Categoria: CENÁRIO AGRO

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  • CNA apresenta identificação de bovinos e búfalos na ExpoZebu

    CNA apresenta identificação de bovinos e búfalos na ExpoZebu

    A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na última semana de reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), realizada durante a ExpoZebu, em Uberaba (MG).

    O presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Francisco de Castro, representou a entidade no encontro promovido pela Faemg. Na ocasião, ele explicou como se deu a construção do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), lançado no fim de 2023.

    “A CNA esteve presente nas etapas de discussão e deliberação do PNIB, contribuindo com propostas e dando destaque à necessidade de um modelo que atenda às realidades do campo e fortaleça o controle sanitário”, afirmou.

    O plano prevê um período de transição de oito anos para implementação total do sistema, dividido em três etapas. Nos dois primeiros anos, o foco será na estruturação do sistema.

    Os três anos seguintes irão contemplar a obrigatoriedade para fêmeas vacinadas contra brucelose e animais que participam de protocolos de rastreabilidade. E, por fim, a obrigatoriedade se estenderá a todas as demais categorias.

    Francisco destacou que a rastreabilidade individual é uma ferramenta estratégica para ampliar o acesso a mercados internacionais, garantir a segurança sanitária e gerar mais confiança ao consumidor.

    “É fundamental que esse período de transição seja utilizado para informar, orientar e engajar os produtores, com ações coordenadas de comunicação e capacitação”, reforçou.

    Para a CNA, o PNIB representa um avanço importante para a pecuária nacional, ao promover maior transparência, rastreabilidade e competitividade à cadeia da carne bovina.

  • Agrishow 2025 alcança R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios

    Agrishow 2025 alcança R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios

    A 30ª edição da Agrishow encerrou na sexta-feira (02), em Ribeirão Preto (SP). Neste ano, em edição comemorativa, alcançou volume recorde em intenções de negócios, especificamente no setor de máquinas e implementos agrícolas.

    No total foram registrados R$ 14,6 bilhões com o aumento de 7% em relação à 2024, ano em que chegou a R$ 13,6 bilhões de intenções de negócios.

    João Carlos Marchesan, presidente da feira, reforça que só será possível a concretização desse volume de negócios com um plano Safra robusto e juros compatíveis à necessidade do setor.

    A Feira Agrishow também bateu recorde no número de visitantes. Este ano, registrou 197 mil visitas, inclusive os ingressos online se esgotaram na maioria dos dias do evento.

    Destaque entre os expositores foram as soluções em inteligência artificial, assim como a presença de expositores e visitantes da agricultura familiar.

    Pequenos, médios e grandes produtores rurais mostraram, mais uma vez por meio da Agrishow, que a tecnologia agrícola é feita para todos pertencentes ao agronegócio.

    Em 2026, a Agrishow acontece entre 27 de abril e 1º de maio.

  • Novos acessos de grão-de-bico reforçam Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa

    Novos acessos de grão-de-bico reforçam Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa

    Desde março último, o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de grão-de-bico da Embrapa Hortaliças passou a contar com um expressivo reforço representado pela chegada de 500 acessos da leguminosa, provenientes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – Serviço de Pesquisa Agrícola (USDA-ARS), envolvendo a Rede de Informações sobre Recursos de Germoplasma (Germplasm Resources Information Network-GRIN).

    As tratativas iniciadas em 2019 e que resultaram na recente entrega dos acessos estão em consonância com o projeto aprovado no Sistema Embrapa de Gestão (SEG) que trata de Bancos Ativos de Germoplasma de Oleaginosas, Fibrosas e Leguminosas. Assina o projeto o pesquisador Warley Nascimento, coordenador dos trabalhos de melhoramento genético de pulses na Embrapa Hortaliças, que têm no grão-de-bico um dos principais ativos, a partir do acervo de recursos genéticos com valor agregado da leguminosa.

    De acordo com Nascimento, o reforço proporcionado pelos novos acessos de grão-de-bico deverá se refletir na ampliação e organização dos acervos de recursos genéticos da leguminosa. A ideia, segundo ele, é reunir informações sobre a procedência, introdução, multiplicação, identificação, caracterização e disponibilização desses acessos, após o devido registro na Plataforma Alelo.

    “Para atender às demandas atuais e futuras fazem-se necessários repositórios de germoplasma com ampla variabilidade genética com valor agregado, de genes e de produtos de sua expressão para serem disponibilizados para a pesquisa científica e tecnológica”, observa Nascimento.

    Processo

    grao de bico

    A caracterização e a avaliação da coleção serão realizadas a partir de descritores morfológicos e agronômicos, ou seja, com a identificação das características botânicas – produtividade, tamanho e coloração do grão, precocidade e porte, entre outras – possibilitando a identificação de grupos de acesso com características de interesse científico e tecnológico. “Esse trabalho tem como objetivo geral enriquecer, conservar, caracterizar, documentar, divulgar e disponibilizar os acessos a essa leguminosa com vistas a valorizar e utilizar os recursos genéticos e sua disponibilidade estratégica para o Brasil”, resume o pesquisador.

    O processo de intercâmbio de recursos genéticos foi conduzido pela analista Danielle Biscaia, que atua na área de pesquisa e de transferência de tecnologia da Embrapa Hortaliças. Segundo ela, diversas equipes da Embrapa foram envolvidas em diferentes etapas: “Além da Embrapa Hortaliças, tivemos a participação da Coordenação Técnica do Sistema de Curadorias de Germoplasma (CTSC), do Núcleo de Intercâmbio de Germoplasma (NIG), do Núcleo de Gestão da Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal (NEQGV) e da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)”.

    Bag-Vegetal

    Unidade conservadora de material genético para uso imediato ou com potencial de uso futuro, o Banco Ativo de Germoplasma Vegetal é definido como um conjunto de acessos conservado em campo, telados, na forma de sementes em câmaras frias, por técnicas de cultura de tecidos de onde se originam os materiais para intercâmbio e pesquisa.

  • Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado de Mato Grosso tem produção estimada em 97,38 milhões de toneladas de soja e milho na safra 24/25, volume que o mantém como o maior produtor agrícola do país, responsável por 30,75% da produção nacional. No entanto, essa força produtiva esbarra em um gargalo estrutural que compromete o desenvolvimento do setor nos próximos anos, a armazenagem. Com capacidade estática, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de armazenar 52,29 milhões de toneladas, o Imea aponta um déficit de 45,10 milhões de toneladas.

    Nos últimos 10 anos, dados da Conab indicam que a produção estadual aumentou em 51,6 milhões de toneladas, enquanto a capacidade de armazenagem saiu de 37,82 milhões de toneladas em 2015 (safra 13/14), para 52,29 milhões em 2025 (safra 23/24), um crescimento que não acompanha a evolução do volume de grãos produzidos. Considerando a expectativa de aumento de produção, o IMEA aponta que será necessário ampliar em 177,13% a capacidade de armazenagem até 2034, caso contrário, o déficit de armazenagem poderá ser 71,87% maior que o projetado para 2025, chegando a 77,51 milhões de toneladas.

    Para o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Luiz Pedro Bier, este problema afeta não apenas a logística, mas também a segurança econômica e estratégica do Estado. Ele lembra que a concentração do escoamento nos primeiros meses do ano gera sobrecarga nas rodovias e nos portos, com aumento do custo do frete e perda de competitividade.

    “A grande maioria dos armazéns estão nas mãos de tradings e a gente precisa que esse armazém esteja na mão do produtor. Nós precisamos de linhas de financiamentos menos burocratizadas e com juros mais acessíveis. A questão da armazenagem de grãos é uma questão econômica muito importante, mas também é uma questão de soberania nacional ter o controle do próprio grão”, afirma.

    Desde 2021, a campanha Armazém para Todos tem orientado produtores de todo o estado, como Rosana Balbieri Leal, de Primavera do Leste, que estava enfrentando dificuldades para ampliar o armazém que tinha em sua fazenda. Ela conta que através do simulador disponibilizado pela entidade, conseguiu calcular a viabilidade, considerando o volume de produção, a distância da propriedade, média de frete e até descontos por umidade.

    “Começamos a mexer na plataforma e vimos que o armazém se pagava em dois ou três anos, devido à quantidade de frete e ao que perdia de desconto com umidade. Aumentamos o armazém para mais 160 mil sacas, totalizando 185 mil sacas. Depois de dois anos ele ficou pequeno, daí fizemos mais um silo de 100 mil sacas. Então, hoje, tem capacidade para quase 285 mil sacas de grãos, que é o suficiente para você fazer um giro legal e sair do momento crítico de preço de frete ou de questões de umidade. Você consegue colher, jogar no seu pulmão e voltar. E essa conta, hoje, em 2025, se fecha, pois ele está praticamente pago”, relata Rosana.

    A agricultora ressalta que ter uma estrutura de armazenagem é um grande diferencial. “Quando você tem um armazém, você é dono do seu produto e consegue fazer um planejamento melhor dessa comercialização. A que hora vou vender e a hora que eu não vou vender, essas decisões começam a ser suas, você sai do mercado de soja disponível e entra no mercado de soja que está tendo balcão”, acrescenta.

    O delegado do núcleo de Campos de Júlio, Ivo Frohlich Junior, também construiu estrutura própria e já conseguiu armazenar os grãos da safra 24/25 para garantir melhores contratos de comercialização. “A gente depositava a nossa soja na trading e no ano passado, a soja chegou em R$ 160 reais a saca na nossa região, sendo que nas tradings estavam pagando em torno de R$ 100 até R$ 110 reais, ou seja, tinha papel e não tinha grão, já hoje o que nós temos é a valorização do grão”, conta.

    Segundo o produtor, o armazém foi feito para atender a primeira safra e, portanto, continuará utilizando silo bolsa para armazenagem da segunda safra. “A soja a gente sabe que o custo desse armazenamento é um pouco elevado. Então, com isso, a gente fez a estrutura somente para a soja”, enfatiza.

    Diante da dificuldade de financiar armazéns próprios, muitos produtores avaliam a construção de armazém através de cooperativa ou em condomínio com outros produtores. “Temos muitos pequenos produtores que são os principais prejudicados e eu acredito que nós temos que unir esses pequenos produtores para eles montarem uma unidade. Nós já temos em nossa região um caso parecido, de cinco a seis produtores que se uniram e compraram uma unidade de beneficiamento, no caso, de armazenagem. Eles se uniram, produtores com 200, 300 hectares, e essa unidade já está rodando pelo segundo ano consecutivo”, afirma Junior.

    Por meio da Comissão de Política Agrícola, a Aprosoja Mato Grosso continuará em busca de políticas públicas e de campanhas orientativas que incentivem a construção de silos em propriedades de pequeno e médio porte, para ampliar a capacidade de armazenamento no estado. Armazéns próprios ou em condomínio, representam uma estratégia importante para os agricultores, pois permite a comercialização da produção em momentos oportunos. Além disso, oferecem maior segurança diante de adversidades climáticas durante a colheita, fortalecem a segurança alimentar e contribuem para a soberania nacional.

  • Infestação de praga causa grandes prejuízos em plantações de mandioca no Tocantins

    Infestação de praga causa grandes prejuízos em plantações de mandioca no Tocantins

    Depois da vassoura-de-bruxa na mandioca provocar estado de emergência fitossanitária no Pará e no Amapá, agora, uma praga secundária, que até então não causava maiores problemas nas lavouras, tornou-se a principal preocupação dos mandiocultores no Tocantins. A chamada mosca-das-galhas da mandioca (Jatrophobia brasiliensis) está ocorrendo em altas infestações e, em alguns casos, acarretando perdas de até 100% em plantios novos do tubérculo no Tocantins e em outras regiões do país. A Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) está dando suporte aos extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e produtores da região.

    O manejo integrado de pragas (MIP) deve ser empregado com estratégia de controle, utilizando os métodos de controle de forma integrada, incluindo, em último caso, a aplicação de defensivos químicos. Pesquisadores e produtores ainda estão realizando experimentos e testes de produtos químicos e biológicos para combater a praga, sobre a qual praticamente não há estudos a respeito.

    Cristiano Barros, que planta mandioca no Polo de Fruticultura Irrigada São João, é um dos mandiocultores atingidos. “No final do ano passado, quando fizemos o plantio, ela apareceu, mas achamos que era como todos os anos, algo pontual aqui e ali, sem causar prejuízos. Entraram as festas de fim de ano e não demos muita atenção. Quando fomos ver, ela se instalou de uma maneira que precisamos gradear (passar a máquina, destruindo a plantação) e plantar tudo de novo”, lamenta ele.

    Morte de plantas jovens

    Segundo o entomologista Daniel Fragoso, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, os danos às plantas são causados pelas larvas, que se alimentam dos tecidos internos do vegetal. Quando atacadas, as plantas reagem formando galhas ou verrugas – estruturas que comprometem a fotossíntese e o vigor da planta.

    Como resultado, acontece a paralização do crescimento, perda da produtividade e, em casos severos, morte de plantas jovens. “Trata-se de pequenas moscas de coloração amarela que depositam ovos nas folhas, onde as larvas eclodem e começam a se alimentar do tecido foliar. A planta reage e forma as galhas ou verrugas”, explica ele.

    Algumas hipóteses estão sendo levantadas para justificar o surto. Entre elas, o maior uso de inseticidas para o combate à mosca branca na safra passada, que poderia ter reduzido a população de  parasitoides, que são agentes de controle biológico da mosca-das-galhas  da mosca-das-galhas da mandioca neste ano.

    Com a troca de informações entre pesquisadores da Embrapa e produtores, estão sendo realizados estudos e análises sobre formas mais eficazes de combate à praga. “A identificação precoce e o monitoramento são essenciais para o manejo”, destaca Fragoso.

    No contexto do manejo integrado de pragas (MIP), recomenda-se o plantio no período seco em áreas que possuem sistemas de irrigação; uso de cultivares resistentes (Maniçobeira, Jari e Santa Bárbara) nas bordaduras, eliminação de restos culturais, catação e destruição das folhas com alta infestação, rotação de culturas e práticas que favoreçam o controle biológico natural por inimigos naturais, como parasitóides.

    “Em casos de alta infestação, o controle químico é necessário, com critério técnico e rotatividade de ingredientes ativos, para evitar o desenvolvimento de resistência aos produtos usados”, ressalta Fragoso. “O manejo integrado de pragas visa o equilíbrio entre técnicas e medidas eficazes de controle, garantindo a produtividade com sustentabilidade nos sistemas produtivos”.

  • Produtores devem declarar estoque de rebanho até 10 de junho, alerta INDEA

    Produtores devem declarar estoque de rebanho até 10 de junho, alerta INDEA

    Teve início no dia 1º de maio a campanha de comunicação de estoque de rebanhos em Mato Grosso. O prazo segue até 10 de junho, e todos os pecuaristas do estado estão obrigados a informar os dados atualizados de seus animais ao INDEA (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso). A medida, segundo o médico veterinário Clodomiro Reverdito, responsável pela unidade local em Lucas do Rio Verde, é fundamental para garantir o controle sanitário e a rastreabilidade do rebanho, especialmente após o fim da vacinação contra a febre aftosa.

    “Essa é a primeira campanha de 2025. Temos duas ao longo do ano: uma em maio e outra em novembro. O produtor precisa comparecer ao INDEA munido das quantidades atualizadas de animais em cada categoria e faixa etária, além de informar sobre outras espécies como suínos e aves”, explicou Clodomiro. A comunicação também pode ser feita de forma online, por meio do Módulo do Produtor, ferramenta que permite registrar nascimentos, mortes, evolução etária e demais informações exigidas.

    O não cumprimento dos prazos acarreta restrições e penalidades. A partir de 8 de maio, propriedades que não tiverem feito a declaração serão bloqueadas para emissão de GTA (Guia de Trânsito Animal), ficando autorizadas apenas a emissão para abate. “Assim que o produtor regulariza, o sistema libera novamente para venda ou movimentação dos animais”, detalha.

    Segundo o veterinário, a comunicação correta e no prazo é essencial para que o INDEA tenha um mapa preciso do rebanho bovino mato-grossense, que atualmente é estimado em cerca de 33 milhões de cabeças. “Se houver qualquer suspeita sanitária, precisamos saber onde estão os animais e qual o volume envolvido para mitigar riscos com rapidez. Isso se tornou ainda mais importante com o status de área livre de aftosa sem vacinação”, completou.

    Além das restrições no sistema, o produtor que não declarar seu estoque dentro do prazo está sujeito a multa de 27 UPFs, o que hoje representa cerca de R$ 6.700. E mesmo com a penalidade, a obrigação de declarar continua. “É um ato simples. O produtor tem a informação, só precisa comunicar. É inadmissível não fazê-lo com um prazo tão extenso de 40 dias. Quem não cumpre, além de ser punido, ainda precisa regularizar do mesmo jeito”, finalizou Clodomiro.

    Na última campanha realizada pelo Indea, em novembro de 2024, houve o envolvimento de 109.900 estabelecimentos rurais, sendo 109.651 estabelecimentos com bovinos, 315 com aves comerciais e 105 contendo suínos tecnificados. A última campanha também apontou a existência de 32,8 milhões de bovinos, 37,2 milhões de galinhas comerciais e 1,7 milhão de suínos tecnificados.

  • PGR é contra suspensão de estudos da Ferrogrão e vê respeito às exigências do STF

    PGR é contra suspensão de estudos da Ferrogrão e vê respeito às exigências do STF

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra o pedido do Psol para que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda novamente os estudos da ferrovia Ferrogrão (EF-170), que ligará Sinop (MT) a Miritituba (PA). Em manifestação oficial, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o governo federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estão respeitando os limites determinados pela Corte em relação à área do Parque Nacional do Jamanxim, situado nos municípios paraenses de Itaituba e Trairão.

    Segundo Gonet, até o momento não há evidências de descumprimento da decisão judicial que suspendeu o projeto em 2021. A PGR argumenta que os estudos de viabilidade estão em fase inicial e que a sociedade tem sido ouvida por meio de grupos de trabalho (GTs) criados especificamente para discutir o traçado da ferrovia. O procurador também destacou que o projeto foi ajustado para seguir o eixo da BR-163, afastando-se de áreas protegidas.

    A manifestação da PGR contesta as alegações do Psol e de organizações indígenas, que sustentam que não houve diálogo efetivo com a sociedade civil e os povos tradicionais. Eles afirmam ainda que a ANTT estaria preparando um leilão em desrespeito à decisão cautelar do STF, sem apresentar alternativas de traçado que evitassem o Parque Nacional do Jamanxim.

    No entanto, a PGR reforça que não há leilão previsto, e que o projeto está restrito à fase de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o que, na avaliação do órgão, não configura descumprimento da decisão judicial vigente.

    A decisão final sobre o futuro da Ferrogrão continua nas mãos do Supremo, que ainda deve analisar o mérito da ação que questiona a legalidade do traçado sobre áreas protegidas da Amazônia. Enquanto isso, o debate sobre desenvolvimento logístico e preservação ambiental permanece no centro das atenções.

  • Fundação MT promove 25ª Encontro Técnico de Soja com foco na constante evolução da agricultura

    Fundação MT promove 25ª Encontro Técnico de Soja com foco na constante evolução da agricultura

    O crescimento expressivo da cultura da soja tem forte ligação com os avanços da pesquisa científica, que elevaram os padrões de produtividade nas lavouras. Com o tema “A soja em constante evolução”, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), referência em geração de conhecimento para o setor, realiza a 25ª edição do Encontro Técnico de Soja.

    O evento, que será em Cuiabá, entre os dias 13 e 15 de maio, celebra duas décadas e meia de contribuições da pesquisa para a agricultura brasileira, especialmente desenvolvida pela Fundação MT em áreas de Cerrado. Em 25 safras, de acordo com dados da Conab, Mato Grosso expandiu sua área plantada de soja de 3,2 milhões para mais de 12,7 milhões de hectares, enquanto a produtividade média das lavouras saltou de 51 para 65 sacas por hectare.

    “Para atingir esses patamares, a informação técnica, imparcial e confiável da Fundação MT, por meio da realização dos Encontros Técnicos de Soja, contribuiu de forma significativa”, destaca Luis Carlos de Oliveira, gestor comercial e de marketing da Fundação MT. “Tivemos vários desafios nesse período, como: surgimento da ferrugem da soja, a evolução da mancha-alvo, expansão da problemática dos nematoides. Os resultados de pesquisa gerados pela Fundação MT ajudaram os produtores nas melhores tomadas de decisão e no enfrentamento de doenças e pragas no campo”, analisa.

    O XXV Encontro Técnico da Soja será realizado na sede da FATEC/SENAI, em Cuiabá, com programação voltada a produtores rurais, técnicos, agrônomos, pesquisadores e representantes da agroindústria. As inscrições estão abertas para participação presencial ou virtual, no site: www.fundacaomt.com.br.

    Destaques da programação

    Entre os temas mais aguardados desta edição está a análise dos impactos geopolíticos sobre o setor agropecuário. O painel de abertura trará o tema “O cenário atual e tendências globais para o agro”, com a presença do sócio-diretor da Agroconsult, André Debastiani, e dos produtores rurais Odílio Balbinotti Filho e Marcelo Vendrame — este último, presidente do conselho curador da Fundação MT.

    O encerramento também terá enfoque global com o painel “Geopolítica no Agro – riscos e oportunidades”, conduzido pelo professor da Escola de Negócios da Universidade de São Paulo (FEARP/USP), PhD. Marcos Fava Neves.

    Pesquisadores da Fundação MT e especialistas convidados vão apresentar resultados de estudos recentes, abordando temas como o manejo de plantas daninhas de difícil controle, como caruru e pé-de-galinha, uso de nitrogênio nos sistemas produtivos do cerrado, alternativas para conviver com os fitonematoides e as principais tendências no manejo de pragas e doenças na soja.

    Um momento importante e tradicional na programação dos Encontros Técnicos de Soja é o painel “Retrospectiva da Safra 2024/25”, com relatos de produtores de diversas regiões de Mato Grosso.   “O painel com a presença de agricultores reforça a importância da participação dos produtores rurais em um grande evento como esse: são produtores falando de suas vivências para outros produtores. Assim, a Fundação Mato Grosso traz, mais uma vez, uma programação robusta e muito focada nos principais desafios encontrados na última safra e ainda, com as perspectivas que merecem atenção para a próxima temporada”, acrescenta Luis Carlos de Oliveira.

    A programação completa do XXV Encontro Técnico de Soja pode ser acessada no site: fundacaomt.com.br/eventos/25o-encontro-tecnico-de-soja-5a6b

  • Dia de luta e de celebração pelas conquistas nas cidades e no campo

    Dia de luta e de celebração pelas conquistas nas cidades e no campo

    Marcado por celebrações intensas realizadas pelos movimentos sindicais e sociais na busca de direitos, o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, não apenas elenca uma série de conquistas, mas também reforça as demandas por justiça social, melhores condições de vida e igualdade de direitos. Esses princípios também se estendem ao campo, já que, no próximo dia 25, comemora-se o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural.

    As datas expressam o reconhecimento da importância do trabalho, seja no meio urbano ou rural. Ao mesmo tempo em que o dia 1º valoriza a contribuição dos trabalhadores urbanos para a sociedade, o dia 25 simboliza uma data expressiva aos trabalhadores rurais desempenham um papel importante para a segurança alimentar no país, produzindo boa parte dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros.

    Do campo à mesa

    Especificamente na agricultura familiar, são 10,1 milhões de trabalhadoras e trabalhadores rurais que garantem alimentos como leite, arroz, feijão, legumes, verduras e frutas às mesas dos brasileiros. O dado é do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023.

    Todo o processo que antecede o consumo envolve esforço e reflete o trabalho árduo de mulheres e homens que fazem do trabalho no campo o alicerce da produção de alimentos no Brasil.

  • 19º Circuito Aprosoja MT traz Sérgio Sacani como palestrante para percorrer 33 municípios em Mato Grosso

    19º Circuito Aprosoja MT traz Sérgio Sacani como palestrante para percorrer 33 municípios em Mato Grosso

    A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) dará início, no dia 5 de maio, ao 19º Circuito Aprosoja. Neste ano, o evento contará com a presença do geofísico, divulgador científico e criador do canal Space Today, Sérgio Sacani, como palestrante em todas as etapas do Circuito.

    Com o objetivo de integrar ciência, tecnologia, sustentabilidade e o agronegócio, o Circuito vai percorrer 32 núcleos da entidade levando informação de qualidade. Durante o mês de maio, as regiões Sul e Norte do estado recebem a programação, enquanto as regiões Oeste e Leste serão em junho. O encerramento acontece no dia 24 de junho, em Cuiabá.

    Sacani é graduado em Geofísica pela Universidade de São Paulo (USP), possui mestrado em Ciências e Engenharia do Petróleo, e doutorado em Geociências pela Universidade de Campinas (Unicamp). Sendo idealizador do podcast Ciência sem Fim e criador do canal Space Today, sua participação promete aproximar ainda mais os produtores rurais das novidades do universo científico, ao conectar o dia a dia do campo à cidade.

    Ao longo de quatro semanas, o Circuito promoverá trocas de experiências, reflexões e atualização técnica sobre o futuro da produção agrícola, reafirmando o compromisso da Aprosoja Mato Grosso com a sustentabilidade e o fortalecimento do setor.

    Confira as datas e cidades:

    Região Sul – de 05 a 10 de maio

    05/05 – Alto taquari, às 18h30

    06/05 – Alto Garças, às 8h30 | Rondonópolis, às 18h30

    07/05 – Jaciara, às 18h30

    08/05 – Campo Verde, às 18h30

    09/05 – Primavera do Leste, às 18h30

    10/05 – Paranatinga, às 8h30

    Região Norte – de 18 a 23 de maio

    18/05 – Alta Floresta, às 8h30 | Marcelândia, às 18h30

    19/05 – Cláudia, às 8h30 | Sinop, às 18h30

    20/05 – Vera, às 8h30 | Sorriso, às18h30

    21/05 – Ipiranga do Norte, às 8h30 | Tapurah, às 18h30

    22/05 – Porto dos Gaúchos, às 8h30 | Lucas do Rio Verde, às 18h30

    23/05 – Nova Mutum, às 18h30

    Região Oeste – de 01 a 07 de junho

    01/06 – Comodoro, às 18h30

    02/06 – Campos de Júlio, às 18h30

    03/06 – Sapezal, às 8h30 | Campo Novo do Parecis, às 18h30

    04/06 – Nova Maringá, às 18h30

    05/06 – São José do Rio Claro, às 18h30

    06/06 – Diamantino, às 18h30

    07/06 – Tangará da Serra, às 8h30

    Região Leste – de 09 a 14 de junho

    09/06 – Gaúcha do Norte, às 18h30

    10/06 – Canarana, às 18h30

    11/06 – Querência, às 18h30

    12/06 – Porto Alegre do Norte, às 18h30

    13/06 – Água Boa, às 18h30

    14/06 – Nova Xavantina, às 8h30