra” ao maior programa de investimentos de sua história

    Meus amigos, nos últimos dois anos nós mato-grossenses passamos por períodos difíceis: desde um Governo do Estado que estava prestes a quebrar, a uma pandemia que ainda causa sofrimento a todos.

    Mesmo em meio a tantas dificuldades, saímos maiores e as melhorias em todo o estado já são visíveis. Toda a dedicação a consertar Mato Grosso e à pandemia não nos desviou da nossa missão principal: investir naquilo que importa ao cidadão. Mato Grosso virou um grande canteiro de obras e, por meio do programa Mais MT, estamos realizando investimentos que vão totalizar R$ 9,5 bilhões até 2022.

    Somente na Infraestrutura, estamos com mais de 1,2 mil km de asfalto novo contratado e 77 pontes, em todas as regiões, boa parte já entregue ou com previsão de entrega já no próximo ano. O Vale do Araguaia, até então esquecido, concentra mais de 400 km de toda essa pavimentação. Estamos em andamento com milhares de quilômetros para serem concedidos à iniciativa privada, garantindo a qualidade das rodovias, e outras centenas de quilômetros de estradas sendo construídas e restauradas por meio de parcerias sociais com prefeituras e associações.

    A previsão é que tenhamos mais de 2,4 mil km de asfalto novo contratado até 2022. E pelo menos cinco mil novas pontes devem ser construídas nesse período de tempo, substituindo as precárias pontes de madeira que tanto transtorno trazem à população. Será o maior programa de pontes de um estado brasileiro. E fechamos o ano apresentando a solução para um pesadelo que assola a população há anos, com a substituição do VLT pelo BRT – muito mais econômico, viável e vantajoso à população.

    A Saúde também passou a funcionar. Com os repasses em dia aos municípios, o atendimento na atenção básica voltou a ser digno. Deixaram fechar a Santa Casa de Cuiabá, mas reinauguramos como Hospital Estadual Santa Casa. Ampliamos o Metropolitano em Várzea Grande. Estamos reformando e modernizando os regionais de Sorriso, Sinop, Rondonópolis e Cáceres e vamos estender essas melhorias a todos os demais. Retomamos obras paradas há 34 anos, como a do Hospital Central, e a do Júlio Muller, que estava abandonada há 7. E ainda construiremos três novos hospitais regionais: em Juína, Tangará da Serra e outro na região do Araguaia, locais onde há vazios de assistência à Saúde, que obrigam a população a percorrer centenas de quilômetros em busca de atendimento especializado.

    Na Educação, 161 escolas estão com obras em andamento, sejam reformas, ampliações, construção de quadras poliesportivas ou até novas construções. Por meio do Mais MT, vamos investir mais de R$ 900 milhões para melhorar as estruturas físicas e pedagógicas, dando condições de ensino e capacitação aos professores e servidores, e de aprendizado aos alunos, para que nossos índices melhorem. Instalar ar-condicionado em mais de 300 escolas que ainda não possuem climatização é só um exemplo.

    Assim como na Segurança, que tem recebido investimentos maciços para ampliação de vagas no sistema prisional. Já ampliamos mais de 1400 vagas e devemos ampliar em até 4000 nos próximos anos, em sistemas que usam a tecnologia para trazer mais segurança e economia aos cofres públicos, o que garante também o cumprimento da pena e a ressocialização. Compramos fardamento, encomendamos 3 mil pistolas Glock aos nossos militares e implantamos o rádio digital, impedindo os bandidos de ouvirem as conversas da Polícia. Vamos construir um Centro de Treinamento de Segurança Pública onde abandonaram as obras do COT do Pari. Além de novas viaturas, aeronaves e equipamentos às Forças de Segurança.

    Temos e teremos muitos investimentos no Social, na Cultura, no Turismo, no Desenvolvimento Econômico, na Agricultura Familiar, no Meio Ambiente, na Ciência e Tecnologia e em todas as áreas. Já criamos mais de 5 mil empregos diretos e indiretos somente com as ações de Governo desenvolvidas até agora. Aplicando medidas como a reforma tributária, simplificação do licenciamento e isonomia em incentivos fiscais, Mato Grosso tem atraído milhares de empresas para investir no estado. Foi a unidade da federação que mais abriu novas empresas (foram 21.040 só no primeiro quadrimestre de 2020) e que mais criou novos postos de trabalho, de acordo com o Ministério da Economia. E tudo isso de maneira sustentável, com respeito ao meio ambiente e às normas vigentes. A previsão, segundo metodologia de cálculo do BNDES, é que os nossos investimentos do Governo de Mato Grosso vão gerar um total de 54 mil empregos.

    Como tudo isso foi e está sendo possível? Por meio de um ensinamento que repito constantemente: ninguém faz nada sozinho. Esses avanços só foram conquistados graças ao trabalho do nosso povo, dos nossos servidores, da gestão séria e focada em resultado que temos feito aqui no Executivo e também pela parceria que a Assembleia Legislativa e os demais poderes e instituições tem nos oferecido.

    Em janeiro de 2019, quando assumimos o governo, encontramos uma situação caótica. Salários atrasados, 13º atrasado, UTIs fechando, viaturas da Polícia sendo recolhidas por falta de pagamento, repasses para fornecedores e para a saúde dos municípios atrasados há mais de 11 meses e quase R$ 4 bilhões de dívidas.

    Ainda em 2019 conseguimos reverter esse quadro. Enxugamos secretarias, cortamos mais de R$ 1 bilhão em despesas, renegociamos contratos, economizamos, otimizamos nosso quadro de pessoal e fizemos uma reforma administrativa e tributária.

    O resultado veio no mesmo ano. Pela primeira vez em 10 anos, em 2019 Mato Grosso fechou suas contas no azul, ou seja, gastou menos do que o arrecadado. Isso possibilitou voltar a pagar os servidores no dia 30 do mês trabalhado, pagar fornecedores e a saúde aos municípios rigorosamente em dia e retomar centenas de obras paradas há muitos anos.

    Esse equilíbrio fiscal obtido em 2019 foi fundamental para que pudéssemos enfrentar o desafio que viria neste ano: a pandemia do coronavírus. Infelizmente muitas vidas foram perdidas, mas muitas outras foram salvas graças à seriedade com a qual tratamos o caso. Montamos um gabinete de situação e tomamos medidas equilibradas, que ajudaram a salvar vidas e ao mesmo tempo preservaram a economia e os empregos dos mato-grossenses.

    Ampliamos o Hospital Metropolitano, montamos novas UTIs no Hospital Estadual Santa Casa e construímos e ajudamos a equipar centenas de UTIs em todo o Estado. Em poucos meses, triplicamos as UTIs existentes em Mato Grosso para que pudéssemos garantir o atendimento dos casos graves e compramos centenas de respiradores, conseguindo negociar preços até 200% menores do que os praticados em outros estados.

    Investimos forte no tratamento precoce, medida que reduziu drasticamente as internações. Criamos o Centro de Triagem Covid-19, que oferece consulta, testes, exames, medicamentos e até tomografia se necessário, mesmo sendo a atenção básica uma responsabilidade da prefeitura. Enviamos mais de 600 mil testes (que conseguimos pagar de 3 a 11 vezes mais barato que os demais estados) a todos os 141 municípios, além de medicamentos às prefeituras que solicitaram. Essas ações fizeram a testagem da nossa população ser 434% maior que a média nacional. E agora estamos articulando todas as alternativas para trazer aos mato-grossenses uma vacina segura e aprovada pela Anvisa, o quanto antes.

    Tivemos dois anos desafiadores, mas com muitas entregas para a população. Em 2021, muito mais está por vir nesse novo Mato Grosso que já vivemos. Um excelente final de ano a todos os mato-grossenses. Que Deus abençoe as nossas famílias.

    Mauro Mendes

    Governador do Estado de Mato Grosso

  • As cidades “crescem” e o tempo urge

    As cidades “crescem” e o tempo urge

    No dicionário o significado da palavra urge: “Ato de não admitir nem tolerar atrasos: o tempo urge, precisamos sair. Ação de ser urgente, inadiável ou indispensável. Etimologia (origem da palavra urge). Forma Regressiva de urgir”.

    A euforia das eleições passou, deixemos as desavenças de lado e vamos trabalhar em prol do que interessa, que é o bem-estar da população. Tenho andado pela cidade e pesquisado sobre a grandiosa e necessária ponte sobre o Rio Cuiabá, que unirá a Av. Palmiro Paes de Barros, região do Parque Atalaia, na capital, à Av. da FEB, e ao aeroporto, em Várzea Grande. Ou seja, passará por regiões maciçamente povoadas.

    Pesquisei sobre o Hospital Universitário Júlio Müller, que por sua finalidade e gama de serviços que prestará aglutinará milhares de pessoas em seu entorno, no limite entre Cuiabá e Santo Antônio de Leverger, obra que deveria ter sido legado da Copa de 2014. Outro equipamento de necessidade urgente, uma vez que o atual prédio não comporta mais a abrangência dos serviços.

    As duas grandes obras levarão o desenvolvimento para a região sul da cidade de Cuiabá (a mais carente delas), para Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger, reforçando o papel da Região Metropolitana. Após a constatação, veio-me a preocupação: Quem está estudando os efeitos dessas intervenções e propondo alternativas para a mitigação dos impactos, que serão muitos?

    Com certeza são os órgãos de planejamento dos municípios envolvidos, em especial de Cuiabá e Várzea Grande, e o órgão de planejamento da Região Metropolitana. Com relação à região do Nova Esperança/Pequizeiro, onde está o Hospital, as alterações urbanas serão várias, pois é sede de Distrito e provavelmente o hospital atrairá comércio e serviços variados para a região.

    Jandira Pedrollo AAUMTPortanto, serão necessários empreendimentos de apoio como os restaurantes, bares, farmácias, hotéis, mercados e outros. Junto desses, a habitação para os trabalhadores e estudantes, uma vez que lá é hospital escola. O órgão de planejamento urbano municipal já elaborou um Plano Diretor para aquela sede distrital? E Santo Antônio, como se integrará a esse planejamento? O órgão de planejamento metropolitano está acompanhando?

    Sobre a nova ponte, já estão providenciando via de ligação entre a Av. Palmiro Paes de Barros e a ponte? Por enquanto essa ligação está inacessível, dessa forma a única possibilidade seria a avenida principal do bairro Parque Atalaia. Mas seria uma insanidade cortar uma comunidade coesa como aquela por uma Avenida de alto fluxo, análoga à Av. Dr. Paraná da ponte Sérgio Motta. Áreas vagas para a implantação são muitas, inclusive há vias planejadas no Plano de Hierarquização Viária de Cuiabá (Lei Complementar n. 232 de 2011).

    Novos questionamentos: Os órgãos de planejamento das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande estão dialogando com o da Região Metropolitana? O Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá (IPDU) está estruturado para atender essas demandas?  A prefeitura de Várzea Grande dispõe de tal órgão? Sei que o Conselho da Cidade de Várzea Grande é utilizado como órgão de planejamento, mas ele é realmente técnico, um órgão político atuando como técnico ou ainda órgão de participação social?

    O órgão de planejamento metropolitano está estruturado para a implantação do Plano de Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá?

    Em janeiro, entram os novos prefeitos. No caso de Cuiabá, o prefeito foi reeleito, porém, necessitamos de uma oxigenação na administração. Penso que seria o momento adequado para que fossem promovidas reformas administrativas com o reforço das estruturas de planejamento para que planejemos e iniciemos a execução das cidades de 2030.

    Jandira Maria Pedrollo, arquiteta e urbanista, ex-diretora de Pesquisa e Informação do IPDU Cuiabá, ex-diretora de planejamento metropolitano da Agem e membro da AAU-MT, jandirarq@gmail.com 

  • Centro Educacional Dois Mil oferece Ensino Hibrido aliado a muita tecnologia! Rematrículas e Matrículas abertas

    Centro Educacional Dois Mil oferece Ensino Hibrido aliado a muita tecnologia! Rematrículas e Matrículas abertas

    A Crise da Covid-19, nos fez repensar e nos adaptar as novas modalidades de vida, seja na área profissional, familiar e principalmente na área educacional.

    Visando oferecer ENSINO de qualidade e preparando o aluno para os novos desafios, o Centro Educacional Dois Mil, está com as matrículas e rematrículas abertas para o Ano Letivo 2021.

    Ao passo que estamos vivendo uma pandemia mundial (Covi-19), o Colégio Dois Mil, preocupado com a educação e formação de seus estudantes, saiu na frente. A direção implantou a modalidade de ensino a distância – E.A.D – através de aulas por vídeo conferência. Os alunos de casa assistiam em tempo real as aulas de vossos professores.

    Quando saiu o decreto autorizando o retorno das aulas presenciais, a equipe gestora do Colégio Dois Mil, refletiu sobre a importância de colocar a tecnologia a serviço da Educação e implantou o Ensino Híbrido. Uma prática que integra o ambiente online e presencial, a qual também contribui para preparar um aluno independente e mais organizado. Assim, ocorre a integração das tecnologias digitais.

    JOÃO Colégio 2 milO Centro Educacional Dois Mil está preparado para atender seus estudantes de forma segura e que garanta o ensino de qualidade.

    Para este ano de 2021, o Colégio Dois Mil estará trabalhando com o método Positivo de Ensino, desde a Educação Infantil até o Quinto Ano do Fundamental I (1º ao 5º Ano). A partir do Sexto Ano do Fundamental II (6º ao 9º) até o Ensino Médio, o método de ensino será a Plataforma Educacional Geekie One. Uma inovação tecnológica que acompanha nossa realidade e estão ligadas as mudanças do cenário mundial na educação.

    O aluno terá acesso a Plataforma Geekie One, após a aquisição na escola e poderá instalá-la em um dispositivo digital próprio ou adquirir um Chromebook. (O Chromebook é uma espécie de minicomputador, que será o livro digital do aluno).

    O Centro Educacional Dois Mil coloca a disposição de seus alunos, atividades extras, sem ônus: vôlei; basquete; handebol; futsal, ballet e ginástica laboral para as mães. Haverá também na grade curricular do ensino fundamental I e II (1° ano ao 9° ano) cinco aulas de inglês.

    Há 33 anos educando gerações, o Centro Educacional Dois Mil, têm a missão de ajudar a pessoa em seu processo educativo para que tenha confiança em si mesmo, nos demais e em seu entorno. E assim, desenvolver melhor suas capacidades.

    Para mais informações sobre matrículas e rematrículas, o Centro Educacional Dois Mil conta com uma equipe preparada para melhor atendê-los, basta entrar em contato através do (65) 3549-1596.

    Visite nossa página no face book: https://www.facebook.com/centroeducacionaldoismil

    O Colégio Dois Mil está localizado na Rua Itapiranga, 250-E no centro de Lucas do Rio Verde, MT.

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  • ‘Caso Carrefour’: Você já pensou nisso?  

    ‘Caso Carrefour’: Você já pensou nisso?  

    Existe uma frase muito peculiar que diz: enquanto uns choram, outros vendem lenços.

    É a lógica da oferta e da demanda.

    É a ideia da necessidade, de dar uma resposta à necessidade.

    Hoje, impreterivelmente hoje, gostaria de fazer uma análise bem superficial acerca de alguns cenários, um pouco ocultos à grande parcela de nossa sociedade – por enquanto.

    A análise é simples. Você está disposto a lucrar – tirar proveito – com o sofrimento do seu próximo?

    Antes que esta pergunta seja respondida. Leia-me primeiro.

    Navegue comigo nas linhas rudes e confusa dos meus pensamentos.

    Você é meu convidado mais que especial.

    Já te adianto que farei um link entre o ocorrido em uma loja do Carrefour, na Zona Norte de Porto Alegre, e o desastre de Brumadinho. E outros tantos desastres.

    Caso você ache que não há ligação entre os dois fatos, deixa-me tentar te convencer do contrário e, quem sabe, te assustar com esta análise.

    Voltemos à data de 25 de janeiro de 2019. Sexta-feira. Brumadinho.

    A barragem da Mina Córrego do Feijão, classificada como “baixo risco”, que acumulava aproximadamente 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de uma mina ferro se rompeu.

    No momento do rompimento, uma onda de rejeitos varreu tudo que estava à sua frente, ceifando a vida de 259 pessoas.

    Por trás de toda essa tragédia, eis o nome de uma empresa. VALE S.A.

    Ponto. Agora vou tratar um pouco do mercado financeiro, mas especificamente sobre as ações da VALE S.A.

    Dia 28 de janeiro de 2019 – segunda-feira. As ações da Vale caem 24% e a empresa perde R$ 72 bilhões de reais em valor de mercado. Se você é leigo no assunto, é semelhante a um carro que sofreu um acidente, e já não vale mais tanto quanto antes.

    VALE3 no dia 24/01/2019 = R$ 56,15 = preço por ação, um dia antes de Brumadinho.

    VALE3 no dia 28/01/2019 = R$ 42,38 = queda de 24,52% em relação à sexta.

    VALE3 no dia 30/01/2019 = R$ 46,60 = valorização de 9,9% em 2 dias.

    Muitas pessoas não entendem o mercado de ações, porém a título de comparação, no ano de 2019 a poupança rendeu 4,26%.

    Logo, quem comprou as ações da VALE3 na segunda (28/01/2019), na queda, LUCROU 2x mais, em dois dias, do que quem deixou o dinheiro na poupança o ano todo.

    Está bom para você?

    Vou citar a ação do Bradespar, braço do Banco Bradesco só que em participações.

    O Bradespar tinha uma das duas maiores posições em VALE3, sendo diretamente impactado pela tragédia.

    BRAP4 no dia 24/01/2019 = R$ 35,00 = preço da ação um dia antes de Brumadinho.

    BRAP4 no dia 28/01/2019 = R$ 26,43 = queda de 24,49% em relação à sexta.

    BRAP4 no dia 30/01/2019 = R$ 28,72 = valorização de 8,6%.

    Mesma coisa da VALE3. Quem comprou na queda, esperando a valorização, ganhou 2x mais em dois dias do que aqueles que “investiram” na poupança durante o ano de 2019.

    Vocês são curiosos como eu?

    Hoje a ação da VALE3 está cotada em R$ 68,44. Da Bradespar, R$ 51,04. Respectivamente, R$ 12 reais e R$ 16 reais, mais valiosas que o preço do dia anterior ao desastre de Brumadinho.

    Será que o mercado esqueceu? Será que as famílias esqueceram?

    Alguém lucrou.

    Aquele carro batido que citei, hoje vale mais do que antes do acidente. É basicamente isso.

    Caso do Carrefour – CRFB3

    Em 2009 – Unidade Carrefour Osasco, um vigia e técnico em eletrônica foi confundido com ladrão e agredido pelos seguranças do estabelecimento, pois o homem estaria “roubando” um carro, que é dele.

    Em 2017 – Unidade Carrefour Sorocaba, um homem foi impedido de andar pela loja, além de ser humilhado na frente de outros clientes. Quando questionou o motivo, ouviu que era “Por causa da sua cor e porque você está de camiseta, chinelo e bermuda. Os clientes não vão gostar. Saia daqui”.

    Em 28 de novembro de 2018 – Unidade Carrefour Osasco, um segurança matou cachorro conhecido pelo nome Manchinha com uma barra de ferro.

    Em 19 de agosto de 2020 – Unidade Carrefour Recife, um representante de vendas falece dentro da loja em razão de um infarto, corpo foi coberto com guarda-sóis. Loja continuou a funcionar.

    Em 19 de novembro de 2020 – O senhor João Aberto é espancado até a morte por seguranças do Carrefour, na unidade da Zona Norte de Porto Alegre.

    Como o mercado financeiro precificou isso?

    As ações do Carrefour abriram a R$ 20,06, passou pela mínima de R$ 19,81, subiu até a máxima R$ 20,65, e fechou valendo R$ 20,39, ou seja, com valorização de 0,49%

    Isso mesmo, as ações deste estabelecimento terminaram o dia positivo! Por quê?

    Do mesmo modo como ocorreram com as ações da Vale e Bradespar, pessoas viram uma oportunidade no desastre.

    Um lucro rápido. Dinheiro no bolso.

    Alguém lucrou. Com certeza alguém lucrou.

    Quando alguém compra uma ação de uma empresa, com o intuito de investir, quer se tornar SÓCIO DELA, no médio ou longo prazo.

    No curto prazo, existem aqueles que especulam se a ação vai subir ou descer. Mas, no final do dia, no final do dia da morte de João Alberto, a força compradora (para se tornar sócio ou apenas especular) venceu, pois, de algum modo viram uma OPORTUNIDADE aqui.

    Os lenços sempre serão necessários para aqueles que choram, secar suas lágrimas. Mas a questão aqui reside em: até onde irá os escrúpulos dos vendedores de lenços?

    Mas será que isso acontece apenas no mercado financeiro? As tais oportunidades?

    Senão, vejamos:

    07 de março de 2018 – Homem morre eletrocutado e tem pertences roubados.

    08 de setembro de 2020 – Caminhão frigorífico tomba e tem carga de carnes saqueada.

    23 de novembro – Casas próximas a prédio tombado em Betim, Minas Gerais, são arrombadas e em uma delas há registro de furto.

    Deixarei apenas estes exemplos. De que isto não acontece apenas no mercado financeiro.

    Adiante, quero fazer um crossover – que é uma mistura muito doida e que só faz sentido na minha cabeça.

    Já dizia meu amigo, Hobbes – o matemático, não o do Velozes e Furiosos: O homem é lobo do homem.

    E, dizia Lord Cutler Beckett – aquele de Piratas do Caribe 3: São apenas negócios.

    Antes de afundar com seu navio.

    Assim vejo que a natureza humana – de alguns, afunda, afunda sem empatia pelo próximo, depois de tudo quanto eu disse aqui. Seja licitamente ou ilicitamente.

    Todavia, o que é empatia?

    Empatia

    Em breve pesquisa ao Google, encontramos que o significado de empatia é “faculdade de compreender emocionalmente um objeto”. Popularmente conhecido como a “habilidade de se colocar no lugar do outro”.

    Entretanto é importante mencionar que a empatia é o ato de se colocar no lugar do outro, e se perguntar: e se você comigo, o que eu sentiria? O que eu gostaria? O que eu não gostaria? Como eu reagiria?

    Porém, apesar de parecer algo maravilhoso este conceito, ele não é o ideal – a meu ver. Trata-se apenas de um exercício de autoconhecimento, mas não de conhecimento dos sentimentos do outro.

    Em um curso que eu ministro – sim, além de escrever estes artigos mega longos, eu falo um monte de coisa por um longo tempo. Recomendo, inclusive! Contratem-me! E lá eu digo que o interessante seria trabalharmos a “escuta empática”, que é a postura de estar um passo acima da empatia.

    A Escuta Empática é o exercício de se colocar no lugar do outro, mas pelos olhos, conceitos, experiências e referências do outro. Ficou confuso? Acalme-se, irei exemplificar.

    É por este motivo que estar sozinho para você pode significar solidão, e para outra pessoa é um sentimento de paz.

    O que eu quero dizer com tudo isso.

    Sempre haverá aqueles que serão pagos pela tragédia, pela dor do outro. E isso é fundamental. Ainda precisamos dos lenços.

    Todavia, ver oportunidade nas tragédias que citei acima, será que não diz algo sobre o ser humano?

    Mais um exemplo.

    Sabe o apagão do Amapá? Então, segundo o portal de notícias do Governo do Amapá, no dia 07 de novembro, foi realizada, pelo Procon, a Operação “Apagão”, tendo a missão de fiscalizar e coibir a prática de preços abusivos nas distribuidoras, mercearias e postos.

    Para se ter uma ideia, meu querido leitor(a), um frasco de 200ml de água estava sendo comercializado por R$ 4,00 reais.

    Isso facilita ou dificulta a vida dos que mais precisam?

    Empatia ou oportunidade?

    Como as pessoas diretamente afetas por tudo isso se sentem?

    Imagino que deve ser difícil ser cristão nesses momentos. Amar ao próximo ou ao bolso. Já dizia o Evangelho de Mateus lá no capítulo 6, versículo 24. Joga aí no Google.

    Por último, gostaria de desenvolver um pouco mais esta questão do Carrefour.

    Vou introduzir o pensamento – mais um.

    Para isso, vou falar um pouco da dificuldade do goleiro Bruno de encontrar uma equipe de futebol para trabalhar como goleiro.

    Até o Operário de Vegê tentou contratar o goleiro, mas após perder patrocinadores e ser alvo de vários protestos, desistiu desta empreitada.

    Foi assim com Barbalha, do interior do Ceará, do Fluminense de Feira de Santana, da Bahia, Boa Esporte, de Minas Gerais etc.

    A decisão se pautou pelo bolso, basicamente. Patrocinadores. Patrocinadores que não “queriam ver a sua marca vinculada à imagem do goleiro”.

    O que eu quero dizer é. Às vezes o dinheiro fala mais alto – dificilmente falará baixo. Fazendo os clubes desistirem da contratação.

    E, em relação ao caso Carrefour, que foi alvo de inúmeros protestos, venho lançar a reflexão.

    O mercado Carrefour invariavelmente deu e poderá dar lucros, não apenas aos donos – acionistas. Como também as empresas que lá vendem os seus produtos.

    O que será que aquela famosa marca de refrigerante diria sobre sua marca estar sendo vinculada ao Carrefour. As famosas marcas de cervejas. As marcas do setor alimentício em geral. As marcas de produtos de limpeza, higiene, entre outros.

    Ou vão fazer a egípcia?

    Ou o que estou falando aqui não faz sentido? Porque eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, buscando um novo rumo que faça sentido nesse mundo louco.

    Um crossover entre Raul Seixas com Charlie Brown Jr. para finalizar o artigo.

    Importante: 1. O estudo do preço das ações citadas neste artigo foi feito na data de 22 de novembro. 2. Nenhuma ação aqui citada foi analisada com o intuito de ser uma indicação de compra ou venda, tratando-se apenas uma análise social do mercado financeiro por meio de informações amplamente divulgadas em inumeráveis sites especializados.

  • Queimadas e recursos hídricos: efeitos das cinzas sobre os ecossistemas aquáticos

    Queimadas e recursos hídricos: efeitos das cinzas sobre os ecossistemas aquáticos

    A presença do fogo é um evento frequente, particularmente no Cerrado brasileiro, onde faz parte, inclusive, da ecologia de várias espécies. Logicamente, o fogo provocado por queimadas descontroladas tem se tornado um problema, principalmente em função do aumento excessivo de ocorrências, em sua maioria, provocada pela ação humana.

    Além das perdas de animais e vegetais terrestres, outras inúmeras consequências são verificadas após o término da queimada, quando a totalidade dos estragos podem ser melhor contabilizados. Todavia, nem todos os efeitos são facilmente visíveis. Quando o fogo acaba, ainda restam o calor, a fumaça, o vazio vegetal e as cinzas, que trazem vários problemas.

    Com a incidência das chuvas nas áreas queimadas, grande quantidade dos elementos químicos presentes nas cinzas são transportados para rios e águas subterrâneas, causando alterações nas características naturais desses ecossistemas. Sobre esse tema, tanto na Europa como no Brasil, poucas pesquisas têm investigado os impactos decorrentes das queimadas sobre os recursos hídricos.

    Os estudos sobre as queimadas no Cerrado, em sua maioria, abordam os efeitos sobre a vegetação e, em menor proporção, sobre o solo. No entanto, para o completo entendimento do funcionamento dos ecossistemas após as queimadas, assim como as possíveis recomendações para o manejo, são necessárias investigações nos diferentes compartimentos ambientais, incluindo os ambientes aquáticos.

    Para entendimento do problema causado pelas cinzas sobre os recursos hídricos, primeiramente é importante saber o que são as cinzas e de que são formadas. As cinzas são remanescentes da vegetação presente na área queimada e, desse modo, são formadas por elementos químicos componentes tanto desses vegetais como do respectivo solo queimado.

    A composição química das cinzas tem fundamental importância nos efeitos ambientais que elas podem provocar. Por isso é importante conhecer a vegetação e o solo do local onde ocorreu a queimada, já que esses têm um papel preponderante nessa composição. Nossos estudos mostram que há pequena diferença qualitativa nas cinzas de diferentes áreas em relação ao tipo de vegetação. Já o quantitativo desses elementos e compostos presentes nas cinzas parecem ser o aspecto de maior relevância para caracterizar essas diferenças.

    Ao se comparar a composição das cinzas com a do solo, é possível observar quantidades bem maiores de alguns elementos nas cinzas, entre eles alguns não existentes naquele solo. Esse dado ressalta a capacidade acumuladora das plantas, que mantêm em sua composição não só elementos necessários à sua sobrevivência, como também alguns que estão disponíveis em quantidades mínimas ou mesmo transitórias no solo.

    Também são encontrados diversos micronutrientes (metais), além de macronutrientes, como potássio, fósforo e nitrogênio. Essa caracterização traz resultados relevantes para o contexto do impacto sobre os ecossistemas aquáticos. Ao entrarem na água, parte desses elementos se dissolve, ocasionando transformações em vários parâmetros físico-químicos.
    Durante a pesquisa, observamos que a presença de grande quantidade de potássio (K) em cinzas de determinados tipos de vegetação de Cerrado pode ocasionar efeitos tóxicos sobre algumas espécies aquáticas. O mesmo ocorre com os compostos nitrogenados, mais especificamente o amônio existente nos solos hidromórficos da região de veredas, assim como a grande quantidade de matéria orgânica, característica desse tipo de solo.

    Esses compostos ocasionam alterações químicas nos ambientes aquáticos, sobretudo nos parâmetros de pH e oxigênio dissolvido, fatores que são limitantes para a sobrevivência de espécies aquáticas. Com a interferência causada pelas cinzas, o PH da água tende a aumentar, chegando a patamares não suportáveis por algumas espécies. Ao contrário do oxigênio dissolvido, que é drasticamente reduzido, e causa a mortalidade de organismos dependentes da sua concentração na água.

    A partir desses resultados, também é possível inferir que ambientes com baixa vazão ou fluxo de água, como no caso dos ambientes lênticos (lagos, lagoas, reservatórios ou charcos), por exemplo, poderão ser atingidos de forma bem mais acentuada à entrada de resíduos de queimadas em seu meio.
    Mas não são só as águas superficiais são atingidas pelas cinzas. Nosso estudo também observou a contaminação de águas subterrâneas na área queimada. Os compostos nitrogenados, principalmente o nitrato, bem como os elementos potássio, fósforo, cálcio e magnésio, foram encontrados na água subterrânea em patamares acima dos normais, quando comparados a uma área controle. Essa elevação se manteve pelo período de doze meses após a ocorrência da queimada, quando finalmente retornou aos quantitativos iniciais.

    A contaminação observada, tanto na água superficial quanto na subterrânea, pode sem dúvidas trazer prejuízos ao próprio ser humano. Além da utilização dos recursos hídricos para irrigação, os indivíduos também estarão sob o risco de consumirem água contaminada. O nitrato, se ingerido em grandes quantidades, pode causar toxicidade aguda em mamíferos. Mas o produto que surge a partir da sua degradação e transformação, o nitrito, é ainda mais tóxico. O cálcio e o magnésio em excesso na água, além de prejudicar os processos de irrigação, principalmente pelo entupimento dos bicos de equipamentos, podem causar problemas digestivos em mamíferos. Todas essas informações evidenciam que há potencial risco quanto ao uso de águas superficiais e subterrâneas contaminadas com cinzas de queimadas.

    As causas das queimadas são em muitos casos objeto de dúvidas e investigação. Dados de nossas pesquisas mostram que, em parte, elas podem ser derivadas a partir de um descontrolado uso do fogo. O que muitas vezes teria finalidade doméstica pode ser disseminado e se tornar um problema público. Todavia, os resultados indicam que o uso errôneo do fogo pode ser minimizado, principalmente se houver maior envolvimento dos órgãos públicos, sobretudo com a oferta de atividades informativas, instrucionais e de educação ambiental junto às comunidades rurais.
    Todas as informações produzidas a partir de nossas pesquisas nos levam a concluir que os recursos hídricos também são atingidos pelas queimadas e, desse modo, todos os seres vivos que fazem uso ou vivem integrados aos ambientes aquáticos também tendem a sofrer com as queimadas, particularmente pelas consequências da contaminação pelas cinzas derivadas.

    Eduardo Cyrino Oliveira-Filho é pesquisador da Embrapa Cerrados.
    Embrapa Cerrados

  • A urgência da reciclagem de embalagens no Brasil

    A urgência da reciclagem de embalagens no Brasil

    Em 2030, seremos 9 bilhões de pessoas no mundo. Quase 3 bilhões a mais de indivíduos consumindo uma variedade de produtos e serviços. Estamos frente a um quadro de iminente exaustão de vários recursos naturais e de diversos problemas decorrentes do excesso de resíduos gerados por esse alto consumo. Esse cenário nos coloca frente a novos desafios para o desenvolvimento econômico, o bem estar das pessoas e a preservação do planeta. Repensar como produzir e consumir é papel de todos: governo, empresas e sociedade em geral.

    Só no Brasil, somos mais de 200 milhões de habitantes gerando resíduos. De acordo com dados do IBGE, cada brasileiro produz quase um quilo de lixo por dia, ou seja, são 183 mil toneladas diárias. Nesse contexto, a Economia Circular é uma alternativa que tem como objetivo despertar e conscientizar indivíduos e organizações acerca dos impactos negativos causados pela geração de resíduos. Ela incentiva as pessoas e empresas a repensarem seu consumo e as indústrias a criarem estratégias mais sustentáveis para o desenvolvimento de seus produtos.

    É inevitável que ao entrarmos em contato com esse cenário, o repensar sobre o papel, destino e utilização e reutilização das embalagens não desponte como um grande desafio. Em agosto de 2020, a Política Nacional de Resíduos Sólidos completou 10 anos, mas a legislação que estabelece estratégias para a prevenção e a redução da geração de lixo, além de criar metas para enfrentar problemas ambientais, sociais e econômicos que decorrem do manejo inadequado dos descartes está longe de ter alcançado seu objetivo, especialmente quando o assunto é reciclagem.

    O Brasil gerou, só em 2018, 79 milhões de toneladas de lixo de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos 2018, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Deste total, a estimativa é de que somente 3% sejam de fato reciclados, sendo que o potencial é de até 30%. São muitos desafios que temos para vencer: um sistema de coleta seletiva eficiente, educação sócio ambiental e políticas públicas.

    Um dos principais desafios está na educação, pois um programa de coleta seletiva depende que, primeiro, as pessoas pensem antes de jogar o resíduo no lixo para que ele seja separado desde a hora que cai na lixeira, mas a maioria dos brasileiros ainda desconhece o funcionamento da reciclagem. Falta informação desde o funcionamento da coleta seletiva até sobre o que é reciclável ou não. Embalagens de salgadinho e balas, por exemplo, são feitas de um plástico muito mole, que tem pouco valor comercial e, por isso, raramente são recicladas. Outro exemplo são as embalagens sujas de alimentos, que perdem a capacidade de reaproveitamento. Poucos sabem que é preciso lavar o pote de iogurte antes de jogá-lo na lixeira.

    Algumas embalagens feitas de aço e alumínio já possuem logística de reaproveitamento desenvolvida, mas o plástico, muito presente em nosso dia a dia, ainda é pouco valorizado nesse processo de reciclagem. Para que possamos superar esse desafio é necessário que haja um incentivo de empresas para que as pessoas atuem nessa área de negócios, com mecanismos que favoreçam as indústrias para que consumam o material reciclado tornando-o competitivo em relação ao material virgem.

    De uma forma bem simplificada, ações para a migração de uma economia linear para uma economia circular que podem ser levantadas por empresas são:

    • os resíduos de uma indústria devem servir como matéria-prima reciclada de outra indústria ou para a própria;

    • os produtos devem ser desenvolvidos tendo em mente um reaproveitamento que mantenha os materiais no ciclo produtivo;

    • produtos e serviços têm origem em fatores da natureza, e que, no final da vida útil, retornam para o meio ambiente por diferentes formas com menor impacto ambiental;

    • buscar manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor pelo maior tempo possível.

    A reciclagem é uma alternativa dentro do processo de Economia Circular que deve ter foco, passar por melhorias e incentivos. Mas, além da reciclagem, é fundamental que outras iniciativas aconteçam em paralelo, como minimizar a utilização de embalagens, ressignificar o que está em nossas mãos e a criação de materiais e design de produtos mais sustentáveis.

    Sobre Gicele Brandão
    Gicele Brandão, Head de Inovação da Positiv.a – Graduada em Economia e com MBA em Marketing e Gestão de Projetos, Gicele Brandão tem trajetória de mais de 20 anos em inovação e marketing em empresas nacionais e multinacionais líderes no setor de cosméticos e moda. Passou por empresas como Marisa, Contém1g e Natura. Atualmente é líder de inovação e desenvolvimento de produtos na Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza.

  • Dia Nacional do Livro: Fundamental para conscientizar a importância da leitura

    Dia Nacional do Livro: Fundamental para conscientizar a importância da leitura

    Há mais de 2 séculos o Brasil celebra todos os dias 29 de outubro o Dia Nacional do Livro. Mesmo com o tempo passando, é possível manter vivo o hábito da leitura. Escritor e professor de História mostra que mesmo durante a pandemia é possível desfrutar a companhia de uma boa leitura para superar este período difícil.

    O Dia Nacional do Livro é comemorado em 29 de outubro e celebra a importância da leitura e, como não poderia deixar de ser, dos livros na vida dos seres humanos. A criação desta data comemorativa é referência ao dia que foi fundada a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Ela foi fundada há exatos 210 anos pela Coroa Portuguesa.

    Os livros têm como função transmitir conhecimento, enriquecer as pessoas culturalmente, divertir, relaxar e, além, de outras coisas, ser uma boa companhia. Segundo o professor de História e escritor, Ueldison Alves de Azevedo, “a leitura é o único objeto material capaz de transformar o ser humano, pois independente da leitura, aderimos o conhecimento, viajamos em nossa própria imaginação dentro daquilo que o livro nos proporciona”.

    Em tempos tecnológicos, é possível encontrar vários artigos, ebooks, PDFs para realizar algum tipo de leitura específica, mas como lembra o professor Ueldison, “desde a invenção da imprensa do século XV em Gutemberg na Alemanha e graças a Martinho Lutero em sua reforma protestante, o livro teve a sua versão mais famosa que perdura até os dias atuais”. O grande atrativo dos livros, ele ressalta, ainda são “os livros com cheiros, seja esses odores de livros novos e velhos”. No entanto, mesmo com tantos avanços tecnológicos, Ueldison avalia que “para despertar a curiosidade em principal dos jovens em época como a nossa, se faz necessário falar da composição e importância do livro, uma narrativa brilhante como de Hamlet de Shakespeare que faz nos emocionarmos ou Dom Quixote de Miguel de Cervantes onde viajamos na onda da loucura do cavaleiro errante. Faço essa viagem do imaginário com os meus alunos e por muitas vezes dão resultados positivos!”

    Já a internet, salienta o professor, “é algo fantástico, é o fruto de uma revolução tecnológica dos anos 80, e o impacto dessa magnitude só ocorreu quando a imprensa foi criado como disse no século XV na Alemanha, claro a internet traz um algo rápido prazeroso de sentir a sensação da leitura, cada vez mais a grande rede toma sua forma dentro da plataforma de leitura, exemplo claro, hoje nós temos um aparelho no formato de tablet na qual é exclusivamente para leitura e nada mais”.

    Mesmo assim, ainda é possível ver pessoas que não dispensam o livro impresso, como o professor Ueldison. “Podemos reparar que muitas pessoas assim como eu gostamos de sentir o livro, irmos numa livraria e levar a biblioteca para casa, eu sou compulsivo para livros, até por vezes me comparo as mulheres que vão numa loja de roupas e querem levar tudo o que há de melhor dessa loja”, brinca.

     

    É preciso estimular a leitura, independente das circunstâncias

    O isolamento social imposto pela pandemia obrigou as pessoas a mudarem seus hábitos e passarem mais tempo em casa. Neste sentido, é fundamental criar atividades para se entreter e manter a mente ativa: “Para quem gosta de uma boa leitura, tem desejo de conhecimento ou tranquilizar a mente, foi sim uma ótima forma de se desligar do mundo da COVID. No entanto, o brasileiro em si não é apto para ler, em nossa sociedade não foi cultivada essa habilidade para a leitura, isso já começa desde a reforma pombalina onde os padres jesuítas deixaram de educar os nativos e a responsabilidade passou a ser dos donatários.”

    Ueldison Alves lamenta que até os profissionais acadêmicos não estão capacitados com uma boa leitura: “No Brasil até a nossa categoria de professores não conseguem praticar uma leitura adequadamente boa, mais de 70% dos docentes não abriram algum tipo de livro há mais de 3 meses. Então acredito que sim companhia boa o livro foi, mas apenas para aqueles que gostam realmente de ler”.

    Professor de História, ele mostra que o livro ajuda em suas didáticas: “O imaginário é tudo, eu gosto de trabalhar com essa ideia dentro do campo da história e filosofia principalmente, pois eu começo a narrar um conto para a pessoa e na hora que consigo prender ela ao meu conto, simplesmente paro de falar e indico tal literatura e onde encontrar, a geração futura precisa ser aguçada isso é algo que me chama atenção”.

    Ueldison reforça que o estímulo é importante para impulsionar e despertar essa atual geração, e faz uma comparação com a população dos tempos passados: “ Se olharmos uma sociedade iletrada da idade média para a nossa atual, veremos que nenhum desafio é o mesmo. Durante a idade média, para a igreja transmitir as informações sobre a Bíblia era cômodo colocar imagens iconográficos nas paredes para que as pessoas soubessem da vida de Cristo. Já na idade moderna as pessoas já não eram tão privadas assim das leituras como na idade antecessor, e como isso se deu? Pela vontade de querer saber o que estava descrito em várias páginas ou melhor, simplesmente por ter a sensação e o prazer do conhecimento através da leitura. Então pessoas privadas são levadas a leitura de maneira mais rápida, pois são aguçadas o tempo todo por esse anseio, e na atualidade não”.

    Por isso, ele mostra que a leitura pode estar ao alcance de cada um, basta querer: “Tínhamos dentro das estações de metrô algumas máquinas que poderíamos pegar livros com apenas R$ 2 no bolso. Hoje pessoas também doam livros e claro, temos a internet, onde é mais difícil despertarmos essa magia de aderir um livro do que propriamente num passado onde muitos eram privados ao contrário de hoje”, finaliza.

     

    https://www.cenariomt.com.br/artigo/apos-pandemia-13o-salario-do-trabalhador-pode-nao-vir-como-o-esperado/

  • “Tomar a vacina contra a Covid-19 é uma responsabilidade, não uma obrigação. E não tem a ver com governos”, destaca especialista na Semana do Servidor Público, da CNSP

    “Tomar a vacina contra a Covid-19 é uma responsabilidade, não uma obrigação. E não tem a ver com governos”, destaca especialista na Semana do Servidor Público, da CNSP

    O geriatra Dr. João Toniolo falou sobre as pesquisas e previsão para a chegada da vacina durante palestra em evento da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP), transmitida pelo www.youtube.com/cnspoficial

    Quando chegará a vacina contra a Covid-19? Como avaliar a qualidade das vacinas chinesa e russa? Seremos obrigados a tomar a vacina? E a eficácia? Estas e outras dúvidas sobre o novo Coronavírus e as vacinas em testes foram respondidas pelo médico geriatra e CEO do Grupo Toniolo Saúde, Dr. João Toniolo, durante o segundo dia da Semana do Servidor Público, evento online promovido pela Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP).

    De acordo com o especialista, ter informações sérias e verdadeiras é um ponto bastante importante no combate à doença. “Essa oportunidade é muito importante para os servidores e também para a população em geral, pois passar as informações de forma correta é essencial em tempo de pandemia. E há muitas divergências e fake News que mais confundem do que explicam. Sem dizer que este é um tema que interessa a todos”.

    Dr. Toniolo explicou didaticamente o que é o novo Coronavírus e o que se espera das vacinas testadas. Ele falou sobre as fases no processo de concepção de uma vacina e as diferenças em casos de pandemia. “Quando começam a estudar uma vacina nova, o processo, geralmente, tem cinco etapas e, por isso, leva entre 4 e 5 anos para ser finalizado. Em caso de pandemia, algumas etapas acontecem simultaneamente. É muito importante deixar isso claro: as etapas não deixam de existir. Elas apenas ocorrem de forma conjunta, de maneira que o processo é acelerado para que a resposta para a população mundial seja breve. Afinal, o interesse é coletivo”.

    A importância da vacinação também foi destacada pelo médico. “Não vou entrar numa discussão sobre ser ou não obrigatória. O que acredito é que tomar a vacina é uma obrigação de responsabilidade com a própria saúde e com a saúde das pessoas queridas à nossa volta. Não tem a ver com governos. Não tomar a vacina é escolher colocar em risco quem gostamos”.

    Sobre o tempo para a vacina chegar à população, o Dr. Toniolo acredita que os brasileiros começarão a ser imunizados nos primeiros meses de 2021. “De acordo com o que temos observado e as informações que recebemos, acredito que a população brasileira comece a ser vacinada no primeiro trimestre do próximo ano. Estão sendo feitos ajustes, definições de acordo com as respostas recebidas dos voluntários em mais de um estudo. A partir disso, a produção começará para que a vacina chegue para a população o quanto antes. Em saúde não há atalhos”.

    A palestra completa está disponível no Youtube (https://www.youtube.com/cnspoficial) da Confederação Nacional dos Servidores Públicos.

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