Categoria: ARTIGOS

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  • ESG no mercado financeiro: qual a importância?

    ESG no mercado financeiro: qual a importância?

    Ano passado o Elon Musk disse “ESG is a scam” (ESG é uma farsa, em tradução livre) quando a Tesla foi removida do S&P 500 ESG index, índice da S&P Global que lista empresas que se destacam em questões ambientais, sociais e de governança (ESG), de acordo com a metodologia própria da agência de rating.

    UntitledDe lá para cá, tenho visto cada vez mais analistas e supostos especialistas em investimento abraçando uma agenda anti-ESG. Parte deles, porque conseguiram ideologizar um debate que deveria estar tanto no campo da esquerda quanto da direita, pois é transversal aos problemas sociais, econômicos e políticos.

    O ponto é que incluir variáveis ESG em análises de investimento e ratings de ativos é uma atividade historicamente nova. O termo ESG e a exigência de incorporação de critérios ESG na análise de ativos só apareceu pela primeira vez em 2006 no Principles for Responsible Investment (PRI) da United Nations.

    Isso significa que faz apenas 17 anos na história que o mercado financeiro se movimenta pró ativamente para criar metodologias e abordagens de análise ESG.

    Para se ter uma ideia do ciclo de amadurecimento de práticas de mercado, a contabilidade financeira por exemplo já era feita há séculos quando Francesco Villa decidiu publicar na Itália La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche, em 1840, trazendo o método de partidas dobradas.

    Levou 133 anos depois disso para ser criado o International Accounting Standards – IAS, em 1973, responsável pelo processo de internacionalização das normas contabilísticas. Mais 28 anos se passaram até a transformação do IAS em IFRS – International Financial Reporting Standards, em português Normas Internacionais de Contabilidade.

    Quem atua no mercado hoje quase não se lembra mais como era pesquisar e comparar informações financeiras das empresas antes de uma padronização internacional adotada pela maior parte dos players.

    Minha visão é que estamos nessa era pré padronização com o ESG. Não se trata de uma farsa, ou um golpe, mas sim de uma integração de externalidades à análise financeira que ainda vai levar tempo para amadurecer em um padrão internacional auditável e adotado por todos os agentes de mercado.

    Quer dizer, não é porque não tinha IFRS em 2000 que a gente podia falar que os esforços de algumas instituições em comparar empresas e criar métricas de mercado era uma farsa.

    Do mesmo jeito, agora nós temos um campo em pleno desenvolvimento e essencial para o mercado mapear o que vai além de receita e custos para incorporar o que afeta o planeta e sua manutenção. Barrar essa transformação porque você não entende, não se interessa ou tem algum ativo seu individualmente prejudicado é nadar contra uma corrente muito maior que você.

    Por Itali Collini, economista, Investidora Anjo e diretora da Potencia Ventures

  • A história da pecuária em Mato Grosso passa pela Associação de Criadores Nelore

    A história da pecuária em Mato Grosso passa pela Associação de Criadores Nelore

    A Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT) deu posse no mês de janeiro à nova diretoria para o biênio 2023/2024. Como profissional da área de zootecnia e criador Nelore há mais de 20 anos, é uma honra assumir a presidência da entidade à qual fui vice-presidente por dois mandatos consecutivos e já atuava como associado.

    Em um momento incertezas e desafios para o Brasil, quero assegurar o compromisso com a boa gestão da instituição, que vai atuar com transparência na realização de ações de apoio ao criador Nelore. Além disso, quero destacar a importância da associação para a sociedade mato-grossense e para o segmento do agronegócio.

    A Nelore Mato Grosso, como é conhecida, surgiu no extinto Clube das Mangueiras da Sadia, no início da década de 1990, quando um pequeno e seleto grupo de pecuaristas se reunia para debater técnicas, modos de criação e recebia palestrantes para auxiliá-los no dia a dia e aumentar sua rentabilidade.

    Dessas reuniões semanais surgiu a necessidade de se formalizar uma instituição que defendesse os interesses comuns dos criadores de gado da raça Nelore, a maior e mais importante do país e com ênfase em Mato Grosso, onde ela se mostrou a mais bem adaptada nos três biomas do Estado e onde temos hoje cerca de 33 milhões de animais, o maior rebanho brasileiro, dos quais 80% Nelore ou anelorado.

    Então, em 1994, criou-se a ACNMT, uma subsidiária da Nelore do Brasil (ACNB). O primeiro presidente foi o selecionador e pecuarista Olímpio Risso de Brito, que com recursos parcos de um empreendimento começando conseguiu uma pequena sala no parque de exposições da Acrimat, embaixo da arquibancada do recinto de rodeio. Focado em seleção, Olímpio e sua equipe realizaram a primeira prova de ganho em peso a pasto da raça Nelore na sua fazenda conjuntamente com os associados.

    Em seguida veio o Mario Candia, que deu um viés mais político classista, trazendo sua expertise de presidente da Acrimat. Depois Gilberto Porcel conseguiu, dentro do Parque de Exposições, uma sede para Nelore-MT mais ampla, com sala de reuniões e um espaço com churrasqueira. Desde então, aquelas conversas do extinto Clube das Mangueiras foram reativadas e passaram a ser realizadas em sede própria, que continua a mesma e inclui diversas melhorias ao longo dos últimos anos.

    Passaram pela presidência Luis Antonio Felippe, o “Felipe da Camargo”, com tradição em exposição e leilões que organizou exposições ranqueadas em todo o Estado, chegando a 19 municípios de Mato Grosso. O ex-presidente José Welinton, que começava na seleção, também realizou mais uma prova conjunta entre os criadores. Mas uma fatalidade aconteceu abreviando seu trabalho.

    A caminho da exposição de Tangará da Serra, junto com sua esposa e o piloto, ele sofreu um acidente aéreo fatal envolvendo todos os ocupantes da aeronave. A sede da Nelore que sempre fora local de reuniões e descontração, também foi o espaço do velório do casal. Assumiu, então, o vice-presidente Jose João Bernardes, reconduzido ao cargo na eleição seguinte.

    Outro fato importante aconteceu. Das reuniões na Nelore se “estadualizou” a Associação dos Criadores de Mato Grosso, a Acrimat. Em seguida veio Hermes Botelho, que realizou a primeira exposição indoor. Breno Molina assumiu a Nelore, em 2019, dando mais visibilidade, sobretudo na Era Digital com presença nas redes sociais (Instagram, Facebook, YouTube), e arrendou uma propriedade para a entidade e uma nova prova a ser realizada.

    Já o pecuarista Aldo Rezende Telles, que tinha experiência à frente do Sindicato Rural, em Goiás, e na diretoria da Acrimat, assumiu com o compromisso de realizar provas voltadas não mais aos animais de exposição, mas buscando aprimorar técnicas para produzir animais prontos para o abate em menos tempo e tudo isso agregando importante parceiros, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

    Aliás, a façanha realizada pela entidade, em 2021, foi reunir 600 animais, de 20 criadores, levando bezerros desmamados com 8 arrobas para que ficassem “prontos”, com 21 arrobas, em apenas 14 meses. Essa foi a maior prova realizada por uma associação de criadores em todo Brasil e os resultados vão gerar dados científicos inéditos que vão auxiliar nossos criadores em suas tomadas de decisão.

    É importante reforçar que a sede da Nelore já foi palco de muita coisa: palestras técnicas, discursos de candidatos políticos, que foram apresentar suas propostas para o segmento da pecuária, além de conversas com governador do Estado, deputados federais, estaduais, senadores e até o então ministro da Agricultura Pratini de Moraes, entre 1999 e 2002 (governo do então Fernando Henrique Cardoso), que deu até uma palhinha tocando sanfona. Versatilidade própria da raça Nelore.

    Assumo esta missão com a mesma jovialidade do amigo Breno, a experiência de campo da Zootecnia e 23 anos de relacionamento com esse grupo originário do Clube das Mangueiras, que representa a raça mais importante do Brasil. Portanto, a Nelore Mato Grosso completa 29 anos neste ano em uma nova fase e com uma nova diretoria com muito gás para trabalhar!

    Alexandre El Hage, pecuarista, zootecnista e presidente da Associação dos Criadores de Nelore Mato Grosso (ACNMT) 

  • Divórcio. Quais os perigos?

    Divórcio. Quais os perigos?

    O casamento é a consagração de um sonho.

    Ninguém se casa para separar. Porém, devido aos muitos problemas, os casais não estão tendo paciência para suportar conflitos de hábitos.

    Ocorre que, nossa sociedade está cada vez mais acelerada, não se tem dado o tempo necessário para ouvir necessidades da outra parte.

    O casamento é uma sociedade, e em toda sociedade se têm deveres e obrigações, e que provavelmente, estão sendo deixados de lado.

    Penso que, a tomada de decisão de uma separação, precisa ser com bastante clareza, a fim de que nenhuma das partes seja prejudicada.

    É de bom tom lembrar, que para se casar existe todo um planejamento financeiro.

    Por conseguinte, para se separar deve ser os mesmos cuidados, e não ir assinando todo e qualquer acordo sem um profissional competente.

    A assinatura da minuta de divórcio e partilha de bens, precisa ser analisada com o cuidado devido, sob pena de nunca mais poder recuperar o patrimônio conquistado
    por anos de trabalho.

    Por último, o maior perigo em uma separação, é assinar documentos sem qualquer respaldo jurídico, ou seja, no calor das emoções.

    Em virtude do exposto, a inteligência emocional é fator preponderante antes de um divórcio, aliado, de uma assessoria jurídica competente.

    Rodrigo Furlanettí é Advogado Empresarial em Cuiabá.

  • Que tal adotar novos hábitos na hora de cuidar das unhas?

    Que tal adotar novos hábitos na hora de cuidar das unhas?

    Chegamos a 2023! Para muitas pessoas, o início de um novo ano traz a oportunidade de adotar novos hábitos. Essa é, inclusive, uma tradição seguida por muitos. É possível que você conheça alguém que, na véspera da virada de ano, faça uma listinha de metas para o novo ciclo. Vale tudo! Fazer um curso especial, passar em um concurso, fazer aquela viagem desejada, começar uma atividade física, batalhar por uma promoção no trabalho, etc.

     

    Para muitas mulheres, além de tudo isso, os cuidados com a saúde e a beleza também costumam ganhar destaque. Entre as resoluções listadas, não é difícil encontrar tópicos como: perder alguns quilinhos (mesmo que não seja necessário), melhorar a alimentação, começar tratamentos estéticos e agendar consultas com médicos. Entre as especialidades, o dermatologista sempre aparece, afinal de contas, todas querem pele, cabelos e unhas exuberantes!

     

    O fato é que com a chegada de um novo ano, costumamos ficar mais empolgadas para adotar novos hábitos e isso é totalmente viável em relação às nossas unhas. Pode parecer distante da realidade de muitas mulheres, mas é possível ter as nossas próprias unhas naturais, saudáveis, lindas e do comprimento que quisermos.

     

    Claro que isso requer uma mudança e a adoção de uma nova forma de cuidar das unhas, que é proporcionada ao aderir ao método russo original de cuidados com as unhas. A metodologia é baseada no uso de um aparelho que faz o processamento das cutículas por microdermoabrasão, ou seja, é feita uma leve esfoliação da cutícula por meio da ação de fresas especiais, produzidas com materiais nobres e com diferentes funções e níveis diferentes de abrasividade. Ao deixar de usar instrumentos como os alicates, passamos a desfrutar de um procedimento totalmente indolor, que não oferece risco de contaminação e ainda promove a redução do ritmo de crescimento das cutículas. Isso acontece, porque como não há cortes, o sistema imunológico não é ativado. Então, é possível ver, a cada sessão, uma redução do volume desse tecido.

     

    Ao associar a manicure com aparelho à esmaltação de alta precisão, também utilizada no método russo, os resultados estéticos se tornam absolutamente incomparáveis. As unhas ganham acabamento perfeito, com muito mais brilho. Além disso, não há necessidade de uso de químicos para a remoção dos excessos, porque a pele ao redor das unhas não fica lambuzada com os esmaltes, evitando reações alérgicas.

     

    É interessante saber que o método russo original de cuidados com as unhas existe há mais de 50 anos e é um dos que mais cresce em toda a Europa e nos Estados Unidos. Mais curioso ainda é notar que as mulheres que experimentam o método costumam ver resultados já na primeira sessão, conseguem ficar até 4 semanas sem precisar retornar à manicure pela durabilidade do procedimento – que inclusive não requer manutenções nesse intervalo – e que em apenas 3 sessões já conseguem ver suas unhas naturais totalmente recuperadas, saudáveis e, quando desejado, longas e bonitas.

     

    Você já fez a sua lista de novos hábitos para 2023? Que tal mudar a forma como você cuida das suas unhas?

     

    *Olga Radionova é a maior autoridade no método russo original de cuidados com as unhas no Brasil, diretora da RNSA School e responsável por formar as especialistas que atuam na Bela Russa – 1ª rede de franquias de estúdios especializados no método russo original de cuidados com as unhas. 

  • A vida pede Equilíbrio

    A vida pede Equilíbrio

    A vida pede equilíbrio. Esse é o tema da Campanha Janeiro Branco 2023.O movimento que completa 10 anos, tem como finalidade colocar assuntos sobre saúde mental em pauta, visando além de conscientizar, quebrar paradigmas e estimular o autocuidado visa também a criação de políticas públicas em benefício da sociedade.

    O equilíbrio, seja no trabalho, no cotidiano, em todas as relações da vida e principalmente, o equilíbrio consigo mesmo. Somente quando encontramos o equilíbrio dentro de nós é que podemos estender as nossas relações.

    E como podemos buscar o equilíbrio? Através do autoconhecimento. Do voltar o olhar para si mesmo, para as emoções que sentimos e nos permitir conhecer os elementos que geram o desequilíbrio dentro e nós, sejam eles raiva, stress, angustia ou até mesmo a falta de reação aos fatos.

    O autoconhecimento traz a consciência sobre metas, desejos, objetivos e propósitos, além de potencializar a coragem e resiliência para que se consiga enfrentar mudanças e imprevistos de forma mais leve.

    O mês de janeiro foi escolhido para abrigar a campanha, pois carrega a simbologia da renovação, um novo começo, novos planos e novo estilo de vida. Essa escolha busca incentivar as pessoas a pensarem a respeito da sua vida e do quanto investem em sua Saúde Mental e Emocional e daqueles que estão ao seu redor.

    Entretanto como terapeuta entendo que a escolha do mês de janeiro vai para além da simbologia de renovação que nos traz o início de um novo ano, nos remete a importância de olhar primeiramente para si e para as emoções considerando que estas precedem a origem de muitas doenças no corpo físico.

    O adoecimento emocional, a forma como lidamos com as nossas emoções, ou melhor, como anteriormente mencionado, não conseguimos lidar, acaba por interferir diretamente na saúde do corpo, ou seja, problemas de ordem emocional levam ao adoecimento do corpo físico. O que não falamos o corpo fala

    Estar emocionalmente saudável é ter um estado de bem-estar para desempenhar bem todas as atividades e lidar da melhor forma com as dificuldades.

    Entender que a vida é feita de altos e baixos e que as emoções sempre estarão presentes nesses momentos sejam as boas ou as ruins. E sobre tudo, através do autoconhecimento identificar as emoções e procurar ajuda e também se pudermos, sermos a ajuda.

    *Servidora Púbica, Consteladora Familiar, mestre em Sistema Arcturiano, mestre em Shamballa, voluntária do Instituto Mario Cardi Filho e uma das fundadoras do grupo Curadas para Curar.

  • Dermatologista fala sobre como identificar o câncer de pele no início

    Dermatologista fala sobre como identificar o câncer de pele no início

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 60% da população se expõe ao sol sem qualquer proteção no nosso país. O Dezembro Laranja é o mês para chamar a atenção para a prevenção e cuidados com a pele, já que o câncer de pele é um dos mais comuns no Brasil.

    A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

    De acordo com o médico dermatologista Gustavo Martins, o câncer de pele quando diagnosticado e tratado no início tem uma grande chance de cura.

    O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou que cada ano surgem 185 mil novos casos de câncer de pele no Brasil, doença que responde por 33% de todos os diagnósticos dessa doença no país.

    O médico também pontuou que alguns cuidados o câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas.

    “Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele. Só que os sintomas geralmente, são: uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada e que sangra facilmente, também pode ser um pinta preta ou castanha que muda sua cor, ou até uma mancha desconhecida”, pontuou.

    Sobre Dr. Gustavo 

    Dr. Gustavo Martins é médico Graduado pela Universidade Federal de Santa Maria-RS. É dermatologista e cirurgião dermatológico com títulação pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira. Há 12 anos atua na área de tricologia e transplante capilar, sendo um dos primeiros brasileiros a realizar a técnica FUE, na qual são retirados unidades foliculares. Possui mais de mil pacientes operados, com vasta experiência no ramo. Palestrou nos maiores congressos nacionais e internacionais sobre transplante capilar e tricologia. Possui dezenas de artigos científicos publicados em revistas renomadas.

  • O que é importante saber sobre a medula óssea

    O que é importante saber sobre a medula óssea

    Muito se fala em doação de medula óssea, mas pouco se sabe, ainda, sobre o que é a medula óssea e como a sua doação pode salvar inúmeras vidas. Primeiro, a medula é um tecido líquido gelatinoso que fica dentro dos ossos, o conhecido “tutano”, e é nela que são produzidos os componentes do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas).

    Nosso corpo é, realmente, uma máquina, e a medula óssea é a fábrica que produz o sangue, ou seja, que faz todo o sistema funcionar continuamente. No caso, os glóbulos vermelhos (hemácias) transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os glóbulos brancos (leucócitos) nos defendem das infecções e as plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

    Inclusive, a célula que origina as células sanguíneas, chamada célula progenitora ou célula-mãe, está concentrada em maior quantidade na medula óssea, o que também explica a ideia de fábrica e, portanto, da doação de medula óssea. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) o transplante de medula é um tipo de tratamento indicado para algumas doenças que afetam as células do sangue e consiste na substituição da “fábrica” deficitária por uma nova, com células saudáveis. Com o tempo, o objetivo é reconstruir uma nova “fábrica saudável” de pacientes com leucemias, ou linfomas, por exemplo.

    O transplante é um processo delicado, onde são realizados exames de sangue para identificar se existe a compatibilidade entre o doador e o receptor. Essa compatibilidade é fundamental para evitar processos de rejeição, que é quando a medula do paciente não “aceita” a do doador ou até mesmo quando a medula do doador “invade” e “agride” a do paciente. Refiro-me aqui aos casos de transplante alogênico, que é quando a medula vem de um doador. Existe outro tipo de transplante de medula óssea chamado autólogo.

    Identificado a compatibilidade, o doador passa por um processo “cirúrgico” onde são realizadas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia para “sugar” a medula saudável. Hoje também podemos colher estas células primordiais do doador, através da veias periféricas ( braço, por exemplo), utilizando um procedimento chamado aférese, evitando a punção na bacia. É fundamental frisar que essa retirada não causa qualquer comprometimento à saúde e a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias, tal como quando doamos sangue.

    Já para o paciente o cuidado deve ser maior, porque para receber a medula, as células doentes devem ser destruídas, para então receber a nova “fábrica”. Este é um momento que exige muito cuidado e acompanhamento, uma vez que o paciente fica com a imunidade mais fragilizada. Mas, uma vez que deu tudo certo e a medula do doador chega à corrente sanguínea, as células “boas” circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.

    Para ser doador de medula e salvar vidas, é preciso ter, segundo o Ministério da Saúde, entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde e não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue. Seguindo os critérios estabelecidos, o doador deve fazer um cadastro, onde serão colhidos 5ml do seu sangue. Este cadastro é feito no Hemocentro de sua cidade.

    O sangue é examinado para determinar as características genéticas e assim ser cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Com as informações genéticas do paciente já cadastrados, o sistema cruza as informações e identifica a compatibilidade. Lembrando que o doador que vai decidir se fará a doação ou não.

    Na verdade, ser doador de medula óssea é um procedimento simples. Você que é saudável, pense no poder da máquina que é o seu corpo e o quando a medula é a fábrica que faz tudo funcionar. Ter a oportunidade de oferecer ao outro uma nova fábrica saudável e, assim, dar esperanças de vida, não tem preço!

    por Dr. Andre Crepaldi (Diretor do Serviço de Onco-hematologia do HCanMT e Oncologista Clínico e Pesquisador principal da OncoLog)

  • Câncer de intestino é o 3° com maior incidência; esteja atento a sinais e riscos

    Câncer de intestino é o 3° com maior incidência; esteja atento a sinais e riscos

    Sempre vibrante e irreverente, a cantora Preta Gil surpreendeu o Brasil com um anúncio: o diagnóstico de câncer de intestino. O adenocarcinoma na porção final do órgão do sistema digestivo foi descoberto ao procurar assistência médica, após desconfortos no abdome. Preta inicia o tratamento nesta segunda-feira (16), compartilhou com seguidores de suas redes sociais. Longe dos holofotes das celebridades, a doença acomete milhares de brasileiros todos os anos, sendo o terceiro tipo de câncer com maior incidência na população.

    O câncer de intestino é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, também chamado de câncer de cólon ou colorretal. A origem mais comum são os chamados pólipos, lesões benignas que crescem na parede do intestino. O Instituto Nacional de Câncer, o INCA, prevê o surgimento de 500 novos casos desse tipo de neoplasia a cada 100 mil habitantes em Mato Grosso somente este ano. No Brasil, mais de 45 mil.

    A doença acaba de vitimar dois craques do futebol: o Rei Pelé, ícone mundial, aos 82 anos, e Roberto Dinamite, maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro e ídolo do Vasco, aos 68.

    Sinais e fatores de risco

    Os principais sinais de alerta para um possível câncer de intestino são a presença de sangue nas fezes, mudanças do hábito intestinal (como diarreias frequentes e constipação), dor ou desconforto abdominal, alteração na forma das fezes, fraqueza, anemia e repentina perda de peso, sem motivo. Em alguns casos é ainda possível identificar uma massa tumoral no abdômen.

    A incidência do câncer de intestino parece ser maior em pessoas acima do peso, e relacionada ao consumo de carne vermelha e carnes processadas com frequência (bacon, presunto, linguiça e embutidos no geral). Uma alimentação pobre em fibras também é fator de risco – e aqui vai o lembrete saudável para a farta ingestão de frutas, legumes, verduras. O tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas também são fatores de risco para o câncer colorretal.

    Captura de Tela 2023 01 16 as 15.13.39Colonoscopia: aliada da prevenção

    Nos cuidados com a saúde a favor da vida, a colonoscopia deve deixar de ser um tabu, alerta o oncologista Giulliano Castiglioni, da Oncomed. Indolor e feito sob sedação, o exame permite visualizar em detalhes toda a parede interior do intestino, e deve ser incorporado aos exames de check-up a partir dos 50 anos. Ou ser antecipado, quando algum sinal de alerta se manifesta no organismo. Muitos pólipos podem ser removidos durante a própria colonoscopia, reduzindo o risco de uma evolução para um câncer.

    “Assim como dizemos aos homens que o exame de toque é um tabu, a colonoscopia também é. Porém, a saúde deve estar acima de qualquer tabu. Culturalmente, falar de hábitos intestinais, desconfortos, pode parecer algo mais constrangedor, mas é sempre bom lembrar que o médico é o profissional parceiro de todas as horas. Procurar ajuda é fundamental, porque o câncer não espera”, ressalta o especialista.

    Esteja atento aos sinais do câncer de intestino

    – Sangue nas fezes

    – Mudança do hábito intestinal

    – Dor ou desconforto abdominal

    – Alteração no formato das fezes

    – Fraqueza e anemia

    – Perda de peso

    – Massa (tumoração) abdominal

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  • As Medidas de Recuperação Fiscal do Novo Governo

    As Medidas de Recuperação Fiscal do Novo Governo

    O Ministério da Fazenda anunciou no último dia 12 várias medidas para reduzir o déficit de receitas como as seguintes (i) uma nova modalidade de transação tributária para diminuir o contencioso administrativo federal via portaria conjunta da Procuradoria da Fazenda e Receita Federal; (ii) um aumento significativo do valor mínimo para acesso de recursos administrativos ao CARF pelos contribuintes; (iii) o restabelecimento do voto de qualidade em favor do fisco nos julgamentos do CARF com o propósito de revisão de posicionamentos já estabelecidos pró contribuintes; (iv) uma espécie de denúncia espontânea para créditos tributários, mesmo após iniciada a fiscalização, com data limite de 30 de abril de 2023; e (v) a exclusão do ICMS destacado nas notas de aquisição nos créditos  do PIS e da COFINS, aumentando o tributo para no regime não cumulativo.

    Essas medidas têm o objetivo de ampliar a arrecadação tributária e reduzir o déficit fiscal previsto para o ano de 2023, além de baixar o estoque de processos administrativos no CARF que, em outubro de 2022, já somava mais de um trilhão de reais. Mas, será que atingirão esse objetivo?

    Um dos destaques do pacote apresentado pelo atual Ministro, Fernando Haddad, é o Programa “Litígio Zero”, que permite a renegociação de dívidas tributárias – nova modalidade de transação tributária federal – em contencioso administrativo fiscal com recurso pendente de julgamento no âmbito de DRJ, CARF ou de pequeno valor, no contencioso administrativo ou inscrito em dívida ativa. A adesão será entre os dias 1º de fevereiro até 31 de março de 2023.

    Para pessoas físicas, micro e pequenas empresas o Programa alcança débitos tributários de até 60 salários-mínimos, com descontos de 40% a 50% sobre o valor total do débito, para pagamento em até 8 ou 2 meses, respectivamente, independentemente da classificação da dívida ou da capacidade de pagamento do contribuinte.

    Por sua vez, para as empresas cujos débitos sejam superiores a 60 salários-mínimos e com recurso pendente de julgamento nos âmbitos de DRJ ou CARF, serão concedidos descontos de até 100% sobre o valor de juros e multas de débitos irrecuperáveis e de difícil recuperação, limitado a 65% sobre o valor total de cada crédito objeto da negociação – se pagos em até duas parcelas– ou a 50%, se pagos em até oito parcelas mensais.

    Se os débitos forem classificados como irrecuperáveis ou de difícil recuperação, o contribuinte deverá pagar em dinheiro, no mínimo 30% do saldo devedor, em até nove prestações mensais, sendo o restante (70%) com uso de créditos decorrentes de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL apurados até 31 de dezembro de 2021. Já, se os débitos forem classificados com alta ou média perspectiva de recuperação, o pagamento será de, no mínimo, 48% do valor consolidado dos créditos transacionados, em nove prestações mensais e o restante (52%) com uso dos créditos de prejuízo fiscal e base negativa de CSLL.

    Em ambas as modalidades, a transação está condicionada ao pagamento de entrada correspondente a 4% do valor consolidado dos débitos transacionados que poderão ser pagos em até quatro prestações mensais.

    Essa nova transação possui benefícios semelhantes aos últimos modelos de transação adotados pela Receita Federal, tais como a possibilidade de utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL e de créditos tributários decorrentes de decisões transitadas em julgado para quitação ou amortização do saldo devedor da transação, a crise que vivemos deixou as empresas sem caixa disponível para pagamentos de valores relevantes à vista ou em prazo curto. Ao que parece, as modalidades atuais de transação permanecerão mais atraentes.

    Outra medida benéfica e interessante prevista nesse programa é a ampliação do instituto da denúncia espontânea, instituída pela Medida Provisória nº 1.160, de 12 de janeiro de 2023, em que prevê o desconto de 100% das multas de ofício e moratória, ainda que a fiscalização já tenha se iniciado – até a data em que referida Medida entrou em vigor (ontem, dia 12/01) – e desde que seja antes da constituição do crédito tributário. A extensão desse desconto de 100% nas denúncias espontâneas de casos com fiscalização aberta será admitida apenas até 30 de abril de 2023.

    Embora a nova transação excepcional e a ampliação dos benefícios da denúncia espontânea sejam soluções também benéficas aos contribuintes, o Programa “Litígio Zero” também traz medidas contrárias aos interesses dos contribuintes.

     

    Na busca da redução do tempo do processo administrativo com a diminuição dos recursos dirigidos ao CARF, o Ministério limitará o acesso dos Recursos de Ofício (da Fazenda) e dos recursos voluntários (dos contribuintes) de menor valor. Não caberá recurso de ofício em processos com valores abaixo de 15 milhões de reais. Também não caberá o recurso ao CARF pelos contribuintes nos processos cujo valor envolvido seja inferior a mil salários-mínimos, que serão julgados apenas pelas Delegacias e, portanto, revistos apenas por fiscais e não por um órgão paritário como é o CARF onde participam fiscais e representantes dos contribuintes.

    Além disso, o pacote de medidas prevê o retorno do voto de qualidade do Fisco no CARF. Com o restabelecimento do voto de qualidade, os julgamentos do CARF que tiverem empate, o desempate será realizado por um conselheiro representante da Fazenda Nacional. De acordo com o Ministério, a extinção desse instituto em abril de 2020, com a adoção do critério de desempate pró-contribuinte, gerou considerável perda arrecadatória aos cofres públicos.

    A nosso ver, a limitação de discussões ao CARF e o retorno do voto de qualidade são medidas paliativas e que vão na contramão da redução de litígios a que se propõem essas medidas. Ora, embora essas restrições diminuam os processos parados no CARF aumentarão o volume de processos no judiciário, o que gera muito mais custo para a sociedade com o custo do judiciário, garantias e despesas para os contribuintes. Enfim, essas medidas apenas mudam o litígio de lugar, mas não resolvem o problema.

    Ao impossibilitar o acesso de discussão ao CARF e ao restabelecer o voto de qualidade por conselheiros da Fazenda Nacional, o Ministério da Fazenda não assegura o aumento de arrecadação aos cofres públicas, apenas aumenta a judicialização dessas controvérsias.

    Ao reforçar o caráter arrecadatório do CARF, com a afirmação de que na dúvida sobre a legalidade da cobrança em um empate no julgamento, opta-se por continuar exigindo o tributo, dá-se peso diferente aos votos dos representantes dos contribuintes e representantes da Fazenda, afetando a paridade esperada do órgão. Soma-se a isto, a fragilidade e incerteza das decisões administrativas, que poderá decorrer da intenção do Ministro de possibilitar à Fazenda Nacional acesso ao Judiciário para rever os casos em que os contribuintes obtiveram êxito na discussão administrativa, em especial nos casos de tese reconhecida pelo Judiciário.

    Por fim, a exclusão do ICMS dos créditos de PIS e COFINS na apuração não cumulativa quando da aquisição de mercadorias traz novamente a realidade brasileira: pressiona-se o judiciário para decidir a favor da fazenda, como ocorreu neste caso por mais de uma década, mas se perder, não tem problema, aumenta a arrecadação que resolve. Aqui haverá aumento dessas contribuições e se abrirão as portas para mais contencioso judicial porque a legislação prevê que os créditos serão calculados sobre o valor dos bens adquiridos.

    Portanto, o nosso entendimento é de que o pacote de medidas de recuperação fiscal apesar de trazer alguns benefícios aos contribuintes opta por medidas arrecadatórias às custas de insegurança jurídica e aumento do contencioso judicial. Podem trazer alívio imediato no caixa do governo, mas não são soluções que resolverão de forma consistente e permanente o déficit fiscal.

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    *Silvania Tognetti, David Damasio e Daniella Eng são, respectivamente, sócios e advogada do Tognetti Advocacia.

  • E as sextas-feiras que não são 13?

    E as sextas-feiras que não são 13?

    Primeira sexta-feira 13 de 2023 e já começamos a associá-la a negatividades…

    Mas, toda essa história você já conhece.

    Então, te convido a novas descobertas sobre as sextas-feiras.

    Sexta-feira em espanhol é “viernes”, que vem do latim “veneris dies”, dia de Vênus.

    E sabe quem é “Vênus”? É conhecido como o planeta do amor e dos relacionamentos (pessoais e profissionais). Sim, aquele planeta que dá para ver a olho nu aqui da Terra.

    A força que vem de Vênus nos convoca a enxergar o belo, o afeto, o equilíbrio; e a valorizar mais o espiritual do que o material.

    Agora ficou puxado, né?!

    Calma que tem mais coisa boa sobre as sextas-feiras…

    Já ouviu falar sobre a Fraternidade Branca? É o nome dado a um grupo de seres iluminados que trabalham em benefício do planeta Terra e da humanidade.

    Existem 07 grupos principais desses guardiões, também chamados de mestres; e não é que um deles é responsável por cuidar justamente da sexta-feira…

    E nem te conto que quem está à frente da diretoria deste grupo é ninguém mais ninguém menos que “Jesus”, acompanhado da Mestre Nada e do Arcanjo Uriel.

    Deu pra entender agora como as sextas-feiras são abençoadas???

    E ainda existe uma cor que vibra às sextas-feiras, o rubi dourado, simbolizando: devoção, paz e amor.

    Falando em amor, acredita que a carta do Baralho Cigano em que a somatória dá numero 6 é a carta do “Coração” (24, 2+4=6).

    Mais uma boa vibração para sua “6ta-feira”.

    A carta do “Coração” representa: amor, paixão, cumplicidade, aconchego, namoro, casamento, relacionamentos amorosos com maior afinidade.

    E, não sei se é coincidência ou não, mas no Tarot da Fraternidade Branca, o nome da carta 6 é “O Amor”.

    Pode ser que você não acredite em nada disso que está lendo, mas eu espero que você acredite no amor.

    Não sabemos ao certo se é um sentimento, uma emoção, uma ação, mas, onde existe amor de verdade não há dor, sofrimento ou complicação.

    E eu desejo de todo o meu coração que as suas sextas-feiras sejam permeadas de muito amor!\

    Milena Araújo
    Terapeuta da Alma e realiza leitura de Tarot Cigano
    Instagram: @milenaaraujo_eusou

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