Categoria: ARTIGOS

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  • Porque dormir é tão importante para nosso organismo

    Porque dormir é tão importante para nosso organismo

    A gradativa redução nas horas de sono da população, em função do excesso de atividades do dia-a-dia, pode afetar não só o equilíbrio emocional ou a capacidade de raciocínio e aprendizagem do indivíduo, mas também a sua saúde cardíaca.

    Para que uma pessoa viva de maneira saudável é preciso que ela tenha, no mínimo, sete horas de sono por dia. Dormir menos do que isso pode ocasionar prejuízo cardiovascular com o passar do tempo, já que favorece o surgimento de doenças, como hipertensão, diabetes e obesidade, o que aumenta o risco de infartos e AVCs.

    O sono é um período importante para o restabelecimento do nosso organismo. Dormir bem ajuda, por exemplo, na produção de anticorpos contra as mais diversas doenças, fortalecendo o nosso sistema imunológico. Por isso, reduzir o tempo em que dormimos afeta significativamente os processos fisiológicos que ocorrem durante o sono.

    Quando dormimos há um momento de repouso do nosso sistema cardiovascular, no qual tanto a frequência cardíaca, quanto a pressão arterial são reduzidas. Esse processo é muito importante para a saúde do coração. Por essa razão é que diversos estudos mostraram que a privação do sono aumenta o risco de hipertensão arterial.

    A gradativa redução nas horas de sono da população, em função do excesso de atividades do dia-a-dia, pode afetar não só o equilíbrio emocional ou a capacidade de raciocínio e aprendizagem do indivíduo, mas também a sua saúde cardíaca.

    Para que uma pessoa viva de maneira saudável é preciso que ela tenha, no mínimo, sete horas de sono por dia. Dormir menos do que isso pode ocasionar prejuízo cardiovascular com o passar do tempo, já que favorece o surgimento de doenças, como hipertensão, diabetes e obesidade, o que aumenta o risco de infartos e AVCs.

    Outra situação que precisa ser reparada enquanto dormimos está relacionada à regulação do apetite. A redução no tempo de sono, devido a fatores hormonais e gasto energético menor, também favorece o ganho de peso.

    Quantidade e Qualidade

    Dormir em quantidade adequada pode não ser suficiente para começarmos o dia alertas e descansados. A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio comum e fortemente associado ao ronco. A associação entre apneia do sono e privação do sono é frequente e perigosa, uma vez que ambas as situações estão associadas a maiores riscos cardiovasculares.

    Por isso, pessoas que têm ou já tiveram algum tipo de distúrbio cardiovascular como hipertensão, infarto ou AVC, precisam redobrar a atenção com doenças relacionadas ao sono, como essa, e procurar tratamento o quanto antes.

    Vale lembrar que o sono em quantidade suficiente e de boa qualidade é imprescindível para que todos tenhamos um dia repleto de saúde, maior capacidade de concentração e, inclusive, menor risco de acidentes no trânsito.

    Sono perdido

    É possível repor as horas de sono perdidas. Uma dica é estabelecer uma meta, procurando aumentar gradualmente o tempo de sono de 15 a 30 minutos por noite, a cada semana, por exemplo. Assim é possível combater o problema e, aos poucos, recuperar a saúde e a disposição.

    Recuperar o tempo mínimo de sete horas de sono e tratar a apneia do sono é fundamental para a nossa saúde, sobretudo para quem tem hipertensão ou outras doenças cardiovasculares e pode ajudar no controle do peso.

    Quem deve ficar atento e procurar um médico para avaliar seu sono:

    * Quem apresenta dificuldade para dormir ou para manter o sono, e não consegue descansar mesmo após uma noite de sono com duração adequada;
    * Quem tem sonolência excessiva durante o dia e cochila facilmente;
    * Quem ronca alto frequentemente e incomoda o parceiro(a);
    * Quem pára de respirar durante o sono;
    * Quem tem comportamentos incomuns durante o sono;
    * Quem sente incômodo nas pernas do tipo que piora no início da noite e melhora com a movimentação durante o dia;

    Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, médico do corpo clínico do hospital israelita Albert Einstein, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso (SBCMT), Médico Cardiologista do Heart Team Ecardio no Hospital Amecor e na Clínica Vida , Saúde e Diagnóstico. CRMT 6194

  • “O Poder da Música”

    “O Poder da Música”

    Que a música – seja ela qual for – é um dos marcadores temporais mais especiais na vida de uma pessoa, isso você já deve saber. Afinal, deve se lembrar de canções que marcaram sua infância, adolescência e vida adulta.

    Mas, você sabia que ela pode ser uma ferramenta essencial para agregar valor aos eventos se for inserida e trabalhada de forma minuciosa e personalizada? Sim, a música pode ser uma das protagonistas e irá transmitir mensagens que se conectem com os valores e com a história de seus clientes.                  

    Ao se propor a trabalhar com a arte, cultura, eventos e, principalmente, casamentos, é preciso ter em mente que o essencial é buscar conhecer o seu cliente, sua identidade, personalidade, história e anseios. Estas características devem direcionar a escolha de um repertório que faça sentido para eles (noivos, formandos, aniversariantes, contratantes de eventos corporativos, consumidores) e para os convidados.

    Assim, a música pode falar ao coração, emocionar, ampliar a memória afetiva, ofertar experiências sensoriais incríveis e fazer de seu evento um momento histórico e de sucesso. Tendo esse cuidado e minúcia com repertório de qualidade, bem cantado e tocado, você estará praticando, também, um conceito que gosto – e utilizo – muito: o  overdelivery, que é entregar além das expectativas e do que foi pago pelos seus clientes. Neste caso, não é “só” música. É felicidade e boas memórias.  

    Estudos comprovam os efeitos terapêuticos da música na vida do ser humano. É por isso que ela faz toda a diferença na vida e nos eventos. A música é a arte mais acessível e sensível. São inúmeras pesquisas, experimentos sociais e testes científicos comprovando os benefícios.

    Ela interfere na frequência cardíaca, respiratória, pressão arterial, impulsos neurais e motores e seu efeito antiestresse, relaxante, pois estimula o organismo a produzir a endorfina que tem efeito analgésico, anestésico, dispersor da dor e no controle da ansiedade e depressão, já comprovado.

     A música reduz o cansaço e o esforço físico no desempenho de atividades físicas e esportivas e desperta nas pessoas sensação de bem-estar, pois intensifica a liberação da dopamina, serotonina, ocitocina, hormônios e neurotransmissores do prazer e da felicidade. A música traz lembranças, carrega memórias afetivas, faz a experiência ir para um outro patamar de satisfação.

    Além do estado de humor, da saúde mental, de facilitar as interações sociais e embalar histórias de amor, a música muda até mesmo o paladar e o gosto que as pessoas sentem ao ingerir uma bebida ou alimento.

    Conforme o experimento “Taste the change of frequencies” (saboreie a mudança de frequência), realizado no Roskilde Festival 2015, na Europa, os traços mais doces ou mais amargos dos alimentos ficaram mais ou menos nítidos conforme os “voluntários aos testes” ouviam músicas mais agudas ou graves durante as degustações. Quem não gostaria de proporcionar essa experiência sensorial em seus eventos e aos seus convidados na cerimônia da sua vida?

    Já é conhecido o efeito terapêutico da música e ele pode ser mensurado tanto registrando os avanços de pacientes no tratamento de limitações motoras, cognitivas, neurológicas, quanto na reação e na criação de memória afetiva dos clientes em seus eventos. Invista e valorize a música em suas campanhas e eventos!
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    *Eduardo Carvalho é músico, arquiteto, produtor, CEO e fundador da Cia Sinfônica

  • Libere-se do peso de ser ‘mãe-maravilha’

    Libere-se do peso de ser ‘mãe-maravilha’

    Em toda a história, a mulher nunca esteve tão sobrecarregada quanto nos dias atuais. São tantas tarefas que se acumulam, entre casa, trabalho, família, estudo, filhos e os cuidados com eles que não há outra forma de ‘ser e estar’ na realidade da mulher moderna. O jeito foi vestir a fantasia de “mulher-maravilha” e sair para a luta. Mas assumir o lugar de heroínas está nos adoecendo.

    O acúmulo de tarefas nos faz esquecer que o corpo é uma inteligência viva e nos dá sinais de que algo não vai bem a partir das dores de cabeça, ombros, costas e/ou estômago. Ao invés de investigar a origem das nossas ‘dores’, preferimos calar o corpo com analgésicos, anti-inflamatórios, ansiolíticos, antidepressivos.

    Afinal, não há tempo para parar e refletir, muito menos para se sentir, observar e acolher o recado que o corpo quer passar. Porém quando nos negamos a ouvir e negligenciamos o que o “corpo fala”, nosso “eu interior ou o sagrado feminino” costuma dar um jeito de comunicar sua sobrecarga física, mental, emocional e espiritual em forma de adoecimento físico relativamente grave.

    Sempre oriento as minhas pacientes sobre adotarem uma postura questionadora: Será que eu realmente preciso dar conta de tudo? Estou realmente feliz nessa estrutura de vida, ou continuo com uma sensação de vazio interno? Preciso mesmo seguir a cartilha de “boa filha, esposa, profissional e mãe perfeita”? Onde realmente dói o corpo ou a alma?

    Compreenda que todos esses manuais sociais são apenas teorização de uma sociedade e não a realidade. Trabalhar a autoestima e amor-próprio com as mulheres passa por desconstruir esse padrão de perfeição que elas passam a vida toda querendo atingir, como se não fossem suficientemente boas ou merecedoras.

    Se para ser quem somos e ser felizes tenhamos que pagar um preço, que sejamos então chamadas de loucas, antissociais, egoístas e “fora da realidade”. Mas que possamos construir uma vida mais leve, com harmonia, beleza e empatia, sobretudo conosco e com outras mulheres. Troque “competição” por compaixão e cooperação.

    Observa à sua volta, guerrear umas com as outras não leva a nada, porque o irreal vem liderando a mente feminina de forma coletiva, gerando falação infinita, medos, insegurança, miséria, escassez, doenças, obsessões, manias, ódio, raiva, ciúmes, inveja, infelicidade, ingratidão, ideias de vingança, e por aí vai.

    Quantas de nós vive para ter o carro, o corpo, a família e a carreira ideais, mas não tem “tempo” para viver o real? Travamos uma eterna luta conosco e com o mundo, onde quem é mais inteligente fica cada vez mais triste, porque acha que só existe isso. Já os ignorantes se alimentam desse turbilhão, a vida deles é “ódio, ódio, ódio!”

    Vamos sair do fundo desse poço que é o manual da mulher moderna? Que tal arrancar e queimar as roupas da mulher-maravilha, aquela que fizeram você acreditar que era o arquétipo ideal da independência feminina? O que não contaram é que esse ideal de mulher é bom para toda a sociedade, mas é cruel demais com você mesma.

    Aprenda a dizer não aos abusos que muitas vezes podem ser comuns no seu ciclo familiar. Esteja disposta a ligar o botão do “foda-se” sempre que for necessário e ficar firme diante dos julgamentos que virão. Mentalmente diga “obrigada pela sua opinião, mas esta é a minha vida e eu faço minhas as escolhas”. Ser bem resolvida é também saber colocar limites e mantê-los. Não duvide de si mesma.

    Se você ficar exausta ou “morta” (como costumamos dizer) que tipo de mãe vai ser? Que tipo de versão sua as pessoas terão?  Muito provavelmente vai faltar amor, carinho, doçura, sorrisos, disposição para brincar, tomar banho de chuva ou contar “estorinha” aos seus filhos antes de dormir.

    Viver o real é ter tempo e conexão com as pessoas, animais e com a natureza. É poder se sentar à sombra de uma árvore para ouvir a sinfonia dos passarinhos. Sentir o perfume de uma flor. Alegrar-se com o céu estrelado e ter sua fé renovada ao ver um arco-íris no céu. Aos poucos, naturalmente, você vai sentir o vazio interno sendo preenchido por emoções gratificantes.

    Sei que “ter tempo” e “presença” é um convite desafiador. Vivemos uma verdadeira revolução em relação às nossas avós, bisavós e trisavós ao sair do âmbito doméstico e conquistar “o mundo”. Mas cabe a nós uma nova revolução, de ser apenas quem somos e não “ter que” provar nada a ninguém. Permita-se ser mulher e mãe de forma mais leve. Libere-se de todo esse peso. Saia da caixa onde lhe colocaram!

    Marilei Bahnert, Psicanalista, especialista em Neuropsicopedagogia Clínica e Coaching em Ciências Sociais, professora e facilitadora do método Louise Hay.

  • SER mãe é uma dádiva

    SER mãe é uma dádiva

    A maior realização da minha vida é SER mãe. Sempre sonhei em ter um lar e poder cuidar dos meus filhos. Graças a Deus, tive uma mãe maravilhosa, provedora e que nunca mediu esforços para cuidar de mim, e ela ainda me ajudou muito com meus filhos. E foi a partir dos exemplos da minha saudosa mãezinha que a maternidade tornou-se pra mim uma grande dádiva.  O Dia das Mães é uma data que gosto muito, e não é pelo fato de receber presentes, mas neste dia tudo parece ganhar um toque a mais de cor, não importa o lar ou a condição financeira, pessoas estarão reunidas prestando homenagens e compartilhando a presença sublime de uma mãe.

    Sou mãe de três filhos amados e maravilhosos, a primogênita Ana Mendes, o filho do meio Luis Mendes e a caçulinha Maria Luiza Mendes. Cada um deles tem o seu jeitinho de ser, com personalidade própria, mas os três têm algo em comum: o amor. Sempre falo de amor para eles e de como é importante a gente exercitar essa palavra tão pequena e que faz tão bem às pessoas.

    Hoje, enquanto primeira-dama do Estado, tenho a oportunidade conhecer diferentes histórias, e muitas delas são de mães, chefes de famílias, mulheres guerreiras, verdadeiras heroínas que lutam dia a dia pela família e por seus filhos. E com essa oportunidade de estar mais próxima das pessoas, na minha condição de servir, me dedico a estar presente, porque o mesmo ambiente de amor, carinho, atenção e dedicação que tenho em meu lar é que desejo a todos os lares.

    O sentimento neste Dia das Mães, que carrego comigo desde que fui primeira-dama de Cuiabá, e agora primeira-dama de MT, é de SER mãe das pessoas que mais precisam de atenção em nosso Estado, porque entregar ações e coisas materiais é muito importante, mas ter a chance de dar atenção, carinho e oferecer o nosso ombro, isso é algo indescritível. Todos os programas que sonho, busco em detalhes o melhor. O meu único e maior desejo é que o maior número de mães e filhos tenham acesso a uma qualidade de vida digna, com saúde, educação, e um ambiente cada vez mais amoroso.

    Quero aproveitar a data e dizer aos filhos e filhas como está aconselhando na Bíblia: “Honre a tua mãe, para que seus dias sejam abençoados”. É fato, a mãe é um ser sublime, sagrado, é exemplo de dedicação e perseverança. Nós, mães, temos o dom da vida e do amor, dois motivos muito fortes para neste dia e em todos os outros, esse ser maravilhoso chamado Mãe seja honrado como realmente merece.

    Me pego sempre refletindo no quanto SER mãe é fabuloso, temos a capacidade de gerar um ser humano, alimentar, educar e formar. Mãe é exemplo, é colo, porto-seguro. Acredito que não há papel mais completo.

    Feliz Dia das Mães e que Deus nos abençoe!

    Virginia Mendes,

    Primeira-dama de MT

     

  • Alienação parental: o drama que afeta as relações familiares

    Alienação parental: o drama que afeta as relações familiares

    Transferir frustrações da vida conjugal para a relação entre pais e filhos é mais comum do que se imagina e pode deixar marcas que serão carregadas para o resto da vida, principalmente do menor. Essa relação conflituosa, se encaixa no que chamamos de alienação parental que, com base na Lei nº 12.318/2010, se caracteriza “quando há interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este”.

    A Lei da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) reforça a importância de promover ao menor um ambiente pacífico e aponta normas importantes no que tange a proteção aos direitos das crianças brasileiras e garante a equidade de direitos da mãe e do pai quando se trata do cuidado com os filhos. Ambos têm “direitos iguais, deveres e responsabilidades compartilhadas no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas”.

    Dessa forma, mãe, tios, avós, cuidadores ou responsáveis não podem promover a alienação parental, ou qualquer ato que atrapalhe a convivência entre pai e filhos ou ainda ocultar informações sobre a criança (como internações médicas, intercorrências no desenvolvimento intelectual e físico, por exemplo), prejudicando o vínculo do menor com o genitor.

    Tal cenário, muito comum em casos de divórcio, nutre sentimentos de ódio e rejeição e gera um desgaste emocional intenso entre filhos e seus pais, destaca a advogada e professora do curso de Direito da Unic Beira Rio, Ana Flávia Uchoa. “Garantir a boa relação no ambiente familiar é fundamental para que a alteração de rotina e muitas vezes de espaço, não afete ainda mais a vida diária dos filhos. O ‘jogo de manipulação’ nunca terá como objetivo assegurar o bem-estar da criança e pode gerar sentimento de desvalorização, comportamentos fora do comum, falta de desejo de socializar para evitar confrontos, entre outros fatores” afirma a especialista.

    Diante de divórcio ou separação, o primeiro passo deve ser a procura por um advogado para garantir que todos os deveres e direitos estão sendo seguidos dentro da Lei. Se constatado o caso de alienação, o juiz pode advertir o alienador, fixar multas ou alterar as regras de convívio entre alienado e filhos.

    A legislação prevê quais comportamentos podem caracterizar a alienação parental; veja abaixo:

    • Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
    • Dificultar o exercício da autoridade parental;
    • Dificultar o contato da criança ou do adolescente com o genitor;
    • Dificultar o exercício do direito regulamentado à convivência familiar;
    • Omitir deliberadamente ao genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou o adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;
    • Apresentar falsa denúncia contra o genitor, contra familiares deste ou contra os avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou o adolescente;
    • Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando dificultar a convivência da criança ou do adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com os avós.
  • A Relação do Ser Humano com a Qualidade – Uma Analogia Conjugal

    A Relação do Ser Humano com a Qualidade – Uma Analogia Conjugal

    A qualidade, no sentido mais amplo do termo, se relaciona com excelência, primor, e atenção aos detalhes em quaisquer atividades que as pessoas se comprometem em fazer. Analogamente, em uma relação conjugal, a qualidade do relacionamento está intrinsecamente ligada à dedicação, respeito, e preocupação com o bem-estar do parceiro. Diante dessa perspectiva, a relação do ser humano com a qualidade pode ser comparada com seu cônjuge, como se eles estivessem em um casamento.

    Algumas pessoas se referem à qualidade de forma bastante semelhante à maneira como descrevem o amor pelo cônjuge, afirmando que valorizam e apreciam a qualidade em diferentes aspectos da vida. No entanto, nem todos se comprometem com ela de uma maneira profunda e estável, assim como ocorre em alguns relacionamentos conjugais.

    Existem aqueles que afirmam gostar da qualidade e, vez ou outra, investem em ações ou medidas para alcançá-la. Contudo, a relação com a qualidade não é constante e permanente. Da mesma forma, há casais que afirmam amar um ao outro, mas não compartilham uma convivência intensa e duradoura. Ambos podem celebrar momentos de estreita proximidade, mas isso não reflete um comprometimento integral e recíproco.

    Por outro lado, encontramos pessoas que realmente se comprometem com a qualidade, buscando continuamente manter-se um passo à frente, aperfeiçoando suas habilidades e se adaptando às mudanças para garantir excelência em tudo aquilo que afirmam fazer. De maneira semelhante, há casais que celebram e fortalecem sua união através do casamento e se dedicam à construção cotidiana de uma convivência harmoniosa e amorosa.

    A analogia proposta pode ser vista como um convite à reflexão sobre o compromisso do ser humano com a qualidade em diferentes esferas da vida. É importante reconhecer que, para se obter qualidade, é preciso um esforço consciente e contínuo. Nesse sentido, se as pessoas buscarem aplicar os mesmos princípios de compromisso e dedicação que possuem em seus laços conjugais, elas poderão alcançar melhores resultados, satisfação e crescimento pessoal e profissional.

    Em resumo, a relação do ser humano com a qualidade, ao ser comparada com a relação conjugal, serve como uma metáfora para destacar a necessidade de comprometimento, dedicação e esforço mútuo. Para que haja qualidade em aspectos variados da vida, assim como em um casamento, é fundamental que as pessoas nutram um vínculo permanente e se preocupem em fortalecer essa relação a cada novo dia.

    Angelo Silva de Oliveira é controlador interno da Prefeitura de Rondonópolis/MT (Licenciado), presidente de honra da Associação dos Auditores e Controladores Internos dos Municípios de Mato Grosso (AUDICOM-MT), mestre em Administração Pública (UFMS), especialista em Gestão Pública Municipal (UNEMAT) e em Organização Socioeconômica (UFMT), graduado em Administração (UFMT) e auditor interno NBR ISO 9001:2015 (GITE).

  • Mãe, desperte a consciência financeira do seu filho

    Mãe, desperte a consciência financeira do seu filho

    Ser mãe também é cuidar do futuro financeiro dos filhos. Podemos usar o cenário atual brasileiro, que aponta para um superendividamento de 78,3% das famílias (Pesquisa CNC, 2023), para iniciar um novo projeto: a educação financeira das nossas crianças e dos jovens. A proposta é transformar o caos em aprendizado para toda a família.

    Na primeira infância, as atividades podem envolver a compreensão de valores e a noção de troca com os brinquedos, por exemplo. Quando a criança entende a diferença entre os números e já sabe que 10 é “mais caro” do que 5 (reais), fale abertamente sobre a importância do dinheiro. Mostre de maneira positiva o quanto ele nos proporciona coisas muito legais e importantes.

    Na adolescência, é necessário ser mais didático sobre planejamento a longo prazo, conta em banco e crédito responsável. Os jovens precisam ter mais autonomia para fazer escolhas e até oportunidade de “errar”, mas devem estar cientes de que cartão de crédito, limite da conta e empréstimo pessoal são, hoje, grandes vilões no endividamento. Ou seja, não é brincadeira, não!

    Um bom método para ajudar seu filho a ter habilidade com dinheiro é utilizar uma mesada semanal ou mensal, que pode começar por volta dos 3 ou 4 anos de idade. Assim, ele começa a administrar as próprias finanças. É importante deixar claro “o que a mesada cobre” e “quais expectativas em relação ao dinheiro”. O valor justo depende de fatores como idade da criança, necessidades e despesas da família.

    Os pais precisam cumprir a palavra e não falhar nenhuma semana ou mês, além de não “pegarem emprestado” esse dinheiro. A minha orientação é definir um montante que não comprometa a renda da família e que sirva de “exercício” para trabalhar noções de imediatismo e recompensa. Leve seu filho a internalizar as perguntas mágicas para o sucesso financeiro: ‘Eu realmente quero?’, ‘Eu preciso?’, ‘Eu posso?’.

    Construir um mural dos sonhos pode ser algo divertido e lúdico para fazer as crianças. Elas poderão aprender a importância de não satisfazer uma vontade imediata para realizar algo muito mais legal lá na frente (bicicleta, videogame, televisão, viagem). Portanto, a mesada não se trata de “dar dinheiro” e sim oportunizar aprendizados, entre eles, sobre poupar, investir e doar; que dinheiro é um meio para realizar objetivos; e que teremos de aprender a dizer “não”.

    Esse processo de construção de uma nova mentalidade pode ser decisivo na qualidade de vida do indivíduo, levando-o a gerir seus recursos de maneira consciente, responsável e saudável na vida adulta. Deste modo, seu filho poderá compreender que é possível construir um patrimônio em longo prazo por meio de boas escolhas e dos famosos “juros compostos”. Ser rico é bom e pode nos garantir uma velhice tranquila, concorda? Já se planejou para isso?

    Infelizmente, observo que muitas vezes a educação das crianças é pautada por alguns exageros, seja para tentar compensar algo de ruim que aconteceu na própria infância (“Não vou deixar faltar nada aos meus filhos”) ou na tentativa de justificar a ausência ou falta de afetividade. No entanto, estimular o consumismo pode ser tornar um hábito muito perigoso e gerar sofrimento ao seu filho.

    Visão de futuro é tudo para crianças e jovens. O quanto antes pensarem sobre o dinheiro da faculdade, do primeiro carro, da casa própria, de viagens de intercâmbio e outros sonhos que eles podem ter ao longo da vida melhor. Não é correto os pais se endividarem para fazer nada disso, o melhor é trazer seu filho para traçar planos usando o dinheiro da mesada e desenvolvendo desde cedo o empreendedorismo.

    Pense que a vida financeira é reflexo do que vivemos na infância, nossos pais ensinaram o valor dinheiro a partir da forma como falavam e lidavam com a vida financeira. Poupar, pedir desconto, conferir troco, negociar e avaliar juros do cartão precisam ser uma prática rotineira. Quando não somos educados para lidar com dinheiro, quando isso é um tabu, viramos alvos vulneráveis de armadilhas e golpes.

    Gosto de exemplificar usando uma tirinha do cartunista argentino Quino, em que a personagem Mafalda – uma menina muito questionadora – liga a televisão e é bombardeada por várias mensagens: “Use! Compre! Beba! Coma! Prove!”. “O que eles pensam que nós somos?” “O que nós somos?” “Os malditos sabem que ainda não sabemos”. Mãezinha, se você quer que seu filho seja bem-sucedido, precisa despertar a consciência financeira nele hoje!

    Patricia Capitanio, graduada em Ciências Contábeis, com MBA em Auditoria e perícia Contábil, Liderança e Coaching e Gestão Organizacional, palestrante, escritora, mentora e consultora em gestão financeira 

  • Autismo: Desfazer o considerado normal é o maior desafio, diz promotor

    Autismo: Desfazer o considerado normal é o maior desafio, diz promotor

    “Se pensarmos a pessoa com deficiência como deficitária, falha e incompleta por não corresponder a um padrão que a gente tem, no mínimo é burrice, depois preconceito e se a gente agir pode ser discriminação, e discriminação é crime”. O alerta partiu do promotor de Justiça Emanuel Filartiga durante audiência pública realizada no município de Indiavaí (a 368 km de Cuiabá), com o tema “Autismo: diagnóstico, inclusão e políticas públicas”.

    O promotor de Justiça ressaltou que o principal desafio é desfazer o que é considerado normal. “Com certeza será necessário muita fisioterapia para a gente dar um passo para reconhecer, muitas sessões de fono para a gente falar uma palavra de morosidade e muita acessibilidade para os perdidos que não são deficientes chegarem a outro movimento que é reconhecer a pessoa diferente da gente como a gente”, afirmou.

    Para Filartiga, questões relacionadas à pessoa com deficiência precisam ser mais discutidas. A mudança de postura, segundo ele, passa por educação. “A primeira coisa que a gente tem que ultrapassar é essa revolução do olhar, essa educação do olhar. Só porque uma pessoa tem uma característica diferente da sua, ela não é menor ou maior, melhor ou pior do que você”, enfatizou.

    A realização da audiência pública foi uma iniciativa da vereadora Rhillary Milleid, da Câmara Municipal de Indiavaí. “Precisamos discutir esse assunto, os principais problemas que afetam as famílias e pais de autistas, principalmente em relação às dificuldades para obtenção de laudos, para acesso às terapias. Precisamos discutir isso com a sociedade, com quem tem conhecimento de causa, para que juntos possamos pensar nas políticas públicas a serem implantadas em nosso município”, destacou.

    Mês do Autismo: “Mais informação, menos preconceito” é o mote da campanha lançada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso no dia 02 de abril, Dia Mundial do Autismo, como forma de sensibilizar e  informar a sociedade sobre as garantias previstas em leis às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conjunto de condições caracterizadas por algum grau de dificuldade no convívio social, na comunicação verbal e não-verbal e interesses específicos por algumas atividades realizadas de forma repetitiva.

    O termo “espectro” foi inserido ao nome do transtorno por conta da diversidade de sintomas e níveis que as pessoas apresentam. Cada indivíduo com autismo tem seu próprio conjunto de manifestações, tornando-o único dentro do espectro. O diagnóstico e o tratamento são realizados por equipe multidisciplinar (pediatra, neurologista, psiquiatra, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico, fonoaudiólogo etc.), que avalia e desenvolve um programa de intervenção personalizado, buscando o desenvolvimento social e cognitivo da pessoa com autismo.

  • Produtores rurais podem ter direito de receber 43% do que pagaram ao Banco do Brasil

    Produtores rurais podem ter direito de receber 43% do que pagaram ao Banco do Brasil

    Produtores rurais que contraíram empréstimos com o Banco do Brasil podem ter direito de receber muito dinheiro em decorrência de julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    Em março de 1990, ao ser implantado o Plano Collor, o Banco do Brasil aplicou a correção monetária de 84,32% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos contratos de empréstimos dos produtores rurais. Nessa época, muitos produtores foram prejudicados com essa correção e viram suas dívidas praticamente dobrar.

    Em julho de 1994, o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma Ação Civil Pública tratando dessa aplicação monetária nos contratos de mais de 840 mil produtores rurais que foram lesados. O STJ julgou a ação e determinou que a correção deveria ter sido de 41,28% ao invés de 84,32%. 

    Estima-se que mais de 90% dos produtores rurais que contrataram empréstimos na época ainda não procuraram a justiça para restituir os valores. 

    Quem tem direito a pleitear a restituição são os produtores rurais tanto pessoas físicas como jurídicas que realizaram a contratação de operações de crédito rural com o Banco do Brasil por meio de poupança nas datas de 01 de janeiro de 1987 à 31 de março de 1990. Ainda que já tenham quitado o empréstimo, renegociado ou ainda possuam saldo devedor, eles têm direito a receber essa diferença.

    Cabe a cada produtor rural que tem direito a receber esses valores tomar providências de imediato com a devida assessoria jurídica para melhor orientá-lo. Tendo alguma dúvida envie para thaizamarca@gmail.com, pois entendo da importância de poder ajudar as pessoas a conhecer os seus direitos. 


    Thaiza Marca. Advogada atuante na área cível. Especialista na defesa do seu patrimônio. Pós-graduada em Direito Público, Civil e Processo Civil, Imobiliário. Idealizadora do perfil no Instagram @thaizamarca em que produz conteúdo opinativo e informativo jurídico. 

  • Enfermagem navegadora impulsiona qualidade no tratamento oncológico

    Enfermagem navegadora impulsiona qualidade no tratamento oncológico

    A nomenclatura é diferente: enfermagem navegadora. A atuação, abrangente e especializada. Com foco no atendimento humanizado, resolutivo e de excelência, a Oncomed, clínica sediada em Cuiabá (MT), dá mais   um importante passo de qualidade com a implantação do novo serviço. Direcionado, na primeira fase, às mulheres com câncer de mama e pacientes internados, ele proporciona uma visão completa de cada pessoa, em todas as etapas do tratamento.

    amp WhatsApp Image 2023 04 17 at 16.21.05À frente do programa, a enfermeira navegadora Mariza Tupan explica que a abordagem, já utilizada em grandes centros e recém-chegada à capital mato-grossense, consiste no processo de guiar os pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de câncer a partir do momento em que chegam à Clínica. “Iniciamos o programa de navegação no último trimestre de 2022, ou seja, há seis meses, e temos resultados positivos.”

    Entre os benefícios já percebidos, a enfermeira destaca a melhora no monitoramento do acesso ao tratamento, com redução de tempo para realização de exames e retorno médico. No período, verificou-se, também, o aumento do número de encaminhamentos à equipe multiprofissional, de acordo com as necessidades individuais detectadas precocemente na consulta de enfermagem. “As próprias pacientes incluídas nesta primeira etapa têm dado feedbacks extremamente favoráveis ao programa, o que nos motiva diariamente”, relata.

    Conhecimento – A navegação de pacientes com câncer requer, prioritariamente, sólido conhecimento em oncologia. Uma vez que esse profissional já tenha se especializado na área, dispõe de conhecimento sobre o mecanismo do câncer, as modalidades de tratamento, manejo de toxicidades e outros aspectos que compõe uma base fundamental para fornecer informações claras e seguras ao paciente. “Além disso, é extremamente relevante passar por um curso de aprimoramento em navegação, a fim de adquirir ferramentas práticas para implantação e atuação desse serviço, adaptando as estratégias de acordo com a necessidade institucional”, observa Mariza.

    Como o termo navegador sugere, ao pilotar o leme durante a jornada do paciente oncológico o profissional especializado zela pela agilidade na realização dos procedimentos indicados, atuando diretamente na solução de eventuais barreiras financeiras, administrativas ou psicológicas que possam vir a impactar o tratamento. “Nosso objetivo é entregar, cada dia mais, um atendimento de alta qualidade aos nossos pacientes. A navegação demonstra com propriedade o atendimento humanizado e a visão multidisciplinar da Oncomed”, pontua a diretora administrativa, oncologista clínica Cristina Guimarães Inocêncio.

    Conexão – Uma das pacientes acompanhadas pela enfermeira navegadora, V.L. conta ter sido amparada desde o começo do tratamento. “Todo o processo é delicado, sobretudo na fase inicial, quando temos muitas dúvidas. Houve momentos em que precisei de apoio para que o convênio autorizasse a realização de exames e pude contar com a enfermeira navegadora. Ela também observa meu quadro de saúde geral – como ocorreu quando tive uma gripe – e organiza os agendamentos, conciliando as datas de procedimentos e retornos ao médico, por exemplo. Me sinto acolhida.”

    O contato da profissional de navegação não é restrito a quem está em tratamento. Familiares ou amigos que acompanham as pacientes são incluídos no processo, recebem orientações e têm canal de comunicação aberto com a Clínica.