Um recente levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou disparidades marcantes nos salários dos profissionais de segurança em todo o país. Os policiais militares e bombeiros do Mato Grosso destacam-se com os maiores rendimentos médios do setor, recebendo respectivamente R$ 10.577 e R$ 10.306. Em contrapartida, no Ceará, os policiais militares têm a menor remuneração líquida, com média de R$ 4.157, enquanto no Rio Grande do Norte, os bombeiros recebem em média R$ 5.163.
Surpreendentemente, os policiais civis do Amazonas ostentam o maior salário do Brasil entre as três forças de segurança, com uma média de R$ 16.393. Esses dados foram coletados pelo FBSP e evidenciam as disparidades salariais significativas entre os estados brasileiros.
Em termos de remuneração líquida em todo o país, os policiais civis lideram com uma média de R$ 9.188, seguidos pelos bombeiros com R$ 7.802 e, por fim, os policiais militares com R$ 6.139.
O Brasil conta atualmente com 404.871 policiais militares, 95.908 policiais civis e 60.155 bombeiros. No entanto, o estudo do FBSP revela uma lacuna preocupante no efetivo dessas instituições. As polícias militares dos estados operam com um déficit de 179.591 agentes, enquanto os policiais civis funcionam com 55.244 funcionários a menos do recomendado. Desde 2013 até 2023, o efetivo de policiais militares sofreu uma queda de 6,8%, representando uma redução de aproximadamente 30.000 agentes ao longo desse período.
Além disso, as regiões do Pico dos Três Estados (Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo) são identificadas como as que possuem os maiores contingentes de profissionais de segurança, segundo o estudo do FBSP.