Categoria: ARTIGOS

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  • O papel do Controlador Interno no combate à corrupção nos municípios do Brasil

    O papel do Controlador Interno no combate à corrupção nos municípios do Brasil

    A corrupção nos municípios do Brasil sugere o uso ilegal do poder, o abuso do poder público para benefício particular, caracterizado por comportamento ilegal, pela busca de vantagem indevida, de natureza econômica ou não, envolvendo agentes públicos ou não, muitas vezes incentivada pela ausência ou fragilidade dos sistemas de controle.

    É relevante destacar que a busca de vantagem em tudo é aspecto percebido em nossa sociedade contemporânea quase como um senso comum, um hábito, tendo como exemplo a famosa “Lei de Gérson”, um marco na história dos brasileiros, que se originou com o polêmico jogador Gérson de Oliveira Nunes, “cérebro” da Seleção Brasileira de Futebol, campeã da Copa do Mundo de 1970, que utilizou a seguinte frase em uma propaganda de cigarros: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, leve Vila Rica”. Tal declaração sugere um princípio em que determinado indivíduo ou organização deve obter vantagens de forma indiscriminada, sem se importar com questões legais, éticas ou morais.

    Outro aspecto importante é que nos municípios, toda pessoa que ocupa um cargo público ou equiparado, no legislativo, executivo, administrativo ou judicial é definida como agente público, agentes que devem estar submetidos aos princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, ou seja, tem o dever de ser honesto e ético, entretanto, é comum verificar a todo momento notícias de atos corrupção na municipalidade brasileira.

    Ocorre que o agente público ou privado é um ser humano como qualquer outro, sujeito a errar, sobretudo quando encontra um clima propício ao cometimento de ilegalidades. Se ele constata que não existe fiscalização e controle, que ele pode praticar irregularidades sem ser descoberto ou que sua liderança não vai tomar providências, ele poderá não resistir à tentação e praticar aquele ato irregular. Todos nós somos tentados a descumprir as normas quando nos convencemos de que não haverá penalidade (impunidade).

    Neste contexto, a impunidade é sem dúvidas a principal avalista da corrupção, o mal dos males, a grande estimuladora do não cumprimento das normas, tornando-se um fator essencial na decisão do agente público praticar ou não a corrupção, funcionando como uma espécie de análise entre o custo e o benefício da prática da ilícita.

    Nas administrações municipais do Brasil, o corporativismo, o fisiologismo, sobretudo nos processos administrativos disciplinar ou de investigação interna, corrobora, por via de regra, para admissão da inocência dos pares, ou, na melhor das hipóteses, quando há indícios incontestáveis de culpa, a procrastinação interminável, a falta de conclusão, caracteriza ainda mais a tal impunidade.

    Diante deste inóspito ambiente, o Controlador (Auditor) Interno, é o profissional responsável por atuar nas primeiras linhas de defesa do patrimônio público nos municípios, atuando para efetiva implantação dos Sistemas de Controle Interno (SCI), de modo a garantir a boa conduta da Administração Pública, e impedir que os recursos públicos sejam escoados para o ralo da ineficiência e da corrupção.

    O Controlador Interno, no exercício de suas funções, deve ter livre acesso a todas as dependências do órgão ou entidade do município, assim como a documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições, não lhe devendo ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum processo, documento ou informação, devendo o servidor guardar o sigilo das informações caso elas estejam protegidas legalmente.

    Seu ingresso na carreira de Controlador (Auditor) Interno, considerando a natureza técnica do cargo, deve ser provido por meio de concurso público destinado à carreira específica do controle interno em observância aos requisitos legais, de forma a garantir sua independência e objetividade, tendo como principais atribuições:

    1. Supervisionar, coordenar e executar trabalhos de avaliação das metas do Plano Plurianual, bem como dos programas e orçamento do governo municipal;

    2. Examinar a legalidade e avaliar resultados quanto à eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos da Administração Municipal, bem como da aplicação de recursos públicos e subsídios em benefício de empresas privadas;

    3. Exercer controle das operações, avais e garantias, bem como dos direitos e deveres do Município;

    4. Avaliar a execução das metas do Plano Plurianual e dos programas do governo, visando a comprovar o alcance e adequação dos seus objetivos e diretrizes;

    5. Avaliar a execução dos orçamentos do Município tendo em vista sua conformidade com as destinações e limites previstos na legislação pertinente;

    6. Avaliar a gestão dos administradores municipais para comprovar a legalidade, legitimidade, razoabilidade e impessoalidade dos atos administrativos pertinentes aos recursos humanos e materiais;

    7. Avaliar o objeto dos programas do governo e as especificações estabelecidas, sua coerência com as condições pretendidas e a eficiência dos mecanismos de controle interno;

    8. Subsidiar, por meio de recomendações, o exercício do cargo do Prefeito, dos Secretários e dirigentes dos órgãos da administração indireta, objetivando o aperfeiçoamento da gestão pública;

    9. Verificar e controlar, periodicamente, os limites e condições relativas às operações de crédito, assim como os procedimentos e normas sobre restos a pagar e sobre despesas com pessoal nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal;

    10. Prestar apoio ao órgão de controle externo no exercício de suas funções constitucionais e legais;

    11. Auditar os processos de licitações, dispensa ou de inexigibilidade para as contratações de obras, serviços, fornecimentos e outros;

    12. Auditar os serviços do órgão de trânsito, multa dos veículos do Município, sindicâncias administrativas, documentação dos veículos, seus equipamentos, atuação da Junta Administrativa de Recursos de Infrações – JARI;

    13. Auditar o sistema de previdência dos servidores, regime próprio ou regime geral de previdência social;

    14. Auditar a investidura nos cargos e funções públicas, a realização de concursos públicos, publicação de editais, prazos, bancas examinadoras;

    15. Auditar as despesas com pessoal, limites, reajustes, aumentos, reavaliações, concessão de vantagens, previsão na lei de diretrizes orçamentárias, plano plurianual e orçamento;

    16. Analisar contratos emergenciais de prestação de serviço, autorização legislativa e prazos;

    17. Apurar existência de servidores em desvio de função;

    18. Analisar procedimentos relativos a processos disciplinares, publicidade, portarias e demais atos;

    19. Auditar lançamento e cobrança de tributos municipais, cadastro, revisões, reavaliações e prescrição;

    20. Examinar e analisar os procedimentos da tesouraria, saldo de caixa, pagamentos, recebimentos, cheques, empenhos, aplicações financeiras, rendimentos, plano de contas, escrituração contábil, balancetes;

    21. Exercer outras atividades inerentes ao sistema de controle interno.

    Portanto, conclui-se que um controle interno forte, atuante, com controladores bem preparados, com nítido entendimento do papel do Estado e preocupados com as questões legais, éticas e sociais, respalda e resguarda a atuação do gestor público municipal, reduzindo erros, minimizando a ocorrência de atos de corrupção e resulta em uma melhor aplicação dos recursos públicos.

    Angelo Silva de Oliveira é controlador interno da Prefeitura de Rondonópolis/MT (Licenciado), presidente de honra da Associação dos Auditores e Controladores Internos dos Municípios de Mato Grosso (AUDICOM-MT), mestre em Administração Pública (UFMS), especialista em Gestão Pública Municipal (UNEMAT) e em Organização Socioeconômica (UFMT), graduado em Administração (UFMT) e auditor interno ISO 9001:2015 (GITE).

  • Pelé assina com o céu

    Pelé assina com o céu

    O tricampeão mundial Edson Arantes do Nascimento anunciou, aos 82 anos e nesta quinta, 29 de dezembro, que passa a integrar, a partir de hoje, o time das Estrelas do Céu. A assinatura do contrato ocorreu no Hospital Albert Einstein, na Capital Paulista. Pelé estava rodeado por seus filhos, demais familiares e amigos no momento da assinatura.

     

    Rumores apontam que um câncer teria sido o elo entre Pelé e as estrelas. No entanto, o próprio tumor emitiu uma nota, negando veementemente. “O único elemento esférico capaz de transportar Pelé para outras dimensões é a própria bola, que aprendeu a chamá-lo de Vossa Majestade. E é por isso, pela bola, que Pelé hoje está indo pra lá”, afirmou a doença.

     

    O craque deu entrada no centro de saúde, na capital paulista, em 29 de novembro. As imagens, segundo a equipe que assistia Pelé, confirmaram a perfeita forma física do camisa 10 do alvinegro da Vila Belmiro. Como sabemos, o Rei é autor de verdadeiras magias ao lado de Dorval, Zito, Coutinho, Pepe e companhia.

     

    Dondinho, o pai, e a filha Sandra, aguardando um pouco mais ali, já fazem festa com a mais nova contratação. Alguns dos antigos companheiros do ofício da bola, amigos e admiradores também estão por lá.  A mãe, que é Celeste até no nome e inspirou o batismo de uma das princesas do pai, ora e vibra daqui da terra por uma boa travessia de seu filho.

     

    Trajetória 

     

    O mineiro chegou ao mundo em Três Corações, no dia 23 de outubro de 1940. Ainda em sua infância, Celeste, Dondinho e família desembarcaram na paulista Bauru. Naquele contexto, o menino era chamado de Dico pelos pais e de Edson pelos amigos. Sempre com o apoio irrestrito de Dondinho, também atleta, Dico deu seus primeiros chutes nas ruas daquela cidade.

     

    Ou melhor e, no início, o menino Edson gostava de atuar no gol, sendo Bilé, apelido de José Lino da Conceição Faustino, sua grande inspiração. O então arqueiro atuava no Vasco de São Lourenço (Minas Gerais), time por onde Dondinho passou antes dele desembarcar no Bauru Atlético Clube.

     

    Como você já deve ter imaginado e, ao fazer suas defesas, o menino não conseguia pronunciar Bilé, trocando-o por “Pegggaa, Pilé”.  Nascia, então, um apelido entre os amigos. Pilé torna-se Pelé.

     

    Exatos 82 anos depois de nascer, ouvi dizer que Pelé morreu!  Que sandice mais adsurda! PelÉeterno. E mais: foi contratado pelo time do céu, para jogar entre as estrelas!

     

    Boa viagem, Rei. E na próxima tempestade que  cair, a gente já sabe que será você, estreando e mandando uma chuva de gols!

    Por Guilherme Renso

  • Metaverso x Sustentabilidade

    Metaverso x Sustentabilidade

    Na última década, fomos surpreendidos por uma avalanche de inovações tecnológicas que buscam por funções práticas em nossas vidas, sempre com foco em agilizar a rotina, facilitar processos e proporcionar mais conforto. Uma dessas novidades é o tão abordado, Metaverso. Tido como uma das maiores promessas na área da tecnologia e o sucessor da Internet como conhecemos, uma das grandes questões a se discutir são os impactos futuros que este novo “mundo” nos dará. Afinal, será que a sustentabilidade e o Metaverso são duas coisas que podem caminhar juntas?
    Antes de mais nada, precisamos entender o que é o Metaverso. Originário de um conceito criado no livro de ficção científica dos anos 90 chamado Snow Crash, do escritor Neal Stephenson, o Metaverso pode ser definido como uma realidade paralela digital onde por meio de tecnologias diversas como Realidade Virtual, Realidade Aumentada, Computação Gráfica 3D, Avatares, Blockchain, conectividade 5G entre outras; as pessoas podem viver, trabalhar, se comunicar e se divertir. É como o mundo real, mas com muito mais possibilidades. É a convergência de tudo o que a humanidade já construiu em termos de tecnologia até aqui.
    Podemos citar o metaverso como um caminho que está sendo trilhado com foco no futuro. Um artigo do VentureBeat, site de tecnologia americano, mostrou que nos próximos 15 anos o setor pode movimentar de R$10 trilhões a R$30 trilhões, números que representam a inclinação social para o consumo da tecnologia. Por ser uma verdadeira propensão da sociedade, a preocupação com os impactos ambientais que o metaverso pode oferecer já é pautada. Segundo matéria publicada pela World Institute of Sustainable Development Planner (WISDP), instituto de aprendizagem e pesquisa que coopera com a política de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, hoje os serviços que envolvem T.I e dados na nuvem emitem cerca de 2% da quantidade global de carbono, semelhante à quantidade do setor da aviação (2,5%).
    Apesar da probabilidade de um possível impacto negativo no meio ambiente, as soluções sustentáveis para este problema já estão sendo estudadas e, inclusive, já têm prática. Iniciativas como a Destination Earth, criada em 2021 pela Agência Espacial Europeia (ESA) e a Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos (EUMETSAT), visa desenvolver um digital twin (gêmeo digital) da Terra, ou seja, um modelo virtual tridimensional altamente detalhado do planeta, que busca mapear o desenvolvimento do clima, eventos naturais e projetar impactos ambientais no futuro com precisão, além do planejamento da gestão de água doce do planeta, alimentos e parques eólicos. Com esse projeto, poderemos, de certa forma, ter uma real projeção do nosso futuro e impedir os impactos que as ações humanas podem ter no planeta nas áreas de consumo, energia, logística e sustentabilidade, podendo se tornar uma ferramenta extremamente útil, ajudando até na tomada de decisões políticas.
    De acordo com o Ernst & Young Global Limited (EY), as cidades são responsáveis por 70% da emissão de CO², sendo 28% apenas da construção, aquecimento, refrigeração e iluminação. É neste ponto que os gêmeos digitais farão a diferença, pois futuramente essas áreas terão suas réplicas dentro do mundo virtual, possibilitando um mapeamento preciso dos problemas que pedem por soluções ou melhorias, incluindo as questões sustentáveis, como o consumo de energia, economia de recursos naturais e preservação.
    A Ernst & Young Global também crava que os gêmeos digitais podem reduzir a emissão de CO² de um edifício em 50%, melhoras na eficiência operacional em 35% e aproveitamento de espaço de 15%. Isso nos mostra que apesar da real emissão de CO² que serviços tecnológicos causam, sua utilização é mais do que necessária para buscarmos soluções para problemas futuros.
    Apesar das simulações com gêmeos digitais serem um aspecto importante do Metaverso, vale a pena ressaltar que esta é só uma das inúmeras aplicações desta tecnologia que pode nos auxiliar na redução dos impactos ambientais no presente e no futuro. Outras opções como as reuniões remotas e o turismo digital por meio dos óculos de Realidade Virtual podem ajudar no controle do consumo de energia e da emissão de CO², já que reduzem o tráfego aéreo e de veículos nas cidades e países.
    Por fim, sempre vale a pena repensar as formas que utilizamos essas tecnologias para aprimorar nosso mundo e com o Metaverso estamos apenas começando a ver as possibilidades de contribuirmos para um futuro melhor e mais sustentável.
    Renato Abreu Ortiz de Andrade é Product Designer, possui MBA em Marketing e Inovação, trabalha em projetos com tecnologia imersiva (AR, VR, RA) e fez parte da equipe vencedora do Startup Weekend Vitória de Negócios Sustentáveis. Atualmente, Renato é colaborador do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia.

    Sobre o Sidia: Fundado em 2004, o Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia é um dos maiores institutos de PD&I do país e responsável por implementar soluções tecnológicas inovadoras para o mercado local e global. O Sidia é referência no desenvolvimento de tecnologias focadas em 5G, IoT, Inteligência Artificial, VR/AR, Softwares Embarcados, Automação Industrial, Visão Computacional, entre outros. Atua em diversos setores como Indústria 4.0, Saúde e Varejo, criando novas tendências e oportunidades de negócios.

    Com três sedes em Manaus (AM) e uma em São Paulo, o time do Sidia é formado por mais de 1.100 profissionais engajados com a inovação, composto por especialistas de diferentes formações intelectuais e culturais, além de infraestrutura de ponta

  • Está surgindo uma nova era na relação do brasileiro com investimento em câmbio

    Está surgindo uma nova era na relação do brasileiro com investimento em câmbio

    Este é um momento muito especial para o setor de câmbio. O segmento de turismo, altamente conectado às variações da moeda estrangeira, finalmente levanta voo pós-pandemia. E tem mais: sua alta será coroada com uma combinação inédita de eventos. Na sequência do processo eleitoral, que tradicionalmente afeta as cotações do dólar, pela primeira vez a Copa do Mundo coincide com o cenário que une férias escolares, Natal, Réveillon e Carnaval, quando o número de viagens internacionais cresce. Das urnas à explosão de confetes, serão cerca de quatro meses, período em que entrará em vigor também o novo Marco Cambial, em 31 de dezembro.

    Oportunidades como essa são raras e, por isso mesmo, importantes para repensar a relação que o brasileiro tem com o câmbio. Ainda hoje essa área permanece muito atrelada à atividade turística, quando em geral se deixa para comprar moedas estrangeiras como dólares ou euros na última hora, na esperança de que os valores vão reduzir até a hora de viajar.

    Como todo investimento, câmbio é estratégia. No turismo, em horizontes de intensa flutuação e de perspectiva de alta dos juros com desaceleração econômica global, uma saída para quem tem alguns meses até a viagem é comprar aos poucos, para não se deparar com uma cotação no auge às vésperas de ir para o aeroporto. No caso da Copa do Mundo, ocorre o contrário. Se possível, melhor antecipar a compra, pois a tendência é o rial catarense – que só parece o nosso “real” no nome – permanecer em alta até o fim dos jogos.

    O turismo ainda tem muito espaço para se fortalecer. De acordo com o Banco Central, os brasileiros gastaram US$ 9 bilhões no exterior nos primeiros nove meses do ano, quase o triplo do mesmo período do ano passado, mas abaixo de 2019, quando os gastos superaram os US$ 13 bilhões. Embora muitas questões relacionadas à compra de moeda para viagens ainda devam aparecer, vale lembrar que moeda estrangeira não serve apenas para passear. E essa é a percepção que vai transformar o mercado de câmbio nos próximos anos.

    O segmento caminha no sentido de familiarizar as pessoas com esse tipo de investimento de longo prazo, incentivando o planejamento financeiro e a composição do patrimônio. O próprio Marco Cambial visa simplificar entrada e saída de dólares no país e ampliar o espaço de fintechs e outras empresas nesse mercado, aumentando a competitividade das organizações, as possibilidades e reduzindo taxas para o consumidor, o que democratiza os serviços.

    Sem entrar nos pormenores da legislação, é importante frisar que tem ficado mais fácil para o cidadão comum pensar o seu bolso sob a ótica global. O mercado, hoje, está repleto de empresas de todos os portes que investem ou movimentam negócios com maior agilidade e menos burocracia no câmbio. Inclusive pessoas físicas que, além de guardar para fazer as viagens dos seus sonhos, protegem-se das oscilações da economia com aplicações em dólar.

    Hoje, alguns bancos digitais já oferecem conta em moedas estrangeiras. Em outros, é possível encontrar opções que facilitam a preservação do patrimônio com investimento direto em dólar. A partir de um tíquete acessível, serviços que proporcionam a chance de guardar dinheiro no Brasil, com fundos que investem nos EUA, trazendo segurança para quem deseja mandar os filhos para estudar no exterior, realizar uma viagem ou mesmo se aposentar.

    O que esse momento único tem a nos mostrar é que o turismo é apenas uma parte do setor. O câmbio é muito maior. Um investimento que tem a ver com o nosso futuro.

    Por Tulio Portella, diretor comercial da B&T Câmbio. Possui MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela – FGV e Pós Graduação em Gestão de Empresas Familiares – PUC-RIO.

  • Osteopatia e seus benefícios para o CrossFit

    Osteopatia e seus benefícios para o CrossFit

    O CrossFit é um esporte que se tornou popular não somente entre atletas de academia, como também vem conquistando novos adeptos que procuram por exercícios mais dinâmicos e menos monótonos quando comparados aos métodos tradicionais. Essa modalidade se trata de uma metodologia de treinamentos que se baseia no desenvolvimento do condicionamento físico.

     

    O fundador do CrossFit, Greg Glassman, ainda na infância contraiu poliomielite, uma doença que pode causar perda de força muscular, dos reflexos ou paralisia, especialmente em um dos membros inferiores. Greg encontrou na ginástica uma maneira de amenizar as sequelas deixadas pela doença, porém, não se sentia cativado pelos métodos utilizados nas academias tradicionais.

     

    Já recuperado da poliomielite, após experiências em academias com conceitos semelhantes, ele adotou uma nova meta, que consiste em fazer o seu próprio treino funcional. Enquanto atletas trabalhavam modalidades separadamente, Greg decidiu unir diversos exercícios que trabalham diferentes áreas para que elas fossem desenvolvidas de maneira igualitária.

     

    As principais características do CrossFit são os movimentos funcionais, constantemente variados e de alta intensidade. Esses exercícios contam com ações frequentes do dia a dia, como correr, caminhar, agachar, levantar, puxar e empurrar.

     

    Os treinos são executados de formas variadas para trabalhar todas as capacidades do corpo, garantindo o desenvolvimento de forma equilibrada de atributos como força, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, equilíbrio, precisão etc.

     

    Tendo em vista um exercício que trabalha diversas articulações simultaneamente, estando diretamente ligado à saúde e ao bem-estar, a Osteopatia atua como um método de prevenção e tratamento dos desequilíbrios do corpo utilizando somente técnicas manuais, sendo seguro e indicado para todas as idades, conferindo uma ótima parceria para otimizar os resultados de um atleta no CrossFit.

     

    Com a Osteopatia é possível corrigir lesões que acabam ocorrendo devido a informações negativas que o corpo acaba trazendo, potencializando o movimento do atleta, permitindo uma evolução e evitando lesões durante os exercícios.

     

    O CrossFit não é lesivo, e sim um esporte que requer preparo e, como qualquer outro, pode se tornar suscetível a lesões. O melhor momento para o crossfiteiro procurar um osteopata é quando apresentar alguma dificuldade em fazer correções impostas pelo orientador.

     

    Nesses casos é o momento em que o osteopata – fisioterapeuta especialista em Osteopatia – poderá tratar de forma mais específica. Além da conhecida técnica de thrust, prática de manipulação articular famosa pelos “estalos” corporais, a Osteopatia conta com inúmeros outros métodos para tratar tecidos específicos do corpo, e várias formas de se trabalhar a mesma estrutura, sem limitação de idade.

     

    É preciso saber identificar quando o incômodo apresentado pelo corpo não se trata apenas de uma resposta aos exercícios físicos, e sim ao início de uma lesão. Em alguns casos, é importante o resguardo da prática esportiva, mas, em sua maioria, não é necessário deixar de treinar e sim adaptar os movimentos.

     

     

    *Luis Henrique Zafalon é fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante.

  • O Poder de uma Floresta

    O Poder de uma Floresta

    Árvores e seus muitos abrigos, múltiplas funções atuam diretamente na manutenção da vida selvagem, no equilíbrio ecossistêmico e na qualidade de vida do ser humano, em nível das condições básicas e suplementares (bem-estar físico, mental e emocional). Fornecem a sombra do descanso, as flores que enfeitam, os frutos que alimentam.

    Abrigam e protegem inúmeras vidas como os liquens, os musgos, as bromélias, insetos, aves, mamíferos e a todos nós. Trazem chuva, minimizam a erosão do solo, protegem os rios, suavizam os dias quentes, as chuvas torrenciais, os ventos tempestuosos e removem gazes nocivos da atmosfera.

    Estudos científicos têm mostrado que as florestas tropicais são importantes sumidouros de carbono (CO2). O consumo de CO2 pelas árvores afeta positivamente na qualidade do clima local, regional e global. Entretanto, este sumidouro de carbono está em declínio como resultado do desmatamento, queimadas e mudanças climáticas.

    O sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), reporta que para que tenhamos a chance de minimizar os impactos das mudanças climáticas é necessário manter o aumento da temperatura global dentro do limite de 1,5°C nos próximos três anos.

    Cientistas de mais de 60 países envolvidos nos estudos do IPCC, afirmam que será impossível manter o aumento da temperatura global dentro do limite estabelecido sem remoção de carbono da atmosfera. O sequestro e armazenamento de carbono nas florestas são cruciais neste processo.

    Mato Grosso permanece no ranking entre os estados com maior número de árvores derrubadas na Amazônia brasileira. Isso significa que estamos contribuindo significativamente para a promoção do estresse do ecossistema, para maiores emissões de carbono, ocorrência de incêndios e aumento da temperatura.

    Precisamos de transformações rápidas de todos nós e em todos os setores para evitar os piores impactos sobre o clima, qualidade de vida e na produtividade do setor econômico.

    O Ministério Público do Estado de Mato Grosso atua com vigor e compromisso na proteção das florestas e nas formas sustentáveis de utilização dos bens naturais, buscando a estabilização dos ecossistemas e justiça ambiental para todos.

    Maria Fernanda Corrêa da Costa é  Promotora de Justiça em Mato Grosso, coordenadora do CAO – Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente Natural

  • Natal seguro: como fazer compras online sem cair em golpes

    Natal seguro: como fazer compras online sem cair em golpes

    É a época mais maravilhosa do ano – pelo menos para aqueles que não estão sofrendo ataques hackers

    A Pesquisa de Confiança Digital DigiCert 2022 mostra que mais da metade (57%) dos consumidores entrevistados sofreram ataques de segurança cibernética. Os principais ataques incluem hacks de contas, exposição de senhas e roubo de contas bancárias ou de crédito. Menos da metade dos consumidores entrevistados disse que sua confiança digital nas organizações com as quais lidam é maior do que no passado, e 54% dizem que há espaço para melhorias.

    Apesar do cenário assustador, existem maneiras simples de garantir que suas compras online sejam seguras e que você fique tranquilo enquanto compra on-line o presente perfeito. Aqui estão nossas principais dicas para compras seguras neste Natal.

    Não clique em links desconhecidos

    A maneira mais comum que os cibercriminosos usam para enganar você nesta temporada de festas é enviando e-mails de phishing com links que fingem levá-lo a algum lugar que eles não vão. Embora possa ser tentador ver a oferta interessante que eles enviaram, é melhor prevenir do que remediar.

    Copie manualmente o link e inspecione-o antes de colá-lo em um navegador da web, para que você possa ver se o link o vai de fato direcionar você ao site do varejista. O mesmo conselho vale para clicar em links por meio de resultados de pesquisa. Certifique-se de saber para onde o link o está levando antes de clicar ou, melhor ainda, digite a URL do site do varejista na barra de endereço sempre que possível.

    Verifique se o site é seguro

    Você provavelmente já ouviu falar em procurar o cadeado para confirmar que um site é seguro. No entanto, cada navegador exibe esses sites autorizados de maneira diferente, o que pode causar alguma confusão. URLs de sites que começam com HTTPS:// acompanhados pelo ícone de cadeado têm TLS/SSL (segurança da camada de transporte/camada de soquetes seguros), e os consumidores devem clicar no cadeado para revisar as informações do certificado e confirmar se o site usa criptografia TLS antes de inserir seus Informação do cartão de crédito.

    Não custa nada dar uma olhada no site para ver se eles parecem legítimos. Se você vir uma página de termos e condições, revisões, boa ortografia e gramática, um selo de site seguro e seguidores nas mídias sociais, todos esses são indicadores de que o site pode ser confiável.

    Não use Wi-Fi público

    O Wi-Fi público gratuito é comum e muitas vezes nem exige uma senha, facilitando o acesso dos cibercriminosos aos seus arquivos e informações pessoais. Muitas dessas conexões estão subprotegidas, por isso é melhor usar uma conexão Wi-Fi pessoal, hotspot pessoal ou rede privada virtual (VPN) ao acessar qualquer tipo de informação privada online, como uma conta bancária ou inserir informações de cartão de crédito para comprar.

    Não compartilhe demais

    Quando chegar a hora de se inscrever para obter um desconto ou entrar para comprar, serão solicitadas informações padrão. Os varejistas nunca precisarão de informações pessoais, como número do seguro social ou aniversário, para concluir uma compra, portanto, forneça o mínimo de informações necessárias.

    Se um contato entrar procurar você sobre uma compra por mensagem de texto ou e-mail, não clique no link nem se apresse em fornecer informações adicionais até que você possa confirmar que a pessoa ou empresa realmente é quem diz ser.

    Atualize seu software

    Os cibercriminosos podem explorar pontos fracos quando você não mantém seu software atualizado. Verifique se o seu navegador está totalmente atualizado, além de evitar softwares ou plug-ins suspeitos. Mantenha seus computadores, telefones e tablets atualizados também.

    Atualize regularmente seus programas antivírus para se proteger contra coisas como malware de cavalo de Tróia.

    Gerencie e proteja suas senhas

    Muitos varejistas exigem que você crie uma conta para concluir sua compra online. Se o check-out do convidado for uma opção, use-a. Para contas com senhas, crie senhas fortes, utilize a autenticação multifator quando disponível e não repita as senhas.

    Um gerenciador de senhas que criptografa senhas é uma ótima opção para ajudar a salvar senhas que você pode esquecer sem comprometer a segurança.

    Fique de olho nas atualizações do pedido

    Enquanto aguarda sua compra chegar pelo correio, seja diligente – verifique as atualizações de rastreamento e certifique-se de que seu pacote realmente chegue. Salve os detalhes de confirmação do pedido e esteja pronto para entrar em contato com o comerciante, se necessário.

    Além disso, fique de olho nos extratos bancários em busca de cobranças fraudulentas para garantir que você não seja cobrado por algo que não comprou.

    Use o bom senso

    Se um acordo parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é. Se um site parece incompleto, você nunca ouviu falar do varejista antes ou não consegue encontrar nenhuma outra evidência de presença online, não confie nele.

    Essas dicas podem evitar que você seja vítima de um golpe cibernético, mas, em última análise, é preciso bom senso, vigilância e alfabetização digital para salvá-lo dos perigos online.

    Embora possa parecer arriscado fazer compras online nesta temporada de festas, lembre-se de que essas etapas simples ajudarão a proteger você e seus dados pessoais. Não há razão para não aproveitar a conveniência e acessibilidade de fazer compras online – aproveite as facilidades do mundo digital!

    Sobre a DigiCert, Inc.: A DigiCert é fornecedora líder mundial de soluções escalonáveis TLS/SSL e PKI para identidade e criptografia. As empresas mais inovadoras, incluindo 89% das empresas da Fortune 500 e 97 dos 100 principais bancos globais, escolhem a DigiCert por sua experiência em identidade e criptografia para servidores da Web e dispositivos da Internet das Coisas. A DigiCert oferece suporte a TLS/SSL e outros certificados digitais para implantações de PKI em qualquer escala por meio de sua plataforma de gerenciamento de ciclo de vida de certificados, CertCentral®. A empresa é reconhecida por sua plataforma de gerenciamento de certificados de nível empresarial, suporte ao cliente rápido e experiente e soluções de segurança líderes de mercado.

  • Como evitar desentendimentos com os familiares nas festas de fim de ano? Psicóloga explica

    Como evitar desentendimentos com os familiares nas festas de fim de ano? Psicóloga explica

    As festas de final de ano aproximam famílias e parentes que não se veem há meses tem a oportunidades de se reencontrar para as confraternizações de Natal e do réveillon, porém, esse período também é marcado por discussões polêmicas e brigas entre pessoas com opiniões muito diferentes.

    Para especialistas, reconhecer que seu familiar é um outro indivíduo, com particularidades pessoais, e que quaisquer relações humanas implicam em tensões é necessário para manter a harmonia em confraternizações.

    Para a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professora Jaqueline Rocha, o ideal é apostar no diálogo sem tentar convencer o outro de pontos de vista pessoais. “Devemos respeitar as pessoas que pensam de forma diferente, sem provocar discussões, nenhum tipo de embate, principalmente assuntos como religião, política e futebol. São temas que podem gerar algum tipo de desentendimento”, pontua.

    A psicóloga aborda o processo da comunicação não-violenta para essas ocasiões. A técnica consiste em um roteiro que segue quatro etapas: na primeira, o indivíduo deve observar o que acontece em determinada situação sem julgamentos de valor, e, em seguida, é preciso analisar os próprios sentimentos. “Esse tipo de comunicação vai aumentar a empatia e melhorar a qualidade dos relacionamentos interpessoais. O objetivo é alcançar a harmonia entre os dois lados do diálogo com base nas necessidades fundamentais do ser humano e no princípio de colaboração”, explica.

    O terceiro passo é expor as necessidades em relação ao assunto para que conflitos do tipo não aconteçam se repitam e, por fim, apresentar as demandas emocionais. Os familiares devem negociar o que pode ser feito para evitar brigas no futuro, como não falar de determinados assuntos e não fazer brincadeiras sobre um tópico sensível. Para que o pacto tenha eficiência, o indicado é que o diálogo seja feito de forma positiva e direta, sem frases abstratas e confusas.

    A coordenadora defende, também, que se as técnicas não funcionarem, é importante avaliar a necessidade de estar em família em festas de final de ano. “Ninguém é obrigado a estar com pessoas que podem trazer impactos à saúde mental, devemos respeitar os nossos limites, mesmo que sejam familiares”, finaliza.

    Por: Safira Pinho

  • As ensinanças da espera

    As ensinanças da espera

    Quando ela olha, eu escuto: um raio de sol enchendo, um passarinho brincando, as folhas mexendo. Um mundo com um outro quê, um outro como e um outro quando.

    O som do chorar da Maria anuncia uma cor de uma aurora diferente, de uma coisa recém-nascida… Mas sou muito mais eu mesmo… Ah! Esse parto continuado que é a vida, que nos ensina da ambivalência de que tanto Freud falou. Sobrevivemos, mas não completamente.

    Queria começar com mesura, com um poder novo nas mãos: o de arrancar alegria do cansaço, do exausto, da dor. Thiago de Mello disse que no caminho do amor ninguém se cansa, porque se aprende a olhar de frente o sol.

    Parece tudo divertir Maria e tudo desperta nela alegria. Em todas as coisas vê motivo suficiente para sorrir. Mesmo depois de um longo dia de choro, cólica e desconforto, ela tem alegria. É que noturnos levamos a claridão.

    Quanto tempo levamos para ter um sorriso peculiar, um brilho próprio no sorriso, daqueles que doeram muito para sair. Já nascemos com esse sorriso? Uma parteira disse-me que não, é preciso conquistá-lo. Ela mesma emendou, é preciso esperá-lo, não de ficar parado esperando. Às vezes, é assim mesmo, mas não é sempre esperar parado.

    De algum jeito precisa do tempo, do tempo que nos ensina que estamos errados, certos, que não sabíamos, de que nem tudo fica, e que fica também. A vida faz rodeios para nos dar as coisas. Falo de uma sabedoria da espera, não sei quem já falou sobre isso, mas, com certeza, já falaram.

    Guimarães Rosa disse que o que a gente tem que aprender é, a cada instante, afinar-se como uma linhazinha, para saber passar no furo de agulha que cada momento exige. Ah! Maria já sabe disso, sem saber, recém-nascida – como eu.

    Devemos entender que o que é nosso para sempre é aquilo que damos. Em nós está o que suja e o que lava, o que dói e o que abranda. E o poeta já disse que tocando a noite a gente sente a manhã.

    Viver é uma alegria doída. Foi esquecido que amar também é uma dor. Na proa da canoa, eu não deixo de sentir a poeira da estrada. No sorriso da Maria, não deixo de experimentar o seu desconforto, porque o sorriso nunca é só um sorriso. O gosto de viver vem com o saber do desgosto. Tudo isso é funduras!

    E para aqueles que acham que a alegria, a paz, ou qualquer outro sentimento é puro (não achei essa palavra na vida) … como se a alegria fosse só alegria, o amor fosse só o amor, como se fosse possível sorrir, profundamente, só de alegria … Bom parto!

  • Dezembro chegou: entenda por que o espírito natalino mexe tanto com as pessoas

    Dezembro chegou: entenda por que o espírito natalino mexe tanto com as pessoas

    entenda por que o espírito natalino mexe tanto com as pessoas
    entenda por que o espírito natalino mexe tanto com as pessoa. Foto: divulgação.

    Presentes em volta da árvore, decoração especial com muitas luzes, a representação do presépio, a mesa farta e a família e os amigos reunidos para comemorar. Dezembro é uma época que torna presente muitos sentimentos em todos nós, pois, segundo a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Jaqueline Rocha, o Natal está tão enraizado culturalmente em nossa vida, que é quase impossível ficar indiferente.

    “Quando se trata do fim, tendemos a refletir sobre o que foi bom e o que foi ruim. Desta forma, as emoções são revividas em pensamento, trazendo toda a carga emocional de volta. Os encerramentos de ciclo são importantes, e o Natal e Ano Novo, em especial, trazem esperança e novos planos”, opina a professora.

    Outro aspecto que explica a forte ligação que a nossa cultura tem com o Natal é o fato de a data simbolizar a renovação e a vida nova, recordando sentimentos positivos de que tudo vai melhorar no ano que se inicia em breve. O ser humano, no âmbito psicológico, sente-se reconfortado com a ideia de um futuro promissor e próspero.

    A psicóloga lembra também que o Natal pode ter significados diferentes a partir das concepções e vivências de cada um, além da fase da vida em que o indivíduo está. O Natal, com toda a magia do Papai Noel, tem um simbolismo para a criança, que não será o mesmo para quem está entrando na vida adulta e precisa preparar a ceia com as próprias mãos, por exemplo; ou ainda para o pai, mãe ou avós que estão inserindo a tradição natalina na família para um filho ou neto. O importante é que cada um reflita e assimile esse período, recriando novos significados.

    HÁ QUEM NÃO GOSTE DO NATAL, E ESTÁ TUDO BEM!

    Todo mundo deve se curvar às tradições natalinas? A resposta é: não! Assim como “o Grinch”, personagem conhecido na literatura e no cinema, que odeia o Natal e faz de tudo para que ninguém celebre a data, há aquelas pessoas que passam bem longe das comemorações.

    Para Jaqueline, isso pode ter origem em diversos traumas do passado, como a falta de um ente querido que movimentava essa época do ano e era responsável por reunir a família; por não ter recebido presentes enquanto criança, por conta das condições financeiras; ou ainda por conta de algum evento marcante, como o fim de um relacionamento ou a perda de um emprego que tenha acontecido em dezembro.

    E como o espírito natalino envolve boas vibrações, quem não gosta do Natal não deve ser julgado, mas entendido. “Conhecendo sua essência e buscando o autoconhecimento, é mais fácil lidar com essas emoções. No entanto, é importante respeitarmos as diferenças e individualidades, para que todos se sintam acolhidos em qualquer período do ano”, finaliza a docente.

    Por: Safira Pinho