Categoria: CENÁRIO AGRO

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  • “Arco Norte” se torna importante canal de escoamento de grãos e recebimento de fertilizantes, afirma Marino Franz

    “Arco Norte” se torna importante canal de escoamento de grãos e recebimento de fertilizantes, afirma Marino Franz

    Empresa do ramo de logística inicia recebimento de fertilizantes e garante competitividade para produtores de Mato Grosso. Construída através da parceria entre duas importantes empresas do agronegócio brasileiro (Tapajós – Lucas do Rio Verde/MT e Agrosoja – Sorriso/MT), a Companhia Norte de Navegação e Portos – Cianport – com sedes nos portos de Miritituba-PA e Santana-AP, iniciou suas operações no ramo de logística no final do ano passado (2018) com recebimento de soja e milho produzidos em Mato Grosso no terminal portuário.

    Neste ano, a empresa fez o primeiro comboio de barcaças de Miritituba até Santana, totalizando 18 mil toneladas de grãos (equivalente a 700 caminhões), com destino a Rússia.

    A companhia deu mais um importante passo nesse mês de maio, quando começou a operar o terminal de descarga de fertilizantes a granel, com capacidade para 2 mil toneladas por dia. O fertilizante chega de navio, importado de vários países, até o porto de Santana-AP ou Belém-PA pelo Rio Amazonas, onde é transferido para as barcaças, que seguem até Miritituba pelo Rio Tapajós, onde está localizado o terminal da Cianport.

    A partir daí são descarregadas diretamente para os caminhões, com destino a região norte e médio-norte mato-grossense, tendo como principais destinos cidades como Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, que formam juntas a maior região produtora de grãos do país. O transporte é feito através da rodovia BR-163, que ainda sofre com a falta de infraestrutura.

    “Essa logística de subir com o grão, tanto de soja como milho e até mesmo farelo, e trazendo de volta o fertilizante, vai chegar ao seu ápice com o término da BR-163 que está programado para setembro ou outubro. Esse fator de terminar a BR-163, com a entrada de fertilizante, vai trazer muito mais condições competitivas para o produtor aqui (norte e médio-norte mato-grossense)”, salientou o empresário Marino Franz ao portal CenárioMT, afirmando que “a logística Norte ainda não conseguiu baixar o preço, tendo em vista que a estrada não esta pronta ainda. Terminando a estrada, achamos que os agricultores, as empresas, vão começar a colher os frutos dessa nova logística”.

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    Primeiro comboio de soja da Cianport saindo do Porto de Miritituba/PA-Santana/AP rumo à Rússia.

    O complexo da Cianport é formado por uma estação de transbordo em Miritituba e um terminal em Santana, no Amapá, com redução de até 35% dos custos com o transporte das “commoditties” (soja, milho e farelo). A empresa faz parte do corredor ‘Arco Norte’ e em poucos meses de operação já se destaca como importante alternativa para escoamento do grão produzido em Mato Grosso, tendo em vista que o Estado está distante de portos como Santos-SP e Paranaguá-PR, onde aumenta consideravelmente os custos com transporte da produção.

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    A capacidade instalada de recebimento, expedição e transporte de grãos do Arco Norte (saída Norte) gira em torno de 20 milhões de toneladas, compreendo todas as empresas instaladas no porto de Miritituba-PA, sem contar com o recebimento de fertilizantes e exportação através de containers.

    Outro fator importante que chamou a atenção dos investidores para o “Arco Norte” é a proximidade com o Canal do Panamá, que encurta a distancia para que a produção Mato-grossense chegue aos centros consumidores, como a Rússia e China, por exemplo.

  • Preço do feijão cai em Mato Grosso

    Preço do feijão cai em Mato Grosso

    O preço do feijão teve queda devido ao início da colheita do grão, em Mato Grosso. No começo do ano, o consumidor chegou a pagar R$ 12 no kg do feijão carioca, o mais consumido na região, e agora chega a custar R$ 5.

    No estado, os produtores de feijão da região Oeste estão em plena colheita. Segundo os agricultores, as lavouras estão bastante produtivas e os preços são animadores. Tem fazendas produzindo mais feijão que nas safras anteriores, como é o caso da propriedade em que Daniel Henrique de Oliveira gerencia.

    “Saímos de 65 toneladas no ano anterior de safrinha para 1.800 neste ano. Houve aumento significativo. Este ano, quando fechamos os contratos, se apresentou um preço bom e o custo a gente já sabia, por isso optamos por fechar essa área de feijão”, disse.

    Apesar do otimismo de alguns produtores, a produção total de feijão em Mato Grosso deve cair cerca de 8% em relação ao ano passado. A principal queda será na produção do feijão de corda. No ano passado, o estado produziu 237 mil toneladas desse tipo de feijão e neste ano a previsão é de 153 mil toneladas, uma redução de 35%.

    Isso ocorreu porque muitos produtores escolheram outros cultivos na segunda safra, como o milho, o algodão e o girassol.

  • Guerra comercial entre os EUA e a China já vem há mais de um ano refletindo no mercado internacional e influenciando as cotações da pluma de algodão no mundo

    Guerra comercial entre os EUA e a China já vem há mais de um ano refletindo no mercado internacional e influenciando as cotações da pluma de algodão no mundo

    A guerra comercial entre os EUA e a China já vem ocorrendo há mais de um ano, refletindo no mercado internacional e influenciando as cotações da pluma de algodão no mundo. Na semana passada, mais uma vez, as duas potências aumentaram suas tensões devido aos anúncios dos dois governos de um possível aumento nas taxações sobre os produtos importados de ambos os lados.

    Com isso, a pluma de algodão norte-americana foi diretamente afetada, uma vez que os chineses pretendem já no início de junho taxar em 25,00% a fibra importada. Isto acabou impactando a cotação da pluma na bolsa de NY, que caiu 7,15% em relação à semana anterior, chegando a ser cotada a ¢US$ 66,27/lp.

    Caso este cenário de represália se concretize nos próximos meses, a pluma brasileira tende a ser beneficiada, uma vez que os chineses poderão destinar grande parte da sua demanda pelo produto brasileiro em detrimento do norte-americano.

    Confira os principais destaques do boletim: 

    • Em queda, o preço Imea–MT encerrou a semana com variação negativa de 1,38% e cotado a um preço médio de R$ 88,68/@.

    • Diante do forte declínio das cotações da ICE, as paridades de exportação fecharam a semana com recuo de 5,96% e 5,60%, para os contratos jul/19 e dez/19, ficando assim cotados, respectivamente, a um preço médio de R$ 86,74/@ e R$ 89,93/@.

    • Com alta de 1,57% em relação à semana passada, a moeda norte-americana avançou novamente, devido aos empecesses entre China e EUA e aliado à indefinição do cenário político interno, finalizando assim com um preço médio semanal de R$ 4,02/US$.

    • As cotações da torta e óleo de algodão encerraram a semana com um pequeno avanço de 0,62% e 0,11%, com um preço médio de R$ 479,64/t e R$ 2.154,51/t, respectivamente.

    GRANDE AVANÇO NO MÊS:

    A comercialização do caroço de algodão para a safra 18/19 em MT, conseguiu fechar o mês de abril a frente do que foi visto na safra passada. No entanto, os preços negociados em abril não estiveram tão atrativos para o produtor, que reduziram 9,58% em relação a março e ficaram cotados a um preço médio mensal de R$ 289,93/t.

    Mesmo com a baixa no preço, o subproduto avançou 21,71 p.p. no mês, alcançando assim 67,89% da produção já negociada até o momento. Esse bom avanço nas vendas se dá pela safra volumosa que está no campo, aliada à necessidade de vender boa parte da produção, visto que a questão de armazenagem no estado é um ponto de atenção ao cotonicultor.

    Neste contexto de grande volume de caroço disponível previsto para o mercado interno, o maior desafio do produtor será o escoamento da produção, uma vez que o consumo interno tende a absorver uma parte dessa oferta e para o restante, a exportação poderá ser um grande aliado para o produtor escoar a produção.

     

  • “Capim rabo-de-burro”: Produtores devem intensificar manejo

    “Capim rabo-de-burro”: Produtores devem intensificar manejo

    Conhecido popularmente como capim-rabo-de-burro, o capim invasor Andropogon bicornis L., é uma gramínea nativa do Brasil, México e Argentina. Quando atinge seu pleno desenvolvimento, pode chegar a dois metros de altura e tomar toda a área. Sua floração ocorre de dezembro a abril e à medida que se espalha forma um aglomerado vegetal muito denso, lembrando a cauda do animal.

    O técnico agrícola da Sede, Jéferson Morás disse que na região de abrangência da Cooperativa a infestação pela gramínea tem aumentado significativamente nos últimos dois anos.

    Para ele, é imprescindível que o produtor, ao detectar o capim na lavoura,  inicie a sua eliminação de forma imediata: “Quando a invasora estiver pequena, os herbicidas(sistêmico e contato) diminuem a incidência, facilitando  o controle. Com o capim grande, ou seja, a lavoura totalmente infestada, o controle químico acaba não tendo o mesmo efeito.

    Assim que for localizado, ele deve ser arrancado (touceira com a raiz), mas somente se for no estado inicial da infestação, pois com a área totalmente coberta pela gramínea, somente arrancando manualmente ou fazendo a aração  da área é que o mesmo será eliminado”, disse.

    Morás lembra  que disseminação do capim ocorre mais facilmente pelo vento e com a colheitadeira. Ele enfatiza que o manejo é básico, exigindo, ao mesmo tempo,  uma  tomada de posição por parte do produtor: “Em geral, quando as áreas já são infestadas pelo “rabo-de-burro”, as principais causas são o manejo inadequado do solo e o da própria área. Se detectado tardiamente, os danos são ainda maiores, pois o “rabo-de-burro” tem rápido potencial de infestação.

    A limpeza dos barrancos ao lado das áreas e cercas localizadas nas divisas são as primeiras medidas que devem ser feitas, de preferência logo após o fim da colheita da soja. Por outro lado, é importante que a área não fique em pousio, sem plantação de trigo ou qualquer cereal de cobertura.

    Sabemos que o custo para implantação do trigo é alto, mas não tomar nenhuma providência agora pode significar ter de gastar mais para controlar esta erva-daninha lá na frente”, frisou.

  • Comer pepino ficou mais caro em Mato Grosso

    Comer pepino ficou mais caro em Mato Grosso

    Pragas e chuvas influenciam supervalorização no preço do pepino em Mato Grosso

    Comer pepino ficou mais caro nessa primeira semana de maio. O excesso de chuvas e o aumento de pragas prejudicaram a produção na Baixada Cuiabana, causando prejuízos para pequenos agricultores. De acordo com o levantamento semanal realizado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o preço do pepino saltou 65% em apenas 7 dias. De R$ 30, a caixa com 21 quilos subiu para R$ 50. Na terça-feira (7), o pepino estava a um valor médio de R$ 6,79 nas gôndolas dos supermercados de Cuiabá.

    O engenheiro agrônomo da Seaf, Luiz Henrique Carvalho, explica que aumento do preço do pepino é consequência da menor oferta do produto. Outros três itens hortifrutigranjeiros também tiveram alta no valor de comercialização: o pimentão, a cenoura e a melancia. A caixa com 22 quilos de cenoura está com preço de R$ 70, enquanto que na semana passada essa mesma quantidade custava R$ 60. O quilo da melancia graúda era cotado a R$ 1,30, na terça passada. Hoje custa R$ 1,50. Tanto a cenoura quanto a melancia tiveram alta de 15% nos preços. Já com o pimentão, a inflação no preço foi de 25%. De R$ 40, a caixa com 10 quilos saltou para R$ 50.

    A vagem e o tomate estão na contramão desse aumento, ao terem redução no preço comercializado. A queda no valor do tomate foi de 15%, passando de R$ 118 para R$ 100 a caixa com 20 quilos. Já a da vagem teve redução de 12%, com preço de R$ 80 na semana passada, para R$ 70 hoje a caixa com 12 quilos.

    A cotação de preços dos principais produtos da agricultura familiar é realizada semanalmente, toda terça-feira, a partir 5h, por técnicos da Seaf, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e Prefeitura de Cuiabá. A pesquisa de preço é realizada na Central de Abastecimento de Cuiabá, levando em conta o preço mínimo, mais comum e o preço máximo dos produtos encontrados nas barracas em três horários distintos durante o período matutino.

  • Sema e ANM desenvolvem ações conjuntas para segurança de barragens

    Sema e ANM desenvolvem ações conjuntas para segurança de barragens

    A secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) assinaram, nesta terça-feira (30), um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento de ações conjuntas ou coordenadas para execução da Política Nacional de Segurança de Barragens em Mato Grosso. O acordo também prevê a troca de conhecimentos e informações para viabilizar o atendimento da legislação vigente.

    Como forma de colocar em prática o termo firmado, as equipes técnicas dos dois órgãos irão definir um plano de trabalho iniciando as atividades pelo município de Poconé, região onde é feita exploração de ouro. Para a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a ação coordenada na região atende a um anseio da população por informações claras sobre a situação das mineradoras, já que os empreendimentos estão próximos da área urbana e do Pantanal.

    “A partir do conhecimento técnico dos dois órgãos, cada um em sua especificidade, poderemos produzir relatórios ou notas técnicas para traduzir para a sociedade a real situação dos empreendimentos do município. A partir dessa experiência, teremos também a oportunidade de definir uma metodologia de trabalho que poderá ser aplicada nas próximas operações”, defende a gestora. O plano de trabalho prevê as visitas ao município pantaneiro no mês de maio e consolidação dos resultados até o final de junho.

    Para o gerente regional da ANM em Mato Grosso, Serafim Carvalho Melo, o acordo também é uma oportunidade para esclarecer à população sobre os riscos reais e a importância da atividade da mineração. “A exploração de minério é imprescindível para a vida moderna e sendo realizada de forma controlada e com responsabilidade tem seus impactos sobre a o meio ambiente minimizados”, destaca.

    Ele reforça que Mato Grosso possui características distintas de Minas Gerais: “O material que exploramos e a geomorfologia são completamente diferentes. Portanto, é importante tranquilizarmos a população, já que os riscos não são os mesmos”.

    Pelo acordo, que terá vigência de quatro anos, a ANM irá compartilhar informações relativas à segurança de barragens e realizar a transferência de conhecimento técnico para o desenvolvimento da atividade de fiscalização aos servidores da Sema. Já o órgão estadual irá atuar em operações conjuntas com a gerência regional da ANM, além de compartilhar informações e conhecimentos que possam ser úteis à agência.

  • Começou a colheita do café clonal e a expectativa é alcançar 110 sacas por hectare.

    Começou a colheita do café clonal e a expectativa é alcançar 110 sacas por hectare.

    Com uma produtividade que poderá ultrapassar 100 sacas de café por hectare nesta safra, o produtor rural Lucas Muller, do município de Nova Bandeirantes (1.026 km ao Norte de Cuiabá), recebeu em sua propriedade mais de 30 cafeicultores para mostrar a sua área de quatro hectares com 11 mil pés de café clonal.

    Além do cultivo da cultura, o produtor produz muda de café para comercialização. O Dia Especial foi uma realização da Secretaria Municipal de Agricultura, que promoveu a visitação em  propriedades que estão colhendo a primeira safra. Lucas começou o cultivo de café clonal em 2014 e já na primeira safra conseguiu colher 87 sacas de café por hectare.

    Na segunda safra, que começa em abril, está mais otimista, podendo alcançar a média de 110 sacas por hectare. “Planto café há 20 anos no município e a produtividade não chegava a 12 sacas por hectare. Com essa nova técnica do café clonal pretendo ampliar a área e cultivar 30 mil pés de café”, enfatiza.

    Na propriedade de 15 hectares, localizada na Comunidade São José, o trabalho é realizado pelo produtor e a sua esposa, Maria Aparecida Gonçalves. A produção de mudas é vendida a R$ 1,00 para os produtores da região. Para a ampliação da área com o cultivo da cafeicultura, ele pretende financiar recursos na ordem de R$ 150 mil do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

    O engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Thiago Tombini, fala que produtores investiram no cultivo do café clonal e hoje estão colhendo os primeiros frutos. Ele esclarece que alguns deles estão cultivando a variedade BRS Ouro Preto, oriunda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outros cultivam as variedades Conilon (Coffea canephora) e clones de Robusta (Coffea canephora).

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    Revitalização da cafeicultura

    “Hoje foi o dia de os produtores verem o resultado de muitos anos de trabalho e assistência técnica para desenvolver a cafeicultura na região. Para atingir a produção de 80 sacas por hectare foram repassadas novas técnicas, como a produção de mudas, podas de formação, adubação, irrigação e controle de pragas e doenças”, informa Tombini.

    Durante o evento, os produtores visitaram algumas propriedades que estão realizando a primeira colheita do café clonal, chegando a uma produção de 80 sacas por hectare. O encerramento da visita foi na propriedade do produtor Devonzil Gallo, que possui uma área plantada de três hectares, e fez uma demonstração de como realizar a colheita de forma mecanizada.

    O produtor e seu filho, Igor Gallo, já começaram a realizar a colheita do café. Segundo Devonzil, a expectativa é colher 120 sacas de café por hectare. Ele pretende ampliar a cada ano o plantio e chegar a 21 mil pés de café. A insatisfação do produtor é com relação ao preço, que essa semana na região chegou a R$ 210,00 a saca, inferior ao do ano passado, que atingiu R$ 360,00 a saca de café.

    Nova Bandeirantes possui mais de 150 cafeicultores e faz parte do Programa de Revitalização da Cafeicultura no Estado de Mato Grosso (Pró-Café), desenvolvido pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) e Empaer em parceria com a Embrapa Rondônia,  Embrapa Agrossilvipastoril e Prefeituras. O Dia Especial atraiu a atenção de produtores de outras regiões e teve a participação de produtores de Alta Floresta, Nova Monte Verde, Nova Santa Helena e Nova Ubiratã.

  • Simpósio vai discutir as orientações e critérios na aquisição de produtos da agricultura familiar

    Simpósio vai discutir as orientações e critérios na aquisição de produtos da agricultura familiar

    A conexão entre a alimentação escolar e a agricultura familiar é tema de um simpósio que será realizado nesta quinta-feira (25), das 08h às 12h, no auditório Maestro China, da Secretaria Municipal de Educação (SME). O objetivo do evento, realizado pela Coordenadoria de Nutrição Escolar da Secretaria Municipal de Educação (SME), é fortalecer o trabalho conjunto entre os atores sociais envolvidos no processo de aquisição dos produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar.

    Durante o simpósio, que terá a participação de agricultores, associações e cooperativas de agricultores familiares e profissionais da Educação serão abordadas as diretrizes estabelecidas no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), os critérios que devem ser observados para o fornecimento de produtos para a alimentação escolar. O evento terá carga horária de 4 horas.

    A coordenadora de Nutrição Escolar da SME, Ana Domingas da Conceição Silva explicou que a conexão entre a agricultura familiar e a alimentação escolar é fundamental e está estabelecida no Programa Nacional de Alimentação Escolar que prevê o apoio ao desenvolvimento sustentável e ao emprego da alimentação saudável e adequada. “Essa conexão permite o uso de alimentos variados, frescos, seguros, que respeitam a cultura alimentar e que promovem o desenvolvimento econômico regional para o agricultor familiar, sendo um canal importante de comercialização e geração de renda com regularidade para eles e para os escolares, a garantia de alimentos e hábitos saudáveis”, destacou Ana Domingas.

    Segundo a Resolução do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (CD/FNDE) nº 26, de 17 de junho de 2013 (atualizada pela Resolução CD/FNDE nº 04, de 2 de abril de 2015), normativa que trata do atendimento da alimentação aos escolares da educação básica no âmbito do PNAE, é obrigatória a aquisição de gêneros alimentícios, no limite mínimo de 30%, oriundos da agricultura familiar e a necessidade de procedimentos que garantam a qualidade sanitária dos alimentos em toda a cadeia produtiva.

     

  • Tomate fica 71% mais caro em Mato Grosso, diz IBGE

    Tomate fica 71% mais caro em Mato Grosso, diz IBGE

    De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do quilo do tomate aumentou 71%, nos últimos meses, em Mato Grosso. A razão, segundo os produtores, seria o ataque de pragas e doenças nas plantações do estado.

    Na fazenda de João Sedane, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, os 2 mil pés de tomate, plantados em dois barracões, foram atacados pela traça do tomateiro, uma espécie de lagarta pequena que compromete a qualidade dos frutos.

    Com menos oferta de produto, os preços tendem a subir. Em outras safras, João já chegou produzir uma média de 300 caixas de tomate, hoje, só está conseguindo 50 caixas, por barracão.

    A perda somada aos custos de produção fez com que agricultor aumentasse o valor do quilo para revenda para R$ 8, na tentativa de minimizar os prejuízos.

    “No ano passado gastei R$ 5 mil para construir e fazer a plantação em um barracão, mas ainda não vendi nenhuma caixa de tomate para pagá-lo, a praga comeu tudo”, lamentou o produtor.

    O custo que João tem para cultivar mil pés de tomate é R$ 5 mil, entre fornecedores e despesas para manter as plantações.

    “Então, se eu coloco o preço muito baratinho, não consigo quitar dívida com os fornecedores. Este ano, o retorno não está compensando”, explicou.

    Em outra propriedade no mesmo município, a guerra é contra os nematóides. Mesmo com toda a estrutura da estufa, com cobertura e proteção, a produção caiu consideravelmente.

    De acordo com o produtor Jair Júnior, a falta de assistência técnica agrava a situação.

    “Se agente tivesse uma técnica que ajudasse a eliminar nematóides, conseguiria produzir mais e ficaria bom para todos, mas não temos nenhuma assistência, fica difícil”, destacou ele.

    Na propriedade de Jari, a média de produção, este ano, é de 100 caixas para cada mil pés de tomate, com um custo de R$ 50 por caixa. Com a pouca oferta no mercado, ele tem conseguido vender cada caixa por R$ 100, com vinte quilos de tomate, cada uma.

    O técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Leonardo Dias, explica que o manejo de tomate é bem delicado. Segundo ele, a construção de estufas é fundamental.

    “O agricultor precisa ter um cuidado maior durante o desenvolvimento da planta para ter uma produção de qualidade e livre de doenças”, alertou.

    Ainda segundo o técnico, o agricultor precisa de cultivares resistentes e estudar o manejo mais adequado para cada situação.

    “O cuidado precisa ser intenso em todo o período. Todos dias, tem que olhar a plantação para identificar pragas e conseguir combatê-la desde o início. A adubação tem que ser frequente, assim como a irrigação, para que no final do ciclo, haja uma boa produção”, explicou.

     

  • Agricultores de Mato Grosso recebem duas mil mudas  de limão  e orientação técnica para cultivo

    Agricultores de Mato Grosso recebem duas mil mudas de limão e orientação técnica para cultivo

    O cultivo do limão Taiti é uma nova opção de renda para agricultores familiares do município de Tabaporã (643 km a Médio-Norte), que receberam no mês de março duas mil mudas melhoradas geneticamente. O técnico em agropecuária da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Antônio Sérgio Faustino da Silva, esclarece que as mudas foram repassadas para 12 produtores rurais e a expectativa é de produzir em apenas um hectare mais de 14 toneladas de limão por ano.

    Com uma produção mensal de 320 quilos, o produtor rural Paulo Camporezzi possui em sua propriedade 30 pés de limão e já adquiriu mais 120 mudas. O produtor cultiva também maracujá, acerola e banana, e está impressionado com a alta qualidade das mudas oferecidas pelo programa. O produtor Valdir Lúcio de Freitas, do distrito de Nova Fronteira, cultiva também acerola e melancia, e plantou 100 mudas de limão. “Eu aposto na diversificação da produção com a fruticultura para obter renda o ano todo”, enfatiza Valdir.

    As condições climáticas e o solo fértil favorecem a cadeia produtiva da citricultura na região, o que pode garantir produção durante o ano todo quando os frutos são irrigados. O técnico Antônio fala que o pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e consultor técnico do programa, Eduardo Firmino Carlos, tem orientado os produtores sobre a correta calagem, adubação, preparo do solo, porta enxerto e clone do Taiti, que é o IAC-5, enxertado em porta enxerto de Citrumelo Swingle, tolerante a gomose, principal problema do Taiti na região. “Ele trouxe informações e tecnologia para o cultivo”, esclarece Antônio.

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    No terceiro ano de cultivo uma planta chega a produzir 25 quilos de limão.

    O município faz parte do Pró-Limão, programa estadual executado pela Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf), que visa fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do limão como alternativa sustentável de geração de renda. O objetivo é dar sustentabilidade ao cultivo da citricultura com informações técnicas e orientações sobre mudas, cultivo e outros. Os coordenadores do Pró-Limão, os engenheiros agrônomos da Seaf, Leonardo da Silva Ribeiro e Luciano Gomes, têm proferido palestras sobre o tema e auxiliado os produtores na condução da lavoura.

    Conforme as orientações fornecidas, a cultura do limão no segundo ano de cultivo produz em média 10 quilos de limão por planta, e no terceiro ano pode produzir 25 quilos por árvore. Em um hectare de limão, o produtor poderá plantar 300 mudas e produzir mais de 14 toneladas do fruto na época da safra. Para os produtores o limão taiti na safra é comercializado por R$ 1,50 e na entressafra pode chegar até a R$ 3,00 o quilo.

    No distrito de Nova Fronteira, o engenheiro agrônomo da Empaer, Thiago Martins Teixeira, atende os produtores rurais do Assentamento Mercedes Benz I e II que estão interessados na cultura do limão. Conforme Thiago, foi iniciado na região um trabalho de divulgação e esclarecimento do programa, com palestras e reuniões. “Estão repassando aos produtores aspectos técnicos da cultura de forma segura, com expectativas realistas de renda e preconizando a necessidade da organização para o sucesso do empreendimento”, ressalta Teixeira.

    Fruta tipo exportação

    Os municípios da região Norte do Estado, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Matupá e Terra Nova do Norte, possuem uma área plantada de 40 hectares de limão Taiti. O engenheiro agrônomo da Empaer, Clovis Luiz de Moraes Manica, fala que os municípios, juntos, vão produzir até o ano de 2021 em torno de 200 toneladas de limão por ano. Atualmente produzem 70 toneladas de limão ao ano com uma área de produção de 15 hectares. “A fruta é comercializada nas cidades vizinhas e no futuro, será um produto para exportação”, salienta Clóvis.