Um vídeo curioso está fazendo sucesso nas redes sociais ao mostrar uma serpente aparentemente retribuindo um carinho de sua tutora, que até mesmo lhe dá um beijo! Mas será que cobras podem realmente sentir e demonstrar afeto?
O biólogo Henrique Abrahão, conhecido como “O Biólogo das Cobras”, entrou em cena para esclarecer o mistério por trás da famosa “serpente carinhosa“.
Segundo o especialista, o que parece um gesto de afeto é, na verdade, um comportamento natural do réptil, que pode estar explorando o ambiente, sentindo odores ou até mesmo interpretando o toque como parte de seu instinto de defesa.
Apesar de muitas espécies serem dóceis e acostumadas ao contato humano, as cobras não possuem sentimentos da mesma forma que mamíferos, já que seus cérebros são estruturados de maneira diferente.
O Beijo da serpente: o que realmente acontece no vídeo viral?
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As serpentes brasileiras: fascinantes e diversificadas
O Brasil abriga uma das maiores diversidades de serpentes do mundo, com espécies que vão desde as inofensivas até as mais venenosas. Algumas das mais conhecidas incluem:
– **Jiboia (Boa constrictor)** – Uma das mais populares entre criadores, essa serpente não peçonhenta usa a constrição para capturar suas presas.
– **Sucuri (Eunectes murinus)** – A famosa anaconda sul-americana, considerada uma das maiores serpentes do mundo, é uma exímia nadadora e predadora de emboscada.
– **Cascavel (Crotalus durissus)** – Reconhecida pelo seu chocalho na cauda, essa serpente peçonhenta avisa antes de atacar, mas sua picada pode ser perigosa.
– **Jararaca (Bothrops jararaca)** – Uma das principais responsáveis por acidentes ofídicos no Brasil, seu veneno é poderoso, mas essencial para a produção de soro antiofídico.
– **Coral-verdadeira (Micrurus spp.)** – Com coloração vibrante em anéis vermelhos, pretos e brancos, essa serpente altamente peçonhenta pode ser confundida com falsas-corais, que são inofensivas.
Embora seja comum ver vídeos e relatos de pessoas interagindo com serpentes domesticadas, é essencial compreender que esses animais agem por instinto e não por afeto. Conhecer seu comportamento e respeitar seu espaço é fundamental para a convivência segura entre humanos e répteis.