Categoria: CENÁRIO AGRO

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  • Frete é oferta e demanda

    Frete é oferta e demanda

    especial 1O tabelamento do frete voltou a ser assunto no Brasil, após a ANTT publicar no Diário Oficial da União a Resolução 5.849/2019, que trouxe uma nova tabela com preços mínimos do frete rodoviário. Os valores como era esperado não agradaram os caminhoneiros e estes já se mobilizavam para uma nova paralisação quando o Governo Federal decidiu suspender a referida tabela.

    O texto trazido em julho revogava a primeira tabela editada em maio de 2018. O tabelamento do frete faz parte de um pacote negociado pelo governo federal, sob o comando do ex-presidente Michel Temer, numa tentativa de acabar com a greve dos caminhoneiros que durou 11 dias naquele mês e provocou um verdadeiro caos no Brasil, mostrando que uma única categoria do setor econômico pode parar o país, causando desabastecimento não somente de insumos em supermercados, mas como também de combustível até mesmo para a aviação e insumos hospitalares.

    Vale ressaltar que o tabelamento do frete era um pedido dos caminhoneiros, em especial dos autônomos, desde 2015 quando uma paralisação da categoria ocorreu entre fevereiro e março, porém não causando prejuízos que refletem à economia de alguns setores até o momento como em 2018, quando nova paralização foi realizada, trazendo enormes transtornos à sociedade.

    Segundo dados do Banco Mundial, em 2018 o Brasil era o país com a maior concentração rodoviária de cargas e passageiros do mundo dentre as principais economias. Na ocasião o levantamento do Banco Mundial apontava que 58% do transporte brasileiro de cargas e passageiros era rodoviário. A Austrália vinha em seguida com 53%, a China com 50% e a Rússia com 43%.

    Com o tabelamento do frete rodoviário criado a partir de 2018, a expansão da economia brasileira foi diretamente impactada. Estudo realizado pela CNI aponta que o PIB foi reduzido em 0,11%, ou R$ 7,2 bilhões.

    No Brasil, de acordo com a Fundação Dom Cabral, a malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção, seguida por 9,2% da marítima. O transporte aéreo é responsável por 5,8% do escoamento e o ferroviário 5,4%, enquanto a cabotagem 3% e o hidroviário 0,7%.

    Desde a adoção da nova tabela, o preço do frete arbitrado foi corrigido em 7,4 pontos percentuais acima do que seria a correção de mercado diante do preço do diesel, principal insumo a ser considerado no custo do frete.

    Na verdade, a nova tabela do frete não deveria ter sido criada. Não se chega a uma conta justa desta forma. O preço sempre foi definido por oferta e demanda, assim como os grãos, que em sua maioria são cotados em Bolsa de Valores, em especial a de Chicago no caso da soja, portanto, oscilam diariamente conforme a oferta e demanda dos mesmos. Assim deveria ser o frete.

    O Brasil optou por uma economia capitalista que tem como fundamento o mercado e a livre concorrência, especialmente no que diz respeito a preços, assegurando de forma eficiente a satisfação dos interesses do consumidor.

    O estabelecimento de um preço mínimo do frete coloca as transportadoras em desvantagem ao diminuir a competitividade entre elas. O impacto é ainda maior em empresas localizadas em estados como Mato Grosso, onde nossos fornecedores tem custos ainda mais elevados, fazendo com que repensem a cadeia de suprimentos.

    Além disso, a nova tabela é ilusória aos olhos da economia e seguridade dos caminhoneiros, uma vez que, agora, com a elevação dos preços, entrou na pauta de planejamento de muitas empresas, a aquisição de frota própria, fazendo com que as transportadoras possam perder clientes.

    Por fim, mesmo já sendo há muitos anos de conhecimento público que tabelas de preços não funcionam, estamos tendo, no último ano, a prova definitiva de sua inviabilidade. Em vez de procurar solução por meio de tabelas, mesmo meramente referenciais, que, historicamente, nunca deram certo, o Governo Federal deveria esforçar-se em promover a segurança jurídica, diminuindo os custos para se produzir no Brasil. Desta forma todos saem ganhando, principalmente a sociedade que viverá em tempos mais justos e economicamente viável.

    *Miguel Vaz Ribeiro é produtor rural e empresário em Lucas do Rio Verde

     

    parabens

  • Cavalo campeão em exposição de BH custa mais que uma Lamborghini e uma Ferrari juntas

    Cavalo campeão em exposição de BH custa mais que uma Lamborghini e uma Ferrari juntas

    A Lamborghini Aventador S alcança os 100 km/h em 2,9 segundos, tem motor de 740 cavalos de potência e é vendida a partir de R$ 4 milhões no Brasil. Uma Ferrari 488 Spider alcança os 200 km/h em 8,7 segundos, tem motor de 670 cavalos de potência e sai pela bagatela de R$ 3,4 milhões. Já o Comandante Elfar custa mais que estes dois carros de luxo somados. E trata-se de um cavalo.

    O animal, campeão dos campeões da 38ª Exposição Nacional do Mangalarga Marchador, realizada no fim do mês passado em Belo Horizonte, está avaliado em mais de R$ 8 milhões.

    “Foi a primeira vez que ele disputou o campeonato nacional, o mais importante do país. É um animal jovem, tem quatro anos e se tornou o mais caro do momento por causa do título”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Daniel Borja.

    Comandante Elfar pertence a criadores de vários estados brasileiros. Após o conquistar o título, o sêmen dele se tornou artigo de luxo. A partir de agora, Comandante Elfar será confinado a uma baia especial, em um local chamado de central de embriões. Lá, o sêmen dele será colhido sempre às segundas, quartas e sextas-feiras.

    lamborghini
    Comandante Elfar pode não ser zero quilômetro ou alcançar uma velocidade de 100 KM/H em 2,9 segundos, mas é considerado hoje o melhor exemplar de sua raça e isso vale mais que uma Lamborghini e uma Ferrari juntas.

    “Cada dose pode custar até R$ 5 mil. Se ele cobrir quatro éguas, o retorno é de R$32 mil”, disse Borja.

    A expectativa é que uma dessas fêmeas seja Celeste Elgar, uma das campeãs da última exposição. Ela está avaliada em R$ 2 milhões.

    “O interessante é que ela é fecundada, o embrião é retirado e uma ‘barriga de aluguel’ é usada para gerar o potro. Isso porque ela é muito valiosa para passar por um processo como o parto”, contou Borja.

    O setor equino no Brasil movimenta mais de R$ 16 bilhões por ano, segundo a ABCCMM. Só na exposição realizada entre os dias 16 e 27 de julho foram negociados cerca de R$ 25 milhões.

    Comandante Elfar pode não ser zero quilômetro ou alcançar uma velocidade de 100 KM/H em 2,9 segundos, mas é considerado hoje o melhor exemplar de sua raça e isso vale mais que uma Lamborghini e uma Ferrari juntas.

     

  • Recorde da safra 2018/2019 salva a economia brasileira

    Recorde da safra 2018/2019 salva a economia brasileira

    Tejon2E vem aí o novo recorde de safra no Brasil. Uma boa notícia perante a tristeza do pífio crescimento do PIB em 2019, em torno de 1%, ou abaixo disso.

    Os produtos com maior aumento de área plantada foram o milho segunda safra (819,2 mil ha), soja (717,4 mil ha) e algodão (425,5 mil ha). A soja apresentou um crescimento de 2% na área de plantio, chegando a 35,9 milhões de hectares.

    Iremos para 240,6 milhões de toneladas de grãos, 5,7% a mais do que na safra passada. Não fosse o crescimento da safra brasileira e o resultado positivo, nossa situação econômica seria muito mais aflitiva.

    Dessa forma, economicamente falando, o agro para o governo Bolsonaro por enquanto o está salvando. Entretanto, para que possamos crescer o agronegócio brasileiro agora, não o conseguiremos mais sem um planejamento.

    Precisamos de comunicação. Primeiro mostrar aos clientes internos e externos o agro brasileiro legal. Aquele que não faz desmatamento ilegal, que aplica defensivos corretamente, que tem as práticas conservacionistas e sustentáveis de acordo com o estado da arte científica.

    Depois precisaremos consertar as imperfeições da ilegalidade no registro de terras e aperfeiçoar o grande drama da crise fundiária ilegal no país. E em paralelo a tudo isso, precisamos urgentíssimo de um business plan, ou seja,  um plano de negócios, como qualquer empreendedor; desde o mais micro ao maior do mundo precisa fazer.

    Uma meta de A a Z, de todas as cadeias produtivas brasileiras. Rumo a um trilhão de dólares para o agro nacional e um bilhão de toneladas de produtos em cinco anos; ou fazemos isso ou não haverá o crescimento do PIB brasileiro.

    Sobre o CCAS

    O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.

     

    O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.

     

    Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.

     

    A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook:http://www.facebook.com/agriculturasustentavel.

     

    Por José Luiz Tejon Megido, mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)

  • Proposta permite dividir fração mínima de imóvel rural

    Proposta permite dividir fração mínima de imóvel rural

    O Projeto de Lei 2266/19 permite a divisão da fração mínima de parcelamento (FMP). Ela é a menor área em que um imóvel rural pode ser desmembrado, para garantir ao trabalhador rural uma condição mínima de vida e manter a função social do imóvel. A FMP é variável para cada município e definida como a de exploração para produção de produtos hortigranjeiros.

    A proposta permite a subdivisão em três casos:
    – sucessão após morte do titular;
    – divisão entre parentes até o 3º grau
    – em programas governamentais de apoio à agricultura familiar para beneficiar agricultores sem outro imóvel urbano ou rural.

    Atualmente, o Estatuto da Terra (Lei 4.504/64) só permite a divisão da propriedade rural em área menor que a da FMP em casos de programas governamentais de apoio à agricultura familiar em que os beneficiários sejam agricultores não possuam outro imóvel rural ou urbano.

    Segundo o autor da proposta, deputado Toninho Wandscheer (Pros-PR), o texto relativiza a FMP sem que isto impacte na função social dos imóveis rurais. O texto veda a transmissão da área da FMP subdividida a terceiros.

    O parlamentar afirma que muitas famílias ficam impedidas de regularizar a posse da terra e ter acesso a serviços básicos como saneamento por causa da limitação legal da FMP, de acordo com Wandscheer.

    “É comum vermos famílias em que o pais, com dois filhos, por exemplo, permitem que estes, juntamente com suas respectivas famílias, passem a morar em parte de sua propriedade, que, se não for superior a, no mínimo, o triplo da Fração Mínima de Parcelamento, jamais conseguirão regularizar tal situação para fins mínimos, inclusive para saneamento básico individualizado”, exemplifica o parlamentar. Para atendimento de infraestrutura básica é necessário o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), emitido pelo Incra, e que depende de regularização referente à fração mínima.

    “As situações que se pretende resolver com o projeto atendem casos de divisão da área, mas que não interferem na concepção da função social dos imóveis”, disse Wandscheer.

    Tramitação
    A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

  • Produção de camarão de água doce é tema de curso em Lucas do Rio Verde

    Produção de camarão de água doce é tema de curso em Lucas do Rio Verde

    Com o objetivo de oportunizar conhecimento e novas tecnologias para diversificar a produção, o Sebrae de Lucas do Rio Verde, com apoio da Prefeitura e da Empaer, realiza no próximo mês o curso de cultivo de camarão com a tecnologia de bioflocos.

    A produção de camarão de água doce tem se mostrado um ótimo negócio a nível nacional e o Mato Grosso possui vantagens para o cultivo de algumas espécies, tais como temperatura acima de 27°C, disponibilidade de insumos para a fabricação da ração, água em abundância e bom mercado consumidor dentro e fora do estado.

    Com o crescimento da demanda mundial por alimentos de alto valor nutritivo, saudáveis e disponíveis a preços baixos, a atividade de carcinicultura, como é chamada a produção de camarão em viveiro, tornou-se uma alternativa viável tanto do ponto de vista alimentar quanto de negócio, principalmente para pequenos produtores rurais.

    O curso será realizado nos dias 09 e 10 de agosto, das 8h às 18h, ministrado pelo especialista, Mestre em aquicultura, Bruno R. Scopel. A parte teórica será ministrada na sexta-feira, de manhã e à tarde, e na manhã de sábado, no Auditório dos Pioneiros, na Prefeitura. Já a aula prática será no sábado, à tarde, na Piscicultura Amazonas.

    Inscrições e informações pelo telefone (65) 3549-7168 ou 0800 570 0800 e pelo site www.mt.sebrae.com.br

  • BNDES disponibiliza R$ 23 bilhões para Plano Safra 2019/2020

    BNDES disponibiliza R$ 23 bilhões para Plano Safra 2019/2020

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibiliza, a partir de hoje (10), R$ 23 bilhões para o Plano Safra 2019/2020, sendo R$ 19,6 bilhões para agricultura empresarial e R$ 3,3 bilhões para agricultura familiar.

    O total supera em R$ 700 milhões o valor destinado ao setor pelo banco no ano passado, e objetiva o financiamento de investimentos e custeio da produção agropecuária brasileira.

    Todas as principais linhas de fomento à agropecuária empresarial tiveram o orçamento ampliado.

    Os juros variam entre 0,5% e 4,6% ao ano para a agricultura familiar, e entre 5,25% a 10,5% para a agricultura empresarial.

    O BNDES vai operar em parceria com mais de 30 instituições financeiras. Segundo o banco, essa rede facilita o desenvolvimento de uma política pública de apoio ao setor agropecuário, na medida em que descentraliza o acesso aos recursos dos Programas Agropecuários do Governo Federal – Pagf.

    Para a linha Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), voltada para aquisição de máquinasAgronegoci e equipamentos agrícolas, foram destinados R$ 7,5 bilhões; para o Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Agropecuária), que envolve cooperativas agropecuárias, os recursos somam em torno de R$ 1 bilhão; o Programa ABC, destinado às práticas agrícolas para redução das emissões de gases contará com R$ 746 milhões; e o Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), que abrange iniciativas inovadoras em agropecuária, terá R$ 750 milhões.

    Plano Safra 2018/2019

    Mais de R$ 13 bilhões foram aprovados pelo BNDES no Plano Safra 2018/2019, encerrado no último dia 30 de junho, atingindo 35 mil operações.

    Para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o banco aprovou em torno de R$ 3,2 bilhões em mais de 70 mil operações.

    A assessoria de imprensa do BNDES observou que graças ao processo de modernização digital iniciado em 2017, 70% das operações de financiamento a produtores rurais já são aprovados em tempo real.

    O banco estima que, até o fim do atual ano agrícola, a grande maioria das operações já será digitalizada, o que garantirá maior segurança e agilidade para a concessão dos empréstimos.

  • Vacinação contra febre aftosa alcança 29 milhões bovinos e bubalinos em MT

    Vacinação contra febre aftosa alcança 29 milhões bovinos e bubalinos em MT

    A vacinação contra a febre aftosa alcançou 29.796.789 bovinos e bubalinos, o correspondentes a 99,73%, em maio de 2019. Nessa etapa é obrigatória a vacinação de bovinos e bubalinos de todas as idades, “de mamando a caducando”, exceto na microrregião do Baixo Pantanal Mato-grossense.

    Desde 2005 os índices de vacinação tem alcançado porcentagens superiores a 99% de imunização em todas as regiões de Mato Grosso. A baixa inadimplência é resultado do trabalho de divulgação, educação sanitária, fiscalização e apoio dos produtores rurais.

    O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) fiscalizou 2471 estabelecimentos rurais, correspondendo a 2,6% do total no estado. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) também ficou responsável pela regulamentação, divulgação, educação sanitária, controle e fiscalização da vacinação.

    Há ainda uma parceria com entidades ligadas ao setor pecuário como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Associação Mato-Grossense de Criadores de Ovinos e Caprinos (Ovinomat) e o Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa-MT) pra implementação de medidas de prevenção contra a febre aftosa.

    O último foco da doença no estado ocorreu em 1996. Atualmente Mato Grosso é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação.

  • Vazio Sanitário da soja começa neste sábado em Mato Grosso

    Vazio Sanitário da soja começa neste sábado em Mato Grosso

    O vazio sanitário da soja em Mato Grosso começa no dia 15 de junho e termina em 15 de setembro, conforme Instrução Normativa Conjunta da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e Instituto de Defesa Agropecuária (Indea).

    Durante 92 dias, não poderá haver plantas vivas de soja cultivadas ou germinadas. O vazio sanitário da soja foi instituído em Mato Grosso como medida fitossanitária desde 2006, com o objetivo de reduzir a presença do fungo causador da ferrugem-asiática, o Phakopsora pachyrhizi, na entressafra e evitando a ocorrência da doença na safra seguinte.

    “Nesse período os produtores são obrigados a fazer a destruição de todas as plantas guaches e fazer a eliminação de todas as plantas vivas em suas áreas e próximas a ela. Sendo proibido o plantio da soja regular”, comentou o engenheiro agrônomo Waldemir Batista da regional do Indea em Lucas do Rio Verde.

    De acordo com o Indea, na safra 2018/2019 foram cadastradas 12.694 propriedades com área plantada de soja de 8.755.682,65 hectares em Mato Grosso. A partir do próximo dia 15, o objetivo é fiscalizar 60% das propriedades, visando a ausência total de plantas de soja, principalmente nas áreas onde estão instalados pivôs de irrigação.

    “Serão feitas visitas, fiscalização nas propriedades rurais. Orientamos aos produtores que faça antecipadamente todo o controle de plantas vivas de soja, onde o objetivo é evitar o hospedeiro da praga, fazendo com que a doença não apareça na próxima safra. Caso encontre na propriedade, serão feitas notificações para destruição e autuação que varia de acordo com o tamanho da área onde foi encontrado essas plantas vivas de soja”, salientou Batista.

    O fungo que causa a ferrugem-asiática precisa de hospedeiro vivo para se desenvolver e multiplicar. Ao eliminar as plantas de soja na entressafra “quebra-se” o ciclo do fungo, reduzindo assim a quantidade de esporos presentes no ambiente.

    A ferrugem-asiática provoca a desfolha precoce da planta, impedindo a completa formação dos grãos, o que gera redução na produtividade, sendo considerada uma praga de importância econômica.

    De acordo com Waldemir Batista, os produtores estão conscientes quanto ao controle da ferrugem, tendo em vista que o vazio sanitário da soja tem mostrado resultados positivos.

    “Dessa forma, observamos tem diminuído a quantidade de aplicações (defensivos), cujo objetivo principal é evitar a incidência da doença. A maioria das ações faz com que essa doença não ocorra devido ao tratamento preventivo. Temos na região de Lucas do Rio Verde e municípios próximos, praticamente a ausência da doença ferrugem”.

    Algumas áreas de experimento previamente cadastradas junto ao Indea podem manter as plantas de soja vivas, mas de acordo com o engenheiro Waldemir Batista, é necessário um maior rigor no controle para evitar surgimento de focos da ferrugem asiática nesses locais.

    “Quando aprovado, essas empresas passam por fiscalização a cada 15 dias e esses produtores são obrigados a fazer a aplicação de fungicida a cada sete dias e não pode haver sintomas da doença nesse período que eles determinaram para o experimento”.

    Denúncias quanto ao descumprimento do vazio sanitário podem ser feitas ao Indea, por meio da Ouvidoria Setorial no telefone 0800 647 9990 ou por meio da Ouvidoria Geral do Estado pelo endereço eletrônico http://www.ouvidoria.mt.gov.br/falecidadao/.

    A multa para quem descumprir a medida é de 30 Unidade Padrão Fiscal (UPF), mais 2 UPF por hectare de planta não eliminada. O valor da UPF pode ser consultado no site da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT).

  • Acrimat diz que suspensão do embargo da carne bovina de MT não minimiza prejuízos no campo

    Acrimat diz que suspensão do embargo da carne bovina de MT não minimiza prejuízos no campo

    Após o anúncio feito nesta quinta-feira (13) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de que o Brasil voltará a exportar carne bovina para a China, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) afirma que a boa notícia não minimiza os impactos ocasionados no campo.

    De acordo com os pecuaristas, foram de três a quatro dias sem compra de animais. Ou seja, o criador que precisava vender ficou prejudicado.

    Por outro lado, a abertura da temporada de confinamentos fez com que o produtor segurasse o gado e mudasse a estratégia. A seca ainda não prejudicou os pastos e o rebanho está reguardado até que os preços voltem ao patamar anterior.

    Ainda segundo a Acrimat, quando o mercado foi fechado, no dia 3 de junho, o preço da arroba estava favorável. Depois caiu, com o fechamento. Agora, os criadores aguardam que os preços voltem ao normal.

    Embargo

    Após a detecção de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), a chamada doença da “vaca louca”, no estado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a exportação de carne bovina para a China.

    Na época, o Mapa afirmou que a suspensão das exportações atendia a um acordo sanitário entre Brasil e China e que seria temporária e “protocolar”.

    Além disso, segundo o ministério, a medida é “automática” e está prevista no documento assinado em 2015 com a China, que determina a suspensão quando houver algum risco após a detecção de alguma doença.

    Entretanto, o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT) alegou que o caso detectado era atípico e que não oferecia risco a outros animais ou à saúde humana.

    O Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo) se manifestou dizendo que, após a suspensão, seria essencial que o setor buscasse equilíbrio, adaptando-se aos novos números do mercado.

    Segundo o sindicado, adequações, como redução da oferta de animais às indústrias, e redução dos abates seriam imprescindíveis para amenizar prejuízos.

  • Famílias são retiradas de fazenda do ex-ministro Blairo Maggi em operação de reintegração de posse em MT

    Famílias são retiradas de fazenda do ex-ministro Blairo Maggi em operação de reintegração de posse em MT

    Famílias que invadiram a fazenda do ex-ministro Blairo Maggi, no município de Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá foram retiradas do local em uma operação nessa terça-feira (11). A polícia cumpriu um mandado de reintegração de posse na fazenda Morro Azul de forma pacífica.

    Enquanto as famílias eram comunicadas da ordem de reintegração de posse, funcionários da fazenda demoliam os barracos.

    A fazenda pertence ao Grupo Amaggi, ligada ao ex ministro da Agricultura Blairo Maggi. A polícia e oficiais de Justiça chegaram juntos logo. Mais de 48 famílias se instalaram em barracos. A ordem da operação era derrubar todos os barracos e desocupar a área.

    Segundo as família, o líder do movimento é conhecido apenas como Jonas. Ele teria cobrado o valor de R$ 500 de cada família para entrar na área invadida.

    Os moradores dizem que pagaram porque acreditavam que iriam ter o direito a 35 hectares de terra.

    As famílias buscavam água para consumo em um rio a cerca de 4 km.

    Alimentos, móveis e até mesmo animais de estimação foram abandonados na hora da desocupação.

    O Grupo Amaggi confirmou por meio da assessoria que comprou a propriedade no ano passado e que em fevereiro deste ano a área foi invadida e por isso pediu a reintegração à justiça. A área é de reserva legal destinada à preservação permanente.