Categoria: CENÁRIO AGRO

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  • Praga conhecida como “moleque da bananeira” destrói plantações de banana em assentamento de MT

    Praga conhecida como “moleque da bananeira” destrói plantações de banana em assentamento de MT

    Produtores de banana do Assentamento Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, estão tentando driblar os prejuízos do ataque do “moleque da bananeira”. Das 266 famílias assentadas, somente 15 produzem a fruta e encontraram em um composto biológico a alternativa pra diminuir as perdas e se manter no mercado.

    Trata-se de um besouro de quase 1,5 centímetro, mas capaz de causar um prejuízo gigantesco.

    Eugênio de Paulo produz banana há 18 anos em uma área no Assentamento Santo Antônio da Fartura, mas há 3 anos a infestação da praga conhecida como “moleque da bananeira” tem mexido na rotina do produtor. Antes do besouro aparecer nas plantações, o agricultor cultivava 7 mil pés de banana em 9 hectares do sítio. Com as perdas, a plantação passou para 4 mil pés, em 6 hectares. Agora o trabalho diário é para garantir que a produção não caia ainda mais.

    “Dá para continuar apostando na banana ainda, porque mesmo ela doente igual está, sem uma técnica, como eu não tinha, ainda dá porque ela dá um dinheiro a mais e com folga para eu ter a minha saúde a mais. Porque eu não mexo com veneno e nada nela. Então minha saúde é melhor do que se eu mexesse com veneno”, diz o produtor.

    O besouro chega pelo ar, mas é na terra que o estrago acontece. As fêmeas depositam as larvas na parte do caule que fica próximo as raízes da bananeira.

    Os insetos se alimentam do que tiram da planta e com isso, impedem que ela absorva mais nutrientes do solo.

    Quando a infestação é mais intensa, a bananeira chega ao ponto de não conseguir gerar novos frutos e até o crescimento das folhas é prejudicado. Nos casos em que os cachos se formam, a banana cresce bem menor e bem mais fina do que deveria.

    As folhas amarelam, secam e caem, enquanto as larvas estão embaixo, próximo ao solo, se alimentando da planta. Pra evitar que o problema se alastre e o pé de banana seja perdido, o controle precisa começar o quanto antes possível.

    O primeiro passo é a amostragem da praga no bananal. Ele determinar se atingiu o nível de dano econômico ou não essa praga. A partir do momento que ele encontra três adultos do moleque da bananeira por isca, ele entra com a medida de controle”, diz o engenheiro agrônomo Kênio Nogueira.

    Com orientações do especialista, Eugênio está fazendo armadilhas. Parte do caule da bananeira é cortada em um formato parecido ao de uma telha. No centro, são colocados 20 gramas de um fungo parasita que causa doenças no besouro.

    “O local onde você vai deposita essa isca, é próximo a moita da bananeira. E esse local deve ser sombreado, porque o fungo é um ser vivo e os raios solares prejudicam a ação dele”, diz o engenheiro.

    Enfraquecido, o inseto não deposita novas larvas e morre em até 10 dias. O método é biológico, não prejudica o solo, a planta e nem a fruta.

    Os especialistas garantem que a eficácia da técnica fica acima de 80%. Um nível alto, já que este não é um controle químico.

    No mesmo assentamento, fica a chácara de Salomão José de Souza que não teve tempo e nem conhecimento suficiente para controlar o moleque da bananeira.

    Já faz 2 anos que ele desistiu da cultura, por conta do grande prejuízo. Os pés de banana que hoje são cultivados servem para o consumo da família.

    O agricultor conta que tentou combater o besouro, mas não teve sucesso. Fez até empréstimos na época do ataque do inseto e ainda tem dívidas.

    “Eu estou prorrogando, de boa fé, e até penhorei um dos meus tratores, coisa que, não podia”, diz o agricultor.

    “Agora, Salomão tem como carro chefe da propriedade 30 variedades de hortaliça e

    os cuidados com as pragas na lavoura ganharam mais atenção com a ajuda especializada.

    Ele pretende retomar o plantio de banana, um dia.

    “Até hoje é muito difícil quando alguém me vê e pergunta sobre as bananas. Na verdade eu não tenho, não tenho nada”.

  • Post falso sobre ferrovia que liga Maranhão a Lucas do Rio Verde viraliza na internet

    Post falso sobre ferrovia que liga Maranhão a Lucas do Rio Verde viraliza na internet

     

    Não existe nenhuma ferrovia sendo construída, nem projeto, que ligue Maranhão a Lucas do Rio Verde

    Internautas estão compartilhando um vídeo da construção de uma estrada de ferro alegando que é o início da obra da ferrovia que liga Lucas ao Maranhão, passando por Marabá, no Pará.

    fake ferrovia

     

    O post falso traz a informação na legenda do vídeo informando que não é Fake News: “Olha o maquinário que os chineses estão usando para fazer a estrada de ferro que vai da região de Lucas do Rio Verde até o Maranhão. Já estão em Marabá no Pará. Golaço do presidente.”

    A equipe do CenárioMT localizou mais de 20 páginas (a maioria Fake) divulgando o vídeo, onde foi verificado que todas tiveram uma grande repercussão, inúmeros comentários, curtidas e compartilhamentos. No WhatsApp também foi bastante compartilhado

    https://www.youtube.com/watch?v=a3ToqHWIEVI

    A Ferrovia em Lucas do Rio Verde ainda não é realidade. O projeto de extensão de um ramal da Ferrovia “Vicente Vuolo” entre Rondonópolis e o Médio-Norte do Estado será debatido na próxima segunda-feira (23/9). Um projeto que confirma a viabilidade técnica e econômica da ferrovia foi elaborado pela Rumo Logística e apresentado ao ministro no mês passado. A ferrovia ainda não saiu do papel.

     

    Segundo o projeto de verificação de notícias fake no Facebook, investigado pelos sites Piauí, Folha e Uol, a máquina mostrada no vídeo trabalha em uma ampliação da ferrovia entre Lund e Arlöv, no sul da Suécia. O objetivo da obra é duplicar as duas linhas férreas que interligam essas cidades e tem conclusão prevista para 2024, ou seja, não tem nada de ferrovia passando por Lucas do Rio Verde.

    Não existe nenhuma ferrovia sendo construída nesse trajeto, como mostra o mapa ferroviário do Ministério da Infraestrutura. Tampouco, na parte do site do Ministério em que são informadas as ferrovias que estão em obras, consta a realização de obras que ligariam os municípios citados nas postagens.

    estrada ferro

     

  • Recursos do Pronaf já estão disponíveis em Mato Grosso para pequenos agricultores

    Recursos do Pronaf já estão disponíveis em Mato Grosso para pequenos agricultores

    Mato Grosso já tem disponível no Banco do Brasil recursos para o financiamento de créditos ligados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A liberação dos recursos é regulada pelo Plano Safra, que disponibilizou para este ano R$ 31,22 bilhões para projetos de custeio, comercialização e investimento, ligados exclusivamente à agricultura familiar.

    Os recursos estão disponíveis para os agricultores de todo o Brasil, sem limite de crédito por estado. As taxas de juros foram mantidas em níveis que permitem o acesso do produtor rural. No caso de custeio, comercialização e industrialização, será de 4,6% ao ano.

    O secretário de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Silvano Amaral enfatizou durante encontro com o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso, Pedro Marques Junior, sobre a urgência das instituições se unirem no sentido de massificar as informações sobre a disponibilidade do credito e os meios de acesso às propostas de financiamento.

    “É de extrema urgência definirmos estratégias para que o produtor saiba que os recursos já estão disponíveis, e que podem ser acessados em contato direto com as agências do Banco do Brasil, ou por meio dos técnicos da Empaer que estão habilitados para o envio das propostas junto às agências” frisou Silvano.

    Além de poder se dirigir às agências do Banco do Brasil, os agricultores também podem contar com o atendimento dos Correspondentes Bancários, que são empresas credenciadas ao Banco do Brasil para operacionalizar a contratação de operações rurais. A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) é o correspondente de maior abrangência no Estado, operando em sistema online desde 2018 por meio do Portal de Crédito do BB.

    A Empaer é responsável pela elaboração de boa parte das propostas de crédito aprovadas pelos agricultores. Estima-se que 90% dos recursos ligados ao Pronaf sejam internalizados no BB por correspondentes bancários no Estado.

    Para receber os benefícios do Pronaf, as propriedades rurais precisam estar enquadradas em até quatro módulos fiscais que correspondem de 120 a 400 hectares, com receita bruta anual de até R$ 415 mil. Acima disso, a DAP é cancelada e o produtor não é mais cliente do Pronaf.

    A DAP é a comprovação de enquadramento do produtor como agricultor familiar, e é utilizada como o principal critério para que o produtor tenha acesso ao crédito rural e demais políticas públicas do Governo Federal. Um dos exemplos são as políticas de incentivo à comercialização dos produtos agrícolas, onde no mínimo 30% dos alimentos consumidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) devem ser adquiridos da agricultura familiar.

    Além da presença do secretário da Seaf, Silvano Amaral, e do superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso, Pedro Marques Junior, também participaram o Analista de Desenvolvimento Econômico e Social da Seaf, Éder Azevedo; o gerente geral da Agência Setor Público de Cuiabá, Whélen Gonçalo de Arruda, e a Assessora do Mercado de Agronegócios do BB, Elaine Campos.

    Linhas de Crédito

    O Pronaf tem pelo menos 12 linhas de crédito voltadas à agricultura familiar, cada uma destinada a diferentes finalidades. É importante destacar que os limites de financiamento e as taxas de juros variam conforme a categoria e o destino dos recursos financiados. O financiamento pode ser adquirido tanto para a compra de produtos básicos à propriedade, quanto para aprimorar ou elevar o grau de tecnologia aplicado à produção.

    Entre as principais linhas de financiamento estão:

    – Pronaf ‘Agroindústria Custeio’ onde é possível financiar o custeio do beneficiamento e industrialização da produção, aquisição de insumos, matéria-prima, serviços de apoio à comercialização, financiamento da armazenagem e conservação de produtos.

    – Pronaf ‘Agroindústria Investimento’ é possível adquirir credito para o investimento em infraestrutura, incluindo a implantação de pequenas e médias agroindústrias, implantação de unidades centrais de apoio gerencial, ampliação, recuperação ou modernização de unidades agroindustriais e o uso de tecnologias de energia renovável.

    – Pronaf ‘Custeio’, que destina recursos para a compra de itens necessários para a rotina de produção. Com os recursos é possível adquirir fertilizantes, sementes, defensivos, medicamentos veterinários, ração, vacinas, e outros itens necessários para o dia a dia.

    – Pronaf ‘Mulher’, destinada para o financiamento individual ou coletivo de projetos ligados a construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes, máquinas, equipamentos, inclusive de irrigação, e implementos agrícolas e estruturas de armazenagem.

    Uma modalidade bastante diferenciada é o Pronaf ‘Jovem’, destinado ao atendimento de agricultores entre 16 e 29 anos, com acesso máximo de até R$ 16,5 mil para investimentos destinados à construção, reformas ou ampliações de benfeitorias e instalações na propriedade rural. Os recursos também podem ser aplicados na aquisição de máquinas, equipamentos e implementos, aquisição de matrizes, formação e recuperação de pastagens, proteção e correção do solo, aquisição de bens como tratores e embarcações, entre outras iniciativas. A taxa de juros é uma das menores nas linhas de credito do Pronaf, fixada em 2,5% a.a., e até 10 anos para quitação, com até 3 anos de carência.

  • Imea divulgou o novo relatório do custo de produção referente a estimativa de agosto para o milho de alta tecnologia em Mato Grosso

    Imea divulgou o novo relatório do custo de produção referente a estimativa de agosto para o milho de alta tecnologia em Mato Grosso

    Na última quinta-feira (12), o USDA divulgou o novo boletim mensal de oferta e demanda de milho mundial para a safra 19/20, ainda com a atenção voltada para a safra dos EUA. Assim, a produção mundial ficou estimada em 1.104,88 milhões de toneladas, um decréscimo de 0,30% ante à estimativa de agosto, fechando os estoques finais em 306,27 milhões de toneladas.

    Tal queda nas estimativas se deve, principalmente, à redução dos números dos EUA, em decorrência da piora nos índices das lavouras em condições boas e excelentes. Com isso, a produção norte-americana recuou 0,73%, que passa a ser de 350,52 milhões de toneladas, impac-tando, por sua vez, nos estoques finais para 55,62 milhões de toneladas.

    Mesmo com a redução na produção apontado pelo USDA, o mercado não apresentou grandes modificações e daqui pra frente as atenções se voltam para o próximo relatório referente ao mês de outubro, que será decisivo para o rumo da safra dos EUA.

    Confira os principais destaques do boletim:

    • O indicador para o preço de milho matogrossense ficou cotado a R$ 23,27/sc na semana passada, exibindo uma leve desvalorização de 0,03%, em decorrência da maior oferta de milho disponível no mercado.

    • As cotações na Bolsa de Chicago para o contrato dez/19 e jul/20 apresentaram valorização de 1,09% e 0,58%, respectivamente, acompanhando a tendência altista nas cotações da soja.

    • Apesar da queda no dólar e nos prêmios, a paridade de exportação para jul/20 apresentou uma alta de 1,80% impulsionada pelo aumento nas cotações da CME-Group.

    • Após registrar as maiores cotações no mês, o dólar volta a regredir ao atingir R$ 4,09/US$, pautado, principalmente, nas expectativas positivas quanto às discussões comerciais entre a China e os EUA.

    DÓLAR PESA SOBRE CUSTOS:

    O Imea divulgou o novo relatório do custo de produção referente a estimativa de agosto para o milho de alta tecnologia em Mato Grosso para a safra 19/20. Dessa forma, o custo operacional da safra apresentou um incremento de 11,84% em relação à 18/19, ficando em R$ 2.699,59 por hectare na média do estado.

    Tal aumento se deve à valorização da moeda norte-americana, que, consequentemente refletiu sobre o preço dos insumos, como os defensivos agrícolas que aumentaram 17,84% em relação ao ano passado.

    Vale ressaltar que, apesar da queda nos preços do cereal e da elevação do dólar, houve avanço nas negociações dos insumos para a próxima safra, restando menos da metade dos produtos a serem adquiridos.

    Dessa forma, com o incremento nas despesas do cereal, o produtor mato-grossense precisa estar atento ao comportamento do câmbio no mercado para travar os custos a um preço melhor e reduzir seus gastos dentro da porteira.

  • Produtor rural que está com dívida junto ao INDEA/MT pode renegociar pendências com descontos que chegam a 75%

    Produtor rural que está com dívida junto ao INDEA/MT pode renegociar pendências com descontos que chegam a 75%

    Produtores com dívidas com o Estado, originárias de multas aplicadas pelo INDEA/MT tem a oportunidade de quitar os seus débitos com descontos.

    O Programa Recuperação de Créditos do Estado de Mato Grosso (Regularize) teve início na última semana e segue até o dia 31 de dezembro de 2019.

    Os descontos em multas e juros poderão chegar a 75 % sobre o valor total da dívida, comentou o Supervisor da unidade do INDEA em Lucas do Rio Verde, Alberto Magno.

    WhatsApp Image 2019 09 16 at 15.58.49 1“Neste ano o Regularize está possibilitando aos produtores que estão com multas nas áreas vegetal (vazio sanitário, devolução de embalagens e registro de revenda) e animal (não vacinação ou comunicação de febre aftosa ou brucelose e saldos inconsistentes), em fim, todos os autos de infração que foram emitidos até 31 de dezembro de 2015, o produtor pode procurar o Indea para aderir ao Regularize”, comentou.

    “Para quem optar em fazer a quitação do auto de infração em parcela única, o desconto pode chega até 75%. Outra vantagem é que o produtor evita que os débitos vão para a Procuradoria Geral do Estado e seu nome vá para a dívida ativa. O Regularize quer incentivar essa recuperação de crédito, justamente para evitar que o produtor tenha algum tipo de restrição”, argumento Alberto.

    Mesmo se o auto de infração estiver em dívida ativa, o produtor poderá regularizar os débitos. Caso isso aconteça é necessário se dirigir a sede da Procuradoria Geral do Estado para pedir o requerimento.

    Se não estiver na dívida ativa, o produtor poderá procurar qualquer unidade do Indea em Mato Grosso para regularizar seus débitos.

  • Cerrado registra mais focos de queimadas do que a Amazônia nos primeiros dias de setembro

    Cerrado registra mais focos de queimadas do que a Amazônia nos primeiros dias de setembro

    O Cerrado registrou mais focos de queimadas nos primeiros dias de setembro do que a Amazônia, fenômeno inverso ao que foi visto durante o mês de agosto e desde o início do ano.

    Do dia 1º até esta segunda-feira (9), foram 7.304 focos no Cerrado, contra 6.200 na floresta amazônica. No acumulado ano ano, o bioma Amazônia acumula 53.023 focos contra 34.839 do Cerrado (veja gráficos abaixo).

    O fogo no Cerrado ocorre e se espalha mais facilmente do que na Amazônia devido às características do bioma, que é mais seco do que a floresta tropical. “No Cerrado, há árvores com uma casca supergrossa, quase uma cortiça. Essa casca serve para proteger o cerne da árvore do fogo. Se o fogo queimar a casca, ela é tão grossa que não deixa a chama, nem a alta temperatura, chegar no cerne da árvore”, diz a pesquisadora brasileira Erika Berenguer, da Universidade de Oxford.

    Nos últimos 30 dias (de 9 de agosto a 9 de setembro), a Amazônia registrou 30.245 focos, contra 17.438 do Cerrado. A tendência de crescimento das queimadas neste segundo bioma começou apenas na última semana do mês.

    Os dados são do banco do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram captados pelo satélite de referência Aqua.

    Amazônia concentra metade das queimadas em 2019

    Focos de calor no início de agosto e setembro de 2019 — Foto: Carolina Dantas/G1

    Esse aumento no número de focos no Cerrado não foi visto no mesmo período de 2018. De acordo com o climatologista Carlos Nobre, membro da Academia Brasileira de Ciências e ex-pesquisador do Inpe, o fato provavelmente está relacionado a uma onda de calor que afeta o bioma nos últimos dias.

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou um alerta de “Grande perigo” nesta terça-feira (10), que aponta risco para mais de 20 cidades do Mato Grosso, regiões do Cerrado. Há chance de a temperatura ficar pelo menos 5ºC acima da média nos próximos 5 dias.

    “O QUE ESTÁ ACONTECENDO SÃO DOIS FATORES: O CERRADO ESTÁ PASSANDO POR UMA RARA ONDA DE CALOR. É RARÍSSIMO ESTE TIPO DE ALERTA [DO INMET]. QUANDO VOCÊ TEM ESTE TIPO DE TEMPERATURA E UMA BAIXÍSSIMA UMIDADE, A SITUAÇÃO DO CERRADO FICA MUITO INFLAMÁVEL” – CARLOS NOBRE, CLIMATOLOGISTA

    De acordo com o pesquisador, há uma dinâmica no Cerrado. O bioma é adaptado ao fogo, mas não quando ele é aplicado em tamanha proporção pelos humanos. Existem árvores resistentes, mas não tão fortes a ponto de viver em um cenário tomado pelas queimadas.

    “O Cerrado tem aquelas árvores com a casca resistente ao fogo. Tem 60% a 70% de cobertura de árvores, e 30% a 40% de cobertura de gramíneas, e, quando chega, o fogo atinge só as gramíneas, que depois crescem de novo. O Cerrado evoluiu milhões de anos. Mas hoje colocamos fogo demais e ele ainda não está preparado”.

    Chuva

    Assim como Nobre, Alberto Setzer, pesquisador do Programa Queimadas, diz que o fogo no Cerrado, e também na Amazônia, é de causa humana – intencional ou acidental. Ele explica que a única causa natural de fogo são os raios, fenômeno que ocorre durante a temporada de chuva no bioma. Não é o caso do Cerrado no momento.

    Em uma análise dos dados do Inpe no início de setembro, constatou-se que ocorreu chuva em apenas em 176 dos 7.304 focos detectados pelo Aqua. O risco de fogo, previsto pelo instituto, era considerado crítico em 4.259 pontos de calor encontrados pelo satélite.

    Os pesquisadores apontam que o calor e o tempo seco ajudam a “espalhar” o fogo, mas não a “criar” novos focos. O G1 mostrou em outra reportagem que a Amazônia apresentou neste ano os mais altos índices de chuva e de queimadas dos últimos quatro anos.

  • Governo de Mato Grosso decreta situação de emergência devido à estiagem e queimadas

    Governo de Mato Grosso decreta situação de emergência devido à estiagem e queimadas

    O governador Mauro Mendes assinou, nesta segunda-feira (9), o decreto de situação de emergência no âmbito do Estado, em decorrência dos incêndios florestais.

    A motivação para decretar a situação é pelo aumento no número de queimadas e pelas condições climáticas propiciarem a propagação do fogo.

    Além disso, para os próximos 20 dias, não há previsão de chuvas para Mato Grosso, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia.

    Com a medida, o governo está autorizado a adotar ações necessárias à prevenção e combate aos incêndios e à manutenção dos serviços públicos nas áreas atingidas pelas queimadas.

    Pelo decreto está autorizada, entre outras medidas, a aquisição de bens e materiais mediante dispensa de licitação, conforme preceitua o artigo 24, IV, da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, respeitados os requisitos constantes do artigo 26 da mesma lei, entre outros. O decreto tem duração de 60 dias podendo ser prorrogado por igual período.

    De acordo com os dados oficiais, Mato Grosso registrou 8.030 focos de calor em agosto deste ano, um crescimento de 230% em relação ao mesmo período de 2018, tendo como base, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

    Além disso, outro fator que agrava ainda mais essa situação é que o Estado passa por um período de estiagem de 4 meses, em diversas regiões, como é o caso do Vale do Rio Cuiabá.

    Somado a isso, há o registro de baixa umidade relativa do ar no período, variando entre 7% e 20%, situação que é considerada crítica e que aumenta o risco de incêndios florestais, danos a saúde, sobretudo de jovens e idosos.

    Todas essas condições têm causado danos ambientais e materiais, agravando à saúde da população e trazendo prejuízos econômicos e sociais.

  • Assembleia Legislativa resolveu avaliar melhor projeto de lei que proíbe o transporte de peixes em MT

    Assembleia Legislativa resolveu avaliar melhor projeto de lei que proíbe o transporte de peixes em MT

    Foi definido ontem, quarta-feira (4), durante sessão ordinária, os nomes dos parlamentares que vão compor a Comissão Especial para discutir o Projeto de Lei nº 668/2019, que trata da Política Estadual de Desenvolvimento Sustentável da Pesca, e regula as atividades pesqueiras nos rios de Mato Grosso, mais conhecido como “Cota Zero”.

    De acordo com Botelho, inicialmente seriam indicados cinco nomes para a comissão, mas foram confirmados sete parlamentares. A comissão deve formalizar um calendário para debater o projeto de lei com todos os segmentos envolvidos com a atividade pesqueira em Mato Grosso. “A comissão deve visitar os estados de Goiás e Mato Grosso de Sul e, depois disso apresentar um projeto alternativo ao que foi apresentado pelo governo”, afirmou Botelho.

    Os nomes confirmados pela Mesa Diretora para a Comissão Especial são: Wilson Santos (PSDB), Ondanir Bortolini – Nininho (PSD), Janaína Riva (MDB), Dr. Eugênio (PSB), Dilmar Dal Bosco (DEM), Elizeu Nascimento (DC) e Paulo Araújo (PP).

    O deputado Wilson Santos afirmou que os membros da comissão vão visitar os municípios de Campo Grande, Corumbá e Miranda, todos no estado de Mato Grosso do Sul, nos dias 16 e 17 de setembro. “Lá vamos conversar com pescadores, autoridades políticas, com empresários e cientistas ligados à atividade pesqueira”, disse Santos.

    O parlamentar disse que a visita a Mato Grosso do Sul é porque nesse estado já existe uma lei similar em vigor. Segundo Santos, a “Cota Zero” foi implantada em fevereiro de 2019.  “A lei já está no oitavo mês. Nessas cidades, a comissão vai saber como está se comportando a econômica local”, observou Santos.

    Santos acredita que no final das discussões será construído um projeto de lei que esteja em consenso com todos os envolvidos com a atividade pesqueira. “O projeto do governo é muito radical em alguns pontos. A comissão tem a chance de arredondar o projeto, e em dezembro apresentar uma proposta consensual”, explicou o parlamentar.

    Questionado se a matéria original do governo será aprovada na comissão ou no Plenário das Deliberações, Santos afirmou que “o presidente Botelho não vota o projeto como está. A proposta do governo autoriza o pescador a retirar do rio 150 quilos de pescado por semana e, mas ele não pode transportar o peixe. Tem que comer o pescado no barranco do rio. Isso é um absurdo, que precisa ser corrigido”, respondeu Santos.

  • Território indígena em MT tem pico de queimadas após fiscalização

    Território indígena em MT tem pico de queimadas após fiscalização

    Quarenta e seis focos de queimadas foram registrados no sábado (31) em Areões, território indígena em Mato Grosso, pelo Instituto Nacional de Pesquisa Especiais (Inpe). O número representa um pico na série registrada pelo instituto ao longo do ano e foi verificado três dias depois de uma operação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal (PF) para identificar os responsáveis pelo fogo que já tinha destruído 219 mil hectares das áreas protegidas na região.

    Desde 28 de agosto, quando a operação foi deflagrada e o governo proibiu queimadas no Brasil, foram 89 focos de queimadas registrados. Esses focos foram captados pelo Inpe por meio do satélite de referência Aqua em leituras realizadas entre a quarta e às 13h55 de segunda-feira (2).

    Neste ano, os focos de queimadas nos territórios indígenas Areões, Areões I e Areões II começaram em 11 de maio. Antes do pico verificado no sábado, a maior medição apontava 20 focos na segunda-feira (26), dois dias antes da operação do Ibama e da PF.

    De acordo com o Ibama, na terra indígena vivem cerca de 1,5 mil índios da etnia Xavante. Ela foi o primeiro alvo da operação batizada de Siriema. Os agentes flagraram movimentação de caminhões e tratores dentro da área. Árvores foram encontradas cortadas na terra indígena.

    Desde o início da ação, as terras vizinhas, Areões I e Areões II, apresentaram queda no número de queimadas. Três focos foram detectados pelo Aqua. Entre os dias anteriores, de 22 a 27, havia 18 focos nestes locais, de acordo com os dados do Programa Queimadas do Inpe.

    Analisando os dados, também é possível obter as informações dos nove satélites do sistema do Inpe. Considerando todas as medições feitas por eles, o número é maior: desde o dia 28, seriam 1.470 focos em Aerões.

    Este número é mais alto porque os outros satélites podem detectar focos menores e também pode haver duplicidade em alguns pontos. Por isso, o Inpe aconselha que comparações históricas ou entre períodos utilizem apenas os dados do satélite de referência, o Aqua.

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    Fogo na Terra Indígena Arões em Mato Grosso — Foto: Ibama
  • Secretaria de Agricultura pretende reativar agroindústria na comunidade 30 de Novembro

    Secretaria de Agricultura pretende reativar agroindústria na comunidade 30 de Novembro

    A Prefeitura Municipal  de Lucas do Rio Verde por meio da Secretaria de Agricultura, deverá reativar nos próximos dias a Agroindústria Comunitária Familiar da Comunidade 30 de Novembro. A sala de manipulação é equipada para o manuseio e processamento de alimentos para comercialização.

    Inaugura em junho de 2016, a agroindústria está desativada, já algum tempo. A sala fica localizada na chácara 14 e deveria estar sendo utilizada pelas 30 famílias que compõem o assentamento 30 de Novembro.

    Não pode ficar parada

    De acordo com o secretário Marcio Albieri, a administração da agroindústria é de responsabilidade da associação dos chacareiros da comunidade.
    Estamos agora fazendo o licenciamento ambiental e do alvará da vigilância sanitária. Nossa equipe técnica juntamente com a Empaer (Empresa Matogrossense de pesquisa, Assistência e Extensão Rural) está dando todo suporte para que o alvará seja retirado e assim, os produtores possam colocar essa agroindústria para funcionar. É uma obra que foi feita com muito carinho e não pode ficar parada”, destacou Albieri.

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    Foto CenárioMT/João Ricardo

    A agroindústria possui 64,68 metros quadrados e conta com mesa de lavagem de hortaliças, mesa de manipulação, máquina seladora, balança eletrônica, dois tachos, moedor de cana, baldes, conchas, carrinho para tacho, despolpadeira, fogão industrial, dentre outros utensílios.

    A sala poderá ser utilizada para manipulação de hortaliças e vegetais (lavar, descascar e embalar), para fabricação de melado, açúcar mascavo, rapadura, geleias, polpas para sucos e produtos de panificação.